sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

GLAUBER ROCHA


Por Beto Magno

Baiano de Vitória da Conquista, Glauber Pedro de Andrade Rocha, morreu jovem. Nasceu em março de 1939 e faleceu em agosto de 1981. Viveu, no entanto 42 anos muito intensos. Polêmico e explosivo partiu da Bahia para o mundo. Morou no Rio de janeiro, Cuba e Portugal. Filmou em vários países da Europa e até na Àfrica. Cineasta consagrado, ganhou prêmios nos mais importantes festivais de cinema do planeta. Ao mesmo tempo que foi preso pelo regime ditatorial militar tinha boas relações com políticos ligados ao regime de 64, entre eles o ex-presidente José Sarney e o senador Antonio Carlos Magalhâes. Glauber nessa epóca já era a maior personalidade cinematográfica brasileira no exterior, bastante doente em Portugal, depois de muitos dias internado foi trasferido rapidamente para o Rio de Janeiro onde veio a falecer e foi enterrado como um grande artista nacional. "brasileiro ilustre", Na ocasião, o jornal francês Le Monde se referio a ele, em sua primeira página, como o "um poderoso inovador". Já o tablóide nova-iorquino Village Voice creditou-lhe "profunda influência no cinema internacional por seus ensinamentos, seus escritos e seus filmes", O diretor cinematográfico Francis Ford Coppola lastimou sua morte em nome "dos amantes do cinema, que tambêm sofreram um perda". Com a morte de Glauber Rocha, o Brasil perdeu um dos cineastas que mais lutaram por um cinema descolonizado e criativo, não só nacional, mas latino-americano. Discutindo e estudado em faculdades de todo mundo, Glauber até a presente data não foi biografado. O que existe são dezenas e dezenas de teses acadêmicas, monografias, livros e estudos sobre sua obra. Teses de mestrado e doutorado sobre seus trabalhos cinematográfico.A história de sua vida,no entanto, não foi contada por ninguém. A história desse que é um dos personagens mais interessantes desse século. A história de um homem visionário e polêmico, dono de uma personalidade que ultrapassava sua obra e despertava as mais violentas emoções. Se fosse possivel esquecer um pouco os filmes de Glauber e observarmos sua obra literaria iriamos perceber que ela é tão vasta e grandiosa quanto o seu trabalho cinematográfico. Mas ha tambêm um enorme numero de publicações de livros de memórias escrito por alguns de seus amigos, coletâneas de artigos, melhores roteiros e teses de mestrado. E ainda alguns clássicos da literatura cinematográfica brasileira escritos pelo próprio Glauber. Seria de grande importância para quem quer compreender algumas facetas do singular Conquistense Glauber Pedro de Andrade Rocha.

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