A primeira música gravada no Brasil, o disco número 1 da Casa Edson, foi um Lundu. Seu autor, o baiano Xisto Bahia. "Isto é Bom".... (Iaiá você quer morrer). A música com duração de 3:58, foi lançada em 1902.
O Lundu tem origem Africana. “Mário de Andrade acentuou a importância social dessa ascensão do Lundu. Antes do lundu, a música, as danças e as festas dos negros eram consideradas um mundo à parte, que o branco escutava e via com condescendência, mas não permitia que entrassem em seu alvo mundo. " O lundu foi a primeira forma de música negra que a sociedade brasileira aceitou" e por ele o negro deu à nossa música algumas características importantes dela, com a sistematização de sincopa e o emprego da sétima abaixada”. (Câmara Cascudo in Made in África, 1965)
Xisto de Paula Bahia nasceu em Salvador, no século XIX, no ano de 1841, no Forte de Santo Antônio Além do Carmo, hoje conhecido como Forte da Capoeira, onde seu pai era administrador.
Além de compositor, Xisto Bahia era cantor, violinista e também ator, onde aos 17 anos inicia sua carreira nos palcos, no grupo Regeneração Dramática, no Barbalho, bairro da capital baiana, e no ano de 1880, ao apresentar sua peça "Os Perigos do Coronel", recebe os aplausos de D. Pedro II e nos Barris, bairro soteropolitano possui um teatro com o nome do artista, Teatro Xisto Bahia.
Foi casado com a atriz portuguesa, Maria Vitorina de Lacerda Bahia, com quem teve quatro filhos.
Xisto Bahia era filho de major, possuía apenas instrução primária e faleceu na cidade de Caxambu, em Minas Gerais, no ano de 1894, com apenas 53 anos.
O nascimento do Disco no Brasil
Tudo começou com um tchecoslovaco de origem juadáica, Frederico Figner, nascido na entâo Boêmia, em 2 de dezembro de 1866. Comprou um fonógrafo e um certo número de cilindros com cera para gravação impressa, e resolveu divulgar o invento de Thomas Edson, nos EUA. Nos Estados Unidos, Figner, resolveu vir para o Brasil. Aqui ele foi agente da fábrica alemã de discos gramofone Internacional Zonophone Company, recebendo a patente de concessão de discos duplos ( duas faces), inventado pelo suiço Adhemar Napoleon Petit. Através de entendimento, Figner conseguiu qye vesse da Europa um técnico, trazendo matrizes de chapas fotográficas, para serem gravadas em um pequeno estúdio no centro do Rio de Janeiro. Substituindo os cilindros.
João da Mata Costa
Damata Costa
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