Beto Magno
Diretor de cinema / Cineasta
É o
profissional que transforma um roteiro literário adaptado de uma obra
anterior ou não, fato verídico ou totalmente ficcional, em imagens
cinematográficas, com a participação de uma equipe de vários
especialistas técnico-artísticos, narrando a sua história em curta ou
longa duração para ser projetada em salas de cinema, emissoras de
televisão ou quaisquer meios de exibição que venham a ser inventados. O
seu trabalho consiste em participar de todos os preparativos: escolha de
elenco, de locações ou cenários, figurinos, textura fotográfica, trilha
sonora, efeitos especiais, detalhamento plano a plano e planejamento
das filmagens. Durante as filmagens, ensaia e dirige os atores nas cenas
previstas no roteiro seguindo o planejamento aprovado anteriormente com
o diretor de produção do filme. Em uma equipe, ele é o líder criativo
do processo, orquestrando o andamento das demais funções. Concluídas as
filmagens, participa da finalização técnico-artística do filme. Assiste
aos copiões (filmes revelados e copiados em estado bruto) e, em seguida,
dirige os trabalhos de montagem dos planos realizados fracionadamente
numa narrativa contínua. Nesta etapa, escolhe a trilha musical e
possíveis efeitos de laboratório ou estúdio de som. Quando todas as
pistas sonoras estão concluídas (diálogos, ruídos, música etc.)
acompanha a mixagem e a cópia final para exibição. Um filme pode ser
realizado em 6 meses: da criação do roteiro, passando pela preparação,
filmagens e finalização. Para exercer esta função, o profissional
deve frequentar uma escola de cinema ou de comunicação na especialidade,
visando futuramente, através de estágios, conseguir a prática e a
formação necessárias para dirigir o seu primeiro filme. Uma das
carreiras de acesso à direção é a assistência de direção.
Continuísta
É a atividade
conhecida internacionalmente no meio cinematográfico como script girl e
boy script (quando executado por homens). É o profissional que mantém a
unidade dramática do filme registrado em trechos (planos). Classifica,
organiza e identifica esses planos por números, possibilitando o seu
controle na execução (com mesma referência para todos os departamentos
da equipe: figurino, maquiagem, contra-regra, elenco, etc.), nos
serviços de laboratório, telecinagem e montagem. Essa relação de
continuidade que controla pode ser temporal, espacial de posição ou
movimento. No set, ele secretaria toda a equipe técnica, anotando tudo
que envolve a fotografia e a câmera em cada plano (lentes, estoque de
filme, rolos em revelação, rolos rodados, distâncias e alturas de
câmeras, material de maquinaria empregado no plano, filtros, diafragma,
temperatura de cor ou quaisquer observações determinadas pelo diretor de
fotografia). Assim como subsidia o diretor do filme com tudo que possa
relacionar-se à continuidade entre os planos a serem filmados e à
decupagem previamente feita do roteiro. É responsável pela clareza da
narrativa, por isso controla a execução dos planos que integram a
decupagem proposta pelo diretor do roteiro. Não pode deixar que faltem
planos para a montagem ou que não se interliguem. Auxilia a produção no
controle e tráfego dos negativos virgens, expostos a serem enviados para
revelar nos laboratórios, a telecinagem e posteriormente a montagem.
Elabora as folhas de continuidade, supervisiona os boletins de câmera e
som. Executa as claquetes, controla o seu conteúdo a cada plano.
Participa da etapa de preparação do filme no detalhamento técnico de:
figurinos, objetos de cena, veículos empregados na cena, locações
adaptadas e personagens. Atua em parceria com o diretor do filme, o seu
primeiro assistente e o diretor de produção na visita às locações, na
decupagem plano a plano do filme. Suas tarefas se encerram após as
filmagens e a revisão de todos os copiões do material filmado. Sua
formação pode ser alcançada em uma escola de cinema, estágios em ilhas
de edição ou salas de montagem, curso de montagem e muita leitura sobre
linguagem cinematográfica. Deve ser uma pessoa de espírito prático,
organizada e com muito senso de observação.
Diretor de fotografia
É o técnico de cinema e vídeo responsável pelas imagens de um produto
audiovisual. Supervisiona em uma equipe de filmagem ou gravação tudo que
pode interferir no resultado da imagem. Sugere os enquadramentos,
alternativas de planos (e lentes), movimentos de câmera (equipamentos
indicados para tal), no intuito de obter maior concisão narrativa do
filme e melhor compreensão por parte do espectador. Tem a
responsabilidade artística de criar um clima dramático-visual através da
textura fotográfica obtida com o uso de filtros, negativos e
iluminações sugeridas pelo roteiro, transpondo em imagens as idéias do
diretor do filme ou vídeo. É co-responsável, em parceria com o diretor e
o montador do filme, pela linguagem narrativa do produto audiovisual.
Acompanha o filme, do ponto de vista técnico, em todas as etapas, desde a
preparação, passando pelas filmagens e a finalização em laboratório
(revelação, copiagem, trucagens e marcação de luz), até a primeira cópia
de exibição comercial. No Brasil, a grande maioria dos diretores de
fotografia acumulam a função de operador de câmera, ao contrário do que
ocorre na grande indústria cinematográfica americana ou européia. O
diretor de fotografia deve possuir um conhecimento técnico de: ótica,
filmes, filtros, efeitos especiais, iluminação; paralelamente aos
conhecimentos artísticos de: linguagem cinematográfica (montagem),
composição, cores e estética. É o chefe da equipe técnica em uma
filmagem. Para exercer a função, deverá cursar uma escola de cinema ou
galgar cargos de formação em vários filmes como estagiário: fotógrafo de
cena (stil), carregador de chassis (clap loader), 2 assistente de
câmera, 1 assistente de câmera, operador de câmera e finalmente
fotógrafo de cena. ´
Fotógrafo de cena
É o profissional que colhe com uma câmera fotográfica flagrantes das
cenas filmadas, com o mesmo enquadramento da câmera, das cenas mais
fortes do filme para comporem o material de divulgação do filme na
imprensa (como matéria e propaganda) e para as portas de cinema.
Diretor de produção
É
o técnico de cinema ou vídeo que representa o produtor executivo de uma
empresa de produção cinematográfica, investido de poderes necessários
que viabilizem o planejamento e acompanhamento de execução de uma obra
audiovisual cinematográfica ou videográfica. A partir de um roteiro
original apresentado pelo contratante, e da soma dos recursos
disponíveis, ele planeja e gerencia todas as etapas do processo
produtivo, até que se obtenha um produto de exibição comercial em salas
de cinema ou emissoras de televisão. Podemos comparar a atuação de um
diretor de produção à de um gerente de banco. Em cinema ele tem poderes
de decisão, em comum acordo prévio com o produtor executivo ou a empresa
para a qual trabalha. Em televisão, sobretudo no Brasil, esse poder
está fracionado em várias instâncias administrativas da emissora,
transformando-o num coordenador de produção. Um diretor de produção pode
ser convocado previamente por uma empresa produtora cinematográfica ou
um executivo do mercado de capitais para a montagem do projeto de
captação, fazendo a previsão orçamentária, um plano de execução e de
desembolso financeiro a partir do roteiro cinematográfico proposto. O
trabalho de um diretor de produção em um filme começa desde a
pré-produção, quando ele ajuda a contatar e contratar técnicos
especializados, artistas, fornecedores de serviços e locadores de
equipamentos, monta o plano de trabalho, elabora solicitações e
autorizações especiais, programa o serviço de transporte, alimentação e
hospedagem dos membros da equipe, pagamentos semanais dos técnicos,
previsão de despesas e listagem de compras. Durante o período das
filmagens, mantém toda a infra-estrutura de funcionamento da produção,
delegando aos seus assistentes vários afazeres, colocando o seu melhor
assistente no set de filmagem representando-o. Após as filmagens, ou
seja, na desprodução, devolve equipamentos, dispensa fornecedores e
apresenta o seu relatório final à empresa produtora.
Assistente de câmera
É
o técnico que auxilia o diretor de fotografia em relação aos
equipamentos e acessórios da câmera cinematográfica em um filme. Seu
trabalho começa na fase de preparação, quando realiza testes de
definição e foco das lentes, de fixidez e estabilidade da imagem e o
total funcionamento dos equipamentos e acessórios de câmera, comunicando
ao diretor de fotografia qualquer irregularidade. Apresenta ao diretor
de produção a listagem de materiais que será necessário comprar antes
das filmagens. No período das filmagens suas tarefas são preparar a
câmera e todos os seus acessórios no set de filmagens, obedecendo o
planejamento do trabalho e o comunicado pela folha diária de serviços
distribuída pela produção. Carrega diariamente a caminhonete do material
de câmera da produtora até as filmagens, acompanhando sempre o
equipamento. Distribui as demais tarefas aos assistentes e estagiários
da equipe de imagem. Antes da execução dos planos, após estarem
carregados os chassis e colocados corretamente na câmera, executa a
preparação do foco, medindo as distâncias e exercitando-se durante os
ensaios com os atores. É quem aciona e corta a câmera para o operador de
câmera, cobra a claquete da continuísta e informa os dados técnicos do
plano para que ela possa colocar em sua folha de continuidade. Após as
filmagens diárias, descarrega os negativos expostos, etiqueta as latas,
prepara o boletim de câmera em conjunto com a continuísta e entrega o
material exposto acompanhado dos boletins à produção do filme. Acompanha
os copiões, mantém informada a continuísta sobre o volume de negativo
usado, o estoque e as previsões de uso. Acompanha sempre o trabalho dos
maquinistas na instalação da câmera em tripés, gruas, dollie ou cam
remote, vigiando o seu equipamento, as condições de segurança para o
mesmo e as facilidades de operação para o câmera. Faz a limpeza diária
do equipamento no final do dia, sendo o responsável principal pelo
equipamento durante a jornada de trabalho. Finda as filmagens é que tem a
responsabilidade pela devolução do equipamento junto à locadora. Um
assistente de câmera tem sua formação em escola de cinema e um conjunto
de estágios em vários filmes de longa ou curta metragem. Recomenda-se um
conhecimento mínimo de ótica e eletricidade. É uma das etapas para
atingir a especialidade máxima do seu setor, a direção de fotografia.
Clap Loader (carregador de chassis)
É o assistente
específico para abastecer de negativo virgem e descarregar os chassis
de negativo exposto, enviando ao laboratório para revelação e
telecinagem. É um técnico contratado apenas em filmagens que trabalham
com várias câmeras cinematográficas.
Figurinista
É o
profissional de cinema que cria as indumentárias (a partir de pesquisa
de época) ou figurinos para os personagens contidos no roteiro
cinematográfico previamente fornecido pela produção. São de sua
responsabilidade os figurinos da figuração, assim como todos os
acessórios que compõem a vestimenta: bengalas, bolsas, chapéus, luvas,
óculos etc. Os desenhos são apresentados ao diretor do filme,
supervisionados pelo diretor de arte. Uma vez aprovados seus custos são
orçados. Feita a compra dos tecidos, materiais e aviamentos é montada
sua oficina e equipe de execução. A escolha de materiais empregados
sofre uma consulta por parte do diretor de fotografia para testes
prévios dos tecidos e cores, assim como do técnico de som, evitando
futuros ruídos que incomodem a captação do som. Todos os figurinistas
indicam seus auxiliares (assistentes, costureiras, bordadeiras,
lavadeiras, tingidoras etc.) para comporem temporariamente sua equipe na
fase de confecção e provas e testes com os atores diante das câmeras,
sob as luzes, e sua resposta no negativo adotado para o filme.
Após os consertos, os figurinos dados como prontos são numerados por
personagens e cenas com a continuísta para um bom andamento das
filmagens no que se refere a guarda-roupa. A partir das filmagens sua
equipe é reduzida a guarda-roupeiras (que darão manutenção às roupas e
providenciarão lavagens). Findas as filmagens os figurinos pertencem à
empresa produtora. São acondicionados em caixas e entregues com uma
lista à direção de produção. Os figurinistas são advindos de escolas de
corte e costura ou de curso de estilismo do SENAI e similares nacionais e
estrangeiros. É necessário um conhecimento de moda, de história e
sobretudo dos hábitos e acessórios usados correspondentes a tais
figurinos.
Guarda-roupeira
É a
profissional de cinema que durante o período das filmagens dá manutenção
aos figurinos: executa reparos, manda lavar e os mantêm sob sua guarda,
ajudando os atores principais e figuração a se vestirem para as cenas.
Conhece as roupas pelos personagens e seus números de indumentária
referenciados pelo roteiro e a decupagem de figurino, em comum acordo
com a continuísta.
Técnico de som
É
o profissional responsável pela captação com qualidade técnica de
diálogos dos personagens, músicas e ruídos ambientais da cena
necessários à montagem dos planos filmados. Comanda a escolha dos
microfones apropriados e acessórios no posicionamento dos microfones
feito pelo seu auxiliar imediato: o
microfonista. É de sua responsabilidade catalogar todos os planos com
identificação semelhante aos da câmera e da decupagem previamente feita
no roteiro dramático. No set deve ensaiar a movimentação do boom com o
microfone utilizado sem que provoque sombras sobre os personagens ou os
cenários. Assim como deve camuflar os seus demais microfones
distribuídos no set de filmagem ocultando-os da captação da câmera. Na
fase de preparação deve visitar as locações escolhidas e conferir o
material locado em testes para aprovação do nível de ruído. E se os
locais escolhidos para filmar precisarem de algum tratamento acústico ou
se apresentarem falta de condições para captação do som direto. No caso
de som guia deve municiar o montador de sons isolados da sequência para
serem montados em pista independente e mixados. Durante os takes
auxilia a continuísta e o diretor em relação a textos sobrepostos,
dicção defeituosa dos atores ou cortes de ação por defeitos técnicos de
câmera, cabos ou ruídos parasitas à cena (ruídos de máquinas, aviões,
animais etc.) ou mesmo a precipitação do diretor no corte da ação. Na
finalização é responsável pela conferência da qualidade, transcrição do
som para a edição e o resultado em ótico para exibição. Os técnicos de
som são emergentes de escolas de cinema ou formados em estúdios de som,
escolas técnicas de eletrônica, devendo ter noções de linguagem
cinematográfica e acústica e um período de estágio e aprendizado no set
para o bom desempenho de suas funções durante as filmagens.
Microfonista
É o técnico de cinema e televisão que auxilia o técnico de som na
operação do boom, da girafa e instalação dos microfones na captação dos
sons ambientais e de diálogos em um set de filmagens. Deve ter
conhecimento de eletrônica, acústica e ser emergente de uma escola
técnica em eletrônica ou uma escola de cinema na especialidade de som. É
conveniente um estágio em estúdio de som antes de frequentar uma equipe
de som. É a carreira de acesso para tornar-se um técnico de som.
Cenógrafo
É o profissional de cinema, vídeo e televisão que cria os cenários em
estúdio ou adapta locações para serem utilizadas como set de filmagens. A
partir de um roteiro cinematográfico apresentado pela empresa produtora
ou produtor executivo, executa um projeto cenográfico composto por
plantas baixas e perspectivas com as cores definitivas propostas e suas
dimensões previstas. O projeto é aprovado pelo diretor do filme e
submetido a orçamento incluindo os materiais, pessoal temporário
especializado (carpinteiros, trabalhadores braçais, cortineiros,
tapeceiros, pintores de arte, escultores etc.) visando a adequação
orçamentária do filme e os prazos de execução para viabilizar o
planejamento das filmagens pela produção. Antes de sua execução deverá
ser proposto ao diretor de fotografia um comum acordo em relação às
tintas e cores que poderão interferir ou colaborar no resultado
fotográfico do filme. Em muitos casos, quando o filme é quase todo
realizado em locações reais de época, adaptadas, o cenógrafo
transforma-se num diretor de arte. Em filmes muito trabalhosos existem
as duas funções, cabendo ao diretor de arte o comando visual da parte
cenográfica do filme. Tem como auxiliar direto seu assistente de
cenografia. São formados em arquitetura, com noções de construção,
resistência de materiais e normas de segurança. Muitos cenógrafos são
emergentes de escolas de belas-artes, de experiência teatral ou
televisão. Muitos são carnavalescos que se adaptam às técnicas de
cinema. Devem ser bons desenhistas, ter noção de perspectiva, conhecer
as lentes cinematográficas e a movimentação dos equipamentos de
maquinaria e iluminação para determinadas previsões em seus cenários.
Devem saber ler uma planta de execução e ter noções de construções em
madeira e outros materiais. É ferramenta de trabalho o conhecimento de
estilos de construção e um profundo conhecimento de história da arte.
Cenotécnico
É o técnico de cinema que, seguindo uma planta desenhada pelo cenógrafo,
executa e comanda a construção dos cenários e alguns tipos de móveis
cenográficos para o cenário do filme. Chefia a equipe de carpinteiros,
pintores e escultores que compõem o departamento de cenografia de um
filme ou vídeo.
Roteirista
É o criador de um texto literário com trama especializada para cinema ou
televisão (com duração temporal previamente estabelecida) de fatos
reais ou ficcionados de situações que se encadeiam, dialogadas ou não,
em determinados casos adaptado de uma obra literária onde evolui uma
trama dramática desenvolvida pelos personagens acompanhada com clareza
pelo espectador. Um roteiro não é um romance, daí sua especificidade de
escritura dividindo-o em sequências por locação, determinando o período
da jornada (se dia ou noite) e precisando o espaço cênico onde se
desenrola a ação. Um roteirista pode ser proveniente de uma escola de
letras, de jornalismo, de cinema ou com experiência na escritura de
textos teatrais, desde que tenha vocação para escrever situações e criar
personagens. O seu diálogo deve ser eminentemente coloquial e
verossímil.
Existem profissionais especializados em trabalhar apenas em uma fase ou
tratamento do roteiro, que são os: argumentistas, dialoguistas, gags men
e os pesquisadores.
Argumentista
É o que redige em uma sinopse de cinco páginas a trama central da
história e seus personagens principais. Esta etapa não possui diálogos
ou indicações e subdivisões de cenas em sequências por locações. É
apenas a trama, a carpintaria dramática do princípio ao fim.
Dialogista
É o
especialista em criar diálogos coloquiais ou regionalismos em uma cena
onde os personagens conversam e têm um tipo físico determinado ou
exercem uma função que deverá possuir em seu vocabulário expressões e
jargões da atividade. É o caso de filmes policiais que empregam a gíria
do submundo.
Gags man
É o especialista em criar situações cômicas ou diálogos de humor em cenas preexistentes de um roteiro definitivo.
Pesquisador
É o
profissional contratado para colher informações sobre a época, hábitos,
vestimentas para roteiros que serão escritos sobre determinados temas
históricos ou especializados. Tomemos por exemplo um filme que se passa
nos bastidores de astronautas, ou de médicos na Antiguidade. O
profissional pode também ser contratado após vários tratamentos do
roteiro para corrigir erros de data em roteiros históricos ou baseados
em fatos reais.
O desenho animado
É a técnica de criar movimentos naturais em cinema e vídeo de objetos ou
personagens, desenhando-se, recortando-se papéis ou moldando massas; a
decomposição do movimento em vários quadros (frames ou fotogramas),
filmados a seguir em câmera adaptada a uma truca vertical, ordenados um a
um. A ordem de execução destes desenhos é preestabelecida em um roteiro
visual semelhante a uma história em quadrinhos, denominado story board,
onde estão contidos todos os "desenhos-chaves" que narram a história a
ser posta em movimento. A partir deles temos que criar as posições
intermediárias do movimento antes de filmar definitivamente e criar a
sensação do movimento humano. Assim como estabelecer os cenários e as
demais partes do desenho onde essas figuras evoluem. Estudar os
movimentos simultâneos em tempos diferentes. Um desenhista pode empregar
o método de animação de 24 quadros (ou frames) por segundo em uma truca
"quadro a quadro" (Oxberry) ou pelo sistema de computação gráfica,
usando programas de animação para computadores. Na técnica tradicional
os desenhos são pintados em acetato transparente a partir dos originais
desenhados em papel vegetal. As cores são adicionadas (pela parte de
trás dos acetatos) uma a uma. A seguir desenha-se o cenário de fundo
onde esta figura evoluirá. Para cada elemento que se sobreponha, a
imagem e o seu movimento acontecem simultaneamente: deverá ter um
acetato exclusivo para ele, desenhado à parte, que será filmado junto na
hora em que formos para a truca. Na truca cada acetato estará colocado
em uma prateleira com o quadro vazado para que todos sejam vistos e
filmados pela câmera. Estes quadros (frames ou fotogramas) deverão estar
marcados por um número, num roteiro ou plano de animação, para a
filmagem correta. Um desenhista de animação deverá a priori ter vocação
artística de desenhista ou cursar uma escola especializada de desenho.
Alguns desenhistas de animação vêm das histórias em quadrinhos, são
chargistas de jornal ou são egressos de escola de belas-artes. Porém o
ideal é frequentarem escolas de cinema onde existem cursos de animação,
como no Canadá, Bélgica, França, Checoslováquia e USA. Dentro desta
especialidade existem vários nichos de mercado de trabalho, tais como:
trucagens, animação técnica e publicidade.
Assistente de direção
É o técnico de
cinema responsável por tudo o que deverá acontecer no local de
filmagem, seja do ponto de vista técnico ou artístico. É o profissional
que substitui o diretor do filme na preparação do set. Controla todos os
setores para que tudo esteja pronto na hora em que o diretor chegar
para filmar. Seu trabalho começa desde o detalhamento plano a plano do
roteiro, na etapa de pré-produção. Ele visita as locações escolhidas
pelo diretor, o diretor de fotografia e o diretor de produção,
analisando os prós e contras que possam interferir no andamento das
filmagens e no resultado artístico da cena. Toma conhecimento de todas
as intenções do diretor, das possibilidades técnicas e das providências
de produção que devem ser tomadas para que as filmagens aconteçam ali a
tempo e hora previstos no plano de trabalho elaborado pela produção com a
sua participação. Ele tem que obter e controlar todas as informações
com antecedência, conferindo tudo, evitando falhas, atrasos ou
interrupções desnecessárias das filmagens. Tem sempre de estar apto a
responder qualquer pergunta do diretor e demais membros da equipe e
providenciar soluções imediatas a problemas que se coloquem de forma
imprevista. Auxilia o diretor na preparação e realização artística do
filme. Subordinado diretamente ao diretor do filme, trafega com
desenvoltura entre todos os departamentos da equipe. Tem de conhecer
linguagem cinematográfica, equipamentos e sua utilização. Todo o aspecto
de montagens e desmontagens dos sets e providências de produção.
Supervisiona os trabalhos de todos os departamentos, inclusive o de
elenco, ensaiando os textos antes das filmagens. É o homem de ligação e
coordenação entre a direção, de um lado, a produção e o conjunto da
equipe, do outro. A sua função é aparentemente genérica mas de grande
complexidade, daí dividir suas tarefas por vários assistentes, fazendo
face às responsabilidades. Tem de ser um líder sem ser autoritário. Dar
ritmo ao set sem atropelar os profissionais. O assistente é formado em
escolas de cinema, e muito estágio como 2 ou 3 assistente de direção em
muitos filmes, antes de assumir o cargo de 1 assistente de um filme ou
vídeo.
Operador de câmera/Câmera
É o técnico de cinema que opera as câmeras de cinema ou de vídeo. É o
responsável pelos enquadramentos dos planos que compõem uma cena, sejam
planos fixos ou em movimento. Tem de estar apto a operar a câmera com
cabeças fluidas ou a manivela. No tripé ou sobre equipamentos de
maquinaria, tais como: carrinhos, gruas, dollie, Pee wee, cam remote ou
camera car. Tem de conhecer os tipos de lentes, filtros, acessórios de
câmera e todos os modelos de câmeras (35mm, 16mm, super 16mm e
Panavision) usados no mercado cinematográfico, controlar a qualidade do
foco ou o movimento de zoom operado pelo 1 assistente de câmera durante a
execução dos planos, assim como a qualidade de execução dos movimentos
de maquinaria. Durante os ensaios é de sua obrigação perceber se há
algum equipamento em quadro no take, defeitos tais como reflexo ou
sombras de câmera. Alertar sobre quaisquer fatos que possam dispersar o
espectador: ator que olha para a lente, figuração não prevista no
quadro, publicidade exposta no enquadramento. Deve exigir instalação
confortável e segura de seu equipamento para operação do mesmo durante
as filmagens. É de sua responsabilidade zelar pelo equipamento que
opera, protegendo-o do sol, da chuva ou outras intempéries. Não deve
permitir expor o equipamento a situações de risco sem autorização do
produtor executivo. Deve colaborar com os companheiros de equipe na
montagem e no deslocamento do equipamento dentro do set de filmagem.
Acata as ordens do diretor de fotografia e alerta-o quando do emprego de
filtros e outros efeitos.
Deve conhecer linguagem cinematográfica, composição e dramaturgia. É
formado nas escolas de cinema, cursos promovidos pelas emissoras de
televisão, ou egresso dos postos de assistente de câmera.
Operador de stady cam
O stady cam é
um equipamento complementar das filmagens. Trata-se de um estabilizador
contra solavancos e trepidações de câmera, quando é operada na mão. É
indicado para as cenas de ação. É um equipamento locado com operador.
Este câmera apenas opera a câmera sobre este equipamento nas cenas
programadas no filme. Não faz parte efetiva da equipe de filmagens. É
contratado por um período predeterminado. Trabalha sob as ordens do
diretor de fotografia na execução de planos previstos na decupagem pelo
diretor do filme.
Produtor executivo
É o profissional de cinema que atua na área empresarial. É o captador de
recursos para um projeto por ele elaborado ou empresa que o contratou.
Na maioria dos casos o produtor executivo é o proprietário da empresa
produtora que recebe a proposta de co-produção de um diretor que dispõe
de um roteiro original. Ou ainda, compra os direitos de adaptação de uma
obra literária e investe nos trabalhos de um adaptador (roteirista) e
elabora a montagem do projeto do ponto de vista técnico-artístico e
financeiro. Convoca técnicos especializados de vários setores para
avaliarem o seu roteiro, do ponto de vista de seus setores, visando
formular um anteprojeto de venda de cotas de produção. Formula uma
equipe provável, assim como um elenco e diretor a ser contratado para
realizar aquela obra audiovisual. Após captar os recursos necessários à
realização do filme contrata um preposto (um diretor de produção) para o
gerenciamento dos recursos, execução de preparação e filmagens segundo
um plano de trabalho apresentado. Durante a realização das filmagens
prevê a cobertura jornalística constante sobre o produto audiovisual que
elabora, organiza a finalização e prepara o seu lançamento e vendas
para o exterior, assim como a sua participação em festivais de cinema
nacionais e internacionais que credenciarão o seu filme para o circuito
comercial de exibição.
Todo produtor executivo tem uma infra-estrutura montada de escritório,
contador e pessoal capacitado na preparação de um projeto
cinematográfico, a fim de administrá-lo no mercado de capitais para a
captação de recursos através de leis de incentivos.
Assistente de produtor executivo
Dependendo do
porte do filme a empresa pode contratar um diretor de produção de sua
confiança e nomeá-lo como assistente de produtor executivo para
supervisionar os custos e o planejamento proposto pelo diretor de
produção. É um representante da empresa produtora do filme em questão. É
muito comum nos grandes estúdios onde se realizam muitos filmes ao
mesmo tempo de uma mesma produtora.
Assistente de produção
É o técnico de cinema e vídeo que se responsabiliza por parte das
tarefas delegadas pelo diretor de produção. Os assistentes de produção
têm a coordenação do primeiro assistente de direção em relação ao
diretor do filme. Ocupam-se de tarefas tipo: transporte, alimentação,
chamada geral dos atores, ensaio e convocação da figuração, providenciar
veículos e animais de cena, autorizações oficiais, acompanhamento de
preparação de locações, testes de maquiagem, de cabelos, de figurino
etc. São profissionais egressos de escolas de cinema ou de comunicação,
que pretendem seguir a carreira de diretor de cinema e estão nesta
função para sua formação prática e amadurecimento dos conhecimentos
teóricos que assimilaram nas escolas especializadas. Devem conhecer
linguagem cinematográfica, ter espírito prático, ser simpáticos,
observadores, organizados e conhecer os mecanismos de uma produção,
sobretudo os documentos que circulam em uma filmagem: boletim de câmera,
de som, plano de trabalho e folhas de serviço (as quais devem
distribuir ao final de cada dia de filmagem a todos os membros da
equipe). Devem organizar uma agenda com todos os endereços de
fornecedores de serviços e equipamentos para cinema. Devem ter uma noção
dos equipamentos que terão de providenciar, quando convocados pelo
diretor de produção.
Chefe eletricista/Eletricista
É o técnico de cinema e vídeo responsável por todos os serviços de
instalação elétrica e dos refletores cinematográficos e seus acessórios
em um set de filmagens. Trabalha sob as ordens do diretor de fotografia.
Acompanha o diretor de fotografia nas visitas às locações, visando
fazer um levantamento de necessidades, autorizações e providências que
devem ser tomadas do ponto de vista técnico para que possamos ter
alimentação energética no local suficiente para alimentar todos os
refletores desejados pelo diretor de fotografia na realização dos planos
previstos no roteiro criados pelo diretor do filme. Lista os acessórios
necessários e complementares aos equipamentos solicitados pelo diretor
de fotografia. Calcula os tempos necessários para as instalações e
desmontagens ou eventuais deslocamentos com os materiais para outras
locações durante o filme, para que o diretor de produção possa planejar
as filmagens. Relaciona a quantidade de auxiliares que necessitará em
função da complexidade das instalações e materiais a serem montados e
operados. Quanto maior o filme, maior a estrutura de iluminação, e consequentemente maior o número de auxiliares que necessita. Este
profissional se forma em escolas técnicas de eletricidade - SENAI e
outras instituições similares. Deve conhecer bem os equipamentos,
trabalhando como eletricista auxiliar, e depois de alguns anos de
prática galgar o posto de chefe eletricista. Possui suas próprias
ferramentas, tais como voltímetro/amperímetro. Deve estar apto a avaliar
as condições de fornecimento de energia em uma locação e solicitar ou
não a locação de geradores, instalação de luz festiva ou autorização do
proprietário do imóvel para retirar energia do seu PC.
Eletricista
É o técnico de
cinema e vídeo que monta os refletores, distribui os cabos que servirão
para a passagem das "fases" e faz a ordenação das linhas de alimentação
energética dos refletores. Monta o quadro de segurança e distribui no
set, monta as caixas intermediárias, espalha os tripés e garras onde
serão instalados os refletores solicitados pelo chefe eletricista. Leva a
linha até o gerador ou PC, trabalhando em parceria com o geradorista ou
eletricista do imóvel local. É quem afina e posiciona filtros e
difusores nos refletores durante a iluminação do set e mantém o serviço
de ligar e desligar os mesmos. Organiza o caminhão da elétrica e dá
manutenção aos materiais de iluminação durante as filmagens. Findas as
filmagens é o responsável pela conferência do material e a sua devolução
na empresa locadora. Seu trabalho começa três a quatro dias antes das
filmagens e termina no mesmo prazo, findas as mesmas.
Geradorista
É o técnico de
cinema e vídeo que acompanha o gerador vindo da locadora. É o
responsável pela alimentação de energia dos refletores. Está sob o
comando do chefe eletricista, mantendo o gerador sempre ativo, na
amperagem e voltagem corretas, para o consumo do set. É um profissional
que conduz o caminhão que transporta o gerador até o set e leva-o de
volta finda a jornada.
Chefe maquinista/Maquinista
É o técnico de cinema e vídeo responsável pela instalação de todos os
equipamentos que podem dar suporte aos equipamentos de iluminação e
câmera (três tabelas, praticáveis, torres, etc.), com segurança e muita
rapidez. Opera os equipamentos que movimentam as câmeras em um set, a
saber: gruas, carrinhos, dollies, panther, Pee wee, "ligeirinhos" etc. A
qualidade de uma imagem depende diretamente da operação de qualidade de
um equipamento pelo maquinista e sua interação com o câmera. Dão apoio
aos eletricistas na montagem dos parques de luz em um estúdio, locação
adaptada ou estúdio. Montam tripés, auxiliam na puxada de grossos cabos,
manobram rebatedores e auxiliam na montagem de acessórios de iluminação
como o butterfly. Numa equipe numerosa o profissional mais experiente é
o maquinista e os demais seus auxiliares. Deve possuir amplo
conhecimento sobre alta tensão e eletricidade caseira. Formam-se em
escolas técnicas de marcenaria/ carpintaria (SENAI) ou congêneres.
Muitos são formados em empresas estatais (Central Técnica da FUNARJ) ou
em barracões de escolas de samba em convênio com os sindicatos de
classe. Devem possuir conhecimento de laçadas de segurança, operar
equipamentos auxiliares de elevação, tais como: carretilhas, contrapeso e
trucks. Devem dominar bem soluções de segurança para a câmera,
instalando-a sobre um veículo etc. São os homens das soluções
inteligentes, seguras e rápidas.
Maquinista
É o
profissional que executa as tarefas de montagens de suportes para
equipamentos de luz e de câmera sob o comando do chefe maquinista. É o
responsável pela execução dos movimentos de aparelhos que conduzem as
câmeras.
Operador de video assist
É o técnico de cinema responsável pela captação em vídeo, em paralelo
com a câmera cinematográfica, das imagens que estão sendo impressas no
interior da mesma em película cinematográfica, projetando-as num monitor
de vídeo, no momento da cena ou após a cena filmada.
Contra-regra
É o técnico de cinema e vídeo responsável por todos os objetos de cena
que integram uma ação em um cenário (não estão incluídos aí os que fazem
parte do figurino). Participa de um filme desde a preparação, quando se
faz o detalhamento dos objetos de cena junto com o cenógrafo,
preparando suas providências ou construção. Esta lista é passada ao
diretor de produção, que providencia sua locação ou materiais para a sua
construção. Durante as filmagens, seguindo o plano de trabalho e a
folha de serviço, providencia os objetos a serem colocados em cena no
momento de execução dos planos sob a supervisão da continuísta. A
maioria dos contra-regras são egressos do teatro ou da televisão e fazem
parte da equipe de cenografia.
Maquiador/Cabeleireiro
É o técnico-artista de cinema e vídeo que prepara a maquiagem
convencional de embelezamento ou de efeito dos personagens, segundo a
descrição acordada na decupagem com o diretor do filme. O uso de
determinados materiais deve ser submetido ao diretor de fotografia,
evitando erros e desencontros na imagem. Todas as maquiagens e cabelos a
serem adotados nos filmes pelo elenco devem ser testados com a luz
definitiva do filme antes de começarem as filmagens. É a formatação do
"tipo" dramático do personagem. Existem profissionais que apresentam
seus projetos em computador ou desenhados para aprovação prévia pelo
diretor do filme. Conforme o tamanho do elenco a ser maquiado e
penteado, ele apresenta as previsões de tempo ao diretor de produção,
assim como a necessidade da contratação de auxiliares temporários em
cenas que envolvam muito elenco e figuração. Apresenta uma lista de
cosméticos a serem adquiridos pela produção e mantém a tempo e hora os
personagens maquiados e constantes correções durante as filmagens. Os
apliques postiços deverão também ser providenciados pela produção e
testados convenientemente antes de serem usados em cena diante das
câmeras.
Montador/Editor
É o técnico de
cinema e vídeo que reúne, ordena e dá ritmo às imagens filmadas e sons
captados fracionadamente no set, dando um sentido narrativo à história
proposta pelo roteiro literário do filme seguindo uma decupagem prévia
do diretor do filme. O montador deverá sugerir mudanças de lugar e
duração das sequências, visando obter maior clareza narrativa e impacto
emocional sobre o espectador para conduzi-lo sem que perceba durante 100
a 120 minutos de exibição. Prepara todas as pistas de som: diálogos
(captados em direto), dublando (falas que faltaram ou que se tornaram
inaudíveis), preencherá os vazios sonoros com ruídos de sala, música
incidental, e colocará a trilha do filme em seus devidos lugares.
Providenciará a edição dos traillers comerciais e o mapa de mixagem. O
seu trabalho começa logo após duas ou três semanas de iniciadas as
filmagens, ordenando o material bruto vindo do laboratório. Caso este
material seja finalizado em ilha digital, deverá passar, após a
revelação dos negativos, por uma telecinagem (transferência da imagem
fílmica para sinal digital e imagem em vídeo). Feito isto, transposto
todo o material ("importado") para os computadores, começa então o seu
primeiro corte chamado de "corte largo". Após as filmagens concluídas, o
diretor assiste ao material pré-montado. Após a sua aprovação começa
então a montagem propriamente dita. Mudam-se seqüências de lugar, são
encontradas soluções de linguagem obtidas em laboratório (fusões,
congelamentos etc.). E finalmente dá-se o 2 corte. Aprovado pelo
diretor, começam então o corte final, "o corte fino", e os ajustes
sonoros e a retirada de alguns "tempos mortos" da montagem. Passa-se à
mixagem e a cópia está pronta para ser trabalhada no estúdio de som (no
caso de Dolby stereo) e a cópia final ótica em laboratório com a devida
marcação de luz pelo diretor de fotografia e a colocação dos letreiros
de apresentação, com nome do elenco e equipe técnica. Faz-se a projeção
final desta cópia para o diretor do filme, com a presença do montador e
do diretor de fotografia. O material está então pronto para exibição
comercial. O seu trabalho desenrola-se dentro de um prazo de dois a três
meses. Os montadores são egressos de escolas de cinema ou são formados
em uma ilha de edição ou moviola (mesa de montagem tradicional de
filmes). Devem ter amplo conhecimento de linguagem cinematográfica, além
de uma formação de operação de ilha informatizada. A melhor formação
para um montador é exercer primeiramente a função de continuísta e em
seguida passar para uma sala de montagem ou ilha de edição.
Trilheiro/Músico de cinema
É o artista
responsável pela criação de todas as músicas pontuativas, incidentais e
temáticas a serem colocadas na trilha sonora do filme, acompanhando em
background as imagens montadas de um filme, visando auxiliar a obtenção
do "clima dramático" da cena ou plano desejado pelo diretor. Seu
trabalho pode ser feito isolado em um estúdio com seus músicos e depois
ajustado na montagem ou a partir das imagens visionadas previamente
antes de criar as partituras. Os temas são apresentados, uma vez
compostos, previamente ao diretor do filme, para aprovação, e em seguida
gravados e mixados com a trilha final do filme. Existem trilhas que se
tornam mais sucesso que os próprios filmes, devido à sua qualidade
musical, ou o inverso, músicas que se tornam famosas pela qualidade
dramática do filme e das cenas em que foram usadas. Esses músicos
criadores são egressos de escolas de música ou são autodidatas.
Efeitos especiais
É responsável por eles o técnico de cinema e vídeo que trabalha com a
ilusão, o truque e a magia. Monta traquitanas, maquetes, sistemas de
explosão, modelos ampliados ou animais de controle remoto que aumentam a
veracidade das cenas impossíveis, perigosas ou de grande efeito visual e
impacto emocional. É uma profissão de curiosos e sobretudo maquetistas e
pessoas que adoram informática aliada a conhecimentos de maquinarias
por eles inventadas. Existem empresas tradicionais no mercado americano e
europeu nas quais os conhecimentos passam de pai para filho.
Laboratorista
Técnico de laboratório cinematográfico
É o técnico de
cinema que processa as imagens em laboratório. Trabalha no setor
industrial do cinema. Tem conhecimentos de química de laboratório e do
funcionamento dos equipamentos de revelação, lavagem e copiagem de
filmes fotográficos contínuos (cinematográficos). É formado pelo SENAI
ou estagiando durante anos no laboratório onde recebe sua formação.
Trabalha com negativos e positivos cinematográficos. Conhece todas as
etapas dos filmes em laboratório. Porém as especialidades em laboratório
são muito precisas, tais como: copiagem, revelação, janela molhada,
sonorização ótica, letreiros, trucagens óticas, titulagem, banda
internacional, master, cópia marrom, blow up, lavagem de ultra-som,
armazenamento de negativo, montagem de negativo, marcação de luz
.
Marcador de luz
É o técnico de
cinema do setor industrial, trabalhando no interior dos laboratórios,
conhecido como colorista ou marcador de luz. É o operador das máquinas
analisadoras (Analyser) de cores e luminância. Trabalha plano a plano,
sob a orientação das indicações do diretor de fotografia na equalização
das cores de todos os planos de uma seqüência e do filme como um todo.
Monta um mapa das cores fundamentais (azul, vermelho e amarelo) e seus
percentuais para serem corrigidos na cópia final. Uma vez revisado pelo
fotógrafo e aprovado pelo produtor, este mapa será o guia de todas as
cópias para a comercialização. Deve ser formado em curso específico
promovido pelo sindicato de classe ou congênere.
Montador de negativo
É
o técnico de cinema do setor industrial, trabalhando no interior dos
laboratórios, que ordena os negativos brutos, localizando e colando os
planos para a futura copiagem, baseando-se no copião positivo montado,
enviado pelo montador. Seu trabalho é supervisionado pelo montador do
filme antes de ser dado como finalizado para que possa a seguir sofrer a
marcação de luz e serem efetuadas as cópias de comercialização do
filme. É nesta etapa que se providenciam as trucagens de laboratório
("fusões", "congelamento de imagens", desdobramento para aumento de
câmera lenta etc).