sexta-feira, 5 de setembro de 2025

GIORGIO ARMANI

Giorgio Armani


Ele vendeu o Fusca, para fundar a Giorgio Armani...

A história de Giorgio Armani, O Homem que costurou a elegância no tempo

Em 11 de julho de 1934, na pequena Piacenza, Itália, nascia Giorgio Armani. Filho de Ugo, um contador simples, e Maria Raimondi, dona de casa de olhar refinado, cresceu em meio a tempos difíceis da Segunda Guerra Mundial. Foi nesse cenário que aprendeu uma lição que carregaria para sempre: a beleza pode estar na simplicidade. 

Na juventude, sonhou em ser médico 🩺. Chegou a estudar medicina, mas percebeu que seu coração pulsava em outro ritmo. Durante o serviço militar, trabalhou como auxiliar no hospital e ali descobriu que não suportava a visão do sangue. Ao sair do exército, encontrou emprego em uma loja de departamentos em Milão, La Rinascente. Ali, entre tecidos e manequins, nasceu o artista da moda.

Em 1961, ingressou na Nino Cerruti, criando ternos masculinos que já mostravam sua assinatura: linhas limpas, leveza e elegância. Depois passou anos como freelancer até que, em 1975, junto de seu parceiro Sergio Galeotti, vendeu até o Fusca para fundar a Giorgio Armani S.p.A..

Seu primeiro grande triunfo? A reinvenção do terno masculino: sem forros pesados, sem rigidez, com liberdade e sofisticação. O mundo da moda nunca mais seria o mesmo.

Nos anos 80, Armani conquistou Hollywood. Foi ele quem vestiu Richard Gere em American Gigolo (1980), um momento que mudou a moda no cinema. A partir daí, não havia tapete vermelho sem Armani. Julia Roberts, Cate Blanchett, Beyoncé, até mesmo atletas e políticos, todos encontraram nele a tradução da elegância.

Mas Giorgio não parou na moda. Expandiu para perfumes, hotéis de luxo, cafés ☕, restaurantes e até esportes, tornando-se dono do Olimpia Milano, um dos clubes de basquete mais tradicionais da Itália.

Visionário, foi também o primeiro grande estilista a banir modelos excessivamente magras de seus desfiles, em 2006, defendendo uma moda mais saudável.

E apesar de todo o império, Armani permaneceu independente. Nunca vendeu sua marca para grandes conglomerados, mantendo-se dono absoluto de sua criação. Para ele, a moda não era só negócio: era arte e identidade.

Em setembro de 2025, Giorgio Armani nos deixou aos 91 anos, em Milão. O mundo da moda silenciou, mas seu legado continuará vestindo gerações.

Sua maior lição? “Elegância não é ser notado. É ser lembrado.”

E Giorgio Armani será lembrado. Sempre. 

Uma homenagem Tchê 

#GiorgioArmani #HistóriaViva #ElegânciaEterna #ArmaniForever #ModaQueFala #LegadoImortal #ItalianStyle


fonte: Internet 

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quinta-feira, 21 de agosto de 2025

ACADEMIA BRASILEIRA DE CINEMA


Foto: reprodução 


A Academia Brasileira de Cinema revelou nesta quinta-feira (21) a lista com os 16 longas-metragens que estão habilitados a disputar uma vaga na categoria Melhor Filme Internacional do Oscar 2026. Os filmes foram selecionados para representar o Brasil na maior premiação do cinema mundial.


A Comissão de Seleção realizará dois encontros para definir o escolhido. No dia 8 de setembro, seis títulos serão pré-selecionados, e na reunião final, marcada para 15 de setembro, o filme que representará o Brasil na disputa será oficialmente decidido.


Os próximos dias prometem tensão e expectativa para os cineastas e profissionais da indústria, que aguardam ansiosos pela escolha do filme que poderá colocar o Brasil novamente em destaque na competição mais prestigiada do cinema.


Confira a lista:


'A melhor mãe do mundo', de Anna Muylaert


'A praia do fim do mundo', de Petrus Cariry


'Baby', de Marcelo Caetano


'Homem com H', de Esmir Filho


'Kasa branca', de Luciano Vidigal


'Malu', de Pedro Freire


'Manas', de Marianna Brennand


'O agente secreto', de Kleber de Mendonça Filho


'O filho de mil homens', de Daniel Rezende;


'O último azul', de Gabriel Mascaro


'Oeste outra vez', de Erico Rassi


'Os enforcados', de Fernando Coimbra


'Retrato de um certo oriente', de Marcelo Gomes


'Um lobo entre os cisnes', de Marcos Schechtman e Helena Varvaki


'Vitória', de Andrucha Waddington.



Fonte: Metro1


#Oscar 

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#cinemaconquistense

terça-feira, 19 de agosto de 2025

O HOMEM GERALDO ROCHA



 O HOMEM GERALDO ROCHA 

Livro de Eduardo Lena e Miriam Hermes 


O Homem que contribuiu a partir do oeste baiano para  o desenvolvimento e progresso da nação brasileira. 

" Na recepção a Eurico Dutra meu pai ficou encarregado de sensibilizar  os vaqueiros  da região. Centenas deles foram vestidos a caráter, recepcionar o presidente conforme  Geraldo queria. Meu pai tinha a função de cuidar das propriedades (fazendas de pecuária), mas estava á frente de tudo o que Geraldo necessitasse. Era alguém para um serviço especial" .
"Por exemplo:
o pagamento da mão de obra e materiais para construção do hospital Eurico Dutra, eram feitos  através  do escritório da Sertaneja, que meu pai gerenciava. Creio que o hospital foi sua maior obra social em Barreiras". " Desde criança  ouvia falar que a construção do hospital foi motivada pela morte da mulher de um vaqueiro no dia do parto de um filho". " Ele ficou indignado com aquilo.  Aqui não tinha nem uma clínica. Construiu o hospital e depois passaram-se muitos anos para o governo assumi-lo e colocar a estrutura para funcionar em benefício da população ". 

O que só aconteceu, no fim da vida de Geraldo. Na gestão do governador Antônio Balbino Filho.

* Trecho do livro citado
 por  Marcos Aurélio Lopes



 

quinta-feira, 17 de julho de 2025

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segunda-feira, 14 de julho de 2025

TESTES DE ELENCO

 

Gravação do teste na cidade de Bonito - Ba

 Que projeto incrível!
 Um longa-metragem
 ambientado na Chapada Diamantina, com uma história rica e complexa sobre coronéis, jagunços e garimpeiros, e um romance épico entre uma francesa e o filho do coronel. Isso soa como um filme de época emocionante e visualmente deslumbrante! 
Para o teste de elenco, procuramos por atores que possam trazer à vida os personagens complexos e multifacetados da história.




quinta-feira, 3 de julho de 2025

VIVER OU DURAR?


Beto Magno



 𝑽𝒊𝒗𝒆𝒓 𝒐𝒖 𝑫𝒖𝒓𝒂? 


Outro dia, no meio de uma conversa séria sobre planos para o futuro, alguém soltou a pergunta fatal: "Você quer viver ou quer durar?" Na hora, fiquei sem resposta. Parecia uma daquelas pegadinhas existenciais que dão um nó no cérebro. Como assim, "viver ou durar"? Não é a mesma coisa? E foi aí que comecei a pensar melhor.


Durar é aquela vida meticulosamente planejada. Acordar cedo, comer aveia, fazer exames regulares, evitar frituras e álcool, usar protetor solar até dentro de casa. É pagar boletos em dia, manter um currículo atualizado e separar o lixo reciclável corretamente. É não se expor a riscos desnecessários, não gastar energia com bobagens, seguir a cartilha da longevidade. O problema é que, às vezes, quem só dura esquece de viver.


Viver, por outro lado, é sair sem rumo e descobrir um boteco com o melhor torresmo do bairro. É rir até perder o fôlego, mudar de caminho porque um cachorro simpático quis te acompanhar, aprender a tocar violão aos 60 anos só para tocar mal e sem compromisso. É dizer "sim" para convites improváveis e "não" para convenções sem sentido. Viver é tomar sorvete sem culpa, se apaixonar sem garantias, dançar sem saber os passos.


E então, veio a dúvida cruel: e se eu tentar fazer as duas coisas? E se eu quiser durar e viver? Tomar vinho, mas comer brócolis? Correr na esteira, mas também correr para pegar um pôr do sol na praia? Manter a poupança organizada, mas também viajar sem planejamento de vez em quando?


O problema é que nossa sociedade idolatra os que duram. São eles que recebem prêmios de "exemplo de disciplina" e ocupam capas de revistas de negócios. Viver, por outro lado, é visto como irresponsabilidade. Quem vive demais é chamado de impulsivo, imaturo, inconsequente. Mas e se o verdadeiro erro for passar tanto tempo tentando durar que, no final, esquece-se de viver?


Me lembrei de um conhecido que, durante toda a vida, economizou cada centavo, sempre dizendo que ia aproveitar quando se aposentasse. Morreu um mês depois de pendurar as chuteiras, sem ter usado metade das camisas bonitas que guardava "para ocasiões especiais". Também lembrei de um amigo que vivia cada dia como se fosse o último e... bem, um dia foi mesmo. Talvez a grande sabedoria esteja em não cair em nenhum dos extremos.


Então, qual é a resposta certa? Eu decidi que não quero apenas durar. Mas também não quero viver como se não houvesse amanhã, porque, convenhamos, na maioria das vezes há. Quero equilibrar o manual da longevidade com o roteiro das boas histórias. Quero me cuidar para ter energia suficiente para as aventuras que ainda me esperam. Quero, sim, evitar os riscos idiotas, mas não me privar dos riscos emocionantes. Quero durar, mas com conteúdo.


E se um dia alguém me perguntar qual foi a minha escolha, espero poder responder com um sorriso maroto: "Eu escolhi viver. E durei bastante fazendo isso."


Texto do amigo

Carlos Coelho.

quarta-feira, 2 de julho de 2025

O HOMEM QUE ENXERGOU O INVISÍVEL


Dr. Clodoaldo Cadete Fernandes Costa


ARTIGO – O homem que enxergou o invisível 


Por José Maria Caires


 Há nomes que o tempo não apaga. Nomes que não cabem apenas em placas, mas que habitam as entrelinhas da história, as memórias da cidade, os sorrisos de alívio após um diagnóstico certeiro. Um desses nomes é o de Dr. Clodoaldo Cadete Fernandes Costa, médico, empreendedor, visionário – e, sobretudo, um homem à frente de seu tempo.

Numa época em que os olhos da medicina ainda tateavam no escuro, quando o raio X era considerado tecnologia de ponta e muitos diagnósticos eram mais suposições do que ciência, foi ele quem ousou sonhar com uma Vitória da Conquista na vanguarda da saúde. E mais que sonhar: fez acontecer.

O Sudoeste da Bahia viu nascer ali um marco. O diagnóstico por imagem transformou-se, graças a sua iniciativa, em uma revolução silenciosa. Silenciosa, porém poderosa. Graças ao seu trabalho incansável, vidas foram salvas, tratamentos foram antecipados e a medicina conquistense ganhou prestígio, confiança e estrutura.

Quem viveu aquelas décadas sabe: houve um tempo antes e um tempo depois de Dr. Cadete. Ele não apenas trouxe máquinas — trouxe esperança. Ele não trouxe só tecnologia — trouxe um novo modo de cuidar, de ver, de agir. Hoje, quando Vitória da Conquista é referência estadual em saúde, não podemos esquecer que há raízes profundas fincadas no esforço e na inteligência de um homem que acreditou quando muitos ainda hesitavam.

Dr. Cadete é um médico, mas também arquiteto de um futuro melhor. A cidade que ele ajudou a construir com seu talento e sua coragem deve a ele muito mais do que cabe num simples artigo. Deve-lhe gratidão, reconhecimento, respeito.

Há homens que curam. E há homens que transformam. Dr. Cadete fez ambos. Seu legado não é apenas técnico, é profundamente humano.                                                                                                          Fonte: 

 https://politicaeresenha.com.br/artigo-o-homem-que-enxergou-o-invisivel-padre-carlos/

sábado, 28 de junho de 2025

"O CONSELHO DE NOTÁVEIS "



 O CONSELHO 


Há pouco o homem havia deixado o hábito nómade para ser tornar sedentário, aparecem as primeiras aldeias que mais tarde se tornam vilas depois Cidades.

  Seres gregários que somos andamos em bandos, Hábito ancestral perpetuado ao largo dos tempos. Logo se destacam líderes, que se intitulam condutores das massas. Tirânicos a princípio, governavam pela força e submissão. Mas com o passar do tempo as relações de mando evoluem e agora, não mais um só homem, mas uma elite de sábios ou pseudo-sábios são os que ditam os rumos das coletividades.

    A obra o Conselho, trás a lume essa questão do exercício do Poder.  A obra se constitui de um Conselho de notáveis composto de treze membros, tendo seu presidente ao meio, numa posição de destaque e os outros 12 formam um Círculo em sua volta. Todos encontram numa posição de reverência, com uma das mãos sobre o peito e a outra por detrás do corpo, e cada uma delas esconde um objeto diferente a saber:

Um Pão, uma rosa, um livro, um pergaminho aberto e outro fechado, uma cruz, uma caneta, uma espada, um chicote, um martelo da Justiça e os demais apresentam-se de mãos vazias.  O certo é que cada um responde com o que tem. Esguios como uma espada nua, todos se apresentam de dorso nu. Envergando uma saia protocolar uniforme, talvez somente pra cobrir as partes íntimas, ou as vergonhas no dito popular, ou ainda metaforicamente falando as vergonhas, das vistas do populacho. Alguns sem qualquer conteúdo como latas vazias, mas que produzem um barulho irritante, de uma verve populista e demagógica. Abre -se ainda dezenas de novas facetas que ficaram em aberto para a leitura crítica do observador.

A referida obra foi iniciada em 2012 é só por volta de 2021 foi  concluída. A razão disto é que o artista sempre faz 5 ou mais obras ao mesmo tempo. E ao longo dos anos o Conselho foi sendo adiado em detrimento da execução de outras obras.



Assim como O Labirinto 1600m2 e o Xadrez Nordestino 900m2 O Conselho ocupa muito espaço 750m2, portanto as referidas obras só poderiam ser instaladas num espaço das dimensões do Museu de Kard. 

#allandekard #Museudekard #Museu #nordeste #arte 

sábado, 21 de junho de 2025

AO SAUDOSO IVAN CRAVO

 


Maria Nepomuceno, Valéria Vidigal, Allan de Kard é Lilian Morais


Por Allan de Kard 


No dia 17 de fevereiro de 2019, o Museu de Kard ainda no nascedouro, recebi a visita do mais novo amigo IVAN CRAVO, filho e curador do Saudoso Mário Cravo, que veio a Vitória da Conquista para tratativas junto ao poder público municipal referentes a restauração do Cristo de Mário Cravo. Na ocasião  recebemos o Casal Ivan e Maria Cravo juntamente com a artista Lilian Morais e Valeria Vidigal, para um inesquecível Café das 3. Depois seguimos para a visita ao Museu. Homem de grande sensibilidade, Ivan já antevia o sucesso do Museu, e num momento de grande desprendimento, doou ao Museu uma Obra de seu Pai de título Flor do Cacau, que posteriormente foi por mim restaurada e incorporada ao acervo do Museu e encontra-se exposta em caráter permanente. Estes momentos ficaram gravados de forma definitiva em minha memória. O seu retorno a pátria Espiritual nos deixa saudosos. Vai em Paz meu irmão, que o Mestre Jesus o Ampare neste momento de transição, bem como conforte a todos seus familiares e em especial a sua companheira de jornada, sobretudo no entardecer desta existência. Forte abraço de Allan de Kard

quarta-feira, 11 de junho de 2025

" O ECO DAS GAIOLAS "

 

Crônica "O Eco das Gaiolas": Um Brado por Amor e Paz


Por Joaquim Jasp!


Caminhamos por dias, por anos a fio, em uma espécie de apartheid existencial. Cada um de nós, uma alma enclausurada, enjaulada em sua própria versão de si. Desmembrados, divididos por um mundo que insiste em nos rotular, a vida se desenrola em uma urgência angustiante. Nossa única, e muitas vezes exaustiva, missão: sobreviver. Sobreviver a uma realidade que se apresenta hostil, ingrata e, tantas vezes, imoral. Viver em harmonia, em verdadeira igualdade, parece um sonho distante, quase impossível de alcançar.


Perambulamos em lotes separados, marcados pela cor da pele, pela crença que abraçamos. Somos produtos em liquidação, com preços etiquetados em uma gôndola de um hipermercado imaginário. Envoltos em embalagens transparentes, expostos e ávidos por sermos consumidos antes que nossa validade expire. É nesse cenário, frio e impessoal, que a gaiola se personifica. E o clamor, tão triste quanto contraditório, ressoa: qual o caminho a seguir em busca da paz?


Olhamos para o lado e observamos a gaiola do vizinho, talvez invejada por seu conforto reluzente ou sua exibição cintilante. Mas, ao fim e ao cabo, todas elas — a dele, a sua, a minha — não passam de gaiolas. Um cenário repetitivo, tedioso, por vezes vão. E a pergunta que nos assola é cruel: será que nada mais pode nos libertar senão o AMOR em sua grandiosa bondade? Mas estamos realmente dispostos a ceder? A abrir mão do orgulho que nos cega, da vaidade que nos aprisiona? Estamos prontos para que as trancas de nossas gaiolas, enfim, se arrebentem?


Ah, mas quando a paz brota, quando ela desabrocha no mais íntimo de nosso ser, a vida se revela sob uma nova luz. É um estado único, onde a compreensão se faz presente e a conexão com o Amor, essa força vital, é restabelecida. Uma nova condição se revela, e nossos dons mais benignos, antes adormecidos, são convidados à prática. Nossas percepções equivocadas, antes turvas e distorcidas, são banhadas pela mais resplandecente luz. É nesse instante que tudo se transforma. Tornamo-nos dignos aos olhos do Criador, pois Ele é a própria personificação do Amor. E para percebê-lo, para sentí-lo em sua plenitude, é necessário que vejamos o mundo, as pessoas e a nós mesmos através das lentes desse Amor — a única chave libertadora capaz de nos livrar das gaiolas que nós mesmos construímos e trancamos.


Que acreditemos sempre no AMOR, e que a PAZ resida, eterna e plena, em nossos corações.


* Joaquim Jasp  é Publicitário 

quinta-feira, 5 de junho de 2025

TÃO ATUAL

Beto  Magno

Ah, os nobres da mediocridade! Como se a nobreza fosse uma questão de título e não de caráter. 

Eles se acham superiores porque têm um sobrenome "importante" e uma conta bancária "recheada", mas esquecem que a verdadeira nobreza vem do espírito.

Eles são como os vasos de porcelana fina, bonitos por fora, mas vazios por dentro. E quando alguém os desafia, eles se ofendem e começam a falar em "tradição", "linhagem" e "herança". 

Mas a verdade é que a única herança que eles têm é a de uma mente obtusa, uma visão míope e um coração estreito.

Mas não se preocupe, eles são inofensivos. Afinal, como disse Oscar Wilde: "a única coisa necessária para o triunfo do mal é que os homens bons não façam nada". E esses nobres da mediocridade são tão ocupados em se admirar no espelho do seu ego que não têm tempo para fazer mal a ninguém. 


Beto Magno. 

Boca do Acre - Céu de Mapiá.

Dezembro de 1995

segunda-feira, 2 de junho de 2025

ADÃO NÃO SE VESTIA PORQUE SPINELLI NÃO EXISTIA

Walter  Spinelli e Irênio
 
ADÃO NÃO SE VESTIA PORQUE SPINELLI NÃO EXISTIA


Por Eduardo Araújo


Personalidade da Bahia.

Walter Spinelli e seu amigo de trabalho, Irênio.

Falar e escrever de Spinelli é recordar de uma Salvador glamorosa onde a sua alfaiataria trazia charme a uma das ruas mais garbosa da saudosa capital da Bahia, a Rua Chile. 

Descendente de Italiano, personalidade forte, membro da Igreja Batista 2 de Julho, maçom da Grande Loja Maçônica Filhos de Salomão, que ficava no Dois de Julho, casado com Helena Margarida, pai de duas filhas, esportista, pai disciplinador, amigo fiel, humor inigualável, perfeccionista em sua profissão. 

Spinelli foi o criador de um slogan que permanece na memória dos baianos que conhece a sua história: Adão não se véstia porque Spinelli não existia. 

Alfaiate talentoso que vestiu de elegância as pessoas mais renomadas da boa terra. Foram políticos, intelectuais, artistas, etc.

Achou proposta para trabalhar em São Paulo e Brasília, mais sua âncora estava firmada na Bahia.

Frequentador dos cafés e restaurantes finos da Rua Chile. Sempre alinhado com terno impecável. Galanteador. 

Adorava cinema e era um frequentador contumaz dos Cines Glória, Guarany e Liceu. Adorava o bom sorvete da Sorveteria Cubana.

Era um carnavalesco e participava dos bailes memoráveis dos Clubes Fantoche e da Casa d'Italia.

A vida de Spinelli se confunde com os tempo fecundos de uma Salvador elegante em que a sua tesoura pode contribuir para aumentar o magnetismo e encanto.

Homem honesto e trabalhador que viveu para mulher e a família. Conheceu vários países, mas o que ele amava era passar os finais de semana em sua casa de veraneio em Jauá.

Foi um dos criadores do jogo de peteca no Porto na Barra. 

Amigo dos seu funcionários que almoçavam em sua residência. Muitos foram ajudados por ele. 

Gozador inveterado foi convidado por Mário Cravo a sair de sua exposição por fazer críticas ferinas a sua obra.

Criador de apelidos. Humor imbatível.

Nos 400 anos de Salvador foi convidado pelo então Governador Octávio Mangabeira para produzir as roupas do IV Centenário da Cidade de Salvador, em 29 de março de 1949. Foi um encanto ver passar o desfile que saia do Corredor da Vitória rumo à Praça da Sé, que expunha a história do nosso povo.

No período da Segunda Guerra foi instalada a Base Baker pelos americanos e precisava de uniformes para os seus soldados, foi Spinelli que fez juntamente com uma equipe formada por ele e que confeccionou os 5 mil uniformes.

Spinelli tinha problemas de saúde como diabretes e problemas cardíacos.

Foi acusado de assassinato de Argeu Costa, dono da Livraria Científica, pelo Diário de Notícias e teve que depor na delegacia de Jogos e Costumes, na Rua da Misericórdia. Esse fato abalou sua saúde causando grande infortúnio. Nada foi provado, mas marcou a vida de Spinelli para sempre. 

Outro fato foi o incêndio da sua alfaiataria, que causou muito sofrimento.

Com a chegada do pret-a-porter, ou seja, pronto para vestir, a profissão de alfaiate foi perdendo sua importância numa sociedade de consumo onde se produzia em série. Mesmo assim ele tinha uma clientela fiel ao bom gosto e a elegância.

Sua esposa sugeriu aluguel de roupas. A princípio negado, mas depois de muita conversa aceitou. Novos tempos.

Ele instalou sua alfaiataria na Galeria Santo Amaro, em que ficava o edifício com o mesmo nome, na Avenida Sete de Setembro, número 750, próximo à Praça da Piedade.

Spinelli teve a alegria como companheira, espirituoso, inteligente, disposto ao trabalho, somou infinitos amigos, amava a família, era de um esmero e competência na sua profissão.

Quando o amigo Irênio morreu foi outro baque na sua saúde. 

Coração já não era o mesmo do desportista que nadava, que era o primeiro a abrir a praia. Frequentador do clube de remo de Itapagipe.

Spinelli veio a morrer de infarto nas proximidades do IAPSEB, no dia 5 de junho de1991.

Spinelli foi um ícone do bom gosto e fez da sua tesoura, agulhas e linhas arte. 

Spinelli sempre foi sinônimo de garbo. Adão e Eva se conhecessem Spinelli o paraíso seria mais perfeito”.

(Eduardo Araújo).

domingo, 1 de junho de 2025

BRASILIDADE

Allan de Kard 


Por Allan de Kard 
 
BRASILIDADE. Num recanto da terra foi edificada uma nação Única. Um verdadeiro Paradoxo Humano. Uma nação Singular, pois em nenhum outro lugar do mundo foi forjado um povo tão especial, e ao mesmo tempo tão plural na sua diversidade étinica, que combinados molda um comportamento caloroso, emocional, alegre que chega a ser quase invasivo. Parece que a genética do brasileiro tem certos atavismos que o impele a abraçar sempre, a sorrir de tudo, até mesmo de seus desacertos. Acaba de conhecer uma pessoa e já parece ser , Melhores amigos. Desde crianças, somos acostumados ao toque, ao cafuné a proximidade física, enquanto que em outros países a distância de pelo menos dois metros entre as pessoas parece ser regra geral. Alguns brasileiros não conseguem entabular uma conversação sem tocar no interlocutor, a vendedora da loja, não te conhece e te chama de meu bem. Eu mesmo me refiro ao outro, com expressões como, Meu lindo, minha linda, ou querido, querida. Estar na última Esquina do Mundo, nos manteve longe das guerras fraticidas, nunca fomos invadidos por outras nações, e até mesmo os pequenos conflitos em que estivemos envolvidos, podem ser comparados a pequenas escaramuças se comparadas as guerras do Mundo. Somos um povo, cuja sua população é 87% mestiça, e esse fenômeno rompe as barreiras impostas pela imaturidade humana, que na sua infância Espiritual, considera características físicas fator que confere superioridade de um sobre o outro. Aqui já começamos a compreender que a essência do Ser, supera quaisquer diferenças, Sejam elas étinicas, sociais, religiosas etc. Por isso é importante não nos deixarmos cair na grande armadilha espalhada pelo mundo, que dissemina o Ódio entre as classes, entre as etinias, sexo, religião etc. Somos um só povo, admirado e invejado por toda parte. O Brasil tem o melhor artigo de exportação do mundo, que é seu povo Plural, com um comportamento Singular. Temos brasileiros em todos cantos do planeta, levando seu sorriso e alegria de viver. "A síndrome de vira lata", como ainda insiste alguns, já foi vencida há muito. É hora de espalhar brasilidade por toda parte. Viva o Brasil. 

 
*Allan de Kard é Artista Plástico, Empresário e Filantropo 

Vitória da Conquista -BA outono de 2025

sábado, 31 de maio de 2025

DRA. ZIZETTE BALBINO


Dra.  Zizette Balbino 
 

Zizette Balbino: A mulher que está redesenhando o Direito no Oeste Baiano. Em Direito Empresarial, ela assessora empresários na construção de bases sólidas para seus negócios, garantindo segurança jurídica e apoio estratégico em todas as etapas de crescimento.

No Direito de Família, seu trabalho une técnica e sensibilidade para mediar conflitos, construir acordos justos e assegurar a proteção dos direitos de todos os envolvidos, sempre com foco em prevenir litígios futuros.

Zizette também ocupa espaço nas ondas do rádio e nas redes sociais. À frente do programa Oeste em Foco na Band FM, YouTube e Instagram, ela traduz temas jurídicos em conversas do dia a dia. Questões como os impactos do Aeroporto de Barreiras ou da FIOL ganham explicações claras, enquanto direitos da mulher no campo se tornam debates necessários.


Fonte: revista ADORO

Foto: divulgação 

DEP. FEDERAL LEO PRATES

Dep. Federal Leo Prates e Beto Magno 


TRABALHO, DEDICAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO 


O primeiro mandato do deputado federal  Leo Prates é uma prova do poder transformador de um trabalho parlamentar comprometido com resultados concretos e mudanças significativas. Reconhecido pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) como um dos parlamentares mais influentes, Leo tem se destacado pela incansável defesa dos interesses da Bahia e do Brasil. Seja liderando  comissões importantes, como a de prevenção a Desastres Naturais, ou destinando recursos Recordes para Salvador, cada ação reflete sua visão de um mandato voltado para as pessoas. Com 142 propostas Legislativas e 14 projetos de lei, Leo Prates demonstra que sua atuação vai além das palavras. Isso comprova que com esforço coletivo e dedicação, podemos transformar desafios em oportunidades e contribuir um país mais humano, inclusivo e próspero.


Brasília-DF


 

sábado, 15 de março de 2025

DE SELARON A DE KARD


 Jorge Selaron
 

DE SELARON A DE KARD.     
                              
O Artista chileno Jorge Selaron, radicado no Brasil desde o final da década de 80.  Em 1990, começa a decorar a escadaria, onde morava entre os Bairros de Santa Tereza e Lapa no Rio de Janeiro, com azulejos, cerâmicas e vidros, dedicando o resto de sua vida que terminaria de forma trágica em em 10 de janeiro de 2013, quando seu corpo foi encontrado na escadaria queimado, o crime nunca foi desvendado.  O artista utilizava seus parcos recursos na aquisição de materiais, mas também recebia a ajuda de amigos. Sua obra, uma homenagem ao povo brasileiro, repleta de elementos das culturas africana, indígenas e orientais, constitui um mural quase infinito, com uma multiplicidade de cores fascinantes.  Na maior parte do tempo, era execrado, ridicularizado e incompreendido pelos vizinhos e transeuntes, fruto da insensibilidade dos homens Fisiológicos ( pessoas que vivem aterrados as funções fisiológicas do corpo, vivem pra comer, se divertir e fazer sexo). Incapazes de perceber a sutileza e valor Artístico daquele fazer arquitetônico.  

Allan de Kard 

Com o passar do tempo e sobretudo após sua morte, a escadaria ganhou importância artística, se tornando conhecida no mundo todo, e atualmente é visita obrigatória para todos que visitam o Rio de Janeiro. 

Allan de Kard

 É impossível não fazer um paralelo com o Artista baiano Allan de Kard, dono de uma sensibilidade incomparável, grande poder de síntese, e uma  capacidade inédita de fazer um casamento entre Arte e Filosofia. Sua produção artística, inundou as ruas de Vitória da Conquista, provocando o transeunte de forma a demove-lo do lugar comum. Tamanha genialidade, naturalmente desperta nas mentes doentias a inveja e o recalque. Ele também foi vítima da execração. Numa Campanha sem precedentes, capitaneada pela presidente do Conselho Municipal de Cultura e seus Afins, exigindo a retirada de suas obras, instaladas numa das principais Avenidas da Cidade, sob a alegação de que o Artista estava ocupando o espaço de outros artistas. Um verdadeiro paradoxo, CULTURA contra CULTURA. E obras saíram da avenida em 2022, e quase quatro anos depois o pretenso espaço continua vazio. Em 2018 Allan de Kard, inicia a Edificação do Museu de Kard, o maior Museu de Arte Contemporânea do Norte e Nordeste. Lá dedica toda sua energia criativa, com muita inspiração e transpiração. De Sol a Sol vai construindo um mundo Mágico, extraído dos seus quintais imaginários. Seu Espírito empreendedor e verdadeira paixão pelas Urbes, o fez compreender com profundidade, seus aspectos históricos de formação, dinâmica de crescimento e perspectivas, de tal forma que o fez por em prática construindo um Condomínio Residencial, O PORTAL DO SOL e lá também colocou sua assinatura, inclusive através de quatro obras com as quais presenteou os moradores.  Tais obras já fazem parte da identidade Cultural do local, tal qual o conjunto de obras da Escadaria  SELARON. Porém a insensibilidade  vigente se torna máxima também lá presente. O Síndico de Plantão, ousou propor a retirada das obras, sob a alegação de que ficaria oneroso restaurar com uma mera camada de tinta.  Assim caminha os artistas SELARON E DE KARD, Com o espinho encravado na Carne, apesar de tudo fazendo valer seus gritos de liberdade, através da linguagem visual.

quarta-feira, 12 de março de 2025

A MATRIARCA



Por Lula Oliveira 

O Projeto Cine Cultural exibirá, no próximo sábado (15), na barra dos carvalho e no domingo (16), na sede, o lançamento do filme *A Matriarca*, que conta com a participação do Grupo Folclórico Zambiapunga.


Gravado no Baixo Sul baiano, nos municípios de Valença e Cairu, *A Matriarca* narra a história de uma família que, após muito tempo separada, se reencontra na pequena Itabaína para celebrar os 90 anos da matriarca. No dia do aniversário, uma grande surpresa: a matriarca da família morre. A partir daí, mistérios e segredos vêm à tona.


A sessão acontecerá às *17h*, na barra dos carvalhos e na sede do *Zambiapunga* às *18h* com a presença de parte do elenco do filme. A entrada é gratuita para o público local. Contamos com a sua presença!


Apoio:


*Governo Federal – Ministério da Cultura (Lei Paulo Gustavo)*


*Grupo Folclórico Zambiapunga*


*Vereador Walmório Rosário*



*Coordenação: Ítalo Souza*

*Auxiliar técnico: Ítalo Borges*

sábado, 1 de março de 2025

VIRANDO A PROPRIA MESA

 


Por Beto Magno 


"Virando a Própria Mesa" é um livro inspirador e desafiador que nos mostra como é possível transformar nossas vidas e nossos negócios de forma radical. Ricardo Semler, um dos empresários mais inovadores e respeitados do Brasil, compartilha sua experiência pessoal e profissional, mostrando como é possível "virar a própria mesa" e criar um novo caminho para o sucesso.

Eu o li nos anos 80 talvez na sua primeira edição e nunca saiu da minha cabeça esse jeito até  então desconhecido e inovador para mim, um jovem no início de sua vida e atividade intelectual.  

Com sua abordagem única e autêntica, Semler nos mostra que é possível criar um negócio que seja ao mesmo tempo próspero e humano, que valorize as pessoas e o meio ambiente.

Ele compartilha suas lições aprendidas ao longo dos anos, desde a sua experiência como CEO da Semco até sua atual empreitada como investidor e mentor.

O livro é uma mistura de autobiografia, lições de negócios e filosofia, que nos inspira a repensar nossas prioridades e nossos valores. Semler nos mostra que é possível criar um estilo de vida e um negócio que sejam autênticos, criativos e inovadores.

"Virando a Própria Mesa" é um livro que deve ser lido por todos aqueles que buscam inspiração e orientação para criar um negócio ou uma vida mais significativa e próspera. É um livro que nos mostra que é possível criar um mundo melhor, um negócio melhor e uma vida melhor, se estivermos dispostos a "virar a própria mesa" e criar um novo caminho.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

WILLIAM SHAKESPEARE


Por Oliver Harden


 William Shakespeare e a Anatomia da Alma Humana


Poucos escritores na história da literatura demonstraram um entendimento tão profundo da psique humana quanto William Shakespeare. Sua obra não se limita a entreter ou a construir tramas engenhosas; ela desvela os meandros mais obscuros da condição humana, expondo com precisão cirúrgica as paixões, os conflitos internos e as ambiguidades morais que definem a experiência existencial. Shakespeare não apenas criou personagens; ele desnudou a alma humana em toda a sua complexidade, antecipando conceitos da psicologia moderna e revelando verdades universais sobre o poder, a ambição, a loucura, a inveja, o amor e a transitoriedade da vida.


A grandeza shakespeariana não reside na mera construção de enredos bem articulados, mas na capacidade de transpor para a linguagem dramática as contradições e paradoxos da consciência humana. Suas personagens não são meros tipos ou arquétipos, mas seres dotados de profundidade psicológica, cuja evolução se dá não apenas no plano da ação, mas no campo das ideias e das emoções. Hamlet, Macbeth, Rei Lear, Otelo, Lady Macbeth, Shylock – todos eles transcendem a moldura teatral e tornam-se espelhos da condição humana, pois carregam em si não apenas grandezas, mas também as fraquezas, os medos e as ilusões que permeiam a existência.


A Dialética do Ser: Shakespeare e a Ambiguidade da Consciência


Shakespeare compreendia que o ser humano não é uma entidade fixa, mas uma multiplicidade em constante tensão. Suas personagens são dotadas de uma interioridade densa e contraditória, oscilando entre impulsos opostos, entre a razão e a paixão, entre o desejo e a culpa, entre a grandeza e a ruína. O mundo shakespeariano não é binário; ele rejeita o maniqueísmo simplista e abraça a ambiguidade como essência da experiência humana.


Essa dialética do ser é visível, por exemplo, em Hamlet, talvez a mais complexa de suas criações. O príncipe dinamarquês é um homem dilacerado pela consciência, prisioneiro da própria lucidez, incapaz de agir não por covardia, mas por excesso de pensamento. Hamlet não se limita a executar sua vingança; ele a problematiza, a filosofa, a transforma em uma questão metafísica. Seu famoso solilóquio, “To be or not to be, that is the question”, não é apenas um dilema circunstancial, mas a formulação trágica da condição humana: agir ou sucumbir? Enfrentar a existência ou fugir dela?


Essa consciência dilacerada reaparece em Macbeth, outro personagem trágico cuja grandeza e ruína nascem do mesmo impulso. Se Hamlet é paralisado pela dúvida, Macbeth é consumido pela certeza absoluta. A princípio um homem honrado, ele se entrega à ambição desmedida e ao desejo de poder, traindo sua própria essência e destruindo-se no processo. A tragédia de Macbeth não é apenas sua ascensão e queda, mas o reconhecimento, tardio e devastador, de que ele próprio foi o artífice de sua ruína. Quando, já mergulhado no desespero, proclama “Life’s but a walking shadow”, ele sintetiza a visão shakespeariana da existência: uma peça efêmera, uma ilusão passageira, uma ficção trágica escrita por forças que nem sempre compreendemos.


O Amor, a Vingança e a Loucura: Shakespeare e os Arquétipos do Drama Humano


O gênio de Shakespeare reside também na maneira como ele articula os grandes temas universais, transformando emoções e dilemas individuais em reflexões sobre a natureza humana como um todo. O amor, por exemplo, nunca é idealizado ou simplificado em sua obra; pelo contrário, ele é sempre apresentado como uma força avassaladora, capaz de elevar ou destruir. Romeu e Julieta não é uma mera história romântica, mas uma tragédia da impulsividade juvenil, do desejo que desafia convenções e do destino que se impõe implacável.


A vingança, por sua vez, é outro tema recorrente em sua dramaturgia. Em Otelo, a inveja e o ressentimento de Iago conduzem à destruição do protagonista, que, envenenado pela suspeita, torna-se incapaz de discernir a verdade da ilusão. A genialidade da peça reside no fato de que o próprio Otelo se converte em agente de sua própria perdição, permitindo que suas inseguranças sejam manipuladas. Shakespeare compreendia que o verdadeiro perigo não está nos inimigos externos, mas nas fissuras internas da alma humana.


Já a loucura, frequentemente explorada em sua obra, não é apenas um colapso mental, mas um meio de revelar verdades ocultas. Rei Lear, ao enlouquecer, percebe finalmente a essência da natureza humana, despojada de suas ilusões de poder e status. Hamlet finge estar louco, mas talvez sua própria consciência já esteja fragmentada. Em Shakespeare, a loucura não é apenas uma tragédia, mas também uma forma de escapar da hipocrisia do mundo.


A Atemporalidade de Shakespeare: Por que Ele Ainda Nos Lê?


Shakespeare não nos ensinou apenas sobre os personagens de seu tempo; ele nos ensinou sobre nós mesmos. Sua obra resiste aos séculos porque fala de angústias, desejos e dilemas que não mudam com o tempo. Sua genialidade foi capturar aquilo que é essencialmente humano e projetá-lo em narrativas que continuam a ressoar com qualquer geração.


Quando lemos Shakespeare, não apenas compreendemos seus personagens, mas nos vemos refletidos neles. Quem nunca experimentou a hesitação de Hamlet diante de uma decisão difícil? Quem nunca se sentiu seduzido por um desejo incontrolável, como Macbeth? Quem nunca questionou o sentido da existência, como o rei Lear?


Nietzsche afirmava que “Shakespeare nos leu melhor do que nós mesmos conseguimos nos ler”. De fato, sua obra continua sendo um espelho da alma humana, um monumento literário que revela não apenas a grandeza do pensamento, mas a profundidade da experiência humana em toda a sua glória e tragédia.


Shakespeare, mais do que um dramaturgo, foi um anatomista da condição humana. Ele desvelou as camadas ocultas da psique, expôs as fraquezas do espírito e deu voz aos dilemas eternos que definem a existência. Ler Shakespeare não é apenas um exercício literário – é um mergulho no abismo do que significa ser humano.


Fonte: Facebook  de Oliver Harden