sábado, 15 de janeiro de 2011

CAP ESCOLA DE TV CURSOS NA AREA DE TELEVISÃO EM SALVADOR

Turma de alunos da Cap Escola de Tv e Cinema em Salvador

MATRICULAS ABERTAS PARA 2011


SERÃO RESERVADAS VAGAS NOS CURSOS APENAS MEDIANTE MATRICULA

Valor da matricula: R$ 30,00



1) CURSO DE INTERPRETAÇÃO PARA TV / TELEJORNALISMO / APRESENTADOR
Inicio: 19 de fevereiro Fim: 19 de julho
Duração: 5 meses, turmas Sábados das 9 as 12.30h
Conteúdo: dicção/voz/fala; memorização de textos; leitura e interpretação; expressão corporal; gravação.
Investimento: R$ 1.325,00 - a vista tem 5% desconto ou 5X de R$ 265,00



2) CURSO DE TV PARA ATORES salvador
2.1) Turmas para iniciantes, adolescentes e crianças
Inicio: 18 de fevereiro
Aulas as sextas das 14.30 as 17.30 h

2.2) Turmas para adultos
Inicio: 15 de fevereiro
Aulas as terças das 18.30 as 22h

Duração das turmas adulta e adolescentes: de fevereiro a dezembro
Investimento: R$ 245,00 / mês
Professora: Rada Rezedá


3) CURSO DE PRODUÇÃO/ DIREÇÃO DE TV
Inicio: 7 de fevereiro
Dias de aula: 7, 8, 9, 10,11 das 18.30 as 21.30h
Conteúdo: As 3 etapas da produção com a gravação de um vídeo de 1 minuto no final do curso.
R$ 450,00 (2x com cheque pré) ou à vista R$ 400,00
Professora: Rada Rezeda e professor convidado


4) CURSO CINEGRAFISTA
Inicio: 7 de fevereiro
Dias de aula: 7, 8, 9, 10,11 das 18.30 as 21.30h
Conteúdo: curso prático – o aluno aprende a operar câmera profissional de TV;planos e movimentos de câmera; lentes, etc.
Investimento: R$ 450,00 (2x com cheque pré) ou à vista R$ 400,00
Professor: Xeno Veloso


5) CURSO TV E TEATRO ESPECIFICO PARA MELHOR IDADE
COM MONTAGEM DE ESPETACULO MUSICAL NO FINAL
Inicio: 15 de março
Conteúdo: aulas de expressão corporal, dança, teatro, TV, voz/canto.
Terças e quintas: das 14.30 as 16.30 h
Coordenação do curso: Rada Rezedá
Investimento: R$ 245,00 / mês


6) CURSO MAQUIAGEM PARA TV e MAQUIAGEM EFEITOS
Dia: 19 de fevereiro – das 14.30 as 17.30
Conteúdo: Noções básicas sobre maquiagem para TV e para noite
Dia: 20 de fevereiro - das 14.30 as 17.30
Conteúdo: Maquiagem criativa para carnaval
Investimento: R$ 150,00 em 2x com cheque pré ou a vista R$ 135,00
com Thyago Mandu


7) CURSO LOCUÇÃO - salvador turma iniciantes
Dias: 7, 8, 9, 10,11 das 14.30 as 17h
Conteúdo: dicção/voz; interpretação de textos, microfones, gravação.
Investimento: R$ 400,00 (2x com cheque pré) ou à vista R$ 350,00
com Rada Rezedá

8) CURSO DE EDIÇÃO DE IMAGEM salvador
Inicio: 14 de fevereiro
Dias: 14,15,16,17,18,21 e 22 das 18.30 as 21.30 h
Conteúdo: Edição em Final Cut. Como montar um audiovisual adequando conhecimento da linguagem cinematográfica aos recurso do final cut pró. Aula teórica e prática com montagem de um vídeo de 1 minuto.
Investimento: R$ 850,00 (em 2x com cheque pré) ou à vista R$ 750,00
Professor: Xeno Veloso

OUTROS CURSOS DA CAP ESCOLA DE TV E CINEMA EM SALVADOR
COM DATAS A DEFINIR PARA 1º SEMESTRE DE 2011:

• Curso de roteiro de cinema

• Curso de apresentador de auditório – a partir de abril de 2011

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

EM FASE DE PRÉ PRODUÇÃO O FILME 2 DE JULHO DO DIRETOR LÁZARO FARIA



Produção de elenco Cap Escola de Tv e Cinema em Salvador
e Beto Magno da VM Filmes

TESTES PARA FILME 2 DE JULHO NA CAP ESCOLA DE TV E CINEMA EM FEVEREIRO

ATENÇÃO

A primeira fase dos testes para o Filme 2 de Julho, do diretor Lazaro Faria, começa em fevereiro. Os interessados devem enviar fotos profissionais para mail 2djulho@capescoladetv.com.br ou 2djulho@gmail.com .

Aqueles que enviarem material de forma correta receberao atraves do mail os textos dos personagens para memorizacao e estudo a fim de apresentarem em teste de video.

A partir de hoje os interessados podem enviar material para a seleção do filme: FOTOS PROFISSIONAIS E RESUMO CURRICULAR NUM SÓ E-MAIL (não enviar curriculo num mail e fotos em outro mail)

A CAP ESCOLA DE TV E CINEMA EM SALVADOR fará os testes em video na segunda quinzena de fevereiro.

Essa primeira fase de testes é para crianças e adolescentes de 7 a 19 anos

e

Homens e mulheres de 20 a 30 anos.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

INTIMISMO CINEMATOGRÁFICO

Cary Grant e Deborah Kerr em Tarde demais para esquecer (An affair to remember), do genial Leo McCarey: obra-prima em seu gênero.

Por André Setaro

Fala-se muito em intimismo cinematográfico, mas quase nada, pelo menos em língua portuguesa, existe escrito sobre esta maneira de representação do real nas imagens em movimento. O recente lançamento de "Imitação da vida" ("Imitation of life", 1959), de Douglas Sirk, faz emergir o pensamento sobre o que significa o intimismo e o modo pelo qual é traduzido, nele, o "real".


O intimismo representa, por excelência, a escola idealista no cinema. A realidade é filtrada pelo sentimentalismo e pela subjetividade, o que o identifica com o romantismo. Segundo Maurício Rittner, em seu exemplar livro introdutório, "Compreensão de cinema", editado pela Buriti em 1965, nos filmes intimistas nem sempre o desfecho da história é feliz, fato característico dos filmes românticos. Como as normas de conduta, ainda segundo Rittner, próprias do intimismo são normais ideais, elas acarretam uma técnica de renúncia aos valores autênticos da vida. Assim, o universo romântico-intimista configura um sistema de forças em conflito: as forças do sentimento e as forças da razão. Mas em sua fé nos sentimentos, os personagens se tornam quase místicos.


Segundo o crítico de arte Herbert Reed, existem três modos básicos de representar o mundo: o realismo, o idealismo (intimismo), e o expressionismo, havendo um quarto modo (surrealismo) que tenta substituir o realismo, que é, esta, a "escola", por assim dizer, que registra tão verazmente quanto possível aquilo que nossos sentidos conseguem perceber no mundo real. Há no realismo cinematográfico várias vertentes (neo-realismo italiano, realismo poético francês, realismo socialista, realismo fantástico, realismo crítico...). A maioria dos filmes do Cinema Novo brasileiro pode se inserir dentro do realismo, assim como a famosa escola de documentaristas britânicos dos anos 20 (John Grierson, Paul Rotha...).


No expressionismo (e, principalmente, no expressionismo alemão dos anos 10 e 20) o que importa não é a tradução do real (como no realismo), mas a expressão de seu reflexo na sensibilidade e no espírito. O filme ícone do expressionismo é "O gabinete do Dr. Caligari" (Robert Wiene, 1919), com seus cenários de papelão, objetos pintados, gesticulação exagerada. Há uma preocupação maior na plástica da imagem do que nos recursos da montagem. A cenografia tem uma forte presença na produção de sentidos. O expressionismo influenciou todo o cinema ("Cidadão Kane", de Orson Welles, com seu jogo de luz e sombras, é uma obra expressionista.)


O nome maior do surrealismo no cinema é o de Don Luis Buñuel, autor de duas obras puramente surrealistas:"Un chien andalou" (1928) e "L'Âge d'or" (1930), ambas em colaboração com Salvador Dali, filmes que chocaram platéias e provocaram escândalos. O surrealismo tenciona apresentar a realidade interior e a realidade exterior como dois elementos em processo de unificação. Tem grande influência de Freud ("A interpretação dos sonhos") e do materialismo histórico.


O móvel, entretanto, da coluna, é o intimismo, que tem seu apogeu nas décadas de 30, 40 e 50 no cinema americano. Para uma sociedade extremamente imediatista e consumista, atualmente filmes intimistas podem provocar risos (vindos, evidentemente, de débeis incapazes da percepção da obra em seu momento histórico) e parecer, à primeira vista, anacrônicos. Mas os filmes intimistas, quando realizados com classe, com talento, com estilo, podem suscitar uma espécie de estesia pela beleza de sua "mise-en-scène". Alguém, de sã consciência, poderia rir dos filmes de Douglas Sirk ("Palavras ao vento", "Almas maculadas", "Tudo que o céu permite", "Amar e morrer", "Desejo atroz", entre outros)? O intimismo significa a evolução de uma história cinematográfica em torno das eternas constantes do amor, com a tônica no estudo exaustivo das relações afetivas e dos fatores que as precipitam ou as impedem. E criou um universo dramático especificamente feminino centrado nas reações da mulher diante do mistério do amor. Por exemplo: "...E o vento levou" ("Gone with the wind", 1939), de David Selznick/Victor Fleming/George Cukor/Sam Wood, embora a sua ação se localize na Guerra de Secessão americana (1861/1864), esta se torna apenas um "pano de fundo", porque o que importa é a análise da personalidade esfuziante de Scarlett O'Hara (vivida com empenho inexcedível por Vivien Leigh) e suas oscilações diante do mistério do amor. Todos os acontecimentos básicos do filmes são explicados em função dos estados passionais (outro exemplo marcante é "O morro dos ventos uivantes"/"Wuthering Heights", também de 1939), de William Wyler, com Laurence Olivier, David Niven, Merle Oberon. A dimensão lírica do intimismo é dada por um tratamento acentuadamente romântico dos personagens e das situações.


O intimismo parte de uma visão realista, que é deliberadamente selecionada e exaltada em alguns de seus aspectos. Para Rittner, o intimismo induz das formas da realidade uma idéia abstrata, mais perfeita do que a original. A realidade "deveria ser assim" e não "assim", como seria numa visão realista. A idéia abstrata mais perfeita do que a realidade não torna o intimismo "menor", mas, muito pelo contrário, fala-se, muitas vezes, melhor da realidade através da fantasia e da estilização. Diria mesmo que há uma possibilidade estética maior no intimismo do que no realismo "tout court".


A própria realidade, no intimismo, é recriada em termos de poesia e de ternura e, por isso, quase se torna estática, desvitalizada, isolando os personagens de seu meio. É, no entanto, pela imobilização da realidade circunstancial que o intimismo se torna revelador, transformando o vulgar em invulgar, o superficial em transcendente.


Com a barbárie estabelecida no consumo do produto cinematográfico, com o cinema transformado em "fast food", o público solicita, hoje, mais a brutalidade e a ação do que a ternura e a poesia. Ri-se de certos momentos românticos dos filmes intimistas. Ri-se de forma esquizóide, nos dias que correm, da poesia e da beleza. Há, patente, uma preferência por um realismo quase naturalista do que pelo tratamento intimista dos personagens e das situações. Rir de uma obra como "Assim estava escrito" ("The bad and the beautiful", 1953), de Vincente Minnelli, filme intimista, dá àquele que ri um atestado inconteste de imbecilidade congênita.


São exemplos de filmes intimistas: "Grande Hotel" ("Grand Hotel", 1932), de Edmund Goulding, com Greta Garbo, John Barrymore, Joan Crawford, que saiu recentemente numa coleção de Dvds de um jornal paulista, , "Esquina do pecado" ("Back street", 1932), de John M. Stahl, que dirigiu a primeira versão, em 1934, de "Imitação da vida", "Anna Cristie" (idem, 1930), de Clarence Brown, com Garbo, "A dama das camélias" ("Camille", 1936), com Garbo e Robert Taylor, "Adeus Mr. Chips" ("Good-bye Mr. Chips", 1939), de Sam Wood, "Um lírio na cruz" ("Till we meet again", 1944), de Frank Borzage, "Carta de uma desconhecida" ("Letter from a unknow woman", 1948), de Max Ophul, com Louis Jordan e Joan Fontaine, "Por tua causa" ("Because of you", 1952), de Joseph Pevney, com Loretta Young e Jeff Chandler, "Tarde demais para esquecer" ("A affair to remember", 1955), de Leo McCarey, com Cary Grant e Deborah Kerr, "Suplício de uma saudade" ("Love is a many splendored thing", 1955), de Henry King, com William Holden e Jennifer Jones, entre muitos outros. E os grandes "sirks" já citados dos anos 50.



TESTE

Beto Magno testando atores para um curta na Cap Escola de Tv e Cinema em Salvador