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segunda-feira, 14 de agosto de 2023

UMA CONQUISTA NOSSA


Cesar Andrade, Beto Magno, Tina Rocha, Herzem Gusmão, Paloma Rocha, Hermes Mendes e Mauro Mendes

 

UMA CONQUISTA NOSSA!

Por Beto Magno

Tudo começou assim: Li e comentei duas postagens no Facebook sobre a entrega de uma moção de aplausos (mais do que merecedora) ao meu ex- professor, o advogado e intelectual, Dr. Afrânio Leite Garcez, a quem costumo chamar carinhosamente de Dom Garcez. Enquanto lia, me lembrava dos inúmeros artigos escritos sobre Vitória da Conquista, onde Dom Garcez, com muito amor, sempre enaltecia a nossa terra natal. Lembrei também de muitas falas, inclusive da frase : " Beto vá para Salvador, entre numa faculdade, Conquista é pequena para sua grandeza”. Uma profecia do meu advogado preferido!
Pensei muito, e vim pra Salvador de mala e cuia.

Depois disso, nunca mais deixei de pedir conselhos ao meu amigo, Dom Garcez.

Ah, mas eu também profetizo e elogio o meu amigo. Sim! Certa feita o chamei de _marqueteiro nato_, diante de tantos elogios e análises que ele sempre faz sobre o crescimento de Vitória da Conquista, e dos
planos que ele possui para a nossa cidade do coração.

Nesses anos todos nunca perdemos o vínculo de amizade, sempre falamos por telefone ou Whatsapp. Se eu quero notícias verdadeiras e quentíssimas sobre Vitória da Conquista, corro pra Dom Garcez! (risos)

*GLAUBER ROCHA* - No início do primeiro mandato do prefeito Herzém Gusmão, eu convidei Afrânio Garcez para integrar a comitiva da família do cineasta Glauber Rocha, comandada por mim, Dr. Armênio Souza Santos, Allan de Kard, Paloma Rocha e seus 3 primos,
Ele não aceitou o convite, pois tinha outros compromissos na época. Bem, sem querer entender, entendi... (risos). Sobre a comitiva - Ocorreu no dia 05 de janeiro de 2017, e lá, após as primeiras tratativas na presença da então secretaria de cultura Tina Rocha, o prefeito chamou um secretário dele e disse “resolva isso com urgência, e é para ontem”. Saímos convictos de que tudo estava resolvido. Mas, é...bem...que vergonha revelar isso: nada foi resolvido!!!

*VC* - No dia 04/05/2022, eu telefonei para Dom Garcez, e em mais 90 minutos de conversa, ele, como sempre, me colocou a par das últimas melhorias que foram implementadas em Conquista, como o asfaltamento de bairros inteiros, antes esquecidos, a aquisição de um terreno na Avenida Olívia Flores, sobre a inauguração do terminal de transporte urbano Herzem Gusmão, na Lauro de Freitas, sobre revitalização de diversas praças, e (segura coração) sobre um projeto para instalações da Casa Glauber Rocha na Rua 2 de Julho. Foram muitas novidades! O meu coração disparou, e eu tive uma espécie de taquicardia de tanta alegria, pois consigo enxergar um novo cenário para a produção do audiovisual na terra de Glauber, e, assim, consequentemente, geração de emprego e renda pro meu povo, além da divulgação do nome de Vitória da Conquista no Brasil e no mundo.

Afrânio falou também da esperança que ele nutre em ver uma iluminação moderna, com lâmpadas de LED, em toda a cidade, em ver a cidade totalmente arborizada.

A importância da iniciativa dos vereadores, aprovando projetos importantes, e em sintonia com a atual prefeita, também foi comentado por meu amigo pensador. Tudo isso, de maneira calma, sem citar ideologia política ou partidária, apenas pensando no bem comum dos cidadãos de Vitória da Conquista.

E eu fiquei feliz por tudo, inclusive porque possuo, em Conquista, a VM FILMES, uma produtora de cinema, com muita vontade de produzir.

Feliz também está o meu conselheiro preferido, homem culto, cristão, afetuoso, inteligente... Dom Garcez leva uma vida quase monástica, escrevendo, lendo, advogando, expondo seus pensamentos e pontos de vista de maneira branda, suave, mas repleta de razão.
Eu sou feliz por ter tido um professor com tantas qualidades! Um amigo querido, que em breve será um depoente do EXPOENTES, documentário que estou produzindo sobre a nossa Conquista.

Em tempo: ganhei o mês!

terça-feira, 16 de novembro de 2021

COMEMORAÇÃO AOS 100 ANOS DA SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922


Título: Café Di Cavalcanti
Técnica: Acrílica sobre painel
Ano:2021
Dimensão: 174 x 120 cm
Artista plástica: 
V. Vidigal

 Di Divalcanti 

No ano de 1954, o artista plástico Emiliano Di Cavalcanti criou, com exclusividade para o Instituto Brasileiro do Café, IBC, cartaz que enaltecia o café do Brasil. 

Em fevereiro próximo, comemoramos o centenário da Semana de Arte Moderna. 

Minha contribuição foi criar esta releitura da obra de Di Cavalcanti – tributo ao grande artista e um dos principais idealizadores e organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. 

Minha homenagem, de forma bem brasileira: acrescentei, na parte inferior, detalhes da bandeira brasileira e do símbolo do IBC. 

Di Cavalcanti ( *1897 - +1976 )

Valéria Vidigal (1968...)

 

A releitura de arte é a criação de uma nova obra sem se desviar por completo do original, é um exercício de conhecimento e criatividade, recheado de alta intelectualidade.

E,muitas vezes, a releitura é melhor do que o original...
parabéns
Valéria Vidigal! grande inspiração, linda homenagem.

 

domingo, 17 de outubro de 2021

FALANDO DE CINEMA INTELIGENTE


Por Silvia Marques*

Sim, falar sobre Cinema inteligente é falar sobre todas as coisas. Não me refiro à abordagens mais técnicas, que envolvem a análise de um roteiro consistente ou à beleza dos enquadramentos e movimentos de câmera. Me refiro à falar sobre o conteúdo fílmico e da sua linguagem quando ela diz respeito e está a serviço do conteúdo.

Falar sobre Cinema inteligente é falar sobre política, tanto nas macro como nas micro estruturas da sociedade. Política vai muito além de falar sobre impeachment, corrupção passiva e os escândalos variados que animam os nossos governos e governantes. Falar sobre política inclui analisar os mecanismos de poder da sociedade, que perpassam todas as instituições existentes: as políticas, as econômicas, as religiosas, as educacionais e a familiar.

Falar sobre Cinema inteligente é falar sobre cultura. E quando falo cultura não me refiro apenas a museus e óperas. Não me refiro à cultura como cultura erudita ou alto grau de instrução. Me refiro a cultura sob o viés da semiótica da cultura: cultura como um gigantesco conjunto de códigos comunicacionais que expressa todos os nossos modos de pensar, sentir, fazer e comunicar. Falo de cultura como nossos costumes, crenças e valores mais arraigados. Falo de cultura como as nossas dicotomias mais estridentes, nossa hipocrisia mais pútrida, nossos jogos mais perversos, nossos passatempos mais ingênuos, nossa absurda capacidade de sermos fascinantes e asquerosos em medidas praticamente iguais.


Falar sobre Cinema inteligente é falar sobre Psicologia e Psicanálise. Félix Gattari já havia nomeado o cinema como o divã do pobre em um artigo sobre as estreitas e íntimas relações entre Cinema e Psicanálise. Mais do que mostrar variados distúrbios emocionais e diferentes padrões comportamentais, o Cinema não deixa de realizar uma espécie de terapia com espectadores abertos para esta experiência.


Falar sobre Cinema inteligente é falar sobre História. Quantos filmes não permitem que não nos esqueçamos de personalidades e momentos trágicos , impactantes e decisivos para o entendimento do nosso tempo presente?


Falar sobre Cinema inteligente é falar sobre ética e estética. É por em debate os valores morais da nossa sociedade. É questionar o próprio conceito de beleza em sua multiplicidade.
Falar sobre Cinema inteligente é falar sobre o amor e seus mecanismos de estranhamento , redenção e condenação. Falar sobre Cinema inteligente é dissecar a raça humana com suas contradições, impulsos, paixões e misérias. Falar sobre Cinema inteligente é falar sobre a sexualidade em suas múltiplas faces.


Falar sobre Cinema inteligente é falar sobre as Artes de um modo geral. Cinema é uma arte síntese, que reverenciou e reverencia muitos artistas.


Falar sobre Cinema é falar sobre as Ciências e suas idas e vindas. Avanços e retrocessos. É falar sobre as mudanças na forma de pensamento.

Sim, falar sobre Cinema inteligente é falar sobre todas as coisas. Que pena que para a maioria das pessoas ver um filme é um mero passatempo e estudar e conversar sobre cinema seja apenas um sintoma de uma personalidade lunática. Os exemplos dados no artigo são meramente ilustrativos. A quantidade de filmes importantes é inúmera.