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segunda-feira, 15 de maio de 2023

INSTITUTO MUSEU DE KARD

Galeria Mix ( Museu de Kard  )


*Por Beto Magno 


HOLODOCULT

Ouvimos falar que um profeta é sempre desacreditado em sua terra, que santo de casa não faz milagres. É a sabedoria popular, identificando o comportamento humano em toda parte. Me apropriei de um neologismo, criado por Allan para a discussão que quero levantar. HOLODOCULT, que significa um Holocausto da Cultura, quer seja em caráter coletivo mas também individual.

O Artista Allan de Kard tem demonstrado ao longo dos anos a sua genialidade, perseverança, proatividade já reconhecido nacional e internacionalmente.

Como não bastasse esse fenômeno natural acima exposto, sua independência, seu status social, sua contundência, despertou em muitas mentes apequenadas,   recalcadas, ciúme atroz.  Daí iniciou-se, um verdadeiro massacre, na tentativa de desqualificar sua condição de artista. É bom lembrar que o referido é muito comum em todos os sítios, inclusive aqui com Glauber Rocha e Cajaíba. Com este mister os mais variados meios são utilizados.

Me sinto no Dever de registrar o fato histórico, onde membros do Conselho Municipal de Cultura, encetou uma desastrosa campanha para a retirada das obras do artista Allan de Kard da Avenida Olívia Flores, com o argumento de que o mesmo estava ocupando espaço de outros  Artistas, e inclusive elenca esse feito como a grande realização da gestão.

É necessário lembrar que a gestão subsequente, presidida pelo competente Jornalista Jeremias Macario, contando ainda no seu corpo diretivo a Artista Valéria Vidigal, a Drª Rosa Aurich, Marley Vital o Dr Armênio Santos, dentre outros, compreendendo a enorme injustiça promovida contra o Artista, tomou a iniciativa de indicar o Instituto Museu de Kard, para receber a Medalha de Mérito Cultural Glauber Rocha,  comenda criada em 2006, pelo então vereador Adão Albuquerque (PCdoB) e levada a efeito em 2015, quando Allan de Kard foi o primeiro Artista a receber a referida medalha.

   É necessário e urgente, mudarmos esse pradigma, dando o devido valor os talentos locais, no momento histórico em que ele se desenrola, para que não cheguemos atrasados em hipócritas reconhecimentos post mortem.

Portanto o trabalho feito pelo professor Durval Menezes sobre nosso Allan é de importância incomensurável de maneira a resgatar e registrar de forma verdadeira e isenta. Vitória da Conquista agradece.


*Beto Magno Cineasta, Jornalista e Articulador Cultural 

Vitoria da Conquista, 06/05/23

quarta-feira, 6 de abril de 2022

DESAFORA BRASIL

Paulo Souza, Beto Magno e Bismark Fugazza
 
OS HIPÓCRITAS, que de hipócritas não tem nada! Grupo de humor com viés conservador.

@paulosouza.oficial
@betomaggno @bismarkfugazza.oficial

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

LUZES DE NATAL - VITÓRIA DA CONQUISTA - BAHIA - BRAZIL

foto: Secom PMVC

  Prefeita Sheila Lemos e o Secretário de Cultura  Eugenio Avelino (XANGAI)

Já virou tradição, todos os anos a prefeitura municipal de Vitória da Conquista comemora as festas de final de ano em clima de muita luz e fé. 
Já no início do mês de dezembro as luzes que embelezam, talvez, o principal cartão postal da cidade, a Praça Tancredo Neves, foram acesas pela prefeita Sheila Lemos e pelo secretário de Cultura e Turismo, Esporte e Lazer, o renomado artista Xangai, causando uma reação positiva do público que acompanhou o ato.

 
 
Com isso os conquistenses e visitantes já podem ir ao centro da cidade, fazer um compras, movimentar o comércio e se divertir com a família naquele espaço que é a cara da capital do sudoeste da Bahia.
Simultaneamente foram acesas as lâmpadas do Cristo de Mário Cravo, outro equipamento que atrai a visitação dos nativos e turistas que frequentam a terra de Elomar Figueira de Melo, de Glauber Rocha e de tantos artistas consagrados e outros que começam a despontar para o cenário nacional.
A Secom traz com detalhes o que aconteceu na nossa praça na última segunda-feira, 06/12:
Prefeita Sheila e Xangai ligam iluminação natalina da Praça Tancredo Neves e público aprova novidades
Ao fim da contagem regressiva comandada pela prefeita Sheila Lemos, cerca de um milhão de lâmpadas se acenderam na Praça Tancredo Neves na noite desta segunda-feira (6). A inauguração da tradicional iluminação natalina foi acompanhada por um público ansioso para conferir as novidades preparadas para este ano pela Prefeitura de Vitória da Conquista.
O presépio que apresenta o Menino Jesus, Maria e José com feições sertanejas é uma delas. “Todos com aparências nordestinas, sertanejos como nós somos. Então é uma inovação de não fazer aquele Natal como é vendido comercialmente, e sim um Natal de nós, sertanejos. É esse o espírito do Menino Jesus de renascer em nossos corações a cada dia”, comentou a prefeita Sheila Lemos, e convidou a população a visitar a praça até o dia de Reis, 6 de janeiro, para desfrutar as belezas do espaço.
A outra novidade é que, este ano, as luzes não transpassaram as árvores e arbustos da praça. A proposta é evitar interações agressivas com a fauna e a flora e preservar o meio ambiente. Por isso, foram instaladas estruturas metálicas para dar vida a túneis de luz, pergolado e grandes cortinas de led, que chegam a seis metros de altura. Acima da cascata, foi instalado um palco flutuante para recepcionar as apresentações de corais.
As mudanças foram propostas pelo secretário municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, o músico, cantor e poeta Xangai. “Pensamos em fazer uma iluminação bonita e criativa, as árvores todas estão visíveis com essa iluminação. Havia sempre também um costume de instalar uma árvore de Natal dentro do lago, mas o lago mostra o reflexo dessa beleza toda, a bandeira de Conquista”, explicou o secretário.
O público aprovou as novidades. “Ficou muito show”, disse o assistente técnico Emerson de Castro, que veio assistir ao espetáculo com a esposa Júlia e a filha, Maria Melinda, de dois anos. “Trouxe minha filha logo na inauguração. Estávamos ansiosos, porque agora ela tá começando a entender e ficou muito impressionada. Tá de parabéns,de verdade”, completou.
A designer de interiores Maria Lima elogiou todas as mudanças. “Achei belíssimo, muito lindas essas luzes. Achei muito legal essa ideia de não colocar luzes nas árvores. A ideia, também, do presépio sertanejo, achei muito criativo, a nossa cara, de Vitória da Conquista. Achei tudo muito bonito, inovador. A ideia de colocar a bandeira da cidade em luzes tá muito criativo, muito bonito. Gostei muito”, elogiou Maria.
 
Fonte: Blog do Massinha

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

FENASDETRAN


 Mário Conceição

Hoje o Presidente da FENASDETRAN, (Federação Nacional de Detran) Mario Conceição recebeu do Superintendente da TRANSALVADOR - Marcus Passos  *CERTIFICADO DE RECONHECIMENTO*, pelo trabalho continuo e o esforço empreendido em  *SALVAR VIDAS* no Trânsito da Capital Baiana. A FENASDETRAN é parceira da VM FILMES em vários projetos.


domingo, 21 de novembro de 2021

MONUMENTO EM MEMÓRIA DAS VITIMAS DO TRÂNSITO

 Mario Conceição

Presidente da FENASDETRAN Mário Conceição, juntamente com representantes das entidades e órgãos parceiros, inaugurou hoje dia 21 de novembro de 2021, na Cidade do Salvador -  Bahia a Pedra Fundamental onde será instalado o Monumento em Memória das Vítimas de Trânsito, 
O memorial, ao ser finalizado, terá não só a função mnemônica como também pedagógica. A ideia é que se torne espaço de visitação de estudantes, entidades da sociedade civil organizada, especialistas e intelectuais do setor e toda a população local. Uma homenagem justa e necessária a todos que perderam a vida no trânsito brasileiro e soteropolitano.

A Pedra se encontra aberta para visitação pública no Dique do Tororó próximo ao Estádio da Fonte Nova.

Fonte: Fenasdetran

terça-feira, 16 de novembro de 2021

COMEMORAÇÃO AOS 100 ANOS DA SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922


Título: Café Di Cavalcanti
Técnica: Acrílica sobre painel
Ano:2021
Dimensão: 174 x 120 cm
Artista plástica: 
V. Vidigal

 Di Divalcanti 

No ano de 1954, o artista plástico Emiliano Di Cavalcanti criou, com exclusividade para o Instituto Brasileiro do Café, IBC, cartaz que enaltecia o café do Brasil. 

Em fevereiro próximo, comemoramos o centenário da Semana de Arte Moderna. 

Minha contribuição foi criar esta releitura da obra de Di Cavalcanti – tributo ao grande artista e um dos principais idealizadores e organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. 

Minha homenagem, de forma bem brasileira: acrescentei, na parte inferior, detalhes da bandeira brasileira e do símbolo do IBC. 

Di Cavalcanti ( *1897 - +1976 )

Valéria Vidigal (1968...)

 

A releitura de arte é a criação de uma nova obra sem se desviar por completo do original, é um exercício de conhecimento e criatividade, recheado de alta intelectualidade.

E,muitas vezes, a releitura é melhor do que o original...
parabéns
Valéria Vidigal! grande inspiração, linda homenagem.

 

domingo, 7 de novembro de 2021

ONDINA AGORA ESTÁ ONDINA...

Beto Magno

 

 Desenvolvido pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), o projeto de requalificação trouxe mudanças significativas para quem trafega pela via Adhemar de Barros

 

A primeira etapa de obras da Avenida Adhemar de Barros, em Ondina, foi entregue na terça-feira 26/10/2021 pela prefeitura de Salvador. Além de proporcionar melhorias urbanísticas, a iniciativa no local trouxe o conceito de Ruas Completas - similar ao implantado na Rua Miguel Calmon (Comércio) - promovendo mais segurança e conforto a pedestres e ciclistas, através da distribuição democrática do espaço viário. As intervenções foram entregues pelo prefeito Bruno Reis, em cerimônia que contou com a presença de lideranças comunitárias e gestores municipais.

Desenvolvido pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), o projeto de requalificação trouxe mudanças significativas para quem trafega pela via, que possui forte atividade comercial, além de conexão com a Avenida Anita Garibaldi e com a orla de Ondina. A primeira etapa das obras teve duração de oito meses e compreendeu um trecho de 1,2 km de extensão, entre o monumento Meninas do Brasil (conhecido com as Gordinhas de Ondina) e o campus da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O investimento foi de mais de R$12 milhões.

“A requalificação dessa avenida é um sonho antigo de todos os moradores do entorno. Essa via sofria muito com os alagamentos e precisou passar por uma grande intervenção de drenagem. Além disso, foram implantados novo paisagismo, pista de cooper, pavimento, iluminação em LED, meio-fio em granito”, destacou o prefeito, ressaltando que as últimas chuvas que caíram na cidade não provocaram transtornos na localidade.

Melhorias – Os passeios da Avenida Adhemar de Barros foram revitalizados, oferecendo mais segurança e acessibilidade para o deslocamento dos transeuntes, inclusive pessoas com deficiência e dificuldades de locomoção. A via também ganhou 480 metros de ciclovia no canteiro central, incentivando à prática do ciclismo. Além disso, a arborização do local foi reforçada com o plantio de novas árvores, a iluminação pública foi modernizada com a instalação de 52 novos postes e luminárias em LED – dispositivos mais eficientes e econômicos.

Também foram disponibilizadas vagas de estacionamento ao longo de toda a extensão do canteiro, em ambos os lados, e instalados mobiliários, como lixeiras, bancos em madeira maciça, assim como equipamentos de ginástica para prática de alongamentos e atividades físicas.

Estátuas – A requalificação da Adhemar de Barros envolveu, ainda, um dos seus principais símbolos: o monumento Meninas do Brasil, conhecido como as Gordinhas  de Ondina. Todo o conjunto artístico foi completamente revitalizado, num trabalho conduzido pelo Studio Argolo – empresa com ampla expertise no restauro de monumentos históricos.

 A ação nas estátuas envolveu limpeza, emassamento, obturação de lacunas e remoção de pichações e cartazes provenientes de ações de vandalismo. As esculturas tiveram a pintura, em tom grafite, refeita. Os serviços duraram cerca de uma semana e foram realizados no próprio canteiro da via, onde as Gordinhas estão situadas. Criado em 2004 pela artista plástica Eliana Kertész (1945-2017), o monumento é composto por três esculturas fundidas em bronze sobre base de concreto, com medidas de três metros de altura cada.

As estátuas fazem homenagem às três raças matrizes do Brasil: a Negra, a Branca e a Índia (cujos nomes são Damiana, Mariana e Catarina, respectivamente). Cada uma delas está apontada para seu lugar de origem: Damiana contempla o mar em direção à África, Mariana vislumbra Portugal e Catarina para o continente da América.

 

Fonte: www.metro1.com.br

 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

UNIX ( OBRA DO ESCULTOR ALLAN DE KARD ) LOCALIZADA NA FAZENDA VIDIGAL


 UNIX  

   Existe grande diferença entre verdade e mito.

     A verdade está comprometida com a cor do irrefutável , tem como uma das molas propulsoras a Ciência.

      Já mito é o exercício do livre pensar, onde o sentido literal geralmente é substituído pelo sentido metafórico.

     Assim vemos os mitos e as lendas como componentes Sá Cultura de todos os povos.

      Alguns mitos são tão bem construídos que chegam a ser confundidos com verdades.

       Conta-se que numa certa época  os deuses gregos e os deuses romanos entraram em conflito, por conta de guerra de vaidades.

     Acusavam-se de parte a parte. O gregos reclamavam que os deuses romanos eram meras copias deles.

     Os deuses Romanos retrucavam dizendo que os opositores é que eram ultrapassados, e a prova disto é que se assim não fosse eles não deixariam que o povo grego fosse conquistado pelos romanos.

     Diante de tanta controvérsia, alguém sugeriu que fosse marcado um Conclave no Olympus, com o objetivo de

Construir a paz entre eles, afinal de contas tratava-se de deuses,  esse tipo de futricas estava reservado aos simples mortais.

     E assim foi feito, no dia aprazado lá estava todos; de um lado Zeus e sua turma,  do outro Júpiter e os demais deuses romanos. E depois de exaustivas discussões na longa assembleia, enfim chegaram a Paz tão desejada, como também o comprometimento de todos em preservá-la.

     E para comemorar a vitória do bom senso, Zeus propôs a todos um brinde com uma bebida mágica, que ao ser degustada por todos que maravilhados com o sabor de tão inusitada bebida, não pouparam elogios.

      Só há bem pouco tempo é que passamos a saber que aquela bebida mágica era o café.  E que o único lugar no mundo onde se serve o café dos deuses é na fazenda Vidigal em barra do Choça Ba.

       Ao término da grande reunião, proclamou-se que o recipiente chamar-se-ia Unix, que significa união que se multiplica. O X que é símbolo de multiplicação, também passou a emoldurar a palavra Xícara.

 

   Unix  Escultura em Aço.

   Autor;   Allan de Kard.


A obra é uma proposição a Alteridade.

    Alteridade uma palavra muito pouco utilizada, significa a convivência entre os diferentes.

    Aqui proponho:  O respeito as opiniões do próximo.

    A Fraternidade entre os Homens só será possível quando ruírem as barreira construídas pelas divergências , Religiosas, Politicas, opções de vida etc.

  Allan de Kard  artista plástico

Vitoria da Conquista - Ba - Brasil.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

INSTITUTO MUSEU DE KARD


 Paisagismo do Museu de Kard 


Tão importante quanto as obras já instaladas na área aberta do Museu de Kard, é seu projeto Paisagístico.

O Paisagismo está pacientemente sendo construído, juntamente com o projeto arquitetônico, que propõe uma completa funcionalidade das edificações. Em assim sendo , cada Galeria, prédio administrativo ou de suporte, são também obras de Arte. Até o presente momento temos: A obra Tributo a Mondrian ( setor administrativo, loja e auditório), a Obra Ascensão, que é a Pirâmide, ( Galeria),

Obra: Lápis na Mão ( depósito). E a Galeria Mix ( galeria Mix). Tanto o Projeto Arquitetônico,, como o projeto Paisagístico foram concebidos e estão sendo executados, pelo Artista Plástico Allan de Kard.

No tocante ao Paisagismo, algumas considerações precisam ser feitas, a Primeira delas é que o artista cursou Agronomia na UESB na sua Primeira turma durante a década de 80 do século Passado , depois de já ter concluído o ensino médio no curso técnico em Agropecuária na EMARC de Uruçuca Ba em 80/81.

E a segunda consideração refere-se as condições climáticas e de solo do espaço onde está sendo implantado o Museu.

É sabido que Vitória da Conquista está localizada na linha divisória entre a Mata Atlântica e o bioma da Caatinga. Enquanto que a Leste, tem-se um índice pluviométrico que ultrapassa facilmente os 1000 milímetros anuais , a zona Oeste, onde se encontra o Museu na passa de 700 milímetros anuais. Essa grande diferença no regime de chuvas, foi construindo ao longo dos séculos biomas bastante distintos tanto na sua Fauna, mas principalmente na sua Flora.

Tendo como ponto de partida essa importante informação, bem como as características físico-químicas do solo e um outro fator não menos importante que é o fato da área ter sido utilizada já 4 décadas como um lixão, iniciou-se a execução do projeto paisagístico, concomitantemente a construção civil. Nesta primeira fase, foram utilizadas apenas espécies endémicas. Assim , madeira nova, favaca, Canjão etc todas nativas foram preservadas e cuidadas, na medida que ia sendo implantada uma imensa cobertura de grama nativa em toda a área. A grande vantagem desta estratégia, é que o Paisagismo vai sendo edificado aos poucos sem necessidade de irrigação, o que elevaria em muito o custo de implantação. Assim com um baixíssimo custo operacional o Paisagismo vai modificando a paisagem aos poucos .

Num segundo momento serão plantadas espécies exóticas.

Um outro desafio ainda maior , é fazer renascer um pequeno riacho existente no local que morreu devido às contínuas agressões sofridas ao longo do tempo, bem como uma lagoa ali existente no passado, assoriada por materiais lixiviados das partes superiores ao longo dos anos.

Desta forma, num processo lento, porém continuo o Museu de Kard vai sendo Construído, é sem dúvidas já é um legado para as futuras gerações.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

TUKURÊ ( INSTITUTO MUSEU DE KARD )


     Tukurê

TUKURÊ

O Sonho Humano de Voar. De Ícaro, Dédalo e Tukurê ao Comandante Epitácio, único personagem vivo e  real desta estória.
   Quem não conhece o lendário comandante Epitácio, que ainda muito jovem veio da Paraíba para morar em Vitória da Conquista. Ele nutria um sonho.! O de voltar um dia a sua terra natal, pilotando um avião.
   E foi assim que numa tarde ensolarada do verão de 2014, partiu num voo solo, para uma viagem de 1300 Km no seu monomotor, de Vitória da Conquista até Bananeiras PB seu torrão Natal. É lá fez pouso numa pista improvisada. Pronto; estava cumprida a promessa.
   Já aqui no Sertão da Ressacada, há muito tempo viveu um pequeno herói de nome Tukurê.  Curumim da tribo Mongoió, era excêntrico por natureza. Diferente dos demais meninos da tribo que brincava com ossos que representavam animais, Tukurê era vidrado em Penas de Gavião. As colecionava aos montes. E foi assim que confeccionou um belo par de asas, e deu assas a imaginação.  Em um dias especial, de um dos cerimoniais da tribo, no alto da serra do Piripiri, Tukurê colocou seu Par de asas e voou. O voo em forma de espiral o levou bem alto, até sumir das vistas dos índios da tribo.  Tukurê sumiu e nunca mais voltou. Então os índios passaram a acreditar que Tukurê, tinha virado um gavião e até os dias de hoje plana aqui pelo Planalto da Conquista.
    Talvez Tukurê seja eu próprio , que nas minhas experiências oníricas alço voos inimagináveis.
    A Obra construída em 2014, encontrava-se na margem esquerda da Via Sertaneja, e agora foi transferida para a área interna do Museu de Kard na margem Direita, passando a fazer parte do acervo permanente do Museu.

Allan de Kard verão de 2021

#museudekard #allandekard #valeriavidigal #betomagno #foto #museu #nordeste #vitoriadaconquista #vca

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

O CINEMA NA PANDEMIA


 BETO MAGNO
Por Roberto Sadovski

Fui ao cinema. Depois de não entrar numa sala de projeção desde março, isolado por conta da pandemia do coronavírus, eu me vi em uma sessão tripla que começou como trabalho e foi esticada para mais dois filmes. Depois de tantos meses, queria sentir qual era o clima em meu lugar preferido em todo o planeta. Foi uma experiência... estranha.

Em primeiro lugar, trabalho. Sessões de cinema para a imprensa geralmente são realizadas no período da manhã, e eram parte da rotina há décadas. Em 2020 isso acabou. Depois de meses com o mercado ensaiando um retorno, o primeiro grande filme a ser lançado por "Tenet", de Christopher Nolan - que eu analisei aqui. Para evitar aglomeração de jornalistas, o estúdio marcou diversas sessões. Eu fui na última, em um shopping de São Paulo, dividindo a sala com outros cinco colegas.

 Quando o filme terminou, dei uma volta pelo shopping. Nem de longe o movimento está normal. Algumas lojas permaneciam fechadas, as que insistiam não atraiam muitos clientes. A impressão é que as pessoas perambulavam pelos corredores do shopping pela simples vontade de colocar os pés na rua. Arrisquei entrar em uma livraria, dessas megastores que resistem aos trancos e barrancos. Senti como se estivesse no jogo "The Last of Us". Ao gravar mensagens em áudio no celular, ouvia o eco de minha voz.

Foi aí que tive a brilhante ideia de conferir o que estava em cartaz. Se já estava lá, melhor então ver na prática os protocolos de segurança adotados pelos cinemas desde a retomada. Na prática, não havia muito o que fazer. Álcool gel em todos os lugares, funcionários dispostos... E ninguém para atender. Escolhi dois filmes e, máscara no rosto, fui à luta. Pipoca e refrigerante? Nem arrisquei: não é nenhum sacrifício passar duas horas sem mastigar, prestando atenção somente aos filmes. A primeira sessão foi de "Os Novos Mutantes", filme derradeiro da série da Marvel quando estava nos braços da Fox. A essa altura eu sequer imaginava que a aventura era real, depois de um bom par de de anos brigando com tretas de bastidores. Quando o estúdio foi comprado pela Disney, o filme de Josh Boone ("A Culpa É das Estrelas") obviamente deixou de ser prioridade por não se encaixar no Universo Cinematográfico Marvel. A pandemia foi a oportunidade para desovar o cadáver silenciosamente.

A bem da verdade, "Os Novos Mutantes" não é nem de longe uma experiência terrível. Pelo contrário: é mais decente que absurdos do universo dos X-Men como "Apocalýpse" e "Fênix Negra". Mas é um filme de fato modesto, barato, de baixo orçamento e escopo reduzido. O elenco resume-se a seis atores trancafiados num hospital/prisão, lidando com os poderes de seus personagens em um roteiro bobão mas inofensivo. Não acho que as duas (!) outras pessoas na sala comigo se incomodaram.

A sessão seguinte foi exclusiva. Embora houvesse uma poltrona já comprada quando fui providenciar meu ingresso, no fim estava sozinho na sessão de "A Verdadeira História de Ned Kelly". A solidão combinou com o clima desolado do filme de Justin Kurzel ("Assassin´s Creed"). O lendário bandido australiano, que entrou para a história ao fim do século 19, ganhou uma biografia crua, suja, estranha e perturbadora em sua beleza melancólica.

O personagem já foi defendido meia dúzia de vezes no cinema, com Mick Jagger e Heath Ledger assumindo seu papel em filmes lançados em 1970 e 2003, respectivamente. Mas era um registro de filme de ação, caminho oposto ao escolhido por Kurzel. Aqui, é George MacKay ("1917") que abraça o papel de Kelly, filho de um imigrante irlandês que termina fincando raízes no outback australiano.

O texto, baseado no livro premiado de Peter Carey, muda o foco do bandido heroico para a autobiografia de Ned Kelly, narrando as decisões que o levaram a criar uma gangue de criminosos em um relato deixado para sua filha. O tom é por vezes lúdico, com o realismo substituído por delírios do protagonista e seu choque com as forças policiais da colônia. É um "filme de arte" provocativo e surpreendente, violento e sufocante.

Saí do cinema satisfeito em reencontrar minha paixão. Mas foi um sentimento agridoce, porque o mundo não está nem de longe preparado para voltar a girar. A Europa está voltando ao lockdown, as mortes por Covid nos Estados Unidos voltaram a disparar e a política genocida brasileira não inspira nenhuma confiança em arriscar uma data para o "novo normal".

É hora de voltar ao cinema? Isso, meu caro, é decisão totalmente sua. Sem grandes lançamentos pelo menos até dezembro (e eu não aposto na estreia de "Mulher-Maravilha 1984"), e com o caminhão de pérolas prestes a desembarcar via streaming ("Mank", "O Céu da Meia-Noite", "Mulan", "Soul"), acredito que seu futuro imediato esteja mesmo no sofá de casa.

Fonte: UOL