quarta-feira, 11 de junho de 2025

" O ECO DAS GAIOLAS "

 

Crônica "O Eco das Gaiolas": Um Brado por Amor e Paz


Por Joaquim Jasp!


Caminhamos por dias, por anos a fio, em uma espécie de apartheid existencial. Cada um de nós, uma alma enclausurada, enjaulada em sua própria versão de si. Desmembrados, divididos por um mundo que insiste em nos rotular, a vida se desenrola em uma urgência angustiante. Nossa única, e muitas vezes exaustiva, missão: sobreviver. Sobreviver a uma realidade que se apresenta hostil, ingrata e, tantas vezes, imoral. Viver em harmonia, em verdadeira igualdade, parece um sonho distante, quase impossível de alcançar.


Perambulamos em lotes separados, marcados pela cor da pele, pela crença que abraçamos. Somos produtos em liquidação, com preços etiquetados em uma gôndola de um hipermercado imaginário. Envoltos em embalagens transparentes, expostos e ávidos por sermos consumidos antes que nossa validade expire. É nesse cenário, frio e impessoal, que a gaiola se personifica. E o clamor, tão triste quanto contraditório, ressoa: qual o caminho a seguir em busca da paz?


Olhamos para o lado e observamos a gaiola do vizinho, talvez invejada por seu conforto reluzente ou sua exibição cintilante. Mas, ao fim e ao cabo, todas elas — a dele, a sua, a minha — não passam de gaiolas. Um cenário repetitivo, tedioso, por vezes vão. E a pergunta que nos assola é cruel: será que nada mais pode nos libertar senão o AMOR em sua grandiosa bondade? Mas estamos realmente dispostos a ceder? A abrir mão do orgulho que nos cega, da vaidade que nos aprisiona? Estamos prontos para que as trancas de nossas gaiolas, enfim, se arrebentem?


Ah, mas quando a paz brota, quando ela desabrocha no mais íntimo de nosso ser, a vida se revela sob uma nova luz. É um estado único, onde a compreensão se faz presente e a conexão com o Amor, essa força vital, é restabelecida. Uma nova condição se revela, e nossos dons mais benignos, antes adormecidos, são convidados à prática. Nossas percepções equivocadas, antes turvas e distorcidas, são banhadas pela mais resplandecente luz. É nesse instante que tudo se transforma. Tornamo-nos dignos aos olhos do Criador, pois Ele é a própria personificação do Amor. E para percebê-lo, para sentí-lo em sua plenitude, é necessário que vejamos o mundo, as pessoas e a nós mesmos através das lentes desse Amor — a única chave libertadora capaz de nos livrar das gaiolas que nós mesmos construímos e trancamos.


Que acreditemos sempre no AMOR, e que a PAZ resida, eterna e plena, em nossos corações.


* Joaquim Jasp  é Publicitário 

quinta-feira, 5 de junho de 2025

TÃO ATUAL

Beto  Magno

Ah, os nobres da mediocridade! Como se a nobreza fosse uma questão de título e não de caráter. 

Eles se acham superiores porque têm um sobrenome "importante" e uma conta bancária "recheada", mas esquecem que a verdadeira nobreza vem do espírito.

Eles são como os vasos de porcelana fina, bonitos por fora, mas vazios por dentro. E quando alguém os desafia, eles se ofendem e começam a falar em "tradição", "linhagem" e "herança". 

Mas a verdade é que a única herança que eles têm é a de uma mente obtusa, uma visão míope e um coração estreito.

Mas não se preocupe, eles são inofensivos. Afinal, como disse Oscar Wilde: "a única coisa necessária para o triunfo do mal é que os homens bons não façam nada". E esses nobres da mediocridade são tão ocupados em se admirar no espelho do seu ego que não têm tempo para fazer mal a ninguém. 


Beto Magno. 

Boca do Acre - Céu de Mapiá.

Dezembro de 1995

segunda-feira, 2 de junho de 2025

ADÃO NÃO SE VESTIA PORQUE SPINELLI NÃO EXISTIA

Walter  Spinelli e Irênio
 
ADÃO NÃO SE VESTIA PORQUE SPINELLI NÃO EXISTIA


Por Eduardo Araújo


Personalidade da Bahia.

Walter Spinelli e seu amigo de trabalho, Irênio.

Falar e escrever de Spinelli é recordar de uma Salvador glamorosa onde a sua alfaiataria trazia charme a uma das ruas mais garbosa da saudosa capital da Bahia, a Rua Chile. 

Descendente de Italiano, personalidade forte, membro da Igreja Batista 2 de Julho, maçom da Grande Loja Maçônica Filhos de Salomão, que ficava no Dois de Julho, casado com Helena Margarida, pai de duas filhas, esportista, pai disciplinador, amigo fiel, humor inigualável, perfeccionista em sua profissão. 

Spinelli foi o criador de um slogan que permanece na memória dos baianos que conhece a sua história: Adão não se véstia porque Spinelli não existia. 

Alfaiate talentoso que vestiu de elegância as pessoas mais renomadas da boa terra. Foram políticos, intelectuais, artistas, etc.

Achou proposta para trabalhar em São Paulo e Brasília, mais sua âncora estava firmada na Bahia.

Frequentador dos cafés e restaurantes finos da Rua Chile. Sempre alinhado com terno impecável. Galanteador. 

Adorava cinema e era um frequentador contumaz dos Cines Glória, Guarany e Liceu. Adorava o bom sorvete da Sorveteria Cubana.

Era um carnavalesco e participava dos bailes memoráveis dos Clubes Fantoche e da Casa d'Italia.

A vida de Spinelli se confunde com os tempo fecundos de uma Salvador elegante em que a sua tesoura pode contribuir para aumentar o magnetismo e encanto.

Homem honesto e trabalhador que viveu para mulher e a família. Conheceu vários países, mas o que ele amava era passar os finais de semana em sua casa de veraneio em Jauá.

Foi um dos criadores do jogo de peteca no Porto na Barra. 

Amigo dos seu funcionários que almoçavam em sua residência. Muitos foram ajudados por ele. 

Gozador inveterado foi convidado por Mário Cravo a sair de sua exposição por fazer críticas ferinas a sua obra.

Criador de apelidos. Humor imbatível.

Nos 400 anos de Salvador foi convidado pelo então Governador Octávio Mangabeira para produzir as roupas do IV Centenário da Cidade de Salvador, em 29 de março de 1949. Foi um encanto ver passar o desfile que saia do Corredor da Vitória rumo à Praça da Sé, que expunha a história do nosso povo.

No período da Segunda Guerra foi instalada a Base Baker pelos americanos e precisava de uniformes para os seus soldados, foi Spinelli que fez juntamente com uma equipe formada por ele e que confeccionou os 5 mil uniformes.

Spinelli tinha problemas de saúde como diabretes e problemas cardíacos.

Foi acusado de assassinato de Argeu Costa, dono da Livraria Científica, pelo Diário de Notícias e teve que depor na delegacia de Jogos e Costumes, na Rua da Misericórdia. Esse fato abalou sua saúde causando grande infortúnio. Nada foi provado, mas marcou a vida de Spinelli para sempre. 

Outro fato foi o incêndio da sua alfaiataria, que causou muito sofrimento.

Com a chegada do pret-a-porter, ou seja, pronto para vestir, a profissão de alfaiate foi perdendo sua importância numa sociedade de consumo onde se produzia em série. Mesmo assim ele tinha uma clientela fiel ao bom gosto e a elegância.

Sua esposa sugeriu aluguel de roupas. A princípio negado, mas depois de muita conversa aceitou. Novos tempos.

Ele instalou sua alfaiataria na Galeria Santo Amaro, em que ficava o edifício com o mesmo nome, na Avenida Sete de Setembro, número 750, próximo à Praça da Piedade.

Spinelli teve a alegria como companheira, espirituoso, inteligente, disposto ao trabalho, somou infinitos amigos, amava a família, era de um esmero e competência na sua profissão.

Quando o amigo Irênio morreu foi outro baque na sua saúde. 

Coração já não era o mesmo do desportista que nadava, que era o primeiro a abrir a praia. Frequentador do clube de remo de Itapagipe.

Spinelli veio a morrer de infarto nas proximidades do IAPSEB, no dia 5 de junho de1991.

Spinelli foi um ícone do bom gosto e fez da sua tesoura, agulhas e linhas arte. 

Spinelli sempre foi sinônimo de garbo. Adão e Eva se conhecessem Spinelli o paraíso seria mais perfeito”.

(Eduardo Araújo).

domingo, 1 de junho de 2025

BRASILIDADE

Allan de Kard 


Por Allan de Kard 
 
BRASILIDADE. Num recanto da terra foi edificada uma nação Única. Um verdadeiro Paradoxo Humano. Uma nação Singular, pois em nenhum outro lugar do mundo foi forjado um povo tão especial, e ao mesmo tempo tão plural na sua diversidade étinica, que combinados molda um comportamento caloroso, emocional, alegre que chega a ser quase invasivo. Parece que a genética do brasileiro tem certos atavismos que o impele a abraçar sempre, a sorrir de tudo, até mesmo de seus desacertos. Acaba de conhecer uma pessoa e já parece ser , Melhores amigos. Desde crianças, somos acostumados ao toque, ao cafuné a proximidade física, enquanto que em outros países a distância de pelo menos dois metros entre as pessoas parece ser regra geral. Alguns brasileiros não conseguem entabular uma conversação sem tocar no interlocutor, a vendedora da loja, não te conhece e te chama de meu bem. Eu mesmo me refiro ao outro, com expressões como, Meu lindo, minha linda, ou querido, querida. Estar na última Esquina do Mundo, nos manteve longe das guerras fraticidas, nunca fomos invadidos por outras nações, e até mesmo os pequenos conflitos em que estivemos envolvidos, podem ser comparados a pequenas escaramuças se comparadas as guerras do Mundo. Somos um povo, cuja sua população é 87% mestiça, e esse fenômeno rompe as barreiras impostas pela imaturidade humana, que na sua infância Espiritual, considera características físicas fator que confere superioridade de um sobre o outro. Aqui já começamos a compreender que a essência do Ser, supera quaisquer diferenças, Sejam elas étinicas, sociais, religiosas etc. Por isso é importante não nos deixarmos cair na grande armadilha espalhada pelo mundo, que dissemina o Ódio entre as classes, entre as etinias, sexo, religião etc. Somos um só povo, admirado e invejado por toda parte. O Brasil tem o melhor artigo de exportação do mundo, que é seu povo Plural, com um comportamento Singular. Temos brasileiros em todos cantos do planeta, levando seu sorriso e alegria de viver. "A síndrome de vira lata", como ainda insiste alguns, já foi vencida há muito. É hora de espalhar brasilidade por toda parte. Viva o Brasil. 

 
*Allan de Kard é Artista Plástico, Empresário e Filantropo 

Vitória da Conquista -BA outono de 2025

sábado, 31 de maio de 2025

DRA. ZIZETTE BALBINO


Dra.  Zizette Balbino 
 

Zizette Balbino: A mulher que está redesenhando o Direito no Oeste Baiano. Em Direito Empresarial, ela assessora empresários na construção de bases sólidas para seus negócios, garantindo segurança jurídica e apoio estratégico em todas as etapas de crescimento.

No Direito de Família, seu trabalho une técnica e sensibilidade para mediar conflitos, construir acordos justos e assegurar a proteção dos direitos de todos os envolvidos, sempre com foco em prevenir litígios futuros.

Zizette também ocupa espaço nas ondas do rádio e nas redes sociais. À frente do programa Oeste em Foco na Band FM, YouTube e Instagram, ela traduz temas jurídicos em conversas do dia a dia. Questões como os impactos do Aeroporto de Barreiras ou da FIOL ganham explicações claras, enquanto direitos da mulher no campo se tornam debates necessários.


Fonte: revista ADORO

Foto: divulgação 

DEP. FEDERAL LEO PRATES

Dep. Federal Leo Prates e Beto Magno 


TRABALHO, DEDICAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO 


O primeiro mandato do deputado federal  Leo Prates é uma prova do poder transformador de um trabalho parlamentar comprometido com resultados concretos e mudanças significativas. Reconhecido pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) como um dos parlamentares mais influentes, Leo tem se destacado pela incansável defesa dos interesses da Bahia e do Brasil. Seja liderando  comissões importantes, como a de prevenção a Desastres Naturais, ou destinando recursos Recordes para Salvador, cada ação reflete sua visão de um mandato voltado para as pessoas. Com 142 propostas Legislativas e 14 projetos de lei, Leo Prates demonstra que sua atuação vai além das palavras. Isso comprova que com esforço coletivo e dedicação, podemos transformar desafios em oportunidades e contribuir um país mais humano, inclusivo e próspero.


Brasília-DF


 

sábado, 15 de março de 2025

DE SELARON A DE KARD


 Jorge Selaron
 

DE SELARON A DE KARD.     
                              
O Artista chileno Jorge Selaron, radicado no Brasil desde o final da década de 80.  Em 1990, começa a decorar a escadaria, onde morava entre os Bairros de Santa Tereza e Lapa no Rio de Janeiro, com azulejos, cerâmicas e vidros, dedicando o resto de sua vida que terminaria de forma trágica em em 10 de janeiro de 2013, quando seu corpo foi encontrado na escadaria queimado, o crime nunca foi desvendado.  O artista utilizava seus parcos recursos na aquisição de materiais, mas também recebia a ajuda de amigos. Sua obra, uma homenagem ao povo brasileiro, repleta de elementos das culturas africana, indígenas e orientais, constitui um mural quase infinito, com uma multiplicidade de cores fascinantes.  Na maior parte do tempo, era execrado, ridicularizado e incompreendido pelos vizinhos e transeuntes, fruto da insensibilidade dos homens Fisiológicos ( pessoas que vivem aterrados as funções fisiológicas do corpo, vivem pra comer, se divertir e fazer sexo). Incapazes de perceber a sutileza e valor Artístico daquele fazer arquitetônico.  

Allan de Kard 

Com o passar do tempo e sobretudo após sua morte, a escadaria ganhou importância artística, se tornando conhecida no mundo todo, e atualmente é visita obrigatória para todos que visitam o Rio de Janeiro. 

Allan de Kard

 É impossível não fazer um paralelo com o Artista baiano Allan de Kard, dono de uma sensibilidade incomparável, grande poder de síntese, e uma  capacidade inédita de fazer um casamento entre Arte e Filosofia. Sua produção artística, inundou as ruas de Vitória da Conquista, provocando o transeunte de forma a demove-lo do lugar comum. Tamanha genialidade, naturalmente desperta nas mentes doentias a inveja e o recalque. Ele também foi vítima da execração. Numa Campanha sem precedentes, capitaneada pela presidente do Conselho Municipal de Cultura e seus Afins, exigindo a retirada de suas obras, instaladas numa das principais Avenidas da Cidade, sob a alegação de que o Artista estava ocupando o espaço de outros artistas. Um verdadeiro paradoxo, CULTURA contra CULTURA. E obras saíram da avenida em 2022, e quase quatro anos depois o pretenso espaço continua vazio. Em 2018 Allan de Kard, inicia a Edificação do Museu de Kard, o maior Museu de Arte Contemporânea do Norte e Nordeste. Lá dedica toda sua energia criativa, com muita inspiração e transpiração. De Sol a Sol vai construindo um mundo Mágico, extraído dos seus quintais imaginários. Seu Espírito empreendedor e verdadeira paixão pelas Urbes, o fez compreender com profundidade, seus aspectos históricos de formação, dinâmica de crescimento e perspectivas, de tal forma que o fez por em prática construindo um Condomínio Residencial, O PORTAL DO SOL e lá também colocou sua assinatura, inclusive através de quatro obras com as quais presenteou os moradores.  Tais obras já fazem parte da identidade Cultural do local, tal qual o conjunto de obras da Escadaria  SELARON. Porém a insensibilidade  vigente se torna máxima também lá presente. O Síndico de Plantão, ousou propor a retirada das obras, sob a alegação de que ficaria oneroso restaurar com uma mera camada de tinta.  Assim caminha os artistas SELARON E DE KARD, Com o espinho encravado na Carne, apesar de tudo fazendo valer seus gritos de liberdade, através da linguagem visual.

quarta-feira, 12 de março de 2025

A MATRIARCA



Por Lula Oliveira 

O Projeto Cine Cultural exibirá, no próximo sábado (15), na barra dos carvalho e no domingo (16), na sede, o lançamento do filme *A Matriarca*, que conta com a participação do Grupo Folclórico Zambiapunga.


Gravado no Baixo Sul baiano, nos municípios de Valença e Cairu, *A Matriarca* narra a história de uma família que, após muito tempo separada, se reencontra na pequena Itabaína para celebrar os 90 anos da matriarca. No dia do aniversário, uma grande surpresa: a matriarca da família morre. A partir daí, mistérios e segredos vêm à tona.


A sessão acontecerá às *17h*, na barra dos carvalhos e na sede do *Zambiapunga* às *18h* com a presença de parte do elenco do filme. A entrada é gratuita para o público local. Contamos com a sua presença!


Apoio:


*Governo Federal – Ministério da Cultura (Lei Paulo Gustavo)*


*Grupo Folclórico Zambiapunga*


*Vereador Walmório Rosário*



*Coordenação: Ítalo Souza*

*Auxiliar técnico: Ítalo Borges*

sábado, 1 de março de 2025

VIRANDO A PROPRIA MESA

 


Por Beto Magno 


"Virando a Própria Mesa" é um livro inspirador e desafiador que nos mostra como é possível transformar nossas vidas e nossos negócios de forma radical. Ricardo Semler, um dos empresários mais inovadores e respeitados do Brasil, compartilha sua experiência pessoal e profissional, mostrando como é possível "virar a própria mesa" e criar um novo caminho para o sucesso.

Eu o li nos anos 80 talvez na sua primeira edição e nunca saiu da minha cabeça esse jeito até  então desconhecido e inovador para mim, um jovem no início de sua vida e atividade intelectual.  

Com sua abordagem única e autêntica, Semler nos mostra que é possível criar um negócio que seja ao mesmo tempo próspero e humano, que valorize as pessoas e o meio ambiente.

Ele compartilha suas lições aprendidas ao longo dos anos, desde a sua experiência como CEO da Semco até sua atual empreitada como investidor e mentor.

O livro é uma mistura de autobiografia, lições de negócios e filosofia, que nos inspira a repensar nossas prioridades e nossos valores. Semler nos mostra que é possível criar um estilo de vida e um negócio que sejam autênticos, criativos e inovadores.

"Virando a Própria Mesa" é um livro que deve ser lido por todos aqueles que buscam inspiração e orientação para criar um negócio ou uma vida mais significativa e próspera. É um livro que nos mostra que é possível criar um mundo melhor, um negócio melhor e uma vida melhor, se estivermos dispostos a "virar a própria mesa" e criar um novo caminho.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

WILLIAM SHAKESPEARE


Por Oliver Harden


 William Shakespeare e a Anatomia da Alma Humana


Poucos escritores na história da literatura demonstraram um entendimento tão profundo da psique humana quanto William Shakespeare. Sua obra não se limita a entreter ou a construir tramas engenhosas; ela desvela os meandros mais obscuros da condição humana, expondo com precisão cirúrgica as paixões, os conflitos internos e as ambiguidades morais que definem a experiência existencial. Shakespeare não apenas criou personagens; ele desnudou a alma humana em toda a sua complexidade, antecipando conceitos da psicologia moderna e revelando verdades universais sobre o poder, a ambição, a loucura, a inveja, o amor e a transitoriedade da vida.


A grandeza shakespeariana não reside na mera construção de enredos bem articulados, mas na capacidade de transpor para a linguagem dramática as contradições e paradoxos da consciência humana. Suas personagens não são meros tipos ou arquétipos, mas seres dotados de profundidade psicológica, cuja evolução se dá não apenas no plano da ação, mas no campo das ideias e das emoções. Hamlet, Macbeth, Rei Lear, Otelo, Lady Macbeth, Shylock – todos eles transcendem a moldura teatral e tornam-se espelhos da condição humana, pois carregam em si não apenas grandezas, mas também as fraquezas, os medos e as ilusões que permeiam a existência.


A Dialética do Ser: Shakespeare e a Ambiguidade da Consciência


Shakespeare compreendia que o ser humano não é uma entidade fixa, mas uma multiplicidade em constante tensão. Suas personagens são dotadas de uma interioridade densa e contraditória, oscilando entre impulsos opostos, entre a razão e a paixão, entre o desejo e a culpa, entre a grandeza e a ruína. O mundo shakespeariano não é binário; ele rejeita o maniqueísmo simplista e abraça a ambiguidade como essência da experiência humana.


Essa dialética do ser é visível, por exemplo, em Hamlet, talvez a mais complexa de suas criações. O príncipe dinamarquês é um homem dilacerado pela consciência, prisioneiro da própria lucidez, incapaz de agir não por covardia, mas por excesso de pensamento. Hamlet não se limita a executar sua vingança; ele a problematiza, a filosofa, a transforma em uma questão metafísica. Seu famoso solilóquio, “To be or not to be, that is the question”, não é apenas um dilema circunstancial, mas a formulação trágica da condição humana: agir ou sucumbir? Enfrentar a existência ou fugir dela?


Essa consciência dilacerada reaparece em Macbeth, outro personagem trágico cuja grandeza e ruína nascem do mesmo impulso. Se Hamlet é paralisado pela dúvida, Macbeth é consumido pela certeza absoluta. A princípio um homem honrado, ele se entrega à ambição desmedida e ao desejo de poder, traindo sua própria essência e destruindo-se no processo. A tragédia de Macbeth não é apenas sua ascensão e queda, mas o reconhecimento, tardio e devastador, de que ele próprio foi o artífice de sua ruína. Quando, já mergulhado no desespero, proclama “Life’s but a walking shadow”, ele sintetiza a visão shakespeariana da existência: uma peça efêmera, uma ilusão passageira, uma ficção trágica escrita por forças que nem sempre compreendemos.


O Amor, a Vingança e a Loucura: Shakespeare e os Arquétipos do Drama Humano


O gênio de Shakespeare reside também na maneira como ele articula os grandes temas universais, transformando emoções e dilemas individuais em reflexões sobre a natureza humana como um todo. O amor, por exemplo, nunca é idealizado ou simplificado em sua obra; pelo contrário, ele é sempre apresentado como uma força avassaladora, capaz de elevar ou destruir. Romeu e Julieta não é uma mera história romântica, mas uma tragédia da impulsividade juvenil, do desejo que desafia convenções e do destino que se impõe implacável.


A vingança, por sua vez, é outro tema recorrente em sua dramaturgia. Em Otelo, a inveja e o ressentimento de Iago conduzem à destruição do protagonista, que, envenenado pela suspeita, torna-se incapaz de discernir a verdade da ilusão. A genialidade da peça reside no fato de que o próprio Otelo se converte em agente de sua própria perdição, permitindo que suas inseguranças sejam manipuladas. Shakespeare compreendia que o verdadeiro perigo não está nos inimigos externos, mas nas fissuras internas da alma humana.


Já a loucura, frequentemente explorada em sua obra, não é apenas um colapso mental, mas um meio de revelar verdades ocultas. Rei Lear, ao enlouquecer, percebe finalmente a essência da natureza humana, despojada de suas ilusões de poder e status. Hamlet finge estar louco, mas talvez sua própria consciência já esteja fragmentada. Em Shakespeare, a loucura não é apenas uma tragédia, mas também uma forma de escapar da hipocrisia do mundo.


A Atemporalidade de Shakespeare: Por que Ele Ainda Nos Lê?


Shakespeare não nos ensinou apenas sobre os personagens de seu tempo; ele nos ensinou sobre nós mesmos. Sua obra resiste aos séculos porque fala de angústias, desejos e dilemas que não mudam com o tempo. Sua genialidade foi capturar aquilo que é essencialmente humano e projetá-lo em narrativas que continuam a ressoar com qualquer geração.


Quando lemos Shakespeare, não apenas compreendemos seus personagens, mas nos vemos refletidos neles. Quem nunca experimentou a hesitação de Hamlet diante de uma decisão difícil? Quem nunca se sentiu seduzido por um desejo incontrolável, como Macbeth? Quem nunca questionou o sentido da existência, como o rei Lear?


Nietzsche afirmava que “Shakespeare nos leu melhor do que nós mesmos conseguimos nos ler”. De fato, sua obra continua sendo um espelho da alma humana, um monumento literário que revela não apenas a grandeza do pensamento, mas a profundidade da experiência humana em toda a sua glória e tragédia.


Shakespeare, mais do que um dramaturgo, foi um anatomista da condição humana. Ele desvelou as camadas ocultas da psique, expôs as fraquezas do espírito e deu voz aos dilemas eternos que definem a existência. Ler Shakespeare não é apenas um exercício literário – é um mergulho no abismo do que significa ser humano.


Fonte: Facebook  de Oliver Harden

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

VÍCIOS EMOCIONAIS

 Anselmo Vasconcellos 

https://anselmovasconcellos.com.br/vicios-emocionais-lp/

Entre para o grupo 


Os sonhos são portais para dimensões além do tempo e do espaço, onde a alma se liberta das amarras da matéria e retorna às esferas sutis da existência. Na projeção astral, o espírito rompe os limites do corpo físico e atravessa realidades que a mente desperta mal consegue compreender. Muitas vezes, encontramos mentores, revisitamos vidas passadas ou acessamos conhecimentos que moldam nossa jornada terrena. Mas nem todos os sonhos são apenas devaneios da mente — alguns são recados do universo, respostas silenciosas às perguntas que carregamos no íntimo. Para lembrar e compreender essas viagens, é preciso desenvolver a consciência, elevar a vibração e abrir-se à experiência sem medo. O que a alma vê além do véu da ilusão pode transformar profundamente a forma como vivemos aqui e agora. 💫


Anselmo Vasconcellos. 

domingo, 9 de fevereiro de 2025

SAGA DA AMAZÔNIA

Vital Farias


SAGA DA AMAZÔNIA 


Era uma vez na AMAZÔNIA, a mais bonita floresta
Mata verde, céu azul, a mais imensa floresta
No fundo d'água as IARAS, caboclo lendas e mágoas
E os rios puxando as águas

PAPAGAIOS, PERIQUITOS, cuidavam das suas cores
Os peixes singrando os rios, Curumins cheios de amores
Sorria o JURUPARI, URAPURU, seu porvir
Era: FAUNA, FLORA, FRUTOS E FLORES

Toda mata tem caipora para a mata vigiar
Veio caipora de fora para a mata definhar
E trouxe DRAGÃO-DE-FERRO, prá comer muita madeira
E trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira.

Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar
Prá o dragão cortar madeira e toda mata derrubar:
Se a floresta meu amigo tivesse pé prá andar
Eu garanto meu amigo, com o perigo não tinha ficado lá.

O que se corta em segundos gasta tempo prá vingar
E o fruto que dá no cacho prá gente se alimentar??
Depois tem passarinho, tem o ninho, tem o ar
ICARAPÉ, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar.

Mas o DRAGÃO continua a floresta devorar
E quem habita essa mata prá onde vai se mudar??
Corre ÍNDIO, SERINGUEIRO, PREGUIÇA, TAMANDUÁ
TARTARUGA, pé ligeiro, corre-corre TRIBO DOS KAMAIURA

No lugar que havia mata, hoje há perseguição
Grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão
Castanheiro, seringueiro já viraram até peão
Afora os que já morreram como ave-de-arribação
Zé da Nana tá de prova, naquele lugar tem cova
Gente enterrada no chão:

Pois mataram índio que matou grileiro que matou posseiro
Disse um castanheiro para um seringueiro que um estrangeiro
Roubou seu lugar

Foi então que um violeiro chegando na região
Ficou tão penalizado e escreveu essa canção
E talvez, desesperado com tanta devastação
Pegou a primeira estrada sem rumo, sem direção
Com os olhos cheios de água, sumiu levando essa mágoa
Dentro do seu coração.

Aqui termina essa história para gente de valor
Prá gente que tem memória muito crença muito amor
Prá defender o que ainda resta sem rodeio, sem aresta
ERA UMA VEZ UMA FLORESTA NA LINHA DO EQUADOR.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

MANIFESTO PARA CRIAÇÃO DA CASA DOS ARTISTAS

 

Mestre Deiró do Grupo Alvorada Mufuá e Mestre Lourimbau lançando o Manifesto da Criação da Casa dos Artistas,  na festa  de Yemanjá 2025


Por Lula Oliveira 


Salvador, 02 de Fevereiro de 2025

Manifesto para a Criação da Casa dos Artistas da Bahia

Hoje, 2 de fevereiro de 2025, dia de reverenciar Yemanjá, nossa mãe e rainha do mar, lançamos sob suas bênçãos o manifesto para a criação da Casa dos Artistas da Bahia. Inspirados pela sonoridade africana do Alvorada Mufuá, liderado pelo artista e ativista Claudio Deiró, convocamos toda a sociedade para unir forças em prol desse projeto essencial.

A Casa dos Artistas da Bahia será um espaço sagrado, dedicado a cuidar daqueles que constroem, diariamente, o alicerce da cultura baiana. Não falamos dos artistas consagrados e empoderados que compõem a elite cultural da maior indústria musical do Brasil, o Axé Music. Falamos dos artistas invisibilizados: os percussionistas, os capoeiristas, artesãos, artistas circenses, cineastas, atores e tantos outros que sustentam, com suor e paixão, a simbologia que nos define enquanto povo.

São artistas que, muitas vezes, envelhecem na invisibilidade, sem apoio, abandonados após anos de contribuição inestimável à nossa cultura. São eles que tocam os tambores sob os trios elétricos, que ecoam a ancestralidade em suas criações, que mantêm viva a alma baiana. E, no entanto, ao atingir uma idade em que não podem mais garantir o próprio sustento, são esquecidos.

A inspiração para este manifesto vem da história de um mestre popular: Mestre Lourimbau, artesão e músico singular, nascido em Mata de São João. Aos 74 anos, ele vive em situação precária em um abrigo para idosos no bairro de Paripe. Mestre Lourimbau já não pode tocar o berimbau, instrumento que sempre foi a extensão de sua alma. Ele, que deveria estar transmitindo seu vasto conhecimento às novas gerações, está condenado ao esquecimento.

Quantos Lourimbaus estão espalhados por essa terra chamada Bahia? Quantos mestres e mestras vivem em condições indignas, privados do reconhecimento e do cuidado que merecem?

A Casa dos Artistas da Bahia nasce como uma resposta urgente a essa realidade. Será um espaço de acolhimento, oferecendo assistência à saúde física e mental, resgatando a dignidade e a oportunidade de transmitir saberes ancestrais. Um lugar onde velhos mestres possam formar novos artistas, perpetuando a riqueza cultural afro-brasileira.

Há precedentes que mostram que isso é possível. No Rio de Janeiro, o Retiro dos Artistas, fundado em 13 de agosto de 1918, é um exemplo de sucesso. Com 15 mil metros quadrados, a instituição abriga dezenas de artistas em situação de vulnerabilidade, oferecendo infraestrutura como casas, refeitório, teatro, cinema, biblioteca e muito mais. Sua história centenária prova que cuidar de quem constrói a cultura é um dever que enriquece a sociedade como um todo.

Exigimos um espaço semelhante na Bahia, a Terra Mãe da cultura brasileira. Exigimos um lugar onde nossos artistas possam envelhecer com dignidade, saúde, respeito e cuidado. É hora de o Estado e a Prefeitura de Salvador abraçarem esse projeto, reconhecendo que a cultura baiana, que encanta o mundo, depende do talento e da dedicação desses artistas invisibilizados.

A Casa dos Artistas da Bahia é mais que um sonho: é uma necessidade. Um grito por justiça e reconhecimento. Que Yemanjá nos inspire e guie nesse propósito.

AXÉ!

FEDERAÇÃO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DE DETRAN

 

Monumento em Memória ao Dia Mundial das Vítimas de Trânsito


🚦É com grande tristeza que nos manifestamos sobre o ato de vandalismo cometido contra o Monumento em Memória ao Dia Mundial das Vítimas de Trânsito, idealizado e inaugurado pela CEATV – Comitê de Estudos e Ações para o Trânsito e Vida, em parceria com a FENASDETRAN – Federação Nacional das Associações de DETRAN, na cidade de Salvador, Bahia. Este monumento, que representa um tributo profundo e respeitoso às vítimas do trânsito, foi fruto do trabalho dedicado de diversas famílias que perderam entes queridos, além dos órgãos e entidades que, com muito amor e comprometimento, uniram forças para tornar realidade esse símbolo único, não apenas no Brasil, mas no mundo.


🚦Diante da pichação absurda que desrespeita a memória dessas vítimas e todo o esforço envolvido, registramos uma queixa-crime sobre o ocorrido. O registro foi feito na 6ª Delegacia Territorial de Brotas, em Salvador, sob o número 000822711/2025. É um ato revoltante que merece nossa indignação e que não pode passar impune.


✅ *Assinam:*

Mário Conceição, Presidente da FENASDETRAN

Dr. Armenio Santos, Médico do Tráfego e Presidente do CEATV

domingo, 2 de fevereiro de 2025

ACADEMIA DE CULTURA DA BAHIA

 

Presidente Benjamin Batista 

É na Academia de Cultura da Bahia que os amigos se encontram.

Academia é convivência e troca de aprendizado.⁹

Walter Queiroz e Beto Magno 

Sempre na última sexta de cada mês no agradável Hotel Portobello Ondina,um dos mais importantes de Salvador.

Idem em Porto Seguro.

Benjamin Batista.

SALVADOR,O2.02.25

domingo, 26 de janeiro de 2025

A MELHOR CONCESSÃO DO MUNDO

 


A MELHOR CONCESSÃO DO MUNDO.


A retirada de pauta no TCU,  do acordo que idenizará  a VIABAHIA em R$ 892 milhões para ela entregar a BR-116 abre um precedente perigoso.

A concessionária continua recebendo pedágios mas as inversões em obras nada.

O melhor contrato do mundo é aquele que tem o BÔNUS e não tem o ÔNUS.


JOSÉ MARIA CAIRES

DUPLICA SUDOESTE

domingo, 12 de janeiro de 2025

TUDO TEM SEU TEMPO


 TUDO TEM SEU TEMPO.


Participei intensamente de uma campanha para trazer o GASODUTO pra Vitória da Conquista, hoje nem tanto e nem tento, um traçado inexplicado preteriu a Capital do Sudoeste e incluiu Maracás e Brumado como as mais importantes, o Governador Jerônimo Rodrigues chegou até anunciar a ligação de Jequié até o Centro Industrial dos Imborés, mas também não evoluiu.

Se não ficar atento o bonde passa, atualmente a tendência é que todos migrem para energia fotovoltaica, ainda que venha ser taxada é a renovável mais econômica.

Os carros movidos a GNV por exemplo não são viáveis como há cinco anos atrás, taxistas e motoristas de aplicativos vão migrar para os carros elétricos, é a tendência, é o futuro.

Aqui em Vitória da Conquista já andei de UBER elétrico, em Salvador na última semana aconteceu o mesmo.

O bonde passou para o GNV. Tenho insistido em dizer que a DUPLICAÇÃO DA RIO BAHIA é a obra que vai consolidar o desenvolvimento econômico do Sudoeste da Bahia, mas os governos não priorizam esta obra que é o gargalo do progresso. Atração de negócios que geram empregos vão pra onde tem infraestrutura instalada.

Sem água, sem energia e sem estradas o bonde nem passa.


JOSÉ MARIA CAIRES

DUPLICA SUDOESTE

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

MORRE FEIRA VELHA, NASCE DIAS D’ÁVILA

 

Fernando Gimeno e Beto Magno 


Por Fernando Gimeno 


Após as guerras da independência, onde Dias D’Ávila teve importante e destacado papel por ter bloqueado a entrada de víveres para as tropas portuguesas, além de ter servido como QG das tropas brasileiras, os morgados da Torre foram embora para a corte onde receberam do Imperador títulos de nobreza pelos seus feitos heroicos. Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, que também foi comandante das tropas brasileiras, foi elevado a Visconde de Pirajá, e seus irmãos Francisco Elesbão Pires de Carvalho e Albuquerque, que foi governador da Bahia, foi agraciado com o título de Barão de Jaguaribe e Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, na época o morgado e senhor da Torre de Garcia D’Ávila, recebeu a comenda de Barão e depois de Visconde da Torre. 

Essa retirada da família Ávila fez com que a progressista Feira de Santo Antônio de Capuame trouxe uma derrocada do antigo feudo e fez com que a importante feira colonial fosse sendo transferida para a fazenda “Olhos d’água”, hoje Feira de Santana; com isso a Feira de Capuame passou a ser conhecida como Feira Velha.

E Feira Velha permaneceu até que, em 1923, Francisco Borges de Barros enviou para a Assembleia Legislativa uma exposição de motivos para trocar o nome da estação e distrito de Feira Velha para Dias D’Ávila, em homenagem ao morgado da Torre Francisco Dias d’Ávila II, filho de Garcia d’Ávila II, neto de Francisco Dias d’Ávila Caramuru, trineto de Garcia d’Ávila e tataraneto de Caramuru e da índia Catarina Paraguaçu.

No dia 26 de abril de 1928, através da lei 2150 Feira Velha passa a chamar-se, oficialmente, Dias d’Ávila. E aí chegamos ao ponto principal de nossa história:

Neste mês de abril, no dia 26, Dias d’Ávila completará 96 anos de existência. Acredito que muito poucos moradores tenham conhecimento de tão importante data que consolidou no cenário baiano um município importante que tanto contribuiu para a proclamação de nossa independência e ainda mais, encheu de glória esse estado por ter sido outrora a mais importante Estância Hidromineral de toda a Bahia, atraindo turistas de vários estados brasileiros e até do exterior.

Seria importante para se conhecer melhor a história e fixar na memória fatos assaz relevantes, que houvesse alguma forma de comemoração para não deixar passar em branco tão importante data. A Câmara de Vereadores, principalmente poderia participar convocando uma sessão solene onde fosse relembrado esse importante fato da história de nossa querida cidade.

Fica a sugestão. Vamos nessa?


*Fernando Gimeno é Escritor, membro da Academia de Cultura da Bahia e Presidente do Conselho de Cultura de Dias D'Ávila.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

A DIALÉTICA DA VIDA X A NARRATIVA DO PENSAMENTO

lFoto: divulgação 


A Dialética da Vida x A Narrativa do Pensamento


A vida, em sua essência, é um campo de tensões, onde forças opostas se encontram em um abraço violento e necessário. É a luta incessante entre o que é e o que poderia ser, um diálogo eterno entre o instante que foge e a eternidade que assombra. A cada pulsar, a vida ergue-se como tese: vigorosa, cheia de promessas, afirmando seu direito de existir. Mas logo vem a antítese: o desgaste, a negação, o murmúrio do tempo que corrói até a pedra mais firme. A síntese, quando surge, não é um repouso, mas um novo conflito disfarçado de trégua. Tudo pulsa no ritmo dessa dialética cruel, onde o movimento é a única certeza.


E enquanto a vida se agita, o pensamento observa, paciente, como um escriba das eras. Ele não se limita ao instante; é um artesão da memória, costurando tramas com os fios frágeis do vivido. O pensamento transforma o caos em enredo, organiza o que é disperso, desenha linhas onde a vida insiste em espalhar pontos. É ele quem dá voz àquilo que a carne sente, mas não pode nomear. E, assim, cria narrativas — histórias lineares ou labirínticas, que tentam aprisionar a fluidez da vida em formas compreensíveis.


No entanto, a relação entre vida e pensamento não é pacífica. A vida, selvagem e desobediente, recusa as molduras que lhe são impostas. Ela explode em desvios, desmentindo as certezas do pensamento, zombando das narrativas que a tentam conter. O pensamento, por sua vez, insiste. Ele reescreve, reordena, busca sentido onde a vida só entrega caos. É um jogo de sombras e luzes, onde ambos se desafiam e se completam.


A dialética da vida exige ação, movimento, o enfrentamento do outro e de si mesmo. Já a narrativa do pensamento oferece um refúgio, uma tentativa de tornar inteligível o que nos escapa. E, ainda assim, uma depende da outra. Sem a narrativa, a vida seria um turbilhão mudo, um eterno presente sem memória. Sem a vida, o pensamento seria uma dança sem corpo, um fantasma à procura de substância.


Neste embate perpétuo, somos os protagonistas e os espectadores. Carregamos em nós a violência do conflito e a suavidade da interpretação. Vivemos como quem atravessa um rio caudaloso, mas contamos a travessia como se o curso fosse previsível. Entre a força que nos arrasta e a história que inventamos, seguimos — criaturas da contradição, filhos do devir, prisioneiros da eternidade que tentamos narrar.


Oliver Harden


Fonte: Facebook Anselmo Vasconcellos. 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

ALLAN DE KARD

Allan  de Kard 

Por Allan de Kard 


 Existem dois Princípios Gerais do Universo, O princípio Material que eu denomino de PREMIX, que é objeto desse vídeo ( Vide link a baixo), e o princípio Inteligente, ainda muito pouco explorado pela ciência, porém peça fundamental na compreensão da Criação. O princípio Inteligente é o responsável em primeiro plano pela Lei de Atração que rege toda a mecânica Celeste, tanto no Macro como no Microcosmo. Matéria e princípio inteligente, são indissociáveis. Depois de estagiar por bilhões de anos pelo Cosmos, fundem-se ganhando cada vez mais complexidade, elaborando os mais diversos elementos da Química Inorgânica, até que um determinado ácido resolve fazer uma cópia de si mesmo, e esse ácido desoxirribonucleico ( DNA) Faz nascer a Química Orgânica, a partir daí o princípio Inteligente, além de agir pela ATRAÇÃO, passa também a agir pela SENSIBILIDADE, INSTINTO e ganha RAZÃO no homem. Assim o Princípio inteligente que era ente coletivo, começa aos poucos ser comandado pelo que chamaria de SER. ou ESPIRITO.  Daí os corpos Físicos são com uma grande colméia, comandado pelo Espírito que é Indestrutível, imortal e viverá para sempre. Os Arquitetos siderais que regem as Galáxias passaram por todo esse processo durante Bilhões de anos, tendo habitado infinitos corpos até chegarem ao estado atual.  Conclusão, somos todos seres imortais que habitamos corpos e planetas transitórios. Daqui há bilhões de anos conscientes desta realidade, olharemos para trás rememorando a história e já envolvidos também na tarefa de Co-Criação do universo. E plenamente felizes, pois já teremos alcaçado todas as virtudes em grau superior.     


https://www.facebook.com/share/v/1B1fCGozeJ/


*Allan de Kard é Artista Plástico Idealizador do Instituto Museu de Kard, Empresário  e Palestrante. 

sábado, 14 de dezembro de 2024

" ZABRISKIE POINT"


Foto: divulgação 


"Zabriskie Point" é um filmaço, incrivelmente “revolution” nos anos 70. 

 Do espetacular Michelângelo Antonioni, o filme foi polêmico, muito criticado por ser muito “moderno”, e Antonioni levou essa modernidade pra além do comportamento da época, levou pra fotografia, pra

montagem, pra escolha de protagonistas e pra trilha sonora. 

 O filme fala de forma brilhante sobre o movimento da contracultura dos anos 70: o corpo, a busca pela identidade, a busca por um lado nosso mais humano. Uma revolução real e lindamente personificada nos personagens Mark e Daria: casal escolhido por Antonioni, sem nenhuma experiência anterior como atores, mas, a sensação que temos, é de que os dois nasceram pra protagonizar o filme. 

'Zabriskie' é um filme de imagens, de pouco diálogo, qse sensorial, belíssimo, na minha opinião.

Ah, e pra deixar essa experiência ainda mais extraordinária, tem trilha de Pink Floyd. Aí, fica ainda melhor. 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

AINDA ESTOU AQUI


Foto: divulgação 


Por Beto Magno 


"AINDA ESTOU AQUI", dirigido por Walter Salles, é uma obra-prima do cinema brasileiro que merece reconhecimento internacional. Lançado em 2024, o filme é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva que nos leva a refletir sobre liberdade, memória e identidade.

 Entenda melhor o período da ditadura militar no Brasil.

O filme nos leva a imaginar e incentiva questionamentos sobre liberdade, memória e identidade. É um filme altamente contemporâneo com fotografia, atuação e direção impecável.

Para a nova geração é uma história praticamente desconhecida devido a carência de informações e a prioridade de se divulgar amplamente pseudo verdades nesse nosso país.  Mas é sem dúvida  uma história de superação e resiliência.

Com sua qualidade técnica, atuação e relevância histórica, "Ainda Estou Aqui" é um forte candidato a várias indicações ao Oscar. Peço que vocês apoiem essa obra-prima brasileira compartilhando suas impressões e utilizando a hashtag:

 #AindaEstouAquiParaOOscar.

Verifique a disponibilidade em cinemas locais ou plataformas de streaming. Eu assistir no cinema do Shopping Bahia Parque em Lauro de Freitas acompanhado por minha mulher, meu filho de 23 anos e sua namorada um pouco mais nova. Sai muito satisfeito com a obra de uma maneira geral e também pelo fato de poder mostra-los um pouco da realidade social, cultural, politica e amedrontadora de uma época que para muitos jaz no esquecimento. 


Gostaria de ler seu comentário abaixo.


sábado, 7 de dezembro de 2024

PARA OS QUE VIRÃO

Beto Magno 



 PARA OS QUE VIRÃO 

 
Como sei pouco, e sou pouco,
faço o pouco que me cabe
me dando inteiro.
Sabendo que não vou ver
o homem que quero ser.
Já sofri o suficiente
para não enganar a ninguém:
principalmente aos que sofrem
na própria vida, a garra
da opressão, e nem sabem.
Não tenho o sol escondido
no meu bolso de palavras.
Sou simplesmente um homem
para quem já a primeira
e desolada pessoa
do singular - foi deixando,
devagar, sofridamente
de ser, para transformar-se
- muito mais sofridamente -
na primeira e profunda pessoa
do plural.
Não importa que doa: é tempo
de avançar de mão dada
com quem vai no mesmo rumo,
mesmo que longe ainda esteja
de aprender a conjugar
o verbo amar.
É tempo sobretudo
de deixar de ser apenas
a solitária vanguarda
de nós mesmos.
Se trata de ir ao encontro.
(Dura no peito, arde a límpida
verdade dos nossos erros.)
Se trata de abrir o rumo.
Os que virão, serão povo,
e saber serão, lutando.
 
Thiago de Mello

sábado, 30 de novembro de 2024

LOMANTO ESPERANÇA DO POVO

foto: divulgação 
 

"Cada plano a que cheguei na vida pública, cada mandato que exerci, colocou-me em contato com um universo diferente  de problemas, de desafios. E atribuo minha sobrevivência e minha ascensão, justamente, á disposição contínua  que alimento de aprender com as pessoas e com os. Fatos, livrando-me da âncora perigosa das ideias fixas e atitudes irreversíveis".

Antônio Lomanto Junior 


Antônio Lomanto Junior  nasceu em 1924, na cidade baiana de Jequié.  Ainda muito jovem, sua liderança já chamava atenção dentro do Movimento Estudantil. Dedicado, formou-se odontológo pela Universidade Federal da Bahia em 1946, aos 22 anos, mas foi a política que o arrebatou. Em 47 elegeu-se vereador, cargo que exerceu até 1950. Esse foi o primeiro passo de uma longa e vitoriosa trajetória: Lomanto foi prefeito de sua cidade três vezes, governador da Bahia, deputado estadual, deputado federal e senador da república.

Mais do que cargos, o líder baiano acumulou admiração e respeito de lideranças nacionais por sua postura ética e sua vontade permanente de servir ao próximo.

Municipalista por convicção, Lomanto foi presidente da Associação Brasileira dos Municípios entre os anos de 59 e 63. É considerado pioneiro na utilização do marketing político no Brasil, tendo criado o slogan " Com Lomanto hoje, feijão na lapela; amanhã, feijão na panela ". Assim, foi eleito, pelo voto popular, o Governador mais novo da história da Bahia, aos 37 anos.

Obstinado, conciliador e supra-partidario, Lomanto estreitou laços com líderes políticos do Brasil e do mundo; realizou grandes e importantes obras e promoveu uma Reforma Administrativa  que foi reconhecida como o primeiro e mais profundo programa de modernização  do poder executivo estadual, sendo modelo para outros estados do país. Ele mudou a matriz econômica da Bahia  com a implantação do Centro Industrial de Aratu e ligou o Estado de ponta a ponta com a construção de novas rodovias, permitindo  a sua inclusão definitiva e estratégica no mapa rodoviário nacional. 

Todos os seus feitos, somados á empatia natural de Lomanto, fizeram dele um ícone da política brasileira.  Ao fim do mandato de Governador, em 1967, Lomanto deixou o Palácio Rio Branco nos braços do povo e seguiu carregado até o Campo Grande. 

Após deixar o poder executivo, Lomanto legislou por 16 anos. Foi eleito Deputado Federal em 1971 e reeleito em 2974 ao lado de seu filho Leur Lomanto: fato inédito no país.  Em 1978, foi eleito para o cargo de Senador da República, chegando á Vice-Presidência do Senado Federal. Em 1993, Lomanto atendeu ao pedido da população de sua cidade Natal, Jequié, e se candidatou á prefeito novamente.  30 anos depois, o filho pródigo do sertão foi consagrado nas ruas da cidade-sol, eleito com expressiva vitória. Lomanto sempre valorizou a família e contou com o apoio incondicional de sua esposa e companheira Detinha. Foi e continua sendo motivo de orgulho para seus cinco filhos, onze netos e dezesseis bisnetos. Leur Lomanto Junior segue os passos do avô e dá  continuidade á sua trajetória política como Deputado Federal, representando o estado da Bahia. 


" É dever cristão do ser humano ajudar ao próximo.  Encontrei na política o meu caminho. Sou político para servir, e não para ser servido ".

Lomanto Junior 



Fonte: Família Lomanto 

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

TROFÉU MULHER INSPIRAÇÃO DA CAFEICULTORA DO BRASIL


Foto: divulgação 

Valéria Vidigal, mineira de Viçosa, reside em Vitória da Conquista, tendo recebido os títulos de Cidadã Conquistense e Cidadã Baiana.

Graduada pela Universidade Federal de Viçosa, apaixonada por pintura, é reconhecida internacionalmente como a "Artista do Café".

Cafeicultora no Planalto da Conquista e produtora de cafés especiais, é proprietária do Café Vidigal, ganhador de concursos estaduais e nacionais.

É idealizadora e coordenadora do Encontro Nacional do Café que acontece em sua propriedade, Fazenda Vidigal, situada no município de Barra do Choça, Bahia.

Artista premiada, recebeu a medalha Mérito Cafeeiro da Fundação Procafé em 2018, em 2022 recebeu da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, a Medalha Mérito Cultural Glauber Rocha, em 2023 recebeu a Homenagem Cecafé  e nesse nesmo ano foi campeã  do concurso nacional "A Melhor História de um Agricultor" do Canal Notícias Agrícolas.

Além das obras, Valéria tem inúmeros trabalhos ilustrando livros científicos e de história do café, entre eles o livro dos 50 anos do Sebrae Nacional "Café com Arte", o livro 50 anos da ABIC, Café com arte & poesia, entre outros, além de ilustrar a capa do Anuário Brasileiro do Café, anais do Procafé e o Anuário do Café.

Fonte: Miss Brasil Café e Wolfse Produçoes

terça-feira, 26 de novembro de 2024

CRIAÇÃO DA BAHIA FILMES


 Criação da Bahia Filmes é aprovada por unanimidade na Alba


A Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (Alba) aprovou, nesta terça-feira (26), por unanimidade, o Projeto de Lei 25.532/2024, de autoria do Governo do Estado, que cria a Bahia Filmes, primeira empresa estadual do audiovisual do país. Com isso, o estado se consolida como um polo estratégico para o setor audiovisual no Brasil, abrindo novas possibilidades de desenvolvimento econômico e cultural. A Bahia Filmes vai promover o desenvolvimento socioeconômico, artístico, cultural, científico, tecnológico e inovativo da atividade audiovisual no estado. Entre 2015 e 2021, o setor atraiu mais de R$160 milhões para o estado.


Agora a lei será sancionada pelo governador Jerônimo Rodrigues. Com sua criação, a Bahia Filmes, vinculada à Secretaria de Cultura (Secult-BA), estimulará o investimento privado a partir do Fundo Setorial do Audiovisual e Leis de Incentivo ao setor, captará recursos na Agência Nacional do Cinema (Ancine), distribuirá filmes em salas de cinema, canais de TV e Streaming em parceria com iniciativa privada, além de atuar na operação de salas públicas de cinemas, na atração de filmagens feitas por produtoras de fora da Bahia e na estruturação de novos negócios do audiovisual.


Histórico


➡️ A Bahia Filmes nasceu como um projeto da @apcbahia que foi levado ao Governo pela entidade de classe. A partir daí tornou-se um compromisso político. Isso é muito importante ser dito em respeito à memória de todos os que criaram o organismo e lutaram para que chegasse onde chegou. 


Em 2022, a Bahia Filmes integrou os compromissos assumidos no Programa de Governo de Jerônimo Rodrigues na área da Cultura. Já em 2023, a Secult-BA criou um Grupo de Trabalho sobre a implantação da empresa, com participação da sociedade civil e do poder público. O projeto foi debatido em reuniões, encontros e seminários, que culminaram com o envio, em 8 de outubro, do texto à Assembleia Legislativa.


Com informações da Ascom @legislativoalba + grifos nossos