sexta-feira, 9 de agosto de 2024

REVOADA

 

Jackyson Costa


Por Deolindo Checcucci Neto


Revoada é um filme com roteiro e direção de José Humberto. A temática é o canganço e o nordeste.

Apesar de se passar no século passado, o filme prima por sua atualidade na medida em que aborda a violência, tão presente também nos dias atuais. O filme foi rodado na Chapada Diamantina. Tem uma bela fotografia de Mush Emmons. A fita tem um elenco excelente composto pelos atores Jackyson Costa, Anna Lu Tavares, Edlo Mendes, Aldri Anunciação, Nelito Reis, Caio Rodrigues, Nayara Homem, Bernardo D'el Rey, Sérgio Telles, Gil Teixeira, Cristiane Veiga e Carlos Betão.

A montagem cria um bom ritmo para a a narrativa que prende o espectador do princípio ao fim.

Vale destacar também a música de João Omar e a direção de arte de Zuarte Junior. O filme entra em cartaz no próximo dia 15. Revoada é um belo produto do cinema baiano.


Foto: divulgação 

Fonte: Facebook 

terça-feira, 30 de julho de 2024

" BLUETOOTH "


Foto: DIvulgação


Seu nome vem do Rei Viking Harald "Bluetooth" Gormsson, famoso por unificar a Dinamarca e a Noruega no século X.

A ideia de Bluetooth nasceu na década de 1990, quando a empresa sueca de telecomunicações Ericsson procurava uma maneira de conectar dispositivos sem necessidade de cabos. Em 1994, o engenheiro Jaap Haartsen desenvolveu a especificação básica para a tecnologia, que permitiria a transmissão de dados a curta distância utilizando ondas de rádio.

Em 1998, Ericsson, juntamente com IBM, Intel, Nokia e Toshiba, formaram o Grupo de Interesse Especial Bluetooth (SIG) para desenvolver e promover a tecnologia. Em 1999, foi lançada a primeira versão oficial do Bluetooth.

As letras "H" e "B" de Harald Bluetooth são representadas pelas runas Hagall ( ᚼ) e Bjarkan ( ᛒ). Combinando-as, criou o icônico símbolo Bluetooth que vemos hoje. Esta união de runas não só homenageia o rei viking, mas também simboliza a missão da tecnologia Bluetooth de conectar e unificar dispositivos de diferentes tipos e marcas.


Fonte: Revistas Científicas 

domingo, 21 de julho de 2024

VIDA E OBRA DE ALLAN KARDEC

 

Beto Magno e Allan Kardec 


Por Benjamim Batista

Vestindo, com honra e mérito, a pelerine da Academia de Cultura da Bahia, o confrade Allan Kardec viveu momentos inesquecíveis no dia 20.07.2024 em Vit. da Conquista, quando o professor Durval Menezes ( amigo de muito tempo e sócio do meu irmão Rozendo no escritório de Contabilidade e Corretagem O OLHO - que brilhou na histórica Rua Coronel Gugé na amada terra das rosas, melhor clima (frio) da Bahia e o (calor) do afeto de sua gente feliz, onde Rozendo e eu vivemos a fase azul de nossa (quase distante rs rs juventude).

Também representaram nosso sodalício da Bahia (Academia de Cultura , singular e plural!) os diletos confrades: o médico Armênio Santos e o cineasta Beto Magno, ambos devidamente paramentados com a Beca Acadêmica.

Editado pela Gráfica e Editora JM do nosso confrade Marcos Medeiros,o livro Vida e Obra de Allan Kardec - que leva o nome do imortal divulgador do Evangelho Segundo o Espiritismo, agora é lido e divulgado a contento em Conquista e região.

De nossa parte, enquanto presidente da Academia de Cultura, ficamos felizes em testemunhar que os eventos que promovemos na Capital, também se espalham no interior, ajudando a descentralizar a educação e cultura.

Por sorte ( e por mérito, como costumar dizer nossa confreira Maribel Barreto, princesa de Jequié!)habemos Allan Kardec, seu exemplo de vida e fé, além do seu útil e necessário Museu a Céu Aberto localizado na mesma Vitória da Conquista ( que é uma redundância) e maravilha pra se viver.

Benjamin Batista 

Salvador,21.07.2024

Com nossas congratulações e agradecimentos ao imortal professor Durval Menezes,primus inter pares dos que fazem educação e cultura, naquela cidade do nosso coração.

Ah, Conquista, minha Conquista de açúcar!


* Benjamin Batista é Advogado e Presidente da Academia de Cultura da Bahia. 

sábado, 20 de julho de 2024

QUINTAIS IMAGINÁRIOS

 

Escultura: Tukurê e Solange Lessa 

Por Allan de Kard 

QUINTAIS IMAGINÁRIOS 

Perequeté me conduz num galope macio,    aos Quintais imaginários, ligados por um fio.            Tukurê em tuas Asas quero voar,  voar pra terras sem fim,   voar na imaginação, e encontrar um Coração.                   Que transborde sentimentos e emoção.    Por Labirintos infindos vou te encontrar,  Libertar todas as mentes da rotina opressora  Navegar nos oceanos infinitos, onde quero estar.  Despertar sentimentos, em aquarelas mil, e em águas calmas de encantos mil, também quero estar. Tukurê em tuas Asas vou voar, e pousar na cacimba pra água beber,  Água encantada da beira da estrada. Tukurê em tuas asas quero voar.

terça-feira, 9 de julho de 2024

ANTONIO OLAVO - UMA AULA DE CINEMA

 

Antonio Olavo 


Por Jorge Alfredo Guimarães 


ANTONIO OLAVO - UMA AULA DE CINEMA 


Hoje,segunda-feira, dia 8 de junho, ainda às 5 horas da matina, recebo a 3ª resposta de ANTONIO OLAVO às 3 perguntas que lhe fiz. Uma por dia. Sexta, sábado e domingo. Isso começou com a minha insistência que ele assim o fizesse, porque eu estou encantado com o filme dele que assisti na sala do Cinema do Museu, em Salvador, na avant-première. 


“1798 - Revolução dos Búzios” já está na sexta semana em cartaz. Quinta feira próxima é dia de mudar a programação nos cinemas e não sabemos se o filme continua ou não em cartaz. Ontem, domingo, na matinê do Cine Glauber Rocha 178 pessoas pagaram ingressos, estavam presentes e, ao final da sessão, aplaudiram de pé essa obra prima do cinema brasileiro.


Eu continuo a ter fé que esse  filme vai cumprir seu ideal; ANTONIO OLAVO conseguiu um grande feito com “1798 - Revolução dos Búzios”. 

Citando a professora Giselle Beiguelman, seu filme é como se fosse MEMÓRIA DA AMNÉSIA 


                 A ENTREVISTA 


- Olavo, eu como também sou um cineasta, sei das dificuldades em se colocar um filme no circuito comercial. Quando eu fui premiado em 2001 no Festival de Brasília, eu não entendia nada sobre esse mundo aí… Reconheço que o cinema nacional com o surgimento da Ancine, em 2002, 2003, encontrou muito apoio pra se lançar no mercado. E a gente recebia passagens e estadia quando éramos selecionados para festivais internacionais, etc. A produção nacional cresceu bastante com os editais, etc… No entanto, se no meu tempo quando nosso filme conseguia entrar no circuito comercial tínhamos pela menos na 1ª semana do lançamento o horário cheio nas salas onde nosso filme estava passando. E, assim, podíamos sentir como o filme estava sendo recebido pelo público alvo. Hoje em dia isso mudou. Me fale dessa sua experiência com “1798 - Revolta dos Búzios”?

 

 - Eu sempre produzi meus filmes, já são 19 documentários sendo 7 longas, e circulei em espaços culturais os mais distintos, inclusive já exibi em várias salas de cinema, na Bahia e em outros estados do Brasil, mas sempre com acesso livre, entrada gratuita. Aceitei a proposta da distribuidora Abará Filmes para colocar no circuito comercial o “1798 Revolta dos Búzios”, pensando principalmente que seria uma oportunidade maravilhosa de ampliar o trabalho que já desenvolvo há muitos anos de tornar nacionalmente conhecido esse movimento de 1798, um tema que pra mim é muito valioso e mobilizador. Então estar com o filme no Circuito Comercial, em 12 capitais do Brasil (Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Belém, Manaus, Recife, Maceió, São Luiz e Aracaju), sem dúvida é algo recompensador. Agora, tenho vivido essa experiência sabendo que é um desafio enorme pois estamos em um mercado dominando por forças poderosas que hegemonizam as salas de cinemas. Veja que o Brasil tem aproximadamente 3.500 salas e há duas semanas, “Divertidamente 2” uma mega produção da Disney,estreou ocupando nada menos que 2.800 delas, ou seja mais de 80% do total, e ainda na terceira semana de exibição se mantém com 2.220 salas. Imagine o que isso significa em termos de bilheteria para uma única produção estrangeira. Isso chega a ser cruel com a cultura de um país, pois é essência de um colonialismo cultural. Isso é ruim até para as grandes produções nacionais e temos o exemplo de “Grande Sertão”, o belo filme de Guel Arraes, que estreou em 360 salas e ao longo das semanas seguintes foi sendo engolido e agora, na 5ª semana, está em 7 salas de cinema. Então se para uma grande produção da Globo Filmes isso é ruim, imagine para as produções independentes como nosso “1798 Revolta dos Búzios”, que estreou há seis semanas em 15 salas e agora está resistindo bravamente em cinco delas, distribuídas em três capitais. Apesar disso tudo, tenho que sobretudo celebrar e comemorar, porque entendo que essas questões são estruturais e não são simples nem fáceis de serem equacionadas. Na Bahia, desde a estreia do nosso filme em 30 de maio, estamos com a 2ª bilheteria e isso sem a grande mídia para divulgar o filme, contando principalmente com o “Correio Nagô”, o poderoso boca-a-boca dos que assistem. E percebo que os exibidores, inclusive aqui na Bahia, poderiam colocar o filme em horários melhores, semana passada teve sessão única no dia às 13h30, horário difícil das pessoas assistirem, já teve também às 21h15, às 22h e é difícil o público chegar nesse horário, pois todos sabemos que são os menos frequentados. Por outro lado, o que mais tem me recompensado são as reações das pessoas com ofilme, que já foi aplaudido após a exibição em várias capitais (RJ, SP, BH, Brasília, Belém, Aracaju....). Em Salvador tem sido recorrente os aplausos e recebo todos os dias dezenas de manifestações de pessoas surpresas e emocionadas com a história. A gerente de um restaurante na Rua da Ajuda me disse que foi a primeira vez que esteve no cinema e vai voltar para assistir novamente, o dono da Banca do Rasta na Rua Chile disse que ficou emocionado em assistir e não sabia que trabalhava a 10 metros onde morava João de Deus, um dos mártires da Revolta, o senhor que vende cafezinho no edifício Braulio Xavier disse que fazia tempo a última vez que esteve no cinema, “...foi na época em que eu era gente.” Enfim.... não são poucos os relatos que recebo de pessoas que se emocionam com essa história encantadora e choram ao final do filme. Então isso é muito e fico eternamente grato. 

 


- Eu fiquei encantado com o jeito que você encontrou pra nos contar essa história, que como diz a música do filme, “o avô não contou pro seu pai e seu pai não lhe contou”. Em que livros de história você se baseou pra escrever o roteiro? Há 13 anos atrás você me presenteou com um calendário de parede lindíssimo, que conta a história do “1798-Revolta dos Búzios”.  Guardo esse calendário como se guarda uma obra de arte. Conte essa história pra gente, Olavo, por favor!

 

- Eu mergulhei muito a fundo na pesquisa para fazer esse filme. Foram 13 anos de trabalho e nesse período lancei o Calendário Revolta dos Búzios, com uma tiragem de 25 mil exemplares que foi distribuída nas escolas públicas e junto aos movimentos sociais. Contudo, considero que foi um tempo necessário para ter um pertencimento e poder fazer um filme com a segurança e serenidade que a encantadora história pedia. A Revolta dos Búzios é um tema complexo, multifacetado e ainda não totalmente conhecido. O filme inclusive fala sobre isso, em vários momentos ele apresenta os diversos “enigmas” que permeiam os acontecimentos e ainda não foram decifrados a contento. Durante séculos, com a impossibilidade do povo negro ter acesso às escolas, sua formação se dava, sobretudo pela oralidade, com os saberes sendo transmitidos de geração a geração, “de pai para filho” como se dizia. O Governo colonial, reprimindo e punindo os conspiradores e ainda declarando eles e seus descendentes como “infames para sempre” promoveu uma cruel política de silenciamento, buscando apagar a memória desse grandioso episódio. Como documentação do processo de 1798 restaram somente os “Autos da Devassa”, texto com mais de 2.000 páginas manuscritas no calor da hora com o desdobramento minucioso da investigação que se procedeu . Os "Autos..." cobrem um período de agosto/1798 a novembro/1799 e são transcrições de dezenas de sessões da Devassa, incluindo a íntegra dos longos depoimentos de mais de 70 pessoas envolvidas na conspiração. Essa documentação é a principal fonte primária sobre o episódio e, além de um documento volumoso e desordenado, é um texto absolutamente parcial, escrito por homens que integravam o aparelho de repressão do Estado colonial, comprometidos a priori com a condenação dos conspiradores. Esse material precisou ser lido e analisado com cuidado e muitas vezes trouxe respostas para questões intrigantes nas entrelinhas e omissões do seu texto. Foi uma documentação lida “a contrapelo”, como diria o filósofo alemão Walter Benjamin. O grande desafio que vivi foi transformar esse farto e complexo escrito em um roteiro cinematográfico que contasse de forma atrativa e dinâmica essa história. É nessa busca que surge a ideia de introduzir, logo na abertura do filme, um rapper apresentando essas indagações ancestrais: 

 

“Que história é essa que meu pai não me contou?

Que história é essa?

Que história é essa?

Meu avõ não contou para o meu pai

E meu pai, também não me contou

Que história é essa?

Que história é essa?”

 

Fizemos essas filmagens durante uma madrugada pelas ruas do Centro Histórico de Salvador, ruas que foram palco da conspiração de 1798. Então logo após essa espécie de “prólogo” eu começo a narração do filme, que fiz de forma linear, cronológica, sequencial... e ela começa em 12 de agosto de 1798, quando surgem pelas ruas os “papéis revolucionários” e segue numa linha do tempo apresentando os principais fatos até o 8 de novembro de 1799, dia em que ocorre o enforcamento dos quatro mártires na Praça da Piedade, em Salvador. 


- eu gostaria que você falasse sobre a equipe técnica e sobre o elenco. Quase nada se falou na imprensa sobre suas sábias opções. A fotografia, a música, os atores… Tudo de primeira grandeza!!!

 

- O filme captou apenas R$ 300.000 no Edital 2014 do IRDEB, então sob a gestão de José Araripe, mas que teve seu início na gestão anterior de Pola Ribeiro. Pra conseguir levar adiante essa produção, com tão poucos recursos, me restou buscar a cumplicidade de amigos e parceiros e isso encontrei. Na produção com Raimundo Bujão, Josias Santos, Daiane Rosárioe Leda Sacramento, que trabalharam em períodos diferentes; nas filmagens com a Direção de Fotografia de Antonio Luiz Mendes, um dos maiores fotógrafos do Brasil, que infelizmente nos deixou vitimado pela covid na pandemia, ainda sem vacina. Antonio Luiz já era um parceiro antigo, conhecia ele desde 1975 com “D. Flor e seus Dois Maridos” onde foi Assistente de Fotografia e eu Assistente de Produção, depois trabalhamos em 1977 no curta “Diga Ai, Bahia” ele já como Diretor de Fotografia e eu ainda Assistente de Produção. Quando comecei a dirigir meus filmes o chamei para vários: “A Cor do Trabalho” (2014), “Travessias Negras” (2018) e “1798 Revolta dos Búzios”. Conversei muito com ele buscando explicar o clima e a luz que eu queria no filme... as sombras, os detalhes semiocultos, a penumbra, as silhuetas, os planos fechados, os reflexos... enfim tudo que fortalecesse o sentido de algo secreto, clandestino, conspirativo, noturno...gestado nos subterrâneos de uma cidade negra no final do século XVIII. Deveríamos evitar todo e qualquer elemento contemporâneo. Fizemos todas as locações no Centro Histórico de Salvador, palco dos acontecimentos insurgentes de 1798, com as imagens captadas durante a madrugada e ao amanhecer. Também utilizamos bastante imagens subjetivas com detalhes de elementos da cultura negra, criando um jogo de simbologias aderentes. Tudo isso mediado por uma narração em off quase confessional, discreta, “para dentro”, típica das falas proibidas, clandestinas, feita pelo grande ator Rui Manthur. Trabalhamos também com admiráveis atores/atrizes que atuaram como narradores adicionais. Veja que time: Luciana Souza, Valdinéia Soriano, Jorge Washington, Sérgio Laurentino, Fábio Santana, Lázaro Machado, Rui Manthur, Renan Motta, Ridson Reis, Jean Pedro, Edy Firenzza .... aDireção de Arte foi do talentoso Raimundo Laranjeirae utilizamos várias linguagens na busca de contar a história de forma dinâmica, bonita e atraente. Esse episódio ocorrido em 1798, não foi merecedor de uma única peça iconográfica sequer. A fotografia não existia ainda (surge em 1839) e não houve nenhum desenho, nenhuma pintura... então utilizamos ilustrações e animações com cenas cotidianas produzidas por artistas estrangeiros que visitaram a cidade na época e Raimundo foi brilhante nisso.Criamos também ilustrações temáticas alusivas aos personagens e suas ações na conspiração, com base nas descrições registradas nos “Autos da Devassa" e essa criação ficou com Cau Gomez, um grande ilustrador. Utilizamos uma trilha sonora original maravilhosa e envolvente de autoria de Maurício Lourenço. Pedro Garcia fez o Som Direto e Eduardo Ayrosa fez a pós-produção de Áudio. Mas a história que estava sendo contada é muito densa e eu precisava de respiros e por isso busquei intercalar blocos do filme com vinhetas instrumentais executadas por músicos de alto nível como Mário Soares, Ivan Sacerdote, Tota Portela, Teca Gondim...tivemos algumas participações especiais como a de Mateus Aleluia, que declamou o poema “Liberdade e Igualdade”, que é considerado por alguns historiadores como o hino do movimento; outra participação marcante é a do Mestre Cobra Mansa, referência na capoeira do Brasil, com sua voz poderosa no chamamento à cumplicidade dos conspiradores. Já na abertura temos uma grata surpresa com o rapper Diego 157 subindo a Ladeira do Tabuão durante uma madrugada bradando alto“Que história é essa...que história é essa que meu pai não me contou...”. Contamos também com o pessoalda dança, Inah Irenam, Bruno de Jesus e Fred Lopes que fizeram performances de um pertencimento ímpar. Usamos as estampas de Goya Lopes, designer internacional. E ainda três importantes personagens cantando pontos de Candomblé de diferentes nações: Raimundo Konmannanjy (Bantu), Beroso (Jeje Mahi) e Jorjão Bafafé (Ketu). Outro momento forte é a referência a participação das mulheres na conspiração, ilustrada sonoramente com pela bela voz de Jurema Paes, cantando um trecho da linda música de Tiganá Santana. Ressalto que todos os atores/atrizes, bem como os músicos não ganharam nada para participar, fizeram por amor.... então o filme é delas e deles, principalmente. A montagem é de Raimundo Laranjeira, Thiago Lisboae minha. Não posso deixar de citar o final do filme com a grande atriz Valdinéia Soriano, declamando em off, emocionada, um poema manifesto de minha autoria, que transborda as emoções de dois séculos de luta do povo negro do Brasil por uma sociedade justa sem preconceito racial.

LULA MARTINS

Lula Martins 


Por Wilson midlej 

MORRE AOS 80 ANOS, O ESCRITOR, ATOR, POETA, PINTOR, ESCULTOR, DIRETOR, FOTÓGRAFO, CINEASTA, COMPOSITOR E CANTOR BAIANO, LULA MARTINS

Confirmação oficial às 23:34

Acabo de receber a triste notícia do falecimento, neste 8 de julho de 2024, às 23:34h de Antônio Luiz Silva Martins, ator, escritor, poeta, pintor, escultor, diretor, cantor, artista plástico, fotógrafo, cineasta, documentarista, pesquisador e compositor, para todos, apenas, Lula Martins, uma das figuras mais lendárias da contracultura no Brasil.

Nascido em Itagi, em 1944, o garoto Antonio Luiz foi alfabetizado por sua mãe, daí seguiu para Ubatã e em seguida para Ipiaú, já que seu pai, o também poeta Hermes Martins, fora transferido para aquela cidade como comprador de cacau, representando o grupo Corrêa Ribeiro & Cia.

Em Ipiaú, Lula completou o ginásio, participou de peças de teatro dirigidas por dona Delinha, mãe da professora Wanda Santiago e sogra do professor Tatai. A atividade cultural lhe marcou tão intensamente que passou a se interessar por literatura e teatro, acabando por influenciar a juventude da época.

Lula Martins foi um dos mais importantes agitadores culturais de Ipiaú, dirigindo jograis, elaborando atividades com os colegas de ginásio, cometendo algumas “invenções” com circuitos elétricos e com peças de madeira. Lula, considerado uma espécie de gênio atemporal, começou a pintar quadros, fazer esculturas, compor músicas e textos interessantes.

Na 1ª Expo de Ipiaú, a pedido de Euclides Neto, criou o célebre slogan para anunciar a concentração de gado de raça e novas tecnologias na agricultura, para a alegria do prefeito de Ipiaú:

“DA FORÇA DA TERRA, UM ENCONTRO DE RAÇA”

Neste recorte demonstramos a criatividade e sutileza do escritor que viria a ter mais de uma dezena de livros publicados:

“Sobre a porta da entrada da casa de minha amada havia um corno pendurado. Lembrava costumes que vi quando em Itagi, Aiquara, cidades da minha infância, onde é comum encontrar nas estacas e sobre portas e porteiras dos currais estes cornos, que, segundo a crença, atuam como filtros contra mau olhado e energias negativas.

Tio Pedro me contou e eu acredito, que um dia, um rebanho conduzido para o curral da sua fazenda mudou para sempre a sua vida. Uma vaca cujo nome não me lembro, ao passar pela cancela deparou e logo reconheceu, o corno de um certo boi que ela muito amava. Um mugido de dor assombrou aquele fim de tarde. A vaca paralisada diante do corno mugia a sua dor enquanto abundantes lágrimas corriam dos seus olhos. O vaqueiro se apressou em tocar o rebanho, mas, foi contido por tio Pedro penalizado com a cena e foi quando a vaca falou;

-Comeram o Campeiro! Miseráveis! Eu o amava! Era o meu marido e agora não passa de um corno enfeitando a porteira...” Trecho inserto no texto “O CORNO” de 1966

Visitando outros textos publicados por Lula, encontrei a sua crítica sobre o desinteresse de autoridades na manutenção do Cine Eden da época. Vejamos:

“O Cine Éden foi a minha escola de cinema. Ali eu tive a oportunidade de assistir incontáveis filmes de todos os gêneros e qualidades. O saudoso amigo João Mota era o gerente proprietário, Dren pintava os cartazes, trabalhava ali também Pedro Hage, e Jovelito era o meu assistente.

Anos depois da falência e encerramento do cinema, de passagem por Ipiaú, uma turma de cinéfilos e interessados pela cultura local, me procurou pedindo para falar com Hildebrando Rezende então prefeito da cidade, da importância do tombamento do Cine Éden. Hildebrando me disse que não poderia atender ao meu pedido, pois estava comprometido com a exigência da Secretaria de Cultura do Estado, cujo secretário era o poeta Capinan, na compra de um circo para eventos mambembes de conscientização política de esquerda. O agente do negócio que, quando me viu chegar à prefeitura para falar com Hildebrando, em minha frente, cheirou uma longa carreira de cocaína e me agrediu com palavras violentas. Eu contra argumentei que não o conhecia nem estava ali para falar com ele e sim com o prefeito. Disse para Hildebrando que o cinema fazia parte da tradição da cidade, e dos problemas que ele poderia ter, já que um circo requeria profissionais qualificados, tinha uma manutenção cara e que em menos de um ano o circo não existiria. 

Que tal?... Não durou seis meses. Dizem que a lona apodreceu e o palhaço levou o que restou do circo. O dinheiro que foi pro ralo da maracutaia esquerdista daria para tombar o Cine Teatro Éden".

Pois é... devo ficar por aqui. A imprensa brasileira publicou farto material durante a trajetória de Lula. Em tudo que fez, sempre foi manchete. Na música, “Rock Mary” ficou em primeiro lugar nas paradas durante muito tempo; como escultor, foi premiado na Bienal de São Paulo, o filme em que foi protagonista “Meteorango Kid, O Herói Intergalático”, foi um marco da contracultura do seu tempo. 
Sua estética ia além com as belas capas de LPs que fez para tantos artistas são verdadeiros documentos visuais da cultura de vanguarda produzida no país. Lula Martins era multimídia? Polimorfo, exilado de capela? Sei lá... mas era um ser extemporâneo. Como os beija flores de sua música, pulava de cor em cor, de sabor em sabor, com pureza e profundidade. Lula era extremamente informado. Um leitor compulsivo e um repositório de conhecimentos gerais.

Convivemos muito. Escrevemos juntos o roteiro do filme Anésia Cauaçu, que integrava o projeto “Caminhos do Sol”.O filme não saiu, por motivos exaustivamente relatados, publicados, chorados e lamentados... coisas de falta de engajamento... fazer o que? Acabou virando livro. 

Por exigência de Lula, desempenhei a difícil tarefa de transformar um roteiro de cinema em livro. O normal é o contrário...

Como disse o cineasta André Luiz Oliveira, na orelha do livro de Lula, MÁGICAS MENTIRAS, sobre a impressão que ele passava quando em sua época de convívio com o grupo em 1968: “(...) estávamos num momento de puro embevecimento com o seu discurso moderníssimo, de um cinismo revolucionário, absolutamente explosivo e encantador...”

Lula era isso e se tornou ainda mais lúcido e maior, com o tempo.

Temos inúmeros episódios vividos e registrados na memória. Você acabou conquistando o espaço físico que queria, Pinduca. Lá na linha verde, perto de Massarandupió, começou com uma pousada, que poderia dar muito dinheiro. Se fosse essa a sua prioridade. Mas, um studio só seu, uma prancheta de desenho, cavalete de pintura, gravador, caixas de som, cenário exuberante montado pelas divinas deusas da arte. Você partiu usufruindo da paz que tanto procurava. 

Seus filhos, Alef, Teo, Guriatã e Naia, são testemunhas de tudo isso. Só não puderam ser testemunhas oculares dos elos de amizade que nutríamos por Lula. Às vezes, o quarto de hóspedes, eventualmente ocupado por Lula Martins ficava intacto já que amanhecíamos na varanda trançado no papo, com vinhos e chás, já que ele não suportava bebidas alcoólicas ou cigarros da indústria. Segundo ele, fumo... só unzinho de vez em quando.

Vamos sentir falta, Lula Pinduca. Que seu destino seja clarificado pela a luz divina.


* Wilson Midlej é Jornalista e Bacharel em Direito.

domingo, 7 de julho de 2024

VOOS DIRETOS CONQUISTA SALVADOR

 

 Av Otávio Santos, 207 Recreio  - Vitória da Conquista - BA,  CEP:45020-750  (77) 2101 7999

VOOS DIRETOS CONQUISTA SALVADOR

Quem viaja de avião sabe, mesmo com  preços absurdos as aeronaves voam lotadas.

As malhas aeroviárias são de responsabilidade das companhias aéreas, mas a irregularidade dos diretos de SALVADOR x CONQUISTA x SALVADOR é um clamor da população da região sudoeste.

LATAM e VOEPASS acordaram um modelo no Nordeste, cuja operação contemplará a partir de 15 de julho as cidades:

ARACATI

CAMPINA GRANDE

FERNANDO DE NORONHA

FORTALEZA

JUAZEIRO DO NORTE

MOSSORÓ 

NATAL

RECIFE

SALVADOR

Nessa operação caberia a inclusão de VITORIA DA CONQUISTA, que além da nossa região ter o potencial de voos comerciais, as companhias usufruiriam dos incentivos fiscais que a Bahia concede para voos regionais, porém ficamos de fora.

Vamos cobrar do Secretário de Turismo Mauricio Bacelar, para pleitear  a inclusão de VITÓRIA CONQUISTA no projeto.


JOSÉ MARIA CAIRES

maxtour@maxtour.com.brmaxtour@maxtour.com.br

quinta-feira, 4 de julho de 2024

PABLO FORNASARI


                            Tsylla Balbino, Beto Magno e Pablo Fornasari


  Por Beto Magno 


Residente em Vitória da Conquista desde 2001, nascido na provincia de Santa Fé (ARGENTINA) pianista formado na UNIVERSIDADE NACIONAL DE ROSÁRIO (Argentina). Estudou com as mestras Nora Alvarez em piano e Zulma Cabrera na área de música de câmara. Participou em varios master class com pianistas internacionais como Paulo de Assis (PORTUGAL), Daniel Rivera (Argentino nascido na Suiça ) entre outros. Tem feito trabalhos desta vertente musical, participando com o maestro JOÃO OMAR DE CARVALHO MELLO e ELOMAR FIGUEIRA DE MELLO em 4 edições do projeto AIRES DEL TANGO, além de vários projetos solista e solicitado como pianista acompanhante de vários corais, participando também como palestrante sobre a evolução histórica do tango e partir das influências do bandoneonista e compositor Astor Piazzolla importantes da cidade entre eles o Madrigal de Conquista do Maestro Marcos Ferreira. Também participou na Semana de Orquestra no Teatro Castro Alves em Salvador a Orquestra NEOJIBÁ convidado pelo cocertista de piano e maestro Ricardo Castro. Outros projetos relacionados ao tango foram: SERTÃOTANGO, TAL TANGO TAL NATAL,  e TANGO NO SERTÃO tendo como convidado o maestro de bandonéon e orquestra típica de tangos Carlos Quilici,  Argentina, CONCERTANGO, parafaseando desta maneira as composições do maestro Astor Piazzolla. O Concerto de tango COCERTANGO teve sua primeira estreia no pequeno teatro Carlos Jehovah no dia 15 de setembro de 2018. O lançamento do projeto HOMENAGEM A ASTOR PIAZZOLLA (tango em piano solo) aconteceu no conservatório Municipal de Vitória da Conquista em 18.08.2023. Também foi realizada a abertura da temporada de Concertos Didáticos no Auditório do IFBA - Vitória da Conquista organizado pelo maestro Marcos Ferreira em 22.09.2023 às 19:00h. e no evento NATAL CONQUISTA DE LUZ em 18.12.2023 organizado pela Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista. Este projeto, além da proposta de divulgação do tango a partir das composições do Astor Piazzolla, também traz a intenção de resgatar as apresentações de piano solista. Recentemente do ultimo dia 14.06.2024 aconteceu um solo de piano do pianista Pablo Fornasari no referido conservatório Municipal de Vitória da Conquista onde tive a honra de participar como convidado especial pelo competente PABLO FORNASARI onde foi execultado recheado de história o mais belo e menos conhecido repertório de Astor Piazzolla.

terça-feira, 25 de junho de 2024

O CURIOSO PRIMEIRO FILME ERÓTICO BRAILEIRO - 1927

   foto: divulgação 


O CURIOSO PRIMEIRO FILME ERÓTICO BRAILEIRO - 1927


Maluco e Mágico (William Schocair, 1927) 

Um dos primeiros filmes eróticos brasileiros, "Maluco e Mágico", conta sobre uma ilha, onde vive um esquisito povo que não trabalha e Mulheres brincam na praia, com toques de sensualidade. 

Incríveis imagens do antigo Rio de Janeiro

Sinopse:

Recém-chegado da Índia, onde cursou faquirismo, surge um mágico (o diretor William Schocair)  e também maluco, que causa confusões no local.

No elenco além de William, Alfredo Anerahn, Gracia Morena e Gina Cavalieri.

Direção : William Schocair

Estreia no Brasil : 1927



Fonte: Facebook 

 Rick Jones Anderson 

sábado, 22 de junho de 2024

HOMUS LÚPUS

 


Mater:  Obra do genial Allan de Kard 


HOMUS LÚPUS.     

Por Allan de Kard 


 A história humana muito bem estudada e esclarecida, traça o perfil da espécie desde seus primordiais ainda nas cavernas, seus hábitos antropofágicos os rituais primitivos, os sacrifícios humanos oferecidos aos deuses infernais, pais ofereciam seus filhos numa naturalidade assustadora, para os referidos sacrifícios. Mais tarde vamos encontrar na sociedade Espartana, o sacrifício de Bebês com deficiência, sob a alegação de que este não podia se tornar um peso para o Estado. Com certeza, tais costumes tão comuns e tido como normais no passado, causa náusea em qualquer pessoa comum na atualidade. Infelizmente a nefasta prática do aborto, que produz um verdadeiro holocausto com 50 milhões de vítimas anualmente no Mundo, ainda encontra largo número de defensores, atestando o estado ainda quase primitivo de nosso planeta. A lista de justificativas são as mais esdrúxulas, que vão desde a falácia de que a mulher é dona do seu próprio corpo, como se o bebê em gestação fizesse perte de seu corpo, ao absurdo de considerar um procedimento vinculado a preservação da saúde. A expressão HOMUS LÚPUS, é uma expressão metafórica, onde sugere ao Homem devorador de seu semelhante.Pobre homem, ainda terá que suportar o peso dos flagelos reparadores, a dor superlativa até que tome consciência do absurdo que é essa natureza de infanticídio. As consciências Lúcidas precisam neste instante elevar sua voz, num grito uníssono.  VIVA A VIDA, ABAIXO O ABORTO  Allan de Kard, artista plástico primavera de 2023

quarta-feira, 19 de junho de 2024

ATELIER SILVIO JESSÉ

Beto Magno, Silvio Jessé e Tsylla Balbino 

Silvio Jessé é um grande artista plástico que retira da seca caatinga a essência de sua arte. O artista tem um longo caminho percorrido e sua temática, muito marcante, sempre foi inspirada nesta beleza simples, que encontra graça e harmonia no meio da aridez quase perene.

Seu estilo de pintura, com forte influência de Portinari e Tarsila do Amaral. Uma vez diplomado, intensificou sua produção nas artes plásticas. Desde então,vem fazendo exposições pessoais e participando de mostras coletivas no Brasil e no exterior, tendo muitos de seus quadros já espalhados por vários países. 

segunda-feira, 10 de junho de 2024

CINE SUBAÉ

 


Por Fernando Vita


Ler Cine Subaé: escritos sobre cinema (1960-2023), uma primorosa seleção de quase tudo que Caetano escreveu, fez e disse sobre Cinema, trabalho de Cláudio Leal e de Rodrigo Sombra para a Companhia das Letras, tem-me sido uma viagem no tempo, uma revisita a tudo que o Cinema (e Caetano) legam a mim e à humanidade. Há em cada alma um Cine Subaé que insiste em viver, mesmo quando já não mais vivem, sob o jeito de memórias. No meu caso, o Cine Theatro Glória, tão presente em todos os meus livros quanto a mítica Todavia que os serve de cenário. Em miúdos: atire a primeira pedra quem não tem um Subaé, um Glória ou um Paradiso para chamar de seu. Que bem o diga o Giuseppe Tornatore.



Acabei de ler Cine Subaé…, uma  vera “viagem”cinematográfica, com Caetano como guia genial e Cláudio Leal e Rodrigo Sombra como competentes responsáveis pelo roteiro. No “the end”, salvo involuntária distração minha, senti a falta de alguma menção de Caetano, confessadamente um profundo admirador do cinema europeu, à diretora francesa Agnès Varda. Claro que ante a imensidão do Cinema, não teria como esperar de Veloso referir-se a todos os mais fantásticos diretores, europeus ou não, que eles são muitos, mas me bateu uma puta curiosidade de saber de Agnès ante os olhos acuradamente críticos de Caetano. Talvez dias desses, quem sabe o próprio Cláudio Leal, ou o querido Antônio Riserio, próximos de Caetano, me matem a curiosa curiosidade de leitor plenamente feliz? Falei ontem a respeito da ausência de Agnès Varda nas páginas do Cine Subaé com meu velho amigo André Luiz de Oliveira, o fantástico diretor de METEORANGO KID, O HERÓI INTERGALÁTICO, ele tanto como Riserio citados no livro, e Andrezinho bateu na tecla que por igual bato: a imensidão do Cinema como arte, suas nuances e magias, não cabe em um Cine Subaé só, mesmo com Caetano na plateia.



* Fernando Vita  é jornalista e escritor 

domingo, 9 de junho de 2024

CAMISA DE VENUS


 O Camisa de Vênus foi formado em Salvador em 1980, fez grande sucesso já no primeiro  e autointitulado trabalho, lançado em 1983. Contando com Marcelo Nova (vocal), Karl Hummel (guitarra base), Gustavo Mullem (guitarra solo), Robério Santana (baixo) e Aldo Machado (bateria), lançaram o debut, que foi gravado de forma independente, negociado com uma gravadora e depois a banda acabou sendo expulsa e o título retirado de catalogo. Passamos Por Isso abre o trabalho com uma mensagem clara do que a banda queria, a começa pelo nome “O Ambiente é tão sério/Não há lugar para ação/"Vê se conserva suas raízes", eles disseram/"Camisa de Vênus é alienaçáo"/"Vocês vão obedecer", eles disseram/"Vocês vão entender", eles disseram/"Vocês vão aprender, a curtir MPB!"”. Metastase a banda usa e abusa do sarcasmo, questionando alguns dos pensadores mundiais “Hitler sacou um dia que andava inseguro/Mas já era muito tarde para derrubar o muro/A atitude tinha de ser drástica/Até morrer pela suástica”. Bete Morreu  é um punk rock trágico de menos de 2 minutos. Correndo Sem Parar escancara a loucura do dia-a-dia “De dia abaixamos a cabeça/Pois nós precisamos dessa grana/Que aumenta a fome/De amor e ódio que dividimos na cama”. Um belo cover de Nelson Gonçalves chega com Negue. O Adventista é pra refletir “Nao vai haver amor/Nesse mundo nunca mais/Eu acredito no seu ponto de vista/Eu acredito no partido trabalhista/Eu acredito, eu acredito”. Dogmas Tecnofacistas é outra faixa Punk Rock e tem boa letra “Novos dogmas são planejados/Velhos anseios são adaptados/O tecnofascista mostra o caminho/Siga a matilha ou vai morrer sozinho”. Homem Não Chora é uma crítica irônica ao machismo de nossa sociedade. Passatempo chega com mais críítica “A indiferença vai aumentando/Nas diferentes classes sociais/Serventes, médicos e empresários/Que Deus disse "São todos iguais". Pronto Pro Suicidio é acelerada e tem letra trágica. Pra fechar, Meu Primo Zé, inspirada na canção My Perfect Cousin dos irlandeses The Undertones. Com letras inteligentes, boas guitarras, sarcasmo explicito e vocal debochado, o Camisa fez barulho. (Nota 8,50)


 


https://www.youtube.com/watch?v=BQL6jfT2MP0

terça-feira, 4 de junho de 2024

1798 REVOLTA DOS BÚZIOS


"Vamos precisar de todo mundo....” para continuar o chamamento e fortalecer a assistência do filme 1798 REVOLTA DOS BÚZIOS nas salas de cinema de 10 capitais do Brasil. Essa história do povo negro da Bahia é ENCANTADORA e o Brasil precisa conhecer.

 (Antonio Olavo)

domingo, 2 de junho de 2024

" HOMEM COM H "

 

Ney Matogrosso  e Jesuíta Barbosa 


Ney Matogrosso conta como se sentiu no set de "Homem com H", filme sobre sua vida

Cantor de 82 anos diz que "perdeu o controle" da emoção nas filmagens e fala sobre vida sexual ativa e do trauma de mentiras

Ney Matogrosso esteve três vezes no set de filmagem de "Homem com H", cinebiografia sobre sua vida, que acabou de ser rodada no Rio de Janeiro, sob direção de Esmir Filho. O cantor de 82 anos contou ao GLOBO suas impressões sobre o que viu:

"Foi muito interessante ver as pessoas reproduzindo a minha vida, embora eu ache que não dá para contar a vida de alguém exatamente como foi em uma hora e meia. São aspectos da minha, um ponto de vista." observa "Claro que estranho, porque há liberdades. E eu aceito as liberdades das pessoas. O que eu precisei fazer para ajudar, eu fiz".

O artista teve alguns encontros com o ator Jesuíta Barbosa, que o interpreta na tela.

- Ele veio à minha casa a gente ficou conversando fiado, largado aqui no chão. Eu percebi que ele estava me estudando, olhava o jeito como eu sentava, falava, andava. Isso não me incomodou. Poderia ter me incomodado, mas não. Ele também foi ver um show meu em Fortaleza, e me falaram: 'Ele está te observando". Estava mesmo. É isso que um ator faz.

Ney destacou a escolha dos atores que fazem os papéis de Cazuza (Jullio Reis) um de seus grandes amores, e de Marco de Maria (Bruno Montaleone), seu último companheiro e o único com quem conviveu na mesma casa por 13 anos. Marco morreu de Aids nos braços de Ney.

"O Jesuíta parece comigo, o Cazuza parece o Cazuza, o Marco é igual ao Marcos e meu pai também é muito parecido" diz ele.

Conhecido por ser uma pessoa que não se emociona facilmente ("quase nunca choro", conta) - talvez fruto da educação dura de seu pai, o sargento da aeronáutica Antonio Matogrosso - Ney revela que não conseguiu se conter em uma determinada cena a que assistiu:

- Era eu chegando na minha casa com o Marco, que já estava doente. Eu dizia a ele que não entendia porquê meu exame de DNA tinha dado negativo. Então, ele me perguntava se eu ia ficar com ele mesmo "magro, feio, com cabelo caindo, manchas pelo corpo, feio, magro". Eu respondia: "Claro". Os atores foram tão convincentes que tive uma coisa assim... Eu perdi o controle. Não é que comecei a chorar, as lágrimas pulavam do meu olho e eu não tinha controle sobre aquilo. Fiquei com muita vergonha.

Vergonha, no entanto, pode parecer uma palavra distante no vocabulário de Ney se a gente pensar na franqueza dele em falar sobre qualquer assunto. Não há tema proibido com o cantor, que não se furta a comentar absolutamente nada da sua biografia. Desde que, ele alerta, seja verdade. Ney carrega trauma de mentiras contadas sobre a própria vida.

"Foram muitas. Algumas inacreditáveis. Já disseram que minha voz era fina porque tinha sido castrado em um acidente."

Ele também lembrou as loucuras do início de carreira, nos anos 1970:

"Eu vivia na esbórnia, na mão de quem chegasse primeiro, homem, mulher... Adorava aquilo."

Naquela época, também começou a desenvolver uma relação quase sexual com a plateia - que, aliás, mantém até hoje.

"Eu olhava aquela gente do palco e tinha vontade de transar com todo mundo."

Uma libido que continua tinindo até hoje, aos 82.

"Tenho vida sexual ativa e fico feliz de, quando estou no palco, fazer as pessoas de mais idade reconhecerem que a sexualidade ainda faz parte da vida delas. Esse é o normal. É que as pessoas botaram na cabeça que, com essa idade, não pode. Pode, sim! - afirma aquele, que em 2021, teve um nude vazado por acidente. - Era para um lugar e foi para outro. Simples assim.


Fonte: Fã Clube Ney Matogrosso 

terça-feira, 28 de maio de 2024

O ACORDO VIABAHIA E ANTT QUE TRAMITA NO TCU É CONFIDENCIAL.

 

José Maria Caires 

O ACORDO VIABAHIA E ANTT QUE TRAMITA NO TCU É CONFIDENCIAL.


O relatório apresentado pela VIABAHIA, referente ao exercício de 2023, tem números importantes, de todos, o que destacamos é o aumento de 18,24% no seu faturamento, enquanto no exercício de 2022 faturou R$ 360 milhões, no exercício de 2023 o faturamento saltou para R$ 426 milhões. Outro dado importante é que no ano de 2022 apresentou um prejuízo de R$ 70 milhões e em 2023 o prejuízo foi próximo de zero, ou seja, mais precisamente R$ 487.000,00 (quatrocentos e oitenta e sete mil reais).


Apesar dos números financeiros serem animadores, os números de acidentes não são bons, considerando que em 2022 ocorreram 2.823 acidentes e no ano subsequente, 2023, esse número aumentou para 3.067 acidentes.  Não diferente, o aumento das mortes também traz preocupações, pois não reduz, para se ter uma ideia, que em 2023 tivemos 91 vidas perdidas nos acidentes. Nos últimos oito anos, começando de 2016 até 2023 ocorreram 23.667 acidentes e deles, resultaram em 822 pessoas mortas.


No ano de 2023 a receita total dá concessionária foi de R$ 470 milhões  e os investimentos e custos operacionais R$ 384 milhões, ao que nos parece, poderia ter recuperado e/ou conservado melhor a Rio Bahia.


Todavia em breve teremos o resultado do reequilíbrio, que se encontra em negociação no TCU.


*JOSÉ MARIA CAIRES

DUPLICA SUDOESTE

terça-feira, 21 de maio de 2024

AINDA HÁ TEMPO PARA SALVAR O PLANETA

Sebastião Salgado e Lélia Salgado 
 

O fotógrafo Sebastião Salgado e sua esposa Lélia Salgado passaram mais de 20 anos plantando milhares de árvores ao redor de sua casa no Brasil. Depois de perderem a floresta que cercava sua casa, eles se dedicaram a plantar árvores e agora, finalmente, a floresta voltou a crescer ao redor de sua casa. Eles compartilharam fotos do antes e depois para mostrar o impacto positivo de seu trabalho. É uma história inspiradora sobre como o esforço e dedicação podem fazer a diferença para o meio ambiente. Cuide da natureza!


* foto: divulgação 

Fonte: Internet 

quarta-feira, 15 de maio de 2024

EMPRESARIADO NAS ELEIÇÕES DE 2024

 

Walter Queiroz 

Empresariado Nas Eleições De 2024


Por Carlos Bastos


As interações entre a esfera econômica e governamental exigem a presença do empresariado nas eleições municipais deste ano. A classe é heterogênea, composta por um conjunto diversificado de proprietários, dirigentes de empresas de diversos setores e do grande capital, além dos líderes e entidades representativas dos múltiplos setores comerciais e indústrias.O papel de representação política que a classe pode representar é amplo, pois o poder de influência do setor permite sua participação em processos decisórios, bem como participar das articulações governamentais e de organização de interesses econômicos, apesar das diversificaçoes.


A quantidade de dinheiro circulante e o número de empregos gerados pelo setor reforçam o argumento a cerca da influência, interesse e capacidade de agência de diferentes organizações econômicas possuem na esfera política.


O posicionamento e a influência dos empresários nos processos institucionais e de representação demonstram o relevante papel que o setor possui ao agir em prol de uma agenda de austeridade, em todas as demandas que devem ser atendidas pelo estado, assim seja qual for a eleição. ( Federal, estadual ou municipal ), é fundamental considerar sua forma de interação nos destinos da coletividade.

O consenso é que, atualmente há poucos representantes legítimos do empresariado nos legislativos e executivos municipais.


A necessidade de reduzir os impostos, taxas, ofertas de crédito, geração de empregos, proteção do micro e pequeno empresário, e a valorização de quem carrega e sustenta o País levam o empresariado a participar das disputas eleitorais para tanto, a necessidade de pessoas com experiência, que já passaram por todas etapas da criação de um negócio, que conheça os altos e baixos da gestão de uma empresa, que saiba comandar pessoas é fundamental para a postulação de uma candidatura pelo setor. Essa participação é boa para o segmento que ganha defensores das bandeiras do empreendorismo que vai gerar mais empregos e renda para a população.


Aqui na Bahia o setor varejista da classe tem o seu candidato a vereador pela Capital trata - se do experiente empresário varejista WALTER QUEIROZ,  proprietário de uma rede de Ótica e distribuidora com maís de 30 anos de mercado em Salvador.

Walter Queiroz é formado em Ciências Contábeis, e Direito, e tem vários cursos de pós graduação, além de ser Dr. Em ciências Política.


Walter Queiroz foi candidato a presidência da República. Seus principais projetos de Campanha foram: Imposto único, e a construção de casas populares em todos os estados para beneficiar as famílias com renda de até 3 salários mínimos, como a partipação do Estado Brasileiro em apenas três setores ( Educação, Saúde, e Segurança pública). Na época sua candidatura visava chamar a atenção para as reformas tão necessárias para o desenvolvimento da nossa nação.


Segundo Walter Queiroz, a Cidade precisa do empresariado, que certamente ajudará a livra-la de oportunistas. Combustível para isso tem, além do planejamento. 

Está se lançando pelo partido MDB que tem o vice - governador da Bahia e várias deputados estaduais, federais, senadores e governadores. Os assuntos em destaque que a classe pretende desenvolver abrangem a saúde, educação, crescimento econômico, redução de impostos, taxas, e facilidade na abertura de empresas para geração de empregos.


Os empresários do varejo e serviços reconhecem a relevância de ter um representante, experiente e preparado para defende-los na camara de Vereadores.

Tanto para classe como para a cidade de Salvador.

Dai a escolha de Walter Queiroz representando o Comércio varejista e serviços.


Walter Queiroz será candidato a vereador pelo MDB.


*Carlos Bastos é

Jornalista.

domingo, 12 de maio de 2024

EMBAIXADA CANADENSE

 

José Maria Caires 


EMBAIXADA CANADENSE


Os Deputados Eduardo Sales, Tiago Correia, Luciano Araujo e Hassan estiveram no dia 07 de maio na embaixada do Canadá. O objetivo foi levar um documento relatando o descumprimento do contrato da VIABAHIA.

Como a concessionária pertence a um fundo de investimento canadense, creio que é uma forma de pressionar, inclusive o Diretor de Políticas da Embaixada sinalizou com a possibilidade de uma visita à Assembleia Legislativa da Bahia.

Não creio que a VIABAHIA desiste das ações bilionárias, para aderir ao acordo e só aumentar o pedágio depois da DUPLICAÇÃO.

Mas, vamos esperar a boa vontade de todo, inclusive do TCU, para que o acordo seja concretizado, que apareça os recursos para financiar e tenhamos o início das obras.


JOSÉ MARIA CAIRES

DUPLICA SUDOESTE

quinta-feira, 2 de maio de 2024

NUNCA SUBESTIME NINGUÉM...

 

Família Stanford


NUNCA SUBESTIME NINGUÉM...

"Uma mulher com um vestido de algodão barato e seu marido vestido com um humilde terno, desceram do trem em Boston e caminharam timidamente (sem marcação) até o escritório da secretária do presidente da Universidade de Harvard. A secretária pensou em um momento que aqueles camponeses vindos da floresta não tinham nada que fazer em Harvard.

- Gostaríamos de ver o presidente, disse gentilmente o homem.

- Ele está ocupado, respondeu a secretária.

- Vamos esperar, replicou a mulher. Durante horas a secretária ignorou-os esperando que o casal finalmente ficasse desanimado e saísse, mas eles não o fizeram e a secretária viu sua frustração aumentar e finalmente decidiu interromper o presidente, embora fosse uma tarefa que ela sempre se esquivava.

- Talvez se você conversar com eles por alguns minutos eles vão embora, disse a secretária ao presidente da Universidade. Ele fez uma careta de desagrado, mas aceitou, alguém da sua importância obviamente não tinha tempo para cuidar de pessoas com vestidos e roupas baratas. No entanto, o presidente com a sobrancelha áspera, mas com dignidade, dirigiu-se com um passo arrogante para o casal.

A mulher disse-lhe:

- Tivemos um filho que frequentou Harvard por apenas um ano, ele amava Harvard e era feliz aqui, mas há um ano ele morreu num acidente. Meu marido e eu desejamos levantar algo em algum lugar do campus que seja em memória do nosso filho.

O presidente não se interessou e disse:

- Senhora, não podemos colocar uma estátua para cada pessoa que frequenta Harvard e falece, se o fizéssemos, este lugar pareceria um cemitério.

- Ah, não, a mulher explicou rapidamente:

Não queremos levantar uma estátua, pensamos que gostaríamos de doar um prédio para Harvard.

O presidente desviou os olhos, deu uma olhada no vestido e no terno barato do casal e então exclamou:

- Um prédio! Sabem quanto custa um prédio? , gastamos mais de 7,5 milhões de dólares em edifícios aqui em Harvard! Por um momento a mulher ficou em silêncio e o presidente ficou feliz porque talvez você pudesse se livrar deles agora.

A mulher virou-se para o marido e disse gentilmente:

- É tão pouco difícil começar uma faculdade? , por que não começamos a nossa? Então seu marido aceitou e o rosto do presidente ficou escuro em confusão e desconcerto. O sr. Leland Stanford e sua esposa levantaram-se e foram, viajando para Palo Alto, Califórnia, onde estabeleceram a universidade que tem o seu nome, a Universidade Stanford, em memória de um filho que Harvard não se interessou.

A Universidade Leland Stanford Junior foi inaugurada em 1891, em Palo Alto. "Júnior" porque era em homenagem ao falecido filho do rico proprietário. Esse foi o seu "memorial" e hoje em dia a Universidade de Stanford é a número um do mundo, acima de Harvard."

Continue aprofundando os seus conhecimentos através da leitura e da pesquisa.


Fonte: Internet 

quarta-feira, 1 de maio de 2024

JOSÉ DIAS DA COSTA



Por José Umberto Dias


JOSÉ DIAS DA COSTA


Pioneiro do Cinema Bahiano


Há anos busco uma foto de José Dias da Costa, que fora contratado em 1906 pela Photo Dinnemann de Diomedes Gramacho, pioneiro do cinema bahiano.

José Dias era quem manuseava a câmera do cinematógrapho e quem também revelava a película preto-e-branca naquela Bahia da década de 10 do século passado, que era um coqueluche à época. O espectador bahiano buscava a telona das salas de exibição da capital soteropolitana para se ver refletido nas imagens captadas sobretudo nas festas populares ou festas-de-largo, como também o carnaval da cidade de Salvador.

José Dias da Costa era o profissional da imagem que filmava (à manivela, à 18 quadros por segundo, cinema mudo portanto), daí ser o homem da "mão na massa".

Logo, as primeiras imagens em movimento do cinema baiano surgem do entusiasmo desse homem que hoje temos o prazer de reconhecê-lo visualmente.

A mulher dele era prima do escritor português Eça de Queiróz, um artista célebre então.


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A foto foi descoberta pelo pesquisador GilFrancisco a quem agradecemos a sua cessão para publicarmos em primeira mão.


*José Umberto Dias  é Jornalista e Cineasta

terça-feira, 30 de abril de 2024

DUPLICA SUDOESTE

 

JOSÉ MARIA CAIRES 


DUPLICAÇÃO, MAIS UMA ESPERANÇA.


Marcada pra próxima terça-feira dia 07 de maio, em Brasília uma reunião importante para resolver o impasse VIABAHIA e ANTT.

A proposta de acordo está agora dependendo do parecer do TCU, que terá 90 dias para analisar.

É com muita esperança, mas precisamos do seu apoio.


JOSÉ MARIA CAIRES

DUPLICA SUDOESTE

sexta-feira, 26 de abril de 2024

MOSTRA HELENA IGNEZ

 


*MOSTRA HELENA IGNEZ*


De 02 a 08 de maio, acontecerá a mostra “Helena Ignez + Rogério Sganzerla” no Belas Artes:


02.05 – Sem Essa, Aranha (1970)

Direção: Rogério Sganzerla


03.05 – O Bandido da Luz Vermelha (1968)

Direção: Rogério Sganzerla


04.05 – Copacabana, Mon amour (1970)

Direção: Rogério Sganzerla


05.05 – A Mulher de Todos (1969)

Direção: Rogério Sganzerla


06.05 – A Grande Feira (1961)

Direção: Roberto Pires


07.05 – A Família do Barulho (1970)

Direção: Júlio Bressane


08.05 – Ralé (2015)

Direção: Helena Ignez


Serviço:

Mostra Helena Ignez

Data: 02 a 08 de maio

Horário: 18h30

Onde: Cine REAG Belas Artes

Endereço: Rua da Consolação, 2423

Valor: R$ 22,00 (inteira) e R$ 11,00 (meia)

Ingressos: Site https://www.cinebelasartes.com.br/programacao/mostra-helena-ignez/ ou bilheteria

segunda-feira, 22 de abril de 2024

112 ANOS DE ANTÔNIO BALBINO

 

Ex Governador Antônio Balbino  e sua amada Tsylla Balbino 

Tsylla Balbino (neta), Tsylla Balbino e Antônio Balbino 


Por Tsylla Balbino 


Hoje, celebramos uma data singular, marcando o que seriam os 112 anos de meu avô Balbino e os 110 anos de minha avó Tsylla. Eles foram pilares de uma história familiar rica em amor, sabedoria e resiliência. Balbino, com seu espírito aventureiro e habilidosa capacidade de liderança ensinou-nos a importância da coragem e do trabalho duro. Tsylla, com sua gentileza e elegância, era o coração caloroso de nossa família, ensinando-nos o valor da compaixão e da paciência.


Juntos, construíram um legado de amor incondicional e lições de vida que continuam a ecoar em nossas vidas. Seus ensinamentos moldaram gerações, criando um vínculo inquebrável que transcende o tempo. Hoje, ao relembrarmos suas vidas e legados, sentimos uma profunda gratidão por todo amor e momentos compartilhados.


Sua memória é um tesouro que guardamos com carinho, inspirando-nos a viver com a mesma integridade, força e amor que eles exemplificaram. Balbino e Tsylla, embora fisicamente ausentes, permanecem vivos em cada história contada, em cada gesto de bondade e em cada decisão guiada pelos valores que nos ensinaram. Neste dia especial, homenageamos não apenas a passagem do tempo, mas a eternidade de seu impacto em nossas vidas. Que possamos honrar seu legado, perpetuando seu amor e suas lições para as gerações futuras.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

MORRE FEIRA VELHA, NASCE DIAS D'ÁVILA

 Morre Feira Velha, nasce Dias d’Ávila


Por Fernando Gimeno*

 

Fernando Gimeno e Beto Magno


Após as guerras da independência, onde Dias d’Ávila teve importante e destacado papel por ter bloqueado a entrada de víveres para as tropas portuguesas, além de ter servido como QG das tropas brasileiras, os morgados da Torre foram embora para a corte onde receberam do Imperador títulos de nobreza pelos seus feitos heroicos. Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, que também foi comandante das tropas brasileiras, foi elevado a Visconde de Pirajá, e seus irmãos Francisco Elesbão Pires de Carvalho e Albuquerque, que foi governador da Bahia, foi agraciado com o título de Barão de Jaguaribe e Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, na época o morgado e senhor da Torre de Garcia d’Ávila, recebeu a comenda de Barão e depois de Visconde da Torre. 

Essa retirada da família Ávila fez com que a progressista Feira de Santo Antônio de Capuame trouxe uma derrocada do antigo feudo e fez com que a importante feira colonial fosse sendo transferida para a fazenda “Olhos d’água”, hoje Feira de Santana; com isso a Feira de Capuame passou a ser conhecida como Feira Velha.

E Feira Velha permaneceu até que, em 1923, Francisco Borges de Barros enviou para a Assembleia Legislativa uma exposição de motivos para trocar o nome da estação e distrito de Feira Velha para Dias d’Ávila, em homenagem ao morgado da Torre Francisco Dias d’Ávila II, filho de Garcia d’Ávila II, neto de Francisco Dias d’Ávila Caramuru, trineto de Garcia d’Ávila e tataraneto de Caramuru e da índia Catarina Paraguaçu.

No dia 26 de abril de 1928, através da lei 2150 Feira Velha passa a chamar-se, oficialmente, Dias d’Ávila. E aí chegamos ao ponto principal de nossa história:

Neste mês de abril, no dia 26, Dias d’Ávila completará 96 anos de existência. Acredito que muito poucos moradores tenham conhecimento de tão importante data que consolidou no cenário baiano um município importante que tanto contribuiu para a proclamação de nossa independência e ainda mais, encheu de glória esse estado por ter sido outrora a mais importante Estância Hidromineral de toda a Bahia, atraindo turistas de vários estados brasileiros e até do exterior.

Seria importante para se conhecer melhor a história e fixar na memória fatos assaz relevantes, que houvesse alguma forma de comemoração para não deixar passar em branco tão importante data. A Câmara de Vereadores, principalmente poderia participar convocando uma sessão solene onde fosse relembrado esse importante fato da história de nossa querida cidade.

Fica a sugestão. Vamos nessa?

*Fernando Gimeno é membro da Academia de Cultura da Bahia e Presidente do Conselho de Cultura de Dias d’Ávila.