terça-feira, 1 de outubro de 2024

XISTO BAHIA

Xisto Bahi

Baiano gravou a primeira música no Brasil,  um Lundu  do compositor baiano Xisto Bahia 

A primeira música gravada no Brasil, o disco número 1 da Casa Edson, foi um Lundu.  Seu autor, o baiano Xisto Bahia.   "Isto é Bom".... (Iaiá você quer morrer).  A música com duração de 3:58, foi lançada em 1902. 

O Lundu tem origem Africana. “Mário de Andrade acentuou a importância social dessa ascensão do Lundu. Antes do lundu, a música, as danças e as festas dos negros eram consideradas um mundo à parte, que o branco escutava e via com condescendência, mas não permitia que entrassem em seu alvo mundo. " O lundu foi a primeira forma de música negra que a sociedade brasileira aceitou" e por ele o negro deu à nossa música algumas características importantes dela, com a sistematização de sincopa e o emprego da sétima abaixada”. (Câmara Cascudo in Made in África, 1965)

Xisto de Paula Bahia nasceu em Salvador, no século XIX, no ano de 1841, no Forte de Santo Antônio Além do Carmo, hoje conhecido como Forte da Capoeira, onde seu pai era administrador.

Além de compositor, Xisto Bahia era cantor, violinista e também ator, onde aos 17 anos inicia sua carreira nos palcos, no grupo Regeneração Dramática, no Barbalho, bairro da capital baiana, e no ano de 1880, ao apresentar sua peça "Os Perigos do Coronel", recebe os aplausos de D. Pedro II e nos Barris, bairro soteropolitano possui um teatro com o nome do artista, Teatro Xisto Bahia.

Foi casado com a atriz portuguesa, Maria Vitorina de Lacerda Bahia, com quem teve quatro filhos.

Xisto Bahia era filho de major, possuía apenas instrução primária e faleceu na cidade de Caxambu, em Minas Gerais, no ano de 1894, com apenas 53 anos.

O nascimento do Disco no Brasil 

Tudo começou com um tchecoslovaco de origem juadáica, Frederico Figner, nascido na entâo Boêmia, em 2 de dezembro de 1866. Comprou um fonógrafo e um certo número de cilindros com cera para gravação impressa, e resolveu divulgar o invento de Thomas Edson, nos EUA. Nos Estados Unidos, Figner, resolveu vir para o Brasil.   Aqui ele foi agente da fábrica alemã de discos gramofone Internacional Zonophone Company, recebendo a patente  de concessão de discos duplos ( duas faces), inventado pelo suiço Adhemar Napoleon Petit. Através de entendimento, Figner conseguiu qye vesse da Europa um técnico, trazendo matrizes de chapas fotográficas, para serem gravadas em um pequeno estúdio no centro do Rio de Janeiro. Substituindo os cilindros. 


João da Mata Costa

Damata Costa

#baiano #xistobahia 

#musicapopualarbrasileira

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

ASSOCIAÇÃO PRODUTORES DE CINEMA


APC/Associação Produtores de Cinema


Bom dia, segue abaixo uma versão resumo da carta já divulgada aqui e que estamos trabalhando para difundir na imprensa. Toda ajuda é benvinda.

Por uma Política Cultural Transparente e Inclusiva

O segmento audiovisual da Bahia representado pela APC/Associação Produtores de Cinema e Audiovisual tendo em vista a abertura dos editais da Aldir Blanc, previstos para o fomento cultural demanda esclarecimentos à Secretaria de Cultura/SECULT BA em torno de dois documentos que devem nortear as políticas públicas culturais do estado: o Plano de Ação e Metas/PNAB e a Consulta Pública PNAB 2024. 

Questionamos a exclusão de linhas especificas de fomento à atividade audiovisual, assim como a ausência de isonomia na distribuição de recursos aportados por uma Lei Emergencial como Aldir Blanc, criada para dinamizar a economia da cultura em tempos pós-pandêmicos, ter quase metade do orçamento de R$ 96.304.390,09 destinado à recuperação física de imóveis do Estado (44% em manutenção de prédios tombados e reformas de espaços culturais). A produção audiovisual está incluída pelo PNAB 2024 num conjunto de ações de perfis diversos (exposições, festivais, dentre outras “categorias”), totalizando R$ 23,25 milhões para atender à toda a heterogeneidade de projetos. 

A Bahia não promove, desde 2019, editais voltados para o audiovisual; o segmento sobrevive com os editais federais. Causa espanto que o Governo da Bahia não se interesse em desenvolver uma política pública para o audiovisual com a adoção de critérios seletivos e de um calendário de editais, a exemplo do que a secretaria do Audiovisual do MINC anunciou na Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte. O MINC prevê ainda o retorno dos arranjos regionais ainda para 2024; a adoção de linhas e critérios seletivos e a publicação de um calendário de editais, proporcionando previsibilidade ao setor. 


Não criar linhas de fomento especificas para o setor demonstra cegueira para a importância estratégica e instrumental do audiovisual para as demais áreas da cultura e condena nossos profissionais a servirem de mão de obra barata para produções de fora, revelando descaso com a capacidade de criação dos profissionais do audiovisual da Bahia. Para que o setor Audiovisual prospere, é imprescindível que as políticas públicas levem em conta as complexidades e especificidades do segmento, evitando que se repitam os erros cometidos na implementação dos últimos editais da Paulo Gustavo. Esperamos que as considerações apresentadas possam contribuir para um plano da ação do Governo no campo do audiovisual, assegurando que as políticas públicas reflitam as demandas do setor no estado.


Fonte: Grupo APC