Por Dr.Ricardo Nogueira
No coração do Centro de Salvador está uma das instituições culturais mais importantes do Estado: o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Com 130 anos de funcionamento ininterrupto, gratuito e aberto à comunidade, de segunda a sexta-feira, a entidade vem enfrentando dificuldades para a manutenção de seu acervo.
Sem o apoio financeiro do Governo da Bahia desde maio deste ano, o IGHB tem reduzido suas atividades em razão da falta de recursos, essenciais para a preservação e salvaguarda do patrimônio e memória do Estado, como a maior coleção de jornais, de mapas e pinturas da Bahia.
Pela primeira vez, em décadas, a Secretaria de Cultura do Estado excluiu o IGHB do Programa de Apoio às Ações Continuadas de Instituições Culturais, vinculado ao Fundo de Cultura da Bahia (FCBA). Na decisão, que rebaixou o Instituto à condição de suplente, a Secult alegou desarmonia com a política estadual de cultura.
Recentemente, a diretoria do Instituto encaminhou correspondências ao Governador (ainda sem retorno) solicitando a revisão da inédita decisão da Secult. Os recursos cortados pela Secretaria de Cultura representam 85% do custeio de suas ações.
A Casa da Bahia evoca a Lei Estadual nº. 6575, de 30/3/1994, que obriga o Estado da Bahia a financiar suas atividades.
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