quinta-feira, 14 de abril de 2011

FILMANDO BAIANA MODELO DO CARTAZ DO lV BAFF

Foto: Lázaro Faria Beto Magno filmando a baiana que foi modelo para o cartaz do lV Bahia Afro Film Festival
Foto: Lázaro Faria Beto Magno filmando a baiana do acarajé que pousava para foto do cartaz do lV BAFF
Foto: Beto Magno Baiana do Acarajé foto para cartaz do lV BAFF Bahia Afro Film Festival
Foto: Beto Magno Lázaro Faria dirigindo a baiana do acarajé que fez uma foto para o cartaz do lV BAFF

segunda-feira, 11 de abril de 2011

TESTE PARA FILME

Foto: Xeno VelosoPor Beto Magno

TESTE PARA FILME 2 DE JULHO NA CAP ESCOLA DE TV EM SALVADOR A PARTIR DE MAIO DE 2011


ATORES E FIGURANTES DE 7 A 60 ANOS PODEM ENVIAR CURRICULO E FOTOS PARA OS MAILS 2djulho@gmail.com ou 2djulho@capescoladetv.com.br.


OS TESTES DE VIDEO COMEÇARÃO A PARTIR DE MAIO.

O LOCAL E HORARIO DOS TESTES SERÃO ANUNCIADOS AQUI NO BLOG.


CAP ESCOLA DE TV E CINEMA SALVADOR 9167.8274


domingo, 10 de abril de 2011

MELHORES FILMES BRASILEIROS

OS MELHORES FILMES BRASILEIROS NA MINHA OPINIÃO

Glauber Rocha “Deus e o diabo na terra do sol” “Terra em transe” “O dragão da maldade contra o santo guerreiro”


Carlos Diegues ou Cacá Diegues “Bye Bye Brasil”


Ruy Guerra “Os cafajestes” “Os fuzis”


Arnaldo Jabor “Toda nudez será castigada” “Tudo bem”


Humberto Mauro “Brasa dormida” “Ganga Bruta”


Nelso Pereira dos Santos “Memórias do Cárcere” “Vidas secas” “Rio quarenta graus”


Roberto Farias “O assalto ao trem pagador”


Rogério Sganzerla “O bandido da luz vermelha”


Andrea Tonacci “Bang bang”


Eduardo Coutinho “Cabra marcado para morrer”


Lima Barreto “O cangaceiro”


Leon Hirzman “Eles não usam black-tie” “São Bernardo”


Joaquim Pedro de Andrade “Macunaíma”


Júlio Bressane “Matou a família e foi ao cinema”


Anselmo Duarte “O Pagador de Promessas”


Hector Babenco “Pixote - a lei do mais fraco”


Os filmes que trazem mensagens spirit, cult, light ou hard do cinema atual, foram escolhidos, entre overs, amigos, e clientes. Clique nos links e saiba mais sobre os top 10 do Cinema Brasileiro que a tribo OVERSTRESS tem visto nas telonas:


Laís Bodansky “Bicho de 7 cabeças”


Anna Muylaert “É proibido fumar”


Henrique Dantas “Filhos de João - Admirável mundo novo Baiano”


Lírio Ferreira “O homem que engarrafava nuvens”


Sérgio Machado “Quincas Berro D’água”


Erik Rocha “Pachamama”


Hugo Carvana “Casa da mãe Joana”


Daniel FilhoChico Xavier - Uma vida de amor”


Luiz Villaça “O contador de Histórias”


Nelson Hoineff “Caro Francis”

UM CINEMA QUE SE DIZ BAIANO

Set de filmagens de Redenção

Por André Setaro


Apesar de já ser considerada uma centenária cinematografia, como em 2010 se comemorou, a rigor, no entanto, ouso dizer que não existe um cinema baiano, mas filmes baianos, porque, para a existência de um cinema baiano, por exemplo, haveria de se ter uma produção sistemática e continuada. A questão é polêmica e não o objetivo desse artigo, porém.


Admitindo-se a hipótese de que o cinema baiano está a fazer, neste 2011, já quase no seu ocaso, 101 anos, o que se pode dizer é que a trajetória dessa cinematografia que se quer, às vezes até a fórceps, baiana, é um itinerário de frustrações e marcada por fases e por períodos de completa inatividade no plano da criação cinematográfica.


O ponto de partida se dá com Regatas da Bahia, a partir de então, Diomedes Gramacho, José Dias da Costa, Luxardo, entre outros, fazem filmes documentários que se caracterizam pelo registro de vistas, acontecimentos sociais, inaugurações disso e daquilo, chegando-se, mesmo, na segunda década do século passado, ao estabelecimento de laboratórios que objetivam a feitura de fitas. Mas Gramacho, o principal documentarista do período, entra em crise depressiva por causa de um incêndio e joga, em estado de desespero, todo o seu material na Baía de Todos os Santos.


As pesquisas até agora são infrutíferas em relação aos filmes porventura produzidos na Bahia antes da década de 1930. Considera-se como o grande pioneiro do cinema baiano o documentarista Alexandre Robatto, Filho, cujos registros, quase na sua totalidade, são recuperados pela Fundação Cultural do Estado da Bahia. Robatto é, praticamente, o único nome que vigora no panorama cinematográfico soteropolitano em duas décadas: as de 30 e de 40. A sua obra consiste basicamente de documentários que registram as exposições de pecuária, eventos históricos, amenidades sociais etc, a exemplo de A volta de Ruy (1949), A guerra das boiadas (1946), A chegada de Marta Rocha (1955), Quatro séculos em desfile (1949), entre muitos outros, como filmes em 8mm que documentam os carnavais baianos nos clubes sociais nos anos 40, com sabor pitoresco e um resgate memorialista. Seu filme mais bem acabado, esteticamente, é Entre o mar e o tendal (1953), quando se pode observar um cuidado na construção de uma estrutura narrativa mais dinâmica.


Os anos 50 registram o advento do Clube de Cinema da Bahia, idealizado pelo advogado Walter da Silveira, que congrega, no espírito de uma velha província, os intelectuais e os universitários de sua época. O mercado exibidor somente oferece o cinema hollywoodiano, e Walter da Silveira apresenta a estética eisensteiniana, o expressionismo alemão, o neorrealismo italiano, o realismo poético francês, a avant-garde dos anos 20, a escola documentarista inglesa de John Grierson, Paul Rotha etc. Alguns dos assíduos frequentadores do Clube se entusiasmam e, assombrados, decidem fazer cinema, a exemplo de Glauber Rocha, que, no dia da morte de Walter da Silveira (novembro de 1970), escreve artigo no já extinto Jornal da Bahia para lamentar a perda do amigo e ressaltar que foi ele quem o fez descobrir o cinema como expressão de uma arte.