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terça-feira, 29 de março de 2011

CURSO APRESENTADOR TV, ATOR, TELEJORNALISMO,PRODUCAO,DUBLAGEM,LOCUÇÃO,CINEGAFISTA NA CAP ESCOLA DETV CINEMA SLAVADOR

Foto: Xeno Veloso Beto Magno gravando documentário sobre os 25 anos da Uneb

CAP ESCOLA DE TV E CINEMA – 15 ANOS!

1) CURSO DE INTERPRETAÇÃO PARA TV / TELEJORNALISMO / APRESENTADOR

Duração: 5 meses turmas :Sábados das 9 as 12.30hConteúdo: dicção/voz/fala; memorização de textos; leitura e interpretação; expressão corporal; gravação.

Investimento: R$ 1.325,00

Forma de Pagamento:

a vista 5% desconto

em até 5x de R$ 265,00 (cheque ou cartão)

2) CURSO DE TV PARA ATORES

2.1) Turmas para iniciantes, adolescentes e crianças

Aulas as sextas das 14.30 as 17.30 h

2.2) Turmas para adultos

Aulas as terças das 18.30 as 22h

Professora: Rada Rezedá

Duração das turmas adulta e adolescente: até dezembro

Forma de Pagamento:

a vista 5% desconto

mensalidade de R$ 245,00 (cheque ou cartão)


3) CURSO DE PRODUÇÃO/ DIREÇÃO DE TV

16 a 27 de MAIO (CH 18 HORAS)

Conteúdo: As 3 etapas da produção com a gravação de um vídeo de 1 minuto no final do curso.

Professora: Rada Rezedá e professor convidado

Investimento: R$ 450,00

Forma de Pagamento:


a vista 5% desconto

em até 2x de R$ 225,00 (cheque ou cartão)

R$ 385,00 a vista para matriculas até 9 de maio


4) CURSO CINEGRAFISTA

25 a 30 de ABRIL (CH 20 HORAS)

Conteúdo: curso prático – o aluno aprende a operar câmera profissional de TV;planos e movimentos de câmera; lentes, noção básica de iluminação, etc.

Professor: Xeno Veloso

Investimento: R$ 450,00

Forma de Pagamento:

a vista 5% desconto

em até 2x de R$ 225,00 (cheque ou cartão)

R$ 385,00 a vista para matriculas até 20 de abril

5) CURSO LOCUÇÃO

11 a 20 de ABRIL (CH 15 HORAS)

Conteúdo: dicção/voz; interpretação de textos, microfones, gravação.

Professora: Rada Rezedá

Investimento: R$ 400,00

Forma de Pagamento:

a vista 5% desconto (R$ 380,00)

em até 2x de R$ 200,00 (cheque ou cartão)

R$ 350,00 a vista para matriculas até 7 de abril

6) CURSO DUBLAGEM – Este curso possui matricula

16 e 17 ABRIL (CH 15 HORAS)

Valor da matricula: R$ 40,00

Professor: Flavio Back ( dublador do desenho animado Bem 10)

Investimento: R$ 400,00

Forma de Pagamento:

a vista 5% desconto (R$ 380,00)

em até 2x de R$ 200,00 (cheque ou cartão)

R$ 310,00 a vista para matriculas até 9 de abril

7) CURSO DE EDIÇÃO DE IMAGEM

02 a 13 MAIO (CH 30 HORAS)


Conteúdo: Edição em Final Cut. Como montar um audiovisual adequando conhecimento da linguagem cinematográfica ao recurso do final cut pró. Aula teórica e prática com montagem de um vídeo de 1 minuto.

Professor: Xeno Veloso

Investimento: R$ 850,00

Forma de Pagamento:

a vista 5% desconto (R$ 807,50)

em até 2x de R$ 425,00 (cheque ou cartão)

R$ 745,00 a vista para matriculas até 9 de maio


8) CURSO TV E TEATRO ESPECIFICO PARA MELHOR IDADE

COM MONTAGEM DE ESPETACULO MUSICAL NO FINAL

ABRIL - matriculas abertas, curso até dezembro.

Conteúdo: aulas de expressão corporal,dança, teatro, TV, voz/canto.

Terças e quintas: das 14.30 as 16.30 h

Coordenação do curso: Rada Rezedá

Investimento: R$ 245,00 mensalidade

CAP ESCOLA DE TV E CINEMA SALVADOR

(71) 8268.2441 / 9167.8274 / 4102.6852


domingo, 4 de outubro de 2009

DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL

Por Beto Magno

Glauber Rocha, possivelmente o mais genial cineasta Brasileiro, já vinha de um curta memorável, O Pátio (1959), e de um primeiro longa mítico, Barravento (1962), quando rodou este que é considerado por muitos o maior filme brasileiro já feito. Na verdade, algumas raras vezes ultrapassado por Limite (1962), de Mário Peixoto, e por outro do mesmo diretor baiano, a obra-prima Terra em Transe (1967). Mas Deus e o Diabo na Terra do Sol pisa em terreno sagrado do cinema nacional, que é o Nordeste brasileiro, espaço simbólico que representa a realidade do País, suas origens e marginalidade em contraste com grandes centro urbanos. Nos anos 60, com a efervescência do debate político, ás véspera do golpe militar de abril de 1964, o longa ganha a importância suprema.

Glauber Rocha, diferentimente do que se via nos documentários e do que outros cineastas fizeram nos anos 90, não glamoriza a região, tampouco enxerga seus habitantes como coitadinhos. A luta de Manoel (Geraldo Del Rey), boiadeiro que se rebela contra a exploração do seu cruel patrão e parte, com a mulher, Rosa (Yoná Magalhães), á procura de um líder, é complexa, insolúvel, cheia de escorregões e acertos. Ele seguirá primeiramente um líder religioso, Sebastião (Lídio Silva), que prega o olhar para Deus e renúncia aos bens materiais. Depois, enganjam-se na luta armada de Corisco (Othon Bastos), líder de um bando de sanguinário e consciente de que o projeto político caiu por terra. Em meio a tudo isso, encontra-se o mais esclarecido de todos, o mercenário Antonio das Mortes (Maurício do Valle).

Antes de lançar o seu manifesto A Estética da Fome, em 1965, no qual elaborou um estilo e meios de produção que dessem conta das condições materiais precárias do Terceiro Mundo, Glauber já colocou em prática aqui alguns desses procedimentos. Seu programa pretendia captar a urgência do real e, ao mesmo tempo, deixar evidente seu caráter de encenação, de representação e de metáfora. Em Deus e o Diabo na Terra do Sol, o resultado é uma visão critica do país traduzida num faroeste encenado como ópera musicada com cordel (escrita pelo próprio Glauber e por Sérgio Ricardo). O diretor tambêm usa a Bachianas nº 5, de Heitor Villa-Lobos, como trilha da sequência que ficou célebre, em que corísco e Rosa se beijam e a câmera gira em torno do casal.
Revista Bravo! (Filmes essenciais da história do cinema)

sábado, 27 de junho de 2009

CARRINHO DE PAU (O FILME)


Direção Son Araujo



Carrinho de pau é uma história que mistura o surreal e a dura realidade de uma família que vivia no Oeste da Bahia. É através de uma narrativa lírica e envolvente, na qual ocorre a mistura da árdua realidade sertaneja com a espera fantástica, da luta das famílias que vivem da renda do campo. Uma história que nos revela a verdadeira seca existente no coração do campesino.

quarta-feira, 25 de março de 2009

O CINEMA COMO ESPETÁCULO DE UMA ELITE

RADA REZEDÁ, VITÓRIA MAGNO, BETO MAGNO E TÁBITA CHANANDA


Por André Setaro

Sim, uma ida ao cinema atualmente significa um gasto considerável, que fura o orçamento do classe média, que está pagando a conta das bolsas familiares A verdade é que, depois do Plano Real, a economia se dolarizou, os preços subiram muito e os salários, congelados em freezer potente. Um casal para ir ao Multiplex gasta, de saída, 34 reais, considerando que o ingresso custa 17. Se quiser se empipocar, como é de praxe, mais uma grana – e os complexos de cinema cobram muito mais nas guloseimas compradas dentro deles. Mas, uma ida a seco, e de ônibus, adicione-se aos 34 dos ingressos, os 9,20 das passagens (2,40 reais por cabeça). O resultado assinala que um filme custa 43,20 reais. Muito caro. E o povo, e o povo, como é que pode ir ao cinema? Já que não mais existem os chamados cinemas de rua nem os de bairros?

Se formos fazer uma comparação entre o número de salas exibidoras que Salvador tinha em 1958 e o que tem atualmente, a conclusão é uma só: os cinemas estão fechando suas portas. Com uma população de, mais ou menos, quinhentos mil habitantes, em 1958, a província possuía em torno de quase trinta salas, considerando, no cômputo final, as de primeira linha, os poeiras da Baixa dos Sapateiros, e os cinemas de bairro. Para arredondar o raciocino, que se coloque trinta salas em 1958 para quinhentos mil habitantes, sendo que cada uma delas tinha, em média, mil poltronas, variando entre as salas maiores, de quase duas mil cadeiras, como o Guarany e o Jandaia, e as menores, que beiravam a mil lugares. Para não haver crescimento das salas exibidoras, e considerando, sempre, a densidade demográfica, nos dias que correm – e como correm!, com uma população de dois milhões e quinhentos mil habitantes – e, aqui, nivelando por baixo, Salvador deveria ter, no mínimo, cento e cinqüenta salas, pois a sua população, entre 1958 e 2009, aumentou cinco vezes. O cálculo é simples. Multiplicam-se as trinta salas do passado por 5 e se tem o número de cinemas que a cidade deveria ter e, repetindo-se, sem haver crescimento
Mas atualmente o que se tem é um máximo de trinta e cinco salas e cada uma com um máximo de 400 lugares, a maior parte se localizando nos complexos chamados Multiplex.

Então que se faça uma nova contagem, considerando que cada cinema, em 1958, tinha em média mil lugares e, hoje, trezentos. Trinta vezes mil, em 1958, é igual a trinta mil. Que se coloque, para ficar bem claro, em números inteiros: tinha-se, na província, nesta época, 30.000 lugares e, se o número for multiplicado por cinco, porque a população cresceu cinco vezes, tem-se o número redondo de 150.000. Este, o número que, para não se constatar crescimento, mas, apenas, manutenção, deveria a cidade possuir em número de lugares. Mas o que se tem atualmente? Com a média de 400 lugares e 35 salas, fazendo-se a multiplicação, o resultado é de 14.000 lugares. Que diferença brutal!

Se antigamente o povo ia muito ao cinema, hoje, como disse Gustavo Dahl no seminário internacional de cinema e audiovisual, não tem acesso a ele. O cinema, que era um meio de comunicação de massa, atualmente é um veículo cujo acesso somente é possível à elite. Antes, existiam os cinemas de primeira linha, lançadores, que ficavam concentrados no centro histórico, os poeiras da Baixa dos Sapateiros e os de bairro.
Luiz Carlos Barreto, que conhece muito bem a mercadologia cinematográfica, afirmou, em entrevista no Canal Brasil, que o ingresso custava em torno de um dólar e, nos cinemas de segunda, cinqüenta centavos. É como se hoje o ingresso para entrar numa das salas do Multiplex custasse dois reais e cinqüenta centavos, a inteira, a inteira! Mas quanto custa realmente? Em torno de 17 reais. Como uma pessoa que ganha a miséria do salário mínimo pode freqüentar as salas de exibição? Ir com a família ao cinema? Nem pensar.

O Plano Real dolarizou a economia de uma forma perversa. O povo está excluído do cinema, assim como a chamada classe média baixa. A conclusão é estarrecedora e reveladora: apenas dez por cento da população baiana pode ir ao cinema, sendo que dois milhões e tanto de pessoas estão completamente fora da rota cinematográfica. Constatou-se, em pesquisa recente, que a maioria dos baianos nunca foi ao cinema. Um grupo organizou uma sessão cinematográfica num bairro periférico e o que se viu foi espantoso. As pessoas ficaram maravilhadas pelas imagens em movimento, pois estavam a contempla-las pela primeira vez. E isto aconteceu na região metropolitana de Salvador!

Na década de 50, o Brasil tinha perto de dez mil salas exibidoras. Em 1975, já se contavam apenas cinco mil. No ano passado, chegou a mil e novecentos. Os cinemas interioranos fecharam suas portas. Assim como aqueles de rua, como os antigos e inesquecíveis da Baixa dos Sapateiros e os de bairro. O que se constata é que os cinemas estão sendo construídos para o usufruto de uma elite que pode pagar os 17 reais de ingresso, ainda a se refestelar com as guloseimas caríssimas que lhe são oferecidas no fast food. O público se infantilizou e se idiotizou.
Ir ao cinema, antes um ritual, uma solenidade, uma função, atualmente é comparável a uma ida ao fast food.E ainda se tem que aguentar o comportamento selvagem da platéia, verdadeiros vândalos que podem ser comparados a débeis mentais.
Triste país!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

" O TEMPO E O LUGAR" RESGATA HISTÓRIA DE LUTA NO CAMPO NO BRASIL.

BETO MAGNO E JORGE MELLO (JM)

Por EDILSON SAÇASHJMA.

Genivaldo Vieira da Silva é o protagonista do documentário "O Tempo e o Lugar". Esse nome poderia passar despercebido em meio à população que sobrevive no semi-árido nordestino. Porém, a sensibilidade do cineasta Eduardo Escorel conseguiu captar naquele homem uma história que levanta questões sobre a realidade agrária do país.O primeiro contato entre Genivaldo e Escorel aconteceu em 1996, quando o cineasta realizou com ele uma peça publicitária chamada "Gente que Faz", parte de uma série institucional de um banco apresentada nos intervalos do Jornal Nacional. O anúncio mostrava Genivaldo como um agricultor familiar, mas o cineasta notou que aquele morador de Inhapi, no interior de Alagoas, possuía outras histórias. Estava certo.
Genivaldo também era um militante da causa agrária e líder do Movimento Sem-Terra. Participou de invasões, foi preso e, anos depois, tentou a carreira política
o registro do depoimento de Genivaldo relatando esta parte de sua biografia aconteceu em 2005. Em 2007, Escorel voltou a Alagoas e captou novos relatos do protagonista, desta vez com os comentários dele em relação aos depoimentos de 2005. Com isso, o ex-líder do MST passa em revista a sua trajetória e avalia sua própria história."O Tempo e o Lugar" é um filme sobre a memória e também uma revisão crítica da história recente do Brasil.
Carismático e com boa retórica, Genivaldo apresenta críticas ao MST, demonstra frustração com o PT e com o presidente Lula.Talvez se possa esperar reações acaloradas de uma parte da platéia, como ocorreu durante o festival É Tudo Verdade deste ano. O tema incendiário, porém, é tratado com sutileza e leveza por Escorel. O diretor, colaborador de cineastas como Joaquim Pedro de Andrade, Glauber Rocha e Eduardo Coutinho, consegue fugir da crítica fácil e inflamada sem perder de vista a refinada análise do contexto histórico brasileiro em que se enquadra o personagem.Cineasta, montador, roteirista e ensaísta, Escorel transforma o quase monólogo de Genivaldo em diálogo com a realidade brasileira. Mas o diálogo é possível também em outros níveis. A estrutura e o tema de "O Tempo e o Lugar" podem ser vistos à luz de "Cabra Marcado para Morrer", de Eduardo Coutinho e do qual Escorel foi montador.
Os dois filmes tratam da questão agrária do país, retratam um período histórico preciso e falam de memória.
Porém, como lembrou Escorel em entrevista ao UOL, João Teixeira, protagonista de "Cabra", é um herói trágico. Genivaldo, um herói realizado. Mas ele teria atingido seus objetivos políticos e sociais? Está aí mais um ponto para se refletir.