quarta-feira, 6 de maio de 2020

GLAUBER – O FILME, LABIRINTO DO BRASIL







GLAUBER – O FILME, LABIRINTO DO BRASIL

2003
Minutagem: 1h38' e 40'
Em Glauber – o filme, labirinto do Brasil, Silvio Tendler homenageia uma das figuras seminais do cinema brasileiro a partir da sua morte, em agosto de 1981, e compõe um mosaico com cenas do enterro, entrevistas de Glauber Rocha e de seus amigos. Glauber revolucionou o cinema. Com seus filmes, propôs uma revisão radical nos conceitos culturais do Brasil e influenciou outras cinematografias. Viveu em um tempo de sonhos de grandeza e esperança. O mundo fundia-se em uma festa libertária e a revolução viria do casamento da arte com a política, da realidade com a utopia, da verdade com o delírio. Realizou 15 filmes, escreveu ensaios, romances, peças de teatro. Um dos principais nomes do Cinema Novo, Glauber sentia-se marginalizado e não via perspectivas de saída no cinema brasileiro. O documentário mostra um homem inconformado, caótico, provocativo, que falava sem claquete, pensava grande, capaz de identificar talentos em seus amigos, dono de uma energia pulsante que nunca era estancada e que usava a palavra como pregação.


FICHA TÉCNICA

Direção, roteiro e montagem: Silvio Tendler
Imagens Históricas
Fotografia: Fernando Duarte e Walter Carvalho
Som: Cristiano Maciel
Consultoria de roteiro: Orlando Senna
Arte: Hélio Jesuíno
Labirintos: Patrícia Tebet, Cia de Design
Assistência de direção: Silvio Arnaut
Assistência da versão média: Terêncio Pereira Porto
Assistência de finalização: Fernanda Guimarães
Trilha sonora original, composiçnao, arranjos e direção musical: Eduardo Camenietzki
Interpretada por: Ithamara Koorax
Trilha adicional: Caíque Borkay
Produção e Pesquisa: Arthur Angeli, Carolina Paiva, Silvio Arnaut, Terêncio Pereira Porto
Edição das imagens: Silvio Arnaut
Edição da versão média: Renato Schvartz
Imagens das entrevistas: Américo Vermelho, Bruno Oliveira, Eryk Rocha, Johny Howard Szerman, Marcelo Garcia, Phiilippe Constantini, Estefan Hess, Silvio Arnaut
Som: Bruno Corrêa, Carolina Paiva
Finalização: Flávio Nunes
Edição de som e mixagem: Alexandre Duarte e Pedro Cintra




CURANDO MINHAS "NEURAS"!

terça-feira, 5 de maio de 2020

TÉCNICA E SENSIBILIDADE

Beto Magno

A Direção de atores é mais do que uma profissão é uma arte que requer muita sensibilidade, conhecimento, técnica e principalmente percepção. Ser diretor não é ficar aos berros no SET dando ordens e muito menos ficar provocando constrangimentos na equipe e no elenco. Ser diretor e estar atento para tirar o máximo de proveito do que o ator e equipe pode contribuir para que sua cena seja bonita, tenha sentimento e principalmente transmita verdade para quem está assistindo e essa administração em busca da verdade do ator em cena com limitações técnicas não é fácil para ambos os lados seja na publicidade, cinema, TV ou jornalismo. Você precisa compreender para ser compreendido, um diretor tem que saber extrair do ator a sensibilidade e a técnica.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

1000 MEGATONS DE POSITIVIDADES





#conhecimento #autoconhecimento #equilibrio #gaia #povosoriginarios #maenatureza #somosum


CINEMA ATUALIDADE

Beto Magno



UMA VISÃO SOBRE O CINEMA ATUAL*


Juliana Vannucchi

Estudante de Comunicação Social
Para quem já assistiu a filmes antigos, fica evidente a diferença entre os filmes produzidos nos dias de hoje e os realizados antigamente. Hoje, a produção cinematográfica acontece em imensa escala e grande diversificação. Vê-se menos importância por parte dos produtores de cinema sobre o que será transmitido através de um filme, e maior importância sobre o fato de apenas produzir uma mercadoria que será vendida. Surgem a partir dessa fórmula os populares clichês, ou seja, filmes repetidos em situações, nos quais o espectador já sabe logo nas primeiras cenas o que está por vir ou, inclusive, qual será o final.
O cinema contemporâneo preocupa-se principalmente em apresentar para um público geral aquilo que essas pessoas querem e gostam de ver. A linguagem da maior parte dos filmes modernos é acessível a todos os espectadores e os enredos são simples, fáceis de ser compreendidos.
A temática dos filmes contemporâneos é normalmente singela, seguindo muitas vezes um modelo baseado em vilão-mocinha-herói e um núcleo cômico que se responsabiliza por ridicularizar as cenas e interpretar falas engraçadas. Esse estereótipo pode ser reconhecido sobretudo em comédias românticas, hoje um gênero incrivelmente adorado pelo público. Nesse tipo de filme, logo nas primeiras cenas é evidente quem se apaixonará por quem e quem terminará junto de quem. O espectador não tem nenhuma novidade no decorrer das cenas e não adianta perder seu tempo esperando atitudes inteligentes ou soluções práticas por parte dos personagens. O cenário visual costuma ser básico e o roteiro composto por uma linguagem de fácil entendimento.
Filmes de ação e de terror, hoje feitos em alta escala, também adotam cenas usuais presentes em vários do gênero. Quem nunca se deparou em filmes de ação com cenas de perseguições de carro frenéticas, em que o mocinho (incrivelmente habilidoso no volante) pratica manobras perigosas e sempre sobrevive? Ou com explosões grandiosas, chefes de polícia negros às vezes comendo rosquinhas, herói baleado mas nunca morto? E quem nunca viu, naqueles de terror, famílias que herdam residências abandonadas no meio do nada, para a qual se mudam? As cenas desses filmes de horror são comumente marcadas por barulhos misteriosos, coragem exagerada dos heróis, falta de energia na casa, entre outros momentos comuns em narrativas do gênero. Ambos os tipos de filmes contam geralmente com estrelas ou atores momentaneamente famosos nos papéis dos personagens principais. Esses atores e atrizes, por sua vez, passam a sensação de mau uso de seus talentos por não precisarem atuar de forma tão intensa. Nessa tipologia de filme, os coadjuvantes mal interferem nas cenas e os diretores deixam a criatividade de lado.
A maior parte dos filmes que entram em cartaz hoje em dia são curtos e óbvios. Muito clichê e pouca originalidade fazem o cinema atual funcionar: o cinema é hoje uma mercadoria abstrata que visa lucros, e para lucrar obviamente precisa vender. Portanto, vende aquilo que as pessoas desejam assistir. Enquanto o público receber bem e pagar para assistir aos clichês,essa fórmula de filmes continuará existindo. Uma observação que é necessária ser considerada é de que atualmente o mundo vive de forma rápida. As informações são distribuídas em uma velocidade impressionante e as pessoas estão cada vez mais conectadas, o que permite que o fluxo de informações e noticias seja veloz. Assim, num mundo rápido, o espectador espera também um filme rápido. Outro aspecto a ser levado em conta é que as cidades grandes, com suas naturais complicações e problemas, estressam seus habitantes, que buscam, portanto, no cinema, um momento de descanso, de quebra de uma rotina tão entediante quanto tensa. Os filmes propiciam um tempo para as pessoas relaxarem e se desligarem das dificuldades e contrariedades diárias. Não há, então, por que fugir de uma complicação vivida para assistir a uma fictícia. Desta forma, as pessoas vão atrás de um filme simples, que as faça sorrir ou que estimule sua imaginação através de cenários fantasiosos e inovadores, deixando de lado casos complexos e histórias complicadas que exijam alto grau de atenção e raciocínio.


*Artigo originalmente postado no portal "Plano Crítico" (http://planocritico.ne10.uol.com.br)