sexta-feira, 16 de novembro de 2012

IV BAHIA AFRO FILM FESTIVAL


C

Começa nesta sexta-feira, dia 16, o IV Bahia Afro Film Festival, festival de cinema afro que acontecerá até dia 21 de novembro, com programação em três espaços da cidade: o Forte Santo Antônio Além do Carmo, conhecido como Forte da Capoeira, Tv Pelourinho e Sala Alexandre Robatto.

A noite de lançamento tem uma programação especial, a partir das 19 horas, no Forte. Serão exibidos os curtas Yemanjá do Pelô, de Tamy Marracini, Homenagem aos Mestres, dirigido por Lázaro Faria, e A Resistência da Lua, do cineasta Otávio Bezerra.

Yemanjá do Pelô retrata a entrega do presente a Yemanjá pela comunidade do Pelourinho, buscando valorizar as raízes dos moradores e comerciantes do Centro Histórico e o resgate da sua autoestima. 

Homenagem aos Mestres é um documentário que retrata trajetória e lembranças sobre Mestre Prego e Neguinho do Samba, fundadores do Samba Reggae e do Olodum; Dois Mundos, produtor cultural e ator de cinema; e Beto Silva, compositor e cantor, autor de “Prefixo de Verão”, um dos maiores sucessos entre as músicas de carnaval de todos os tempos. O filme é lançado no festival, marcando as homenagens ao mês da Consciência Negra.

Resistência da Lua é um documentário realizado no final dos anos 70, na Cantina da Lua, sobre o surgimento dos movimentos culturais e negros no Pelourinho.

Estarão presentes ao evento os realizadores Octávio Bezerra e Tamy Marracini, o produtor cultural Big, João Jorge, presidente do Olodum, e o jornalista e agitador cultural Clarindo Silva, proprietário da Cantina da Lua.

Para encerrar, será realizada a Noite Black Kino, com DJ Branco, Edu Casanova e convidados.

BAFF

Mais de 30 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens, poderão ser vistos de 16 a 21 de novembro, dentro da programação do IV Bahia Afro Film Festival. Realizado sempre em novembro – mês da consciência negra – o evento é uma iniciativa da Casa de Cinema da Bahia, produzido pela Celeiro Cultural, e tem como curadores Lázaro Faria e Elson Rosário.  

O festival tem como principal objetivo divulgar, integrar e promover discussões em torno da produção de cinema e vídeos nacionais e internacionais, que tenham o povo afrodescendente como tema principal.

Dentre as atividades realizadas durante o evento estão duas oficinas, uma delas básica de Produção Audiovisual, ministrada pelo cineasta Flávio Leandro, e a Tela em Transe, que tem como instrutor o cineasta Lázaro Faria, o cinematógrafo Xeno Veloso, a dramaturga Deusi Magalhães e a roteirista Carollini Assis. Cada oficina tem 30 bolsas destinadas a afrodescendentes. Ao final, serão realizados cinco curtas a serem exibidos no encerramento do BAFF.


Para a Mostra Competitiva, o júri oficial será composto pelos cineastas Flávio Leandro, Tamy Marracini e Flávia Cândida; pela diretora da distribuidora Americene do Brasil, Amélia Rebelllo; e Kátia Camargo, curadora da Mostra Paulista de Cinema Nordestino. A Associação Baiana de Cinema e Vídeo (ABCv / ABD-Ba) também realizará seu prêmio independente no BAFF, tendo como integrantes do júri a roteirista e diretora institucional da entidade, Carollini Assis; a produtora executiva de cinema, Márcia Nunes; e o fotógrafo Lúcio Mendes.  O prêmio Abcv será uma obra de arte do artista plástico de Vitória da Conquista, Arisson Sena.

A programação completa do BAFF pode ser consultada aqui:





segunda-feira, 12 de novembro de 2012

RESULTADO POSITIVO


Atores, alunos da CAP Escola de Tv e Cinema da Bahia e atores agenciados por Rada Rezeda participam com personagens da minissérie O Canto da Sereia, da Rede Globo, que está sendo gravada aqui em Salvador.                                                                                               Os mais de 20 alunos e atores agenciados fazem parte do elenco de apoio da minissérie e continuam gravando durante o mês de novembro. Vejam fotos no site da CAP Escola de Tv e Cinema da Bahia.http://www.capescoladetv.blogspot.com.br/

domingo, 11 de novembro de 2012

"Cascalho" no Cine Futuro em 35mm e Dolby

Caricatura urdida de Cascalho de autoria de Caó Cruz Alves
Filmes fora do mercado.

Por André Setaro


Cascalho, de Tuna Espinheira, tem exibição amanhã, segunda, dia 12, às 18 horas, no Espaço Itaú Glauber Rocha, dentro da programação do Cine Futuro. Outros filmes baianos também serão exibidos.
Transcrevo uma nota de Tuna.

Tuna Espinheira
e-mail: tuna.dandrea@gmail.com
 A propaganda é a alma do negócio, distribuir um filme é uma dura questão negocial, é preciso propagar/divulgar, e, neste caso fala mais alto o vil metal. O cinema jamais teve vocação para a clandestinidade. A arte do filme, em termos de vida e morte, necessita do aconchego da  luminosa tela grande do escurinho do cinema e do seu distinto público.  Apartado desta circunstância o ar fica rarefeito. É uma falácia a classificação de filmes de público e aqueles sem. Toda obra cinematográfica, (ressalvando a sua qualidade técnica/estética , de nível  aceitável), nunca ficaria clamando no deserto por falta de espectadores.
 Gosto não se discute, mas tem gente prá tudo. Violência, sexo explicito, dramalhão, segundo os esfarrapados comentaristas dizem, é o que o povo quer.
O imperialismo da indústria cinematográfica americana chega a ocupar a quase totalidade das salas exibidoras da terrinha, quando dos seus grandes lançamentos. O país expõe suas veias abertas, com um sorriso escancarado! Ser colonizado é isto aí! 
Lançar um filme, adentrar no mercado, é a hora e a vez de um número reduzido de filmes nacionais, motivo: custa muito caro.
Somos um povo sem Livrarias, Educação, Saúde, Desdentados, Descamisados, gado humano detentor da sexta economia mundial, segundo a classificação dos países ricos.
Muito semelhantes aos Cartolas do futebol, o cinema tupiniquim, também tem os seus, que decidem quais os filmes o povo quer ver. Vale não se perder de vista que todas as produções, incluindo aqui as chamadas independente e aqueloutras cheias de grana, no que diz respeito à produção e a distribuição, são dependentes do dinheiro público, jorrado das famigeradas Lei de Incentivo, e aqueles mesmos citados (os Cartolas) são os donos da bola e fazem girar a roleta, acintosamente viciada...
Urdi estes dois dedos de prosa para contraditar  crítica azeda dos que falam mal da agônica briga de foice ente filmes nacionais e mercado. O espaço é curto, mas é sempre bom lembrar que, neste assunto, o buraco é muito mais embaixo...