segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

INSTITUTO MUSEU DE KARD






Romeu Ferreira, Alex Emanuel, Valéria Vidigal, Domício Campos e Allan de Kard 



A chuva caí branda e continuada como deve ser as boas coisas da vida. 
Parece que foi reza na medida certa agraciando esse lugar de meu Deus.
É como se o regador Divino sob os cuidados do Jardineiro dos Céus aqui estivesse, como de fato está, aqui , ali, alhures...  
Vem bendita, vem de mansinho fecundar o solo e levar com suas águas todas as desesperanças. 
Vem e renova o Ânimo desse Nordestino que não desiste jamais.
E eu apoiado sobre meus calcanhares, fito o infinito e agradeço a inteligência Suprema do Universo, o Senhor de todos os Sóis, onipresente no Macro e Microcosmo, presente também na essência de cada Ser. 
Isso mesmo, temos o DNA divino, somos Lucigênitos, filho da luz. 
Meu Deus!!! Chove, chove, chove, chove de mansinho... 

Allan de Kard ( Verão 2016)

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

CANÇÃO DO AMOR SERENO


 CANÇÃO DO AMOR SERENO


Vem sem receio: eu te recebo

Como um dom dos deuses do deserto

Que decretaram minha trégua, e permitiram

Que o mel de teus olhos me invadisse.


Quero que o meu amor te faça livre,

Que meus dedos não te prendam

Mas contornem teu raro perfil

Como lábios tocam um anel sagrado.


Quero que o meu amor te seja enfeite

E conforto, porto de partida para a fundação

Do teu reino, em que a sombra

Seja abrigo e ilha.


Quero que o meu amor te seja leve

Como se dançasse numa praia uma menina.


Lya Luft


segunda-feira, 31 de outubro de 2022

18ª EDIÇÃO PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA

Em sua 18ª edição, o Panorama Internacional Coisa de Cinema retoma a programação 100% presencial e volta a ser realizado em Cachoeira. O festival acontece de 3 a 9 de novembro, no Cine Metha (Salvador) e no Cine Theatro Cachoeirano (Cachoeira). #bahia #CulturaEmMovimento #GovBa #SecultBA #salvador

➕Infos: http://ow.ly/2RLr50LpUma


 

sábado, 1 de outubro de 2022

PARA OS QUE VIRÃO

Beto Magno
 

 
PARA OS QUE VIRÃO 
 
Como sei pouco, e sou pouco,
faço o pouco que me cabe
me dando inteiro.
Sabendo que não vou ver
o homem que quero ser.
Já sofri o suficiente
para não enganar a ninguém:
principalmente aos que sofrem
na própria vida, a garra
da opressão, e nem sabem.
Não tenho o sol escondido
no meu bolso de palavras.
Sou simplesmente um homem
para quem já a primeira
e desolada pessoa
do singular - foi deixando,
devagar, sofridamente
de ser, para transformar-se
- muito mais sofridamente -
na primeira e profunda pessoa
do plural.
Não importa que doa: é tempo
de avançar de mão dada
com quem vai no mesmo rumo,
mesmo que longe ainda esteja
de aprender a conjugar
o verbo amar.
É tempo sobretudo
de deixar de ser apenas
a solitária vanguarda
de nós mesmos.
Se trata de ir ao encontro.
(Dura no peito, arde a límpida
verdade dos nossos erros.)
Se trata de abrir o rumo.
Os que virão, serão povo,
e saber serão, lutando.
 
Thiago de Mello

terça-feira, 27 de setembro de 2022

domingo, 18 de setembro de 2022

CAMINHADA DA VITÓRIA


Foto: Rosa Tunes

Vice Governador e Candidato a Dep. Federal João Leão e comitiva.
 
*Em uma semana, cinco prefeitos anunciam apoio a ACM Neto*

 

_Gestores de Seabra, Brumado, Brotas de Macaúbas, São José de Vitória e Novo Horizonte afirmaram que a população de seus municípios quer mudança na forma de governar a Bahia_


Em apenas uma semana, o candidato a governador ACM Neto (União Brasil) recebeu o apoio de cinco prefeitos, sendo quatro eleitos por partidos que integram a base do governo. Desde a última terça-feira (13) até este domingo (19), aderiram oficialmente à campanha os prefeitos Fábio Lago Sul (PP, Seabra), Eduardo Vasconcelos (sem partido, mas eleito pelo PSB em Brumado), Dr. Kléber (PSB, Brotas de Macaúbas), Jeová Nunes (PSB, São José da Vitória) e Djalma Anjos (PP), Novo Horizonte. Além dos prefeitos, mais de 20 vereadores dos cinco municípios também abandonaram a base governista e fizeram a “portabilidade”.


“Tenho certeza que a experiência e o trabalho de ACM Neto nos oito anos em que administrou Salvador são as maiores credenciais do que será feito no governo estadual a partir de 1º de janeiro do ano que vem, quando ele tomar posse”, afirmou o prefeito Fábio Lago Sul, que foi reeleito em 2020 com 60,87% dos votos. “Os apoios e a confiança dos prefeitos, vereadores, candidatos e lideranças revelam o desejo de mudança que tomou conta de todos os 417 municípios da Bahia e mostram que estamos no caminho certo, rumo a uma grande vitória no dia 2 de outubro”, disse ACM Neto.


Além do apoio ao candidato do União Brasil, os cinco gestores têm em comum críticas ao governo estadual. “Fomos completamente abandonados pelo governador Rui Costa e as promessas simplesmente não foram cumpridas”, disse o prefeito Jeová Nunes. “A população de Brotas de Macaúbas, em sua grande maioria, está muito insatisfeita com o governo estadual e quer ACM Neto como governador”, afirmou Dr. Kléber.


“Estamos a duas semanas das eleições, na reta final, e no momento mais importante temos recebido apoios muito importantes. Desde o início de minha caminhada tenho falado que se Deus e os baianos me derem a oportunidade de ser governador vou trabalhar muito para fazer a melhor administração do Brasil, como fiz em Salvador, e honrar cada voto recebido”.


*Apoio petista*- Também esta semana ACM Neto recebeu o apoio de um candidato que disputou as últimas eleições pelo

PT e continua filiado ao partido. Ézio da Farmácia disputou a prefeitura de Ibitiara em 2020, mas agora em 2022 decidiu seguir com o candidato a governador que faz oposição ao partido.


"Para nós é um prazer enorme receber ACM Neto em nossa cidade. O que a gente espera dele é que venha desempenhar um grande governo na Bahia, assim como fez em Salvador por oito anos. Foi isso que nos levou a apoiá-lo neste ano. Esse é o voto de confiança que não só eu, mas todo o nosso grupo está dando ao próximo governador da Bahia", disse Ézio da Farmácia.


Fonte: ASCOM João Leão 

domingo, 21 de agosto de 2022

FILMES HOMENAGEADOS NO I FESTIVAL DE CINEMA DE MARACANGALHA

 

  MANDINGA EM MANHATTAN

 DIREÇÃO: LÁZARO FARIA

DURAÇÃO: 54:22

 

 

 

 

 

FILMES HOMENAGEADOS NO I FESTIVAL DE CINEMA DE MARACANGAL

 

 O Corneteiro Lopes

 DIREÇÃO: LÁZARO FARIA 

DURAÇÃO: 20:38

 

 


FILMES HOMENAGEADOS NO I FESTIVAL DE CINEMA DE MARACANGALHA

 

 REVOADA TRAILER - Português

 DIREÇÃO: JOSÉ UMBERTO DIAS

DURAÇÃO: 1:20:00


FILMES HOMENAGEADOS NO I FESTIVAL DE CINEMA DE MARACANGALHA

 

 PARAÍSO INSÓLITO (Stranger Paradise ) Filme completo

DIREÇÃO: ANSELMO VASCONCELLOS 

DURAÇÃO: 19:04

 


 

FILMES HOMENAGEADOS NO I FESTIVAL DE CINEMA DE MARACANGALHA

Cascalho_2004_filme completo

DIREÇÃO: TUNA ESPINHEIRA 

DURAÇÃO: 1:44:48

ALÔ BOYS! (O Filme)

 

Quinto filme em Maracangalha

Os Pitorescos Personagens de Maracangalha

 

Quarto filme em Maracangalha

EREMITA ROSA - A Grande Dama de Maracangalha (2012) VM Filmes

 

Terceiro filme em Maracangalha

UM GRANDE SAMURAI - José Augusto Berbert de Castro (2008) VM Filmes

 

Segundo filme em Maracangalha

CINE MARACANGALHA

 

Primeiro filme feito em Maracangalha em 2008

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

ATÉ QUANDO VIA BAHIA?

 Até quando vamos aturar a VIABAHIA?

15/08/2022 10:55 em Geral

por José Maria Caires - Duplica Sudoeste

No dia 04 de março de 2020, tivemos uma audiência com o então ministro da Infraestrutura, Tarcisio de Freitas. Naquela oportunidade ele trabalhava com a possibilidade de uma possível intervenção na VIABAHIA, que, infelizmente, acabou não acontecendo.

Tive a oportunidade de me pronunciar na ocasião do encontro com o ministro e aproveitei para sugerir que ele fizesse um TAC -Termo de Ajuste de Contrato, solução que ele considerou inadequada naquele momento.

A relutância da ANTT em fazer a revisão contratual quinquenal, tem favorecido unicamente à concessionária, tanto judicial quanto financeiramente, já que muitas das contrapartidas previstas não estão sendo realizadas, enquanto as cabines de pedágio continuam arrecadando milhares de reais todos os dias.

Infelizmente a ANTT não percebe o quanto beneficia indevidamente a VIABAHIA com essa falta de atitude, ao mesmo tempo em que gera prejuízos incalculáveis para os usuários que pagam para transitar na estrada e não estão recebendo de volta os benefícios a que teriam direito.

Nas últimas semanas nem os serviços básicos de manutenção do asfalto estão sendo realizados a contento, sendo possível encontrar vários buracos e inúmeros consertos mal feitos em vários trechos da rodovia entre Feira de Santana e Vitória da Conquista.

.Até quando vamos aturar a VIABAHIA?

Não se surpreendam se o pedágio chegar aos R$ 14,00. E o pior, sem duplicação da BR-116.


Fonte: https://portalcontraponto.com/noticia/1247449/ate-quando-vamos-aturar-a-viabahia

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

ZELITO VIANA ( O DR. FANTÁSTICO)

Beto Magno, Dr. Valdir Barbosa, Valéria Vidigal, Vera de Paula e Zelito Viana



AS MEMÓRIAS DE ZELITO
Por Amir Labaki

Zelito Viana é um homem-cinema. São quase seis décadas de dedicação. Como poucos, fez de tudo, e assim nos conta no livro de memórias que finalmente lança, “Os Filmes e Eu” (Record, 296 págs, R$ 69,90).

Engenheiro de formação, Zelito é sobretudo produtor e diretor, mas também ator e fotógrafo, roteirista e selecionador musical, fomentador público (na Embrafilme de Roberto Farias de meados dos anos 1970) e distribuidor comercial (até de VHs e DVDs na Globo Vídeo). Há 57 anos mantem ativa sua produtora, a MAPA, que herdou o nome da revista cultural baiana tocada, entre outros, pelo jovem Glauber Rocha (1939-1981).

Seus primeiros passos na produção coincidem com a aurora do Cinema Novo. Pudera: um de seus próceres, ninguém menos que Leon Hirszman (1937-1987), seu colega nos estudos de engenharia, o convidou para fazer a transição profissional. No calor da hora, ou algum tempo depois, Zelito trabalhou com boa parte da patota: Cacá Diegues, Eduardo Coutinho (1933-2014), Glauber, Leon, Paulo César Saraceni (1932-2012), Walter Lima Jr.

No documentário rodado por Joaquim Pedro de Andrade (1932-1988) sobre o movimento para uma TV alemã, “Cinema Novo -Improvisiert Und Zielbewusst” (1967), ei-lo apresentado correndo salas de cinema, ao lado de Cacá, para conferir o público de “A Grande Cidade”. Outro registro histórico está no livro: a Santa Ceia do Cinema Novo segundo David Drew Zingg (1923-2000), na foto batida em 1967 em mesa do Bar Zeppelin, em Ipanema, Rio. Quatro já se foram: Nélson Pereira dos Santos (1928-2018), Leon, Glauber e Joaquim Pedro. Quatro mantém alto a bandeira: Luiz Carlos Barreto, Ruy Guerra, Walter Lima Jr e o próprio Zelito.

“Os Filmes e Eu” repassa, em prosa despojada e ordem cronológica, a vida do cearense que se especializou na Europa em engenharia siderúrgica até não resistir ao chamado de Leon. A agilidade com números serviu-lhe de passaporte inicial. O amor por filmes desde a infância prenunciava a guinada. A proximidade com um dos irmãos mais velhos, o extraordinário humorista e escritor Chico Anysio (1931-2012), referendava a vocação familiar.

Sem cerimônia, Zelito reconstitui sua trajetória, discorrendo tanto sobre os grandes filmes que produziu e dirigiu quanto sobre os trabalhos de ocasião, de institucionais a campanhas políticas. A memória prodigiosa oferece anedotas deliciosas sobre quase todas as produções e perfis breves e carinhosos sobre personalidades (João Gilberto, Juruna, Mário Henrique Simonsen) e anônimos marcantes com quem conviveu.

“Terminar ‘Cabra Marcado para Morrer’ foi minha primeira tarefa a executar no mundo de cinema”, lembra Zelito. Duas décadas se passaram até conclui-la. Interrompidas as filmagens devido à eclosão do golpe de 1964, a inviabilidade de terminar o filme foi reconhecida a partir de uma projeção do copião nos laboratórios da Líder no Rio. “Nos vinte anos que se seguiram ao golpe militar, Eduardo Coutinho foi um homem obcecado pelo desejo de completar sua obra”, testemunha. O que era uma ficção engajada, na linha do CPC (Centro Popular de Cultura), se reencantaria num documentário de cristalina originalidade.

Zelito debutou como produtor com “A Grande Cidade” (1966), longa-metragem de estreia de Cacá Diegues, a quem conhecia de vista dos tempos no tradicional colégio Santo Inácio. Voltariam a trabalhar juntos em “Quando o Carnaval Chegar” (1973) e “Veja Esta Canção” (1994).

A parceria mais prolífica foi com Glauber, a quem conheceu na saída da citada projeção do primeiro “Cabra” na Líder. Estiveram juntos do curta documental “Maranhão 66” até o fim da década: “Terra em Transe” (1967), “Câncer” (1968), “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1968), “Der Leone Have Sept Cabeças” (1970). O título do último foi sacada dele. A recusa em produzir “A Idade da Terra” (1980) os afastou até a precoce morte de Glauber em 1981.

Nem só de obras-primas se constrói mais de meio século de carreira audiovisual. É assim admirável como Zelito não se furta de recordar produções eminentemente comerciais de grande sucesso, como o policial “Máscara da Traição” (1969) de Roberto Pires, com o casal Glória Menezes/Tarcísio Meira, e de retumbante fracasso, como sua primeira direção solo, “O Doce Esporte do Sexo” (1970), uma comédia de esquetes protagonizada pelo irmão, Chico Anysio.

Filmes melhores viriam. Adaptado do romance “Alma” de Oswald de Andrade (1890-1954), “Os Condenados” (1974) talvez seja ainda seu ápice no cinema ficcional. Rodado durante dois anos, “Terra dos Índios” (1979) é um marco na denúncia da violência contra as nações indígenas brasileiras, infelizmente ainda atualíssimo. Devemos a Zelito ainda os melhores retratos do poeta Ferreira Gullar (1930-2016), do dramaturgo Augusto Boal (1931-2009) e de seu multitalentoso irmão (“Chico Anysio É”, de 2006). O músico Egberto Gismonti será o próximo, anuncia o livro. O homem-cinema não para.

Fonte: http://etudoverdade.com.br/br/noticia/2217-As-Memorias-de-Zelito

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

ANSELMO VASCONCELLOS

 
Anselmo Vasconcellos
 
  1. Anselmo Carneiro Almeida Vasconcelos (Rio de Janeiro, 1° de dezembro de 1953) é um ator brasileiro de cinema, teatro e televisão.

    Já participou de mais de 50 filmes, entre os quais se destacam: Se segura, malandro!, de 1978, e Bar Esperança, o último que fecha, de 1983, ambos de Hugo Carvana; A república dos assassinos, de 1979, de Miguel Faria Jr., e Brasília 18%, de 2006, de Nelson Pereira dos Santos, entre outros.

    Na televisão, participou de telenovelas e minisséries, no humorístico Bronco, exibido pela Band, e atualmente atua na novela Genesis e Reis da Rede Record

    Carreira

    Na televisão

    Ano Título Papel
    1978 Ciranda Cirandinha Tavito
    1979 Plantão de Polícia
    1980 Ciranda Cirandinha
    O Bem-Amado Boca de Tramela
    1981 Brilhante Tavares
    Obrigado Doutor
    1982 Sítio do Picapau Amarelo Serapião
    1983 Eu Prometo Jair
    1984 Transas e Caretas Ronaldo
    1985 Um Sonho a Mais Edgar Chaves / Edson Chaves
    1986 Anos Dourados Capitão Serpa
    1987 - 1990 Bronco Chacal de Souza
    1990 Araponga Bitola
    1991 Amazônia Ezequiel
    Salomé Capivara
    1992 - 1993 Incrível, Fantástico, Extraordinário
    1993 - 1999 Você Decide
    1994 A Viagem Presidiário
    1995 Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados
    1996 A Vida Como Ela é...
    Caça Talentos Tony Dark
    1997 A Justiceira Paco
    Mandacaru Coronel Fontes
    Sai de Baixo Bartolomeu
    1998 Brida Henrique
    Corpo Dourado Naldo
    Hilda Furacão Jabuti
    Pecado Capital Jomar
    2000 Esplendor Rajão
    2001 - 2011 Zorra Total Vários Personagens
    2009 Toma Lá, Dá Cá Antônio Carlos
    2015 Zorra Vários personagens[3]
    2018 Treme Treme Pirarucu
    2021 Gênesis Ismael (idoso)
    2022 Reis Guedór, Rei dos Filisteus
    Cara e Coragem Milton Figueira

     

    No cinema

    Ano Título Papel
    1978 Fim de Festa Valentim[4]
    Se Segura, Malandro Beto[5]
    J.J.J., O Amigo do Super-Homem
    O Escolhido de Iemanjá
    Tudo Bem
    1979 A República dos Assassinos
    Eu matei Lúcio Flávio
    Terror e Êxtase
    Amante Latino
    1980 Perdoa-me por Me Traíres
    Consórcio de Intrigas
    1981 Eles Não Usam Black-Tie
    O Torturador
    1982 O Segredo da Múmia Runamb[6]
    1983 Bar Esperança
    O Bom Burguês
    1985 Chico Rei
    Tropclip
    Urubus e Papagaios
    1990 A Rota do Brilho
    1991 A Maldição do Sanpaku
    1994 Boca
    1995 Sombras de Julho
    Yemanján tyttäret
    1996 Quem Matou Pixote?
    Sambolico
    1997 O Homem Nu
    1998 Vox Populi (curta-metragem)
    1999 O Dia da Caça
    2001 Condenado à Liberdade Detetive Osmar
    2003 Apolônio Brasil, Campeão da Alegria
    2005 O Xadrez das Cores (curta-metragem)
    2006 Brasília 18%
    Madrugada de Inverno (curta-metragem)
    O Farol de Santo Agostinho (curta-metragem)
    2007 Primo Basílio
    Último Páreo
    It's A Very Nice Pra Xuxu
    O Jogador
    República dos Ratos
    2009 Tempos de Paz
    2011 Réquiem para Laura Martin
    2011 Chico Xavier Perácio
    2017 Gente Igual a Você (curta-metragem)
    2019 O Amor Dá Trabalho chefe do limbo
    2021 O Silêncio da Chuva Cláudio Lucena  

     

    Referências

  2. «Izabelle Valladares entrevista o ator e produtor Anselmo Vasconcellos - Entrevista». www.recantodasletras.com.br. Consultado em 6 de março de 2012

  3. «Anselmo Vasconcelos -Famosos - Vida - Contigo». contigo.abril.com.br. Consultado em 6 de março de 2012. Arquivado do original em 19 de dezembro de 2011

  4. GShow (29 de abril de 2015). «Dani Calabresa aceita desafio de Fabiana Karla em lançamento do Zorra». Globo.com

  5. Cinemateca Brasileira, Fim de Festa [em linha]

  6. Cinemateca Brasileira, Se Segura, Malandro [em linha]

  7. Cinemateca Brasileira, O Segredo da Múmia [em linha]

domingo, 7 de agosto de 2022

5 MOSTRA DE CINEMA DE FAMA - MG


 

As inscrições para a MOSTRA DE CINEMA DE FAMA – Curta-Metragem estão abertas de 00:00 do dia 30 de junho até 23h:59 de 14 de agosto de 2022. Serão realizadas em plataforma online, disponível no site www.mostrafama.com.br.
 

Os filmes deverão estar acessíveis em plataforma de vídeo online, podendo conter senhas, que deverão ser informadas na ficha de inscrição, para a avaliação do comitê de seleção.
Os filmes devem ter até 25 minutos de duração e terem sido finalizados de 2020 em diante.
Os materiais promocionais deverão ter seu upload na plataforma da inscrição.
Os filmes inscritos para a seleção devem assegurar que possuam os direitos de exibição de imagens e de execução de trilha sonora contida na obra, para fins de exibição em mostras e festivais e exibições públicas sem fins lucrativos, isentando a organização da Mostra de Cinema de Fama de pagamentos de direitos conexos em sua exibição.
Os filmes selecionados deverão enviar por e-mail, no endereço mostradecinemadefama@gmail.com, a declaração, em modelo anexo a este edital, comprovando que possuem o direito de exibição de imagem e execução da trilha sonora para sua exibição na Mostra de Cinema de Fama.
Com a autorização do candidato, todas as informações presentes na ficha de inscrição dos filmes selecionados, assim como até 30 segundos de imagens do filme (em sistema stream), poderão ser publicadas em todos os meios publicitários da Mostra de Cinema de Fama.

Critérios de seleção e envio de cópias e material para exibição
Serão selecionados filmes em curta metragem que irão compor o programa da Mostra de Cinema de Fama.
A lista de filmes selecionados será divulgada oficialmente até o dia 15 de setembro de 2022.
O formato de exibição dos filmes selecionados será digital. A cópia de exibição deverá ser enviada para a comissão, por pasta compartilhada online, até o dia 25 de setembro de 2022.

Júri
O júri será composto por profissionais de cinema e cultura, convidados pela organização da Mostra de Cinema de Fama, que decidirão os prêmios relacionados abaixo. A decisão do júri é suprema e autônoma.

Premiação
Menção Honrosa
Aclamação do Público
Melhor Ator
Melhor Atriz
Melhor Direção
1º lugar Melhor Filme pelo Júri – Troféu Cardume
2º lugar Melhor Filme pelo Júri – Troféu Peixe
3º lugar Melhor Filme pelo Júri – Troféu Escama

Premiação – Mostra Mineira
1º lugar Melhor Filme Mineiro

A inscrição de um filme no Festival implica na plena aceitação deste regulamento.
MOSTRA DE CINEMA DE FAMA
30 de junho de 2022
Aryanne Ribeiro – Diretora

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

GENTE PROPAGANDA FATURA 4 PRÊMIOS NO FESTDIGITAL


Lucas Caires recebe  prêmio em nome da GENTE PROPAGANDA

 Nessa semana, Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, sediou um dos mais importantes festivais de criatividade do país, o FestDigital. O evento, que recebeu agências, produtoras e clientes de diversos estados do Brasil, chegou à sua 21ª edição, premiando e valorizando a propaganda criativa. 

júri deste ano foi formado por: Paulo Vaz, produtor musical e tecladista da Banda Supercombo; Fran Mariano, analista de marketing da Globo; Leandro Dolfini, diretor de criação da DPZ&T; Paula Granette, dir. de planejamento estratégico da Suno; Lara Rangel, seniorcopywriter da W/McCann; e Rodrigo Maciel, gerente de produtos da Umbler

Única representante da Bahia no shortlist desse ano, a Gente Propaganda faturou três medalhas com campanhas para ICON/IMAD, DiGoret e Shopping Conquista Sul.

Para coroar a noite, a agência recebeu ainda o Grand Prix do Festival, como o melhor material publicitário para rádio no ano, com campanha criada para o São João do Conquista.

“Rádio é a essência da propaganda, onde temos a criatividade sem muita maquiagem ou grandes produções. É só a ideia pura e simples. Receber uma premiação dessa importância, reforça que estamos no caminho certo. O caminho da criatividade com simplicidade.” ressaltou Lucas Caires, Diretor de Criação e Redator da Gente Propaganda. 

O Resultado no FestDigital fortalece a posição da agência conquistense como uma das mais criativas do estado, tendo recebido premiações regionais, nacionais e internacionais. 


Fonte: blogdorodrigoferraz 

INGRA LYBERATO



Ingra Lyberato 

A arte de atuar se alimenta de cada pedacinho belo ou feio da nossa personalidade. 

A arte cura as feridas, retira as máscaras, descarta as armaduras. 

Sempre tive a sensação que diante da câmera, diante do público do teatro, me torno mais verdadeira, pois o que a sociedade rejeita por achar feio, a arte reconhece como parte valiosa da verdade. 


Esse aspecto do ofício do ator é um caminho de auto cura, caminho de auto liberação, pois nos coloca diante do que realmente somos e nessa posição podemos integrar e transformar o que não queremos mais. Aliás, é a única maneira de real transformação, pois tudo o que rejeitamos se fortalece. Se temos aspectos sombrios, precisamos ter coragem de encará-los com amor. Compreender sua origem, acolher, iluminar. Assim, a dor do passado pode se transformar em compreensão profunda da vida, pode se transformar em força de lição aprendida. 


Transmutação do ser que rasteja para o ser que voa. Da lagarta à borboleta. Esse processo é possível para qualquer pessoa com coragem e humildade.


A Arte se nutre de Amor. Está no coração da mãe, do pai, na arte de cuidar. No coração do pioneiro, na arte de sonhar. No coração dos humildes, na arte de servir. No coração dos amantes, na arte da entrega… por isso, a Arte cura!


♥️💚🍃


#arte #artecura #autocura #entrega #amor #paixao #confianca #set #cinema #visao #ilusao #realidade #luz #sombra #fotografia #ser #estar #presenca #paz #autoconhecimento #consciência

 

terça-feira, 2 de agosto de 2022

SARAUS DA MINHA VIDA

  Massimo Ricardo De Benedictis

 

SARAUS DA MINHA VIDA
 
Ricardo De Benedictis
 
Fui criado num ambiente musical e poético, desde criança, em Poções, na Bahia, numa época em que a energia elétrica só existia para nós, a partir das 17,30 – 18 horas, graças ao grupo gerador do grande italiano Bras Labanca e seus auxiliares Leocádio e Nicola Leto.
Em épocas normais (dia-a-dia), às 10:45 o gerador dava um sinal para parar 15 minutos depois. Daí por diante eram os candeeiros ‘aladin’, os fifós a óleo, os candeeiros mais comuns e menos fumacentos, as velas de tamanho variado em seus castiçais e, por fim, o rola-rola para uns, as farras para outros e o sono dos justos, para os pais e avós cansados pela batalha diária da sobrevivência.
Êta, tempo bom!
Os sonhos que nos povoavam o sono até o dia amanhecer e tudo a se renovar, como na véspera havia acontecido através dos anos e anos.
E o tempo era lento.
Sempre aquela expectativa de uma festividade pública, ou mesmo de um aniversário, um casamento, para sairmos daquela mesmice de sempre, mas que era, ao mesmo tempo, uma beleza de vida, tanto em casa como na escola ou nas praças e ruas da cidade de Poções, lá nos idos dos anos 1940, quando tínhamos cerca de 5 mil habitantes na sede municipal.
A principal festa de Poções sempre foi a do nosso Padroeiro, o Divino Espírito Santo, realizada no Pentecostes, que se dá em data móvel, entre os finais de maio/início de junho. A cidade se preparava para a sua festa principal, de um ano para outro, quando a Comissão era criada pela Igreja Católica e um novo grupo ficava encarregado de organizar os festejos – seguindo a parte profana a cargo da Prefeitura da cidade. Uma festa de largo como se faz em toda a Bahia. O ponto culminante é a ‘Chegada da Bandeira’, que se dá no dia de Pentecostes, na sexta-feira, cuja data é móvel, a depender do calendário da Igreja Católica.
SARAUS DA MINHA VIDA
O intuito deste narrativa é falar dos nossos saraus poéticos e musicais, o que faremos ora por diante.
Desde os 5 anos de idade, demonstrava muito interesse pela música e pela leitura, uma vez que fui alfabetizado neste período e me apaixonei pelos livros e pelas figuras que neles continham.
Alguns músicos de Poções vinham à nossa casa ensinar violão às minhas irmãs mais velhas, a exemplo de Deusdeth Fagundes - ex aluno da minha mãe, Profª Nadir Benedictis, que tocava violão e cujos ensinamentos trouxe da sua terra natal, Salinas da Margarida. Minha mãe tocava e cantava e nós fazíamos o mesmo em uma roda na nossa imensa copa/cozinha.
Ela muito me ensinou para dar os primeiros passos no aprendizado. Fazíamos exercícios juntos e eu me sentia o rei da cocada preta. Lembro-me de Deusdeth, o Beth (irmão do grande saxofonista saudoso Arnaldo Fagundes e de dona Lourdes – mãe de Albérico, Valderez e de Vaneide, trazendo seu violão e o violino à tiracolo e essas visitas se davam entre as sete e 10 horas da noite, justamente pelo limite de tempo para termos o ambiente interno e externo iluminado.
Quando fui para Salvador em 1952 já tinha um violão melhor e sempre apostava minhas economias para adquirir um melhor ainda. Épocas de ter dois ou três violões em casa, cada um com a função de servir para o gasto ou para tocar em dupla, ou mesmo para ir aos saraus que agora passo a relembrar.
Walter Carvalho, que é meu irmão de leite, filho de Arlinda e Arthur Carvalho, transformou-se num exímio bandolinista, além do que, tocava violão e cordas em geral. Eu tocava gaita, acordeón e violão, e fazia uns acordes e solos mais lentos no cavaquinho e no bandolim, além disso, desenvolvi muita habilidade na afinação de instrumentos de corda, uma vez que nada escapava do meu afinado ouvido!
As aulas de Canto eram obrigatórias no curso ginasial e eu aproveitei para me engajar nos Corais do ICEIA (Barbalho – Salvador), no início da puberdade, quando minha voz estava mudando a tonalidade, e eu gostava de fazer o ‘baixo’. Os professores sempre me deram oportunidade de fazer guia para os demais, pela minha afinação. Nunca falhava e apontava aquele que estivesse fora da entonação ou do compasso!
A partir daí, conheci Walter Villas-Boas que era pianista, sobrinho da famosa virtuose do piano Odete Villas-Boas e ficávamos nos intervalos das aulas ou na parte da tarde, na sala de música quando ele fazia harmonia ao piano e eu cantava, sempre acompanhado de coleguinhas que ficavam observando e às vezes participando com seu canto dessas aventuras.
Neste período conheci uma grande figura, Armando Paranhos que cantava muito bem e eu o acompanhava ao violão, sempre com repertório variado. Íamos nas férias para Mar Grande e ficávamos hospedados na casa da sua vó, uma velhinha muito legal que nos tratava muito bem e lá em Mar Grande, toda noite fazíamos nossa seresta até a meia-noite. Lembrar também de Haroldo Paranhos, seu irmão que também cantava, mas era menos visto por nós.
Numa dessas ocasiões o Walter convidou-me a ir à sua casa, no Largo da Soledade, que seus irmãos Luiz Villas-Boas e Orlando, juntamente com Wilson Brandão, haviam montado um trio e fomos aos ensaios para conhecer o pessoal, no que fomos muito bem recebidos, formando uma amizade que persiste até os dias atuais. Daí em diante eu passei a levar Walter Carvalho comigo e formamos um quinteto que, a exemplo do trio, levava o nome da esposa de Luiz – Ibiracy. Então formamos o Quinteto Ibiracy, que fazia sucesso por onde passássemos. Cantávamos na Rádio Sociedade da Bahia e na Rádio Excelsior, em programas regulares das emissoras, aos sábados, domingos e quartas-feiras (na Excelsior à noite). Depois em Feira de Santana, Itaberaba, Cachoeira, São Félix Maragogipe, Nazaré, etc
Numa oportunidade, fomos com os Villas-Boas a uma festa de debutante numa mansão em Brotas e lá houve um início de confusão pois a mãe da aniversariante acusou Walter Carvalho de estar passando dos limites com sua filha, uma vez que dançavam agarradinhos. Isso gerou um desentendimento, partiram para a agressão e eu saí na defesa do amigo. Terminou tudo bem, fomos pra casa e dias depois, já de férias escolares, viajamos para Poções onde fizemos algumas apresentações no Cine Santo Antonio e depois no Cine Joia. Alguns dias passados já arriscávamos fazer uma turnê por Jequié, Ubatá, Ipiaú, Itajuípe, Ubaitaba (em cujo local conheci Fernando Lonas, bom cantor e amigo que veio a falecer precocemente), ainda fomos até Itabuna, etc e voltamos para Poções.
Para esta empreitada, contei com a ajuda financeira do meu pai, que me emprestou o dinheiro e colocou-se à disposição para ajudar, como aliás sempre procedeu quando lhe procurava para tais ou quais necessidades.
Em Poções, a seresta corria solta. Eu, Walter Carvalho, Affonso Manta, Carlos Napoli, era música e poesia. Em Salvador, nós tínhamos uns pontos de seresta o Largo do Papagaio, depois de Roma onde havia um Convento de freiras e nós íamos pela rua da praia, nos postávamos em local estratégico e a seresta entrava em cena. As luzes se abriam, as janelas... e aí ficávamos até um pouco mais tarde. Na época a violência era zero. Nunca tivemos um problema de assalto ou coisa parecida. Era realmente um tempo de ouro!
Depois disso conhecemos Geraldo Ribeiro e formamos o Trio Azteca. Mais tarde, Geraldo resolveu fazer carreira solo e nós recebemos Carlos Napoli, nosso companheiro de infância que também morava em Salvador e formamos, com Luiz Villas-Boas e Wilson Brandão, o BAHIA 4, cujo vocal nos levou aos festivais da UFBa, à TV Aratu, Itapoã e aos Clubes e boates para apresentações em finais de semana.
Neste período passei a compor com mais esmero e aproveitei inúmeros poemas de Carlos Napoli para letras das minhas músicas, apesar de ter feito muitas poesias e músicas sozinho.
Nos sábados pela manhã, íamos para o Mercado Modelo e ficávamos farreando no Restaurante de Camafeu de Oxossi. Era uma beleza! Também no Cabeça, próximo ao 2 de Julho, íamos sempre almoçar no restaurante do Moreira, o português, cuja comida era de dar água na boca! Além disso, a Casa da Itália era sempre um dos locais que nos drigíamos para o almoço, ou a noite, bem como o restaurante Bela Napoli, na rua Nova de São Bento! Comidas deliciosas!
VARANDÁ
Passamos a frequentar o Varandá, principal casa noturna da Bahia, cujo proprietário era Sandoval que também era cantor das antigas, desde os tempos de Britinho e seus Stukas. O violonista da casa era João da Matança, grande violeiro e lá tivemos noites memoráveis, bem como no Tuka Pizzaria, na Barra, cujo dono, Rubinho nos recebia às sextas-feiras para um sarau que varava a madrugada! Depois Rubinho passou a Tuka para a Av. Joana Angélica e lá passávamos horas com o poeta Guido Guerra e o pianista Carlos Lacerda. Neste local conhecemos os músicos Luis Vieira, Sérgio Cardoso (filho de Jacob do Bandolim), o ator Benvindo Sequeira, os cantores José Emanoel, Agda, Sylvio Lamegna, produtores musicais, Fernando Santana, Wilson Rangel e tantos outros. Logo após realizamos um espetáculo na Reitoria da UFBa., De DOURIVAL CAYMMI, ASSIS VALENTE E HUMBERTO PORTO ATÉ OS DIAS ATUAIS. Foi um tempo de muito aprendizado e logo depois fui morar no Rio de Janeiro e enfrentar a batalha para gravar meu primeiro compacto na RCA Victor.
Antes de ir para o Rio, conheci o jurista Raul Chaves e sua filha, Ângela Chaves, através de Carlos Napoli. Sobre Vinicius de Moraes, eu tenho uma nota à parte pois nós o levamos para a casa de Raul Chaves com Tokinho e Marília Medaglia.
Carlos Napoli dividiu um ap. no Beco de Maria Paz com Edil Pacheco, vindo daí a amizade com os músicos da época - Tião Motorista, Ederaldo Gentil, Batatinha, Panela, Riachão, Jocaffi.
Nesta época conheci João Só, no Rio Vermelho, cantando ‘Menina da Ladeira’.Oswaldo Fahel e Menina do Rio Vermelho entre muitos outros.
Capinan foi meu colega no ICEIA e era poeta. Não cantava, Carlos Gil Soares era colega de sala da mesma época e inclinou-se para o áudio-visual. Leonel e Reinaldo Nunes, Cid Paraguaçu de Andrade, Carlos Brandi, eram do Teatro.
Prof. Brito, Prof. Varela... esses dois eram professores de disciplina e andavam em nossos calcanhares, sempre a nos olhar de rabicho!
O Prof Adroaldo Ribeiro Costa, era o produtor da Hora da Criança, sempre acompanhado do Maestro Agenor Gomes, e fazia muito sucesso, tendo revelado muitos valores musicais em Salvador.
Sóstrates Gentil, era nosso colega de turma e seguiu o jornalismo, tendo falecido precocemente num acidente quando de férias no Pará.
Jorge Gentil era sambista, primo de Ederaldo e um grande amigo. Ernesto Vale Marques, conheci fazendo Letras na Católica e formamos uma grande e longa amizade. Faleceu precocemente, vítima de enfarte. Carlos Uzel, Horacio Matos Neto, José Leão dentista, Clarindo Luz... Narcisio Patrocínio, Luiz Gonzaga, Wilson Lins (levou-me à casa de Jorge Amado, no Rio Vermelho), Fernando Wellington, excelente declamador da obra de Castro Alves. Temos muitos amigos que participaram conosco dessas aventuras artísticas, entre os quais, Florisvaldo Rodrigues da Silva, Edilson Mendes Santos, Florisvaldo Brito, entre tantos outros amigos.
UMA MEMÓRIA MAIS ANTIGA
NOITES NO VARANDÁ
O Varandá, durante alguns anos foi o bar mais freqüentado pelos músicos e poetas de Salvador.
Sua localização era privilegiada.Tendo o Pau da Bandeira como endereço, partindo do Palácio Rio Branco, então sede de despachos do governador, na Rua Chile, numa íngreme descida que saía na Ladeira da Montanha, onde funcionavam os lupanares mais famosos da Bahia, inclusive o lendário 63.
Corria a segunda metade da década dos anos 1960 e Sandoval, ex crooner da orquestra de Britinho e seus Stucas, que por muitos anos havia trabalhado no Clube Carnavalesco Fantoches da Euterpe, na rua Democrata, próximo à Ladeira do Contorno, montou o movimentado e atrativo bar, com show ao vivo diariamente.
Este bar, sem dúvidas, passou a ser a coqueluche de Salvador, cujo turismo ainda ensaiava os primeiros passos.
Salvador era um canteiro de obras. Em construção, as avenidas de vales, viadutos e o Centro Administrativo da Bahia, naquela que seria futuramente a Av. Luiz Viana Filho, mas que é conhecida por Av. Paralela.
Nesta época, a Rua Chile, Av 7 de Setembro, Rua Carlos Gomes e adjacências, compunham o grande comércio de Salvador, com algumas artérias da cidade baixa, entre o Elevador Lacerda e a Praça Deodoro. A exceção de uma ou outra, todas as agências bancárias ali se localizavam...
O cenário do Varandá era interessante. A entrada pelo Pau da Bandeira e as mesas dispostas frontais à Bahia de Todos os Santos. Uma vista esplendorosa para curtir uma cerveja nos finais de tarde ou aos sábados...
O grande violonista João da Matança era a estrela do bar, mulato, alto e esguio, já com seus 60 anos, contratado para acompanhar ao violão aqueles que quisessem dar uma palhinha no show. Os artistas da Bahia desfilavam ao microfone e as noites eram verdadeiramente inesquecíveis...
Além de proprietário, Sandoval, era um bom cantor, freqüentavam o Varandá artistas famosos e emergentes, a exemplo de Batatinha, Panela, Ederaldo Gentil, Riachão, Edil Pacheco, Jocafi, João Só, Carlos Uzel, Ilma e Jane Gusmão, Vevé Calazans, Carlos Napoli, eu, Antonio Carlos Sena, Luiz Villas Boas, entre outros. Vários deles já se encontram em outro plano, a exemplo de João da Matança, Sandoval, Batatinha, João Só...
O Varandá resistiu até o início dos anos 1970, quando Sandoval fundou uma boate na Pituba e fechou as suas portas...
NOITES no TARRAFA e no ZUCCA
A fase pré turística vivida em Salvador nos deu oportunidade de conviver com grandes artistas baianos e de outros estados que vinham a Salvador realizar shows.
A Zuca Pizzaria ficava na Barra, próximo ao Farol da Barra, enquanto o Tarrafa localizava-se na Av. Joana Angélica, vizinho do Convento da Lapa, onde a sóror Joana Angélica foi morta pelos portugueses, na guerra de independência (1823), hoje funcionando a Faculdade Católica de Salvador.
Rubinho era o proprietário do Tarrafa e do Zuca Pizzaria, nosso amigo e admirador, desde antes, quando teve uma casa de móveis no Relógio de São Pedro, na Av. 7 de Setembro.
No Tarrafa, bar/restaurante intimista, freqüentava a classe média da Bahia. Alguns artistas faziam dali seu ponto de encontro. Entre estes, eu, Carlos Napoli, Carlos Lacerda, Guido Guerra, Antonio Carlos Sena, Edil Pacheco, entre outros. Ali tivemos a oportunidade de conhecer os grandes compositores Luiz Vieira, Sérgio Bittencourt, entre outros.
Nosso amigo e partícipe de longos papos noturnos, Carlos Lacerda era o grande pianista da Bahia, contratado pela TV Itapoan, figura obrigatória nos grandes espetáculos musicais, numa época em que a música acústica reinava. A eletrônica não havia entrado no mercado ainda, apesar de vir ensaiando os primeiros passos...
Lacerda teve uma grande paixão pela artista conquistense Ilma Gusmão, em cuja homenagem compôs A Jiboeira, uma vez que Ilma havia nascido em Vitória da Conquista e sua família é oriunda da Jibóia, na zona rural.
VITÓRIA DA CONQUISTA
Mais a frente tenho boas lembranças de Conquista e dos nossos poetas e músicos que pretendo rememorar ora por diante. Aguardem.

sábado, 30 de julho de 2022

CONQUISTA PODE VOAR MAIS ALTO


 por José Maria Caires - 

Conquista Pode Voar Mais Alto


Um ano antes de falecer, em 1915,  o condeubense Coronel Napoleão Ferraz  de Araújo, já reivindicava a construção da Barragem do Rio Pardo. Outras lideranças, em sequência, continuaram cobrando a construção. 

Um dos exemplos mais contundentes foi o de Edvaldo Flores, que quando prefeito de Conquista, na década de 1950, e depois  como deputado federal, por vários mandatos, continuou nessa batalha. 

Em 1958, o engenheiro José Pedral Sampaio, na época candidato a prefeito de Vitória da Conquista, apresentou no seu programa de governo  a proposta de construção da barragem do Rio Pardo.

Passado um século do surgimento da ideia de construção da barragem, foi realizado um estudo que comprovou a sua viabilidade. Na ocasião, o prefeito Guilherme Menezes conseguiu  firmar um convênio com o Governo Federal para a elaboração do projeto executivo.

Parte do projeto, inclusive, a do licenciamento ambiental, foi concluída na gestão do ex-prefeito Herzem Gusmão, que também era um entusiasta da realização dessa obra fundamental para o progresso do nosso município. 

A atual prefeita, Sheila Lemos, também  coloca como prioridade na sua lista de  obras estruturantes, a construção da barragem do Rio Pardo.

O certo é que, de quatro em quatro anos, os postulantes aos cargos eletivos em Vitória da Conquista, cientes de que  este é um grande anseio da sociedade, trazem sempre nos seus discursos a promessa da construção da barragem do Rio Pardo, na esperança de conquistar mais votos.

Cabe a nós cidadãos, portanto, aproveitar essa boa vontade de ocasião, para pressionar os agentes públicos em relação a solução desse assunto. 

Um grupo formado por empresários, entidades e lideranças da cidade, propõe que o projeto seja reavaliado, revisado e reestudado, pois da forma que está posto se tornou inviável técnica e economicamente.

Para se ter uma ideia, as barragens que abastecem Vitoria da Conquista e região; AGUA FRIA I e AGUA FRIA II; acumulam juntas 6.000.000 de metros cúbicos, ao passo que, a do RIO PARDO sozinha, se construída, armazenará 430.000.000 de metros cúbicos, o equivalente a 70 vezes os volumes das barragens de  Água Fria I e II juntas.

Nosso objetivo é que os candidatos ao Governo do Estado da Bahia incluam nos seus respectivos planos de governo, a construção da barragem do Rio Pardo e que, quem for eleito, transforme em realidade esse sonho de 110 anos.