sexta-feira, 21 de setembro de 2012

CURSOS DA CAP ESCOLA DE TV E CINEMA DA BAHIA

     Tábita Rezedá, Stefano Gilleta,Vitória Magno e Alice Fagundes

CAP ESCOLA DE TV E CINEMA da BAHIA SALVADOR   - 16 ANOS!
Taxa de Matricula: 1 kg de alimento



 1) CURSO DE INTERPRETAÇÃO PARA TV / TELEJORNALISMO / APRESENTADOR 

Duração: 5 meses     todas as quintas  das 19 as 22 h  
(apenas 15 alunos por turma )
Treinamento prático em programa jornalístico de TV Web.
Conteúdo: dicção/voz/fala; memorização de textos; leitura e interpretação; expressão corporal; gravação.
Investimento: R$ 1.800,00
Forma de Pagamento:   
* a vista 5% desconto
*  No cartão em até 5x de R$ 380,00
* ou em até 5x de R$ 360,00 (cheque)


2) CURSO DE TV PARA ATORES 


2.1) Turmas para iniciantes, adolescentes e crianças

Aulas as sextas das 14.30 as 17.30 h

Professora: Rada Rezedá

Duração da turma: 11 meses
Gravação de um curta por semestre!


2.2) Turmas para adultos
Aulas as terças das 18.00 as 22h 
Professora: Rada Rezedá
Duração da turma: 11 meses
Gravação de um curta por semestre!


Forma de Pagamento:   O pagamento deve ser integral ou parcelado em cheque ou cartão:
 * Valor integral: R$ 2.860,00

 * a vista 5% desconto

 * mensalidade de R$ 270,00 (cheque)
 * R$ 280,00 (cartão)


3) CURSO DE PRODUÇÃO/ DIREÇÃO DE TV 
inicio: SETEMBRO
·         Conteúdo: As 3 etapas da produção com a gravação de um vídeo de 1 minuto no final do curso 
Professora: Rada Rezedá e José Carlos Torres 
·         Conteúdo: as três etapas da produção audiovisual e produção de um vídeo no final.
Investimento: R$ 550,00
Forma de Pagamento:  
*   R$ 450,00  a vista:

*  R$ 520,00 em 2x no cheque

·  R$ 550,00 em 2x no cartão

4) CURSO CINEGRAFISTA 

Inicio: SETEMBRO 17 A 22 DE SETEMBRO , DAS 19 AS 21.30

Conteúdo: curso prático – o aluno aprende a operar câmera profissional de TV; planos e movimentos de câmera; lentes, noção básica de iluminação, etc.

Professor: José Carlos Torres (jornalista e cinegrafista)
Investimento: R$ 450,00
Forma de Pagamento:  
*  em até 2x de R$ 225,00 (cheque ou cartão)
*  R$ 385,00 a vista 


5) CURSO LOCUÇÃO 
INICIO DE NOVA TURMA:  10 A 14 DE SETEMBRO, DAS 10 AS 12H
Conteúdo: dicção/voz; interpretação de textos, microfones, gravação.

Professora: Rada Rezedá

Investimento: R$ 400,00
 Forma de Pagamento:  
 * a vista R$ 350,00
 * em até 2x de R$ 200,00 (cheque ou cartão)

6) CURSO DE EDIÇÃO DE VIDEO (ADOBE PREMIERE E FINAL CUT)
INICIO: 1º A 12 DE OUTUBRO
Conteúdo: pratica de edição de vídeo em adobe première e final cut.
Professor: José Carlos Torres (jornalista e cinegrafista)

Turma com máximo de 10 alunos.

Investimento: R$ 800,00
 Forma de Pagamento:  
 * a vista R$ 600,00
 * em até 2x de R$ 400,00 (cheque ou cartão)

7) CURSO DE TEATRO

COM MONTAGEM DE ESPETACULO NO FINAL DO ANO ( PROXIMA TURMA EM 2013)
De Fevereiro a dezembro de 2013.
Coordenação: Rada Rezedá
Professora: Lais Almeida e professores convidados
(Esse espetáculo fará parte da Cia de Teatro da CAP)
Forma de Pagamento:   O pagamento deve ser integral ou parcelado em cheque ou cartão:

         Valor total R$ 2.800,00

 * a vista 5% desconto
 * R$ 280,00  por mês no cartão
 * R$ 260,00  por mês no cheque (desconto por cheque)

8) CURSO DE OPERACAO DE MESA DE SOM
Inicio SETEMBRO  ( Inscrições encerreadas)
das 10 as 12.30
valor 350,00 em 2x no cartão/cheque
ou R$ 250,00 à vista
Professor: Toni Brito







quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O SILÊNCIO DE DEUS


Por André Setaro


Ingmar Bergman nasceu em Uppsala, cidade universitária sueca, em 1918, vindo a morrer aos 89 anos, prestes a completar os mitológicos novent’anos. Se todos não podem escapar à Implacável (como é personificada em um de seus filmes mais celebrados: O sétimo selo), pode-se dizer que o grande cineasta cumpriu além da conta a sua missão, pois ofertou à humanidade uma das obras mais sólidas e densas de toda a história do cinema. Deixou um legado inestimável, que transcende o próprio cinema para ser considerado uma contribuição indiscutível e inquestionável ao patrimônio cultural da humanidade.

Filho de um severo e grave pastor luterano da corte real (que retratou em Fanny e Alexander), a influência de seu pai foi muito forte para a visão atormentada do mundo do jovem Bergman, cuja educação, rigorosa, carregava o fardo do sentimento do pecado e da culpa (duas constantes que iria desenvolver em sua rica filmografia). Ainda adolescente, saiu de Uppsala para se fixar em Estocolmo com o propósito de, na capital do país, estudar literatura e artes e, nestas, a arte dramática que logo o fascinou. Por este tempo atuou como diretor de uma companhia teatral universitária, a qual o pôs em caminho de sua vocação. Com a sua inscrição nos cursos de aperfeiçoamento do Master-Olofsgarden e do Medborgarhuset, a formação de Ingmar Bergman toma corpo, principalmente depois que experimentou montar um de seus autores preferidos: Sonata dos espectros, de August Strindberg.

Após passar por um período de treinamento como assistente de direção da Ópera Real de Estocolmo, ingressou no cinema em 1944, aos 26 anos, por causa de um amigo, Carl Andrés Dymling, que era administrador do Svenskfilindustri, para o qual escreveu o roteiro de Tortura (Hets), realizado por Alf Sjoberg. O sucesso deHets fez com que o estúdio prestasse atenção a seu roteirista, dando-lhe a oportunidade de dirigir o seu primeiro filme, em 1945, Crise (Kris), adaptação de uma peça teatral de Leck Fischer.

O cinema de Ingmar Bergman é um cinema culto e refinado que engloba toda a tradição cultural nórdica, incluindo, aí, os filmes clássicos suecos, principalmente os de Victor Sjostrom -A carroça fantasma (Korkalen, 1920),deste, era visto toda noite de Ano Novo pelo realizador, chegando a afirmar que era a maior obra de todos os tempos, e os realizados pelo dinamarquês Carl Theodor Dreyer (A paixão de Joana D’Arc, Vampyr, A palavra). Mas além da tradição nórdica, Bergman incorporou ao seu cinema as experiências do expressionismo alemão (o início de Morangos silvestres tem influência do expressionismo e é uma homenagem a Korkalen, de Sjostrom), do surrealismo e do existencialismo sartriano, enraizando-os em seu próprio país. Sjostrom seria o principal ator em Morangos silvestres no papel centro, a do velho que faz uma revisão de sua vida.

Observando-se bem, em cada obra de Bergman se unem a problemática moral, a incomunicabilidade dos seres, a urgência da morte, o silêncio de Deus, a angústia de estar-no-mundo. A primeira fase de seu cinema, a fase juventude, que tem início em Crise e vai até meados do decurso dos cinqüenta, ainda comporta otimismo, apesar do amargor, e até mesmo a comédia embora não desprovida de um certo cinismo, como a notável Sorrisos de uma noite de amor (Somarnattens leende, 1955), cujos acentos shakespearianos são evidentes, assim como a influência, notória, de A regra do jogo (La règle du jeu, 1939), de Jean Renoir. Nesta fase inicial, no entanto, os filmes mais marcantes e que proporcionaram a seu autor o reconhecimento internacional foram Noites de circo (Gyclamas afton) – tortura e solidão, um libelo do artista contra a sociedade e sua ordem - e Mônica e o desejo (Sommarenmed Monika), ambos de 1953. O Bergman pessimista das últimas fases cede, aqui, lugar a um olhar simpático pela beleza da juventude, mas nunca, no entanto, deixando a sua visão ácida da existência. A tragédia da humilhação, talvez mais do que em Shakespeare, nunca esteve tão bem apresentada quanto em Noites de circo.

Se Deus colocou o homem no mundo, pensava Bergman, deixou-o à sua própria sorte, desamparado, triste, desesperado. A única solução possível para amainar o seu desespero está no amor, mas este é efêmero, passa, e a vida permanece sem sentido. A busca por uma metafísica da existência faz parte de seus temas recorrentes. A filmografia de Bergman, por seu um autor de filmes (em oposição ao cinema de gêneros) é como se fosse constituída por um macrofilme do qual as obras singulares se enquadram como variações sobre um mesmo tema, excetuando poucos filmes atípicos, a exemplo de O ovo da serpente (Das Schlangenei, 1979), que realizou na Alemanha quando saiu da Suécia motivado pelo rigor fiscal, obra política que mostra a gênese do nazismo, A flauta mágica (Die Zauberfloete, 1975), homenagem à ópera e a Mozart num filme que obedece as marcações teatrais, Para não falar de todas estas mulheres (For Att Inte Tala Om Alla Dessa Kvinnor, 1963), entre poucas.

O silêncio de Deus é uma constante em seus filmes. Traumatizado com o rigor de sua educação religiosa, nos filmes de Bergman estão sempre presentes os tormentos em torno do pecado e da culpa. Um silêncio que é sentido com a progressão de sua filmografia já na fase que tem início em O sétimo selo (Det sjunde inseglet, 1956), a fase da perplexidade, e que engloba Morangos silvestres (Smultronstallet, 1957), A fonte da donzela (Jungfrukallan, 1959), entre outros.

Entre todos os filmes de Bergman, a preferência do comentarista recai sobre Morangos silvestres e O silêncio (Tystnaden, 1962), ainda que fique difícil se escolher entre as obras de um cineasta que explodiu o conceito de obra-prima, considerando-se que realizou várias delas. Em Morangos silvestres, cuja preferência talvez seja ser o seu primeiro Bergman, visto no entusiasmo da adolescência e, nesta, a constatação de que o a arte do filme se encontra além do cinema de gênero, da qual fora acostumado a ver, e a constatação de que o cinema também podia ser um veículo do pensamento, de uma visão de mundo, de uma filosofia de vida. Um velho senhor, professor universitário, sai de sua cidade interiorana na Suécia para receber, na universidade de Estocolmo, o título de Doutor Honoris Causa. Apesar de todos os seus familiares preferirem ir de avião, o velho opta por ir de carro com a sua nora. No caminho, durante a viagem, ele faz uma revisão de sua vida, concluindo que somente a generosidade e o amor podem torná-la mais suportável.

fase dos filmes de câmera tem início em Através do espelho (Sasom i em spegel, 1960), sendo bastante extensa, uma fase na qual Bergman se fecha cada vez mais, reduzindo ao essencial seus atores e o cenário. É nesta fase que se destacam O silêncioQuando duas mulheres pecam (Persona, 1966), e A paixão de Ana (En passion, 1970), e Gritos e sussurros, filme síntese da obra bergmaniana.

fase psicanalítica encontra o seu apogeu em Cenas de um casamento (Scener ur ett Aktenskap, 1974), seguido de Face a face (Ansiktet mot Ansiktet, 1976), Sonata do outono (Hortssonat, 1978) quando Bergman encontra Ingrid Bergman, também sueca como ele, a atriz famosa, hollywoodiana, que trabalha ao lado de Liv Ullman. Segundo a impressão do comentarista, e questão subjetiva, a fase psicanalítica é a mais fraca – ainda que, como um grande autor, fraca para Bergman não queira dizer sem importância.

Em 1982, Bergman anunciou sua aposentadoria do cinema, com a conclusão de Fanny e Alexander (Fanny och Alexander), mas não cumpriria a promessa, pois ainda faria alguns filmes. Seu último filme, Sarabanda, data de poucos anos atrás, e é uma releitura de Cenas de um casamento, com o encontro do mesmo casal já na velhice.

A morte de Bergman e de Antonioni sinalizou o fim de uma era, o fim de um tempo, o desaparecimento de uma cultura cinematográfica. Bergman e Antonioni reinventaram o cinema na década de 50 e de 60. Ajudaram a construir e a consolidar a linguagem cinematográfica. Depois deles nada surgiu de significativo no cinema contemporâneo, ainda que bons realizadores existam e façam filmes. Mas o grande cinema acabou!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

ATENÇÃO!!!


ATENÇÃO ALUNOS E EX-ALUNOS DA CAP ESCOLA DE TV E CINEMA DA BAHIA !!!
ATENÇÃO ALUNOS E EX-ALUNOS DA CAP ESCOLA DE TV E CINEMA DA BAHIA !!!


No fim de setembro estará sendo gravada uma minissérie nacional em Salvador.
Precisaremos de atores e atrizes de idades diversas para participar de elenco de apoio e al
gumas figurações.

Vamos dar preferencia em trabalhar com alunos e ex-alunos da CAP Escola de TV e Cinema.

Quem se interessar enviar mail com 2 fotos e contatos para
CAPELENCODEAPOIO@GMAIL.COM

Dois de Julho Institucional



Filme institucional de divulgação do filme Dois de Julho - A guerra de independência do Brasil, com depoimentos de Gilberto Gil, João Ubaldo Riberio, Cid Teixeira, Lídice da Mata, Beth Wagner, Emilton Rosa, Lázaro Faria, Zelito Viana, André Setaro, Rosemberg Pinto e Marcelo Nilo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

AMOR A PRIMEIRA VISTA



A primeira vez que Vinicius de Moraes viu Gessy Gesse foi numa pizzaria no Leblon, no Rio, em 1969. Ele, carioca, já era um dos maiores poetas brasileiros e um dos pais da Bossa Nova. Ela, atriz do Cinema Novo baiano, estava na companhia da cantora Maria Bethânia e de outros conterrâneos que moravam na capital carioca.

Depois de receber um recado (que guarda até hoje) com o número do telefone de Vinicius, Gessy ouviu de Bethânia: “O poeta está apaixonado por você”. Esperto, Vinicius combinou com todos que estavam à mesa com a atriz que, aos poucos, saíssem do restaurante e deixassem Gessy sozinha. E foi assim que ele, aos 56 anos, conquistou a bonita morena de 31, de ascendência índia e portuguesa.

A história de amor com Gessy Gesse começou com Vinicius ainda casado com Cristina Gurjão, grávida de cinco meses e abandonada pelo poeta, encantado pela baiana Gessy, que se tornou sua sétima mulher.

Em 1969, Vinicius e Gessy se casam no Uruguai e, em 1973, na Bahia, em um ritual cigano, e não em uma cerimônia no terreiro de Mãe Menininha de Gantois, como muitos pensam. Após o casamento, Vinicius decidiu construir uma casa em Itapuã. As obras foram iniciadas em 1974, com projeto de Jamison Pedra e Sílvio Robatto. O cômodo mais singular da casa do de seis quartos era o banheiro da suíte do poeta com banheira com vista pro mar.    

ENCONTRO DE ATRIZES

Gessy Gesse e Rada Rezedá  no almoço na casa de Tom da Bahia e do Brasil...

Every Hitchcock Cameo Ever



O mestre Alfred Hitchcock assinava os seus filmes através de suas aparições. Marca registrada de Hitch, estas aparições, há, nelas, sempre um toque de humor, sempre um comentário irônico sobre o ridículo ao qual é exposto o homem nas mais variadas situações de sua vida. Neste vídeo, que dura quase dez minutos, temos as aparições do cineasta em quase todos os seus filmes. Há poucas semanas, a revista inglesa Sight and Sound, numa enquete com os mais representativos críticos, diretores, ensaístas, de todo o mundo, elegeu Um corpo que cai (Vertigo, 1958) como o maior de todos os tempos, derrubando do pódio Cidadão Kane (Citizen Kane, 1941), de Orson Welles, que há muitas décadas encimava todas as listas. O tempo, implacável, no entanto, é realmente o melhor crítico. Enquetes feitas nos anos 50, por exemplo, nunca dariam Vertigo entre os melhores. Os cabeças-pensantes da crítica viam de soslaio e de esguelha os filmes de Hitchcock, considerando-os apenas meros artesanatos bem articulados, mas na área restrita do divertissement. Federico Fellini, leio, não tem mais a valoração que tinha no passado (o que acho um absurdo). Fellini é um gênio do cinema e suas criações não estão a envelhecer. O que está em processo de deterioração é a mentalidade contemporânea.