sexta-feira, 22 de setembro de 2023

DEPOIS DA CHUVA (O FILME)



Por Marília Hughes 

A realização de um longa-metragem envolve muitas pessoas que, juntas, vivem a chamada mágica do set. Mas para que ela ocorra de fato é preciso muito trabalho e organização prévios. Seguem algumas fotos da equipe de Depois da Chuva em ação nas principais locações da obra: antiga fábrica de cimento de Aratu, Casa Preta (casarão anarquista), Colégio Central e residência de Caio (protagonista). Se você ainda não viu Depois da Chuva, que esse mês completa dez anos de lançamento, ou se viu e quer revê-lo, terá uma oportunidade no próximo domingo, dia 24/09. O filme será exibido em 35 mm, como parte da programação do Cineclube Glauber Rocha. A sessão contará com a presença dos diretores e de parte do elenco para apresentar e debater a obra. Aguardamos vocês!

Fotos de @agnescajaiba






quinta-feira, 21 de setembro de 2023

O CANOEIRO PRUDENTE


O CANOEIRO PRUDENTE.                     Intensionando fazer uma expedição científica em um floresta desconhecida, renomado Naturalista procura um experiente construtor de Canoas para que este confeccionasse uma embarcação que navegaria rio acima rumo ao destino previamente selecionado, por suas características de fauna e Flora existentes, bem como recursos minerais etc. Exposto o plano de viagem e seu objetivo, logo ficou acertada a empreitada que seria realizada como de costume com muito critério e prudência por aquele canoeiro que sem dúvidas era um dos melhores. Feito o projeto, logo começou as divergências entre contratado e  contratante. O primeiro sempre atendo aos detalhes técnicos que garantiram a navegabilidade da embarcação e as normas de segurança, visto que era nacessario levar em consideração a profundidade do Rio que em alguns trechos era repleto de bancos de areia e em outras muitas corredeiras, limitando desta forma sensivelmente o tamanho da embarcação. O Naturalista por sua vez, apresentava uma série de itens indispensáveis a expedição, muitos destes essenciais a sobrevivência dos participantes,que ultrapassava em muito a capacidade limite apresentada no projeto do Construtor. Estava aí criado um conflito entre a Necessidade e a segurança. Apartir daí , muito foi discutido, cada um apresentando suas razões. Uma vez que o Canoeiro seria não só o construtor como também capitão daquela pequena Nau e o responsável pela segurança daqueles que embarcariam naquela aventura. Pensava ele:  "Para que serve tanta tralha?" Do outro lado o Naturalista dizia pra si mesmo: "Pra que tanto excesso de zelo. Depois de muito discutir, foram aos poucos ajustando-se nos seus interesses, cada um cedendo de parte a parte, até que chegaram a um denominador comum.  Vencida as etapas do processo construtivo, e preparativos, enfim chegou o dia da partida. Foram todos esperançosos e apreensivos rumo ao desconhecido. A medida que a viagem se desenrolava, o Naturalista passava a compreender melhor os argumentos do Canoeiro, a entender o porquê de tanta preocupação com a segurança, e intimamente pensava do quanto o CANOEIRO estava certo, sem contudo pronunciar uma só palavra.  Chegado ao ponto marcado, desembarcaram todos levando os equipamentos mata a dentro. E com o passar dos dias o CANOEIRO, ia percebendo o quanto era necessário todos aqueles itens. Desde o socorro a pequenos percalços naturais até nos objetivos mais complexos que ele se quer cogitara e pensava consigo mesmo.  " E não é que ele tem razão?" Alguns meses durou a expedição, muitas dificuldades foram superadas por todos. Por fim retornaram para casa, felizes pelo sucesso e seguros.  E nas portas do porto de chegada, Canoeiro e Naturalista olharam um para o outro e disseram ao mesmo tempo.  "VOCÊ ESTAVA COM A RAZÃO"  Esta  pequena fábula serve para refletir que a verdade tem diversas faces a depender do ângulo de visão do observador.                     Allan de Kard, final de inverno de2023

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

I SEMINÁRIO DO GRUPO RETINA BAHIA

  • Beto Magno (VM FILMES), Dr. Armenio Santos (PROVISÃO), Mari Cruz (RETINA BAHIA) e Kleber Avelino (DR.SAÚDE)
 
Pessoal do Grupo Retina Bahia
 
O Seminário do Grupo Retina Bahia realizado nos dias 15 e 16 de setembro de 2023, na Câmara Municipal de Vereadores em Brumado-Ba,  com Tema: l Seminário da pessoa com deficiência visual, foi de grande relevância para todos ali presentes! O objetivo foi esclarecer å comunidade com
 deficiência visual, dos seus direitos e do protagonismo de sua própria história, bem como mostrar  para a sociedade de modo geral, os desafios enfrentados no cotidiano. Contamos com um quadro de excelência de palestrantes: Rita Ribeiro,  Dra. Jenivalda,  Reinaldo Maia, João Prazeres, Dr. Armênio,  Beto Magno,  Kléber Avelino, Valdir e Caíque. Saímos desse Evento com sensação de dever cumprido e embuidos de muita gratidão. Contamos com voluntárias brumadenses que contribuíram muito com o êxito do seminário. Brumado ficou marcado pelo seu povo acolhedor.

Realização: Grupo Retina Bahia.

Recepção de primeira
 
Plenário da Câmara de Brumado - Bahia 

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

TENDERÊ


TENDERÊ.    

Por Allan de Kard 
                              
As Pegadas do homem que ficaram gravadas no solo, que distam dos dias da atualidade nos faz viajar no tempo a fim de compreender a história humana e sua relação com o Deus Supremo. Os conceitos e compreensão já alcançados, passaram por muitas etapas. Os povos primitivos encantados com os minerais, transferiram para as rochas os Poderes Divinos, construindo o que conhecemos com LITOTEISMO. Assim Tenderê significa lugar sagrado. Rochas dispostas num formato esférico com pinturas rupestres, marcando o encontro com o Divino num encontro coletivo. E a mesa sagrada prepara-se para os Ritus tribais.  Material oriundo das terras sertanejas de Bruno Fonseca no encontro conceitual de Allan de Kard

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

NOVO DIRETOR DA ANCINE



Paulo Xavier Alcoforado foi aprovado pelo Plenário do Senado no dia 13 para ocupar o cargo de diretor da Agência Nacional de Cinema (Ancine)! 🙌🎥 Ele, que esteve conosco durante o I Fórum Audiovisual dos Interiores da Bahia para apresentar o projeto técnico da Bahia Filme tem um novo desafio pela frente.

👏 Parabenizamos Paulo por essa conquista significativa e desejamos sucesso em sua nova jornada como diretor da Ancine. Sua dedicação ao setor audiovisual é notável, e acreditamos que seu trabalho continuará a fortalecer a indústria cinematográfica brasileira. 🌟

🇧🇷 O Brasil celebra mais um passo em direção ao desenvolvimento do cinema nacional! 📽️🇧🇷

#Ancine #CinemaBrasileiro #PauloAlcoforado #Audiovisual 🎬👏
https://www.instagram.com/p/CxMKxVrO_Kd/?igshid=MTc4MmM1YmI2Ng==

REUNIÃO NA DIMAS


 João Guerra, Edson Bastos, Alexis Góis, Keity Souza, Paulo Alcoforado, Cláudio Marques, Marco Alemar, Gabriel Pires, Roque Araújo, Marcos Alexandre, Pedro Caribé, Henrique Dantas, Nilton Lopes, Juci Santana, Suzana Argollo e Marcelo Benedicts.

Por Marcelo Benedictis 

Hoje aconteceu uma reunião na Dimas com representantes de entidades do audiovisual como APC,  APAN, SASB, GAMA, BRAVI, CONNE E COLETIVO DAS SALAS DE CINEMA DE SALVADOR. 
Pauta Bahia Filmes 

O encontro se dá após o fórum dos interiores onde Caribé e Alcoforado se reuniram e resultou nessa reunião de hoje sobre a Bahia Filmes. 
Foi informado que a empresa Bahia Filmes está no ppa do governo.
Está sendo redigida a minuta de projeto de lei para ser entregue até dia 1⁰ de outubro ao governo. Em paralelo será criado um gt no governo com participação da sociedade civil para que no mês de novembro o projeto siga para ser concretizado.
Será realizada pela Dimas uma conferência de audiovisual que inicialmente seria em dezembro mas solicitamos que essa conferência não seja diretamente vinculada à Bahia Filmes para que se consiga que a criação ocorra ainda esse ano.

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

DEAR ALLAN

Querido Allan
Allan de Kard e Jussara korngold


*Por Jussara korngold


Compartilho a emoção vivida
Neste reencontro inesperado
Como é bela realmente a vida
Que oferece mais do que o desejado.

Nesta era do digital
Foi a sua digital que veio em tom de alerta
Veja a mão quem vem te acolher se a deixá-la aberta. 

A vida é como uma caixa de lápis de cor
As vezes um certo matiz causa dor
Um outro lhe leva ao fervor 
E muitos pode conduzi-lo ao amor

E nos labirintos da vida seguimos
E mesmo na aparente solidão prosseguimos
Jesus sempre vem buscar o cordeiro
Retira-nos de nossa cruz, de nosso madeiro.

Segue amigo a arte imortalizando 
Trazendo o encanto aos corações 
Aliviando com ela nossas aflições 
Pinta, esculpe, sempre sua alma espelhando.

* Jussara korngold é Presidente da Federação Espírita dos Estados Unidos da América

domingo, 10 de setembro de 2023

SAUDADE


Marcela Sarmento de Almeida

Por  
Marcela Sarmento de Almeida

Allan,
Pequeno menino que veio a Terra com uma grande missão. Com dificuldade de ler o alfabeto mas com enorme capacidade de ver  arte em  tudo e com muita emoção. No corpo de criança já era  Doutor da esperança. Em suas criacões imagináveis fazia coisas se transformar em outras coisas e que ninguém era capaz de esperar. Tampa de pasta de dente virava peças de xadrez etc.... Vivia em seu mundo particular chamado de quintais!  Passava a infãncia criando e transformando assim como seria a sua contribuição na transformação do Mundo de paz!  Menino simples e sonhador que sonhava com uma caixa maior de lápis de cor. Como me emocionei em ouvir que esse artista não podia ter mais que 6 cores um dia... Mas nas lágrimas inocentes desse Baianinho ... Nutria a certeza de que era esse o seu caminho.... Teve que escutar que lapis não nasce em árvore ? Kkkk para hoje ter em meio suas obras a casa mais estreita do Mundo feita de lápis de cor! Fascinante entrar em uma casa assim... Eu pude experimentar! E logo veremos a árvore de lápis se tornar real  em seu Museu... Seu Museu...Meu Deeeeeeeus!!!! Esse menininho cresceu... E ergueu o seu próprio Museu... Não para de criar, sua mente é tão potente que do vírus ao besouro que necessita de ajuda para não morrer temos uma pirâmide recheada de quadros e historias, que nos dá alegria de viver. Quadros que nos faz refletir qual é a  nossa verdadeira essência !  Tem a maça que nos faz lembrar que o dever vem em primeiro  lugar. Tem poesia, mágia de tomar café dentro do bule gigante, com xicára flutuante e tem ainda no chão até um ovo frito impressionante... Além de belo e divertido, dá pra crê que tem uma sala da família à moda antiga  com TV kkk
 Tem muuuitas obras belíssas para ver..tem obras de tamas nobres como o labirinto de crianças ricas e pobres que estão desaparecidas assim como a sensação de está perdido naquele lugar. Tudo isso expresso de sua própria digital que como tal nos convida a pensar: quem sou eu neste lugar? 
PERFEITO! ! Allan vem cumprindo a sua Missão de trazer ao Mundo profunda reflexão. E o melhor de tudo é que ele não para de criar... É rápido e constante. Por isso não espere que eu venha tudo te contar, tem que ir lá visitar. Por que ? Vivenciar é diferente de apenas ver. O Museu tem todos os quintais que esse menino fantástico viveu por muitos anos.. É possível viver esse sonho real? É verdade que lá tem um gigante interrado, três fuscas no varal pendurado, a santa ceia em 3 D e muuuutas obras magníficas para você vê? Sim... E muito mais ...
Allan Kardec, que nunca falte lápis de cor nem instrumento algum que for para q VC continue a criar e nos encantar...pq VC é um instrumento do belo e do bem das mãos do Nosso Pai Maior! Você é uma estrela que pinta o Mundo com suas cores e labores.  Obrigada por tudo! Com grande admiração bjs da Família Mell com afeição!



Resposta:

Allan de Kard 

SAUDADE    

Por Allan de Kard 

No ocaso deste dia especial, fito o infinito, vislumbro com a beleza do Astro Rei que se prepara para mais um mergulho por detrás da Serra da tromba, já produzindo a policromia de seu Rosicler costumeiro. Esta paisagem deslumbrante me arremete a lembranças de um passado muito distante, e uma saudade indefinível me invade o Ser, e ao mesmo tempo uma alegria incontida, renovada de esperanças faz morada em meu Coração. 
Tudo isso me faz rememorar estas quase seis décadas de jornada. E num inventário ligeiro, conto a infinidade de amigos que angariei pelo caminho, e como tem crescido esta lista.  Pergunto a mim mesmo, qual o propósito maior desta existência? E sempre chego a conclusão que o verdadeiro sentido da vida está na imortalidade.
Revejo os caminhos por onde trilhei, regozijo com os acertos,e acolho os erros como valiosas lições a serem aprendidas. Sempre quis uma família numerosa, e a tenho com abundância.
  Ao lançar um olhar quase que melancólico, para o passado, vejo meu coração encher-se de uma saudade imensa. Procuro rememorar cada instante vivido, cada olhar que cruzei pelo o caminho, como são belas as criaturas humanas! Se por vezes se deixam arrastar por sentimentos menos nobres, isso se faz por mera ignorância, mas tenho certeza que um dia deixará brilhar sua luz interior. Assim vou construindo uma percepção do belo, no Divino imanente e o Deus que reside em cada um de nós, nos faz perceber a imensa beleza do Deus transcendente que está por toda a parte.   Quanta saudade! Estes foram dias maravilhosos, na 70ª semana Espírita de Vitória da Conquista Ba, estes momentos já estão arquivados nas minhas indescritíveis memória.  Até breve Allan Kardec Cardoso Lessa, 10/09/2023

EM QUE PÉ ESTÁ A DUPLICAÇÃO?

EM QUE PÉ ESTÁ A DUPLICAÇÃO?
José Maria Caires 

Um movimento criado pelas entidades da sociedade organizada, em defesa das vidas e em prol do progresso de Vitória da Conquista, denominado DUPLICA SUDOESTE, vem a cada dia adquirindo adeptos e defensores.
A Câmara de Vereadores tem uma comissão que trabalha fortemente, o Ministério Público Federal desde 2013 que ingressou com uma ação judicial, com sentença favorável e suspensa por liminar.
Em 2019 o movimento reuniu os membros e juntamente com representantes da ANTT e VIABAHIA, verificou que sem a revisão quinquenal não haveria DUPLICAÇÃO. Na primeira semana de março de 2020 um grupo de empresários juntamente com a bancada baiana se reuniu com o Ministro Tarcísio de Freitas que, naquela época foi contrário a revisão e optava pelo rompimento do contrato, todavia não evoluiu.
No início deste ano uma grande reunião no CEMAE de Vitória da Conquista, com a presença do Diretor Presidente da VIABAHIA, ficou patente que sem revisão quinquenal não haveria DUPLICAÇÃO.
O atual Ministro dos Transportes Renan Filho sensível ao problema, criou através da portaria 371 um Grupo de Trabalho para estudar o acordo consensual, cujo relatório já foi finalizado.
É bom ressaltar que além de todas entidades, muitos deputados de todos partidos têm encampado à luta, inclusive provocando diversas audiências públicas em Brasília.
Em paralelo o Ministério dos Transportes fez uma consulta ao TCU, ainda que genérica e não especificando VIABAHIA, mas o ACÓRDÃO do Tribunal abriu possibilidade da negociação. Baseada nessa resposta, foi criada a portaria 848 que disciplina a remodelagem dos contratos de concessão de rodovias, que encaixa perfeitamente a nossa concessionária.

QUAIS SÃO OS PRÓXIMOS PASSOS?

Feita a minuta do aditivo, estando as partes de acordo com a prorrogação de mais 15 anos, renunciar todas ações judiciais, início imediato da obra com cronograma de conclusão já previsto, reajuste do pedágio de acordo com a conclusão dos investimentos;
acordadas as partes, protocola no TCU,  que no prazo de até 90 dias dará parecer final e poderá dar início as obras de DUPLICAÇÃO.
Havendo possibilidade de aprovação do Tribunal de contas antes do prazo, existe probabilidade concreta do início da DUPLICAÇÃO ainda neste ano de 2023.
Resta saber se a VIABAHIA, vai assinar o acordo, se o TCU analisa em tempo recorde e possamos realizar audiência pública que a lei exige, ainda no mês de outubro e que a mesma seja na cidade onde nasceu o movimento DUPLICA SUDOESTE, Vitória da Conquista.

JOSÉ MARIA CAIRES 
DUPLICA SUDOESTE

sábado, 9 de setembro de 2023

O MAL DO SÉCULO


Gil Vieira 


O MAL DO SÉCULO
*(A Desumanização e a Falta de Convivência Familiar)*

Meus amigos, com os quais sempre reencontro, conhecem minha posição sobre este tema. Costumo dizer que gostaria de ter nascido e vivido na época do meu avô ou na época do meu pai, um tempo, uma época, que os homens eram compassivos (demonstram compaixão, compartilhavam dos sofrimentos alheios, ajudavam alguém que se encontrava numa difícil situação), homens dedicados às suas famílias, homens que reconheciam que a verdadeira riqueza residia nas relações familiares!

Recebi hoje, um vídeo o qual compartilho. *Esse vídeo me inspirou a escrever este texto.*

No mundo contemporâneo, estamos testemunhando uma transformação profunda na forma como vivemos e nos relacionamos uns com os outros. À medida que avançamos em direção a um futuro cada vez mais digital e globalizado, a desumanização e a falta de convivência familiar emergem como preocupações urgentes. Essa tendência é impulsionada por diversos fatores, como a crescente dependência da tecnologia, a sobrecarga de informações, as crescentes demandas da vida profissional e a erosão dos laços familiares tradicionais.

A tecnologia, embora tenha trazido inúmeros benefícios para a sociedade, também desempenha um papel crucial na desumanização. A conectividade constante com dispositivos eletrônicos, redes sociais e aplicativos de mensagens pode levar à alienação, à falta de empatia e à perda de conexões humanas significativas. Em muitos casos, as interações virtuais substituíram as conversas face a face, o que tem um impacto negativo na qualidade dos relacionamentos familiares.

*Opinião de "Gil Vieira"*
Salvador, 07 de setembro de 2023

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

PARABÉNS NOSSO PRESIDENTE

   Benjamin Batista 

Benjamin  Batista assinando o termo de posse na condição de Diretor Jurídico da Academia de Letras e Artes do Salvador         ( ALAS).
Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Em 04.09.23

terça-feira, 5 de setembro de 2023

I FÓRUM AUDIOVISUAL DOS INTERIORES DA BAHIA



🎬 O I fórum audiovisual dos interiores da Bahia chegou ao fim no dia 1º de setembro de 2023  e, além de importantes discussões acerca do protagonismo do setor interiorano no cenário estadual e nacional, foi marcado por significativos avanços em pautas da Associação do Setor Audiovisual do Sudoeste da Bahia (SASB) junto a gestão pública do Município de Vitória da Conquista e do Estado da Bahia. 
🤲🏽 Foi realizada uma reunião com a presença da prefeita de Vitória da Conquista (PMVC), Sheila Lemos; a diretora da Fundação Cultural do Estado da Bahia(FUNCEB), Piti Canella; o responsável pela Diretoria Audiovisual da Bahia (DIMAS), Pedro Caribé; o secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Vitória da Conquista (SECTEL), Xangai; o presidente da Associação do Setor Audiovisual do Sudoeste da Bahia (SASB), Daniel Leite Almeida, e outros representantes da sociedade civil, SASB e da prefeitura municipal, para diálogo sobre as demandas.
🤝 O encontro resultou na concordância da junção de esforços entre os entes municipal e estadual e sociedade civil para que a população receba, o mais breve possível, o Cine Madrigal em pleno funcionamento. 
Visando a reforma do Cine Madrigal, ficou acordado que: será viabilizada a utilização dos recursos da Lei Paulo Gustavo, dentro do previsto no inciso 2, para reforma do equipamento cultural, no âmbito do Município e Estado; a gestão poderá ser compartilhada entre secretarias municipais (Cultura e Educação) e a sociedade civil, por meio da associação e outras representatividades, garantindo a sustentabilidade e permanência do equipamento enquanto um Cinema de rua multiartístico, com programação contínua e atividades voltadas majoritariamente à área cinematográfica e que atendam a população conquistense de maneira regular e regularizada. 
🙌🏿 A expectativa é que, com a execução dos recursos da da LPG, somando os aportes do ESTADO e do MUNICÍPIO, seja possível dar início a reforma e que a sociedade civil, por meio da SASB, consiga viabilizar o restante do recurso necessário com emendas parlamentares e fontes de financiamento que envolvam arrecadação financeira com o setor público e privado.
Nesse sentido, o Cine Madrigal será uma tela permanente para o Cinema brasileiro, baiano e conquistense, difundindo e democratizando o acesso às produções regionais e nacionais, fortalecida pela atuação das produtoras e distribuidoras locais, trazendo mais recursos financeiros do Fundo Setorial do Audiovisual para o fomento e produção de novos filmes, impactando a economia local. Além disso, teremos uma sala de Cinema pública que, nessa gestão compartilhada, poderá fazer programações especiais para os alunos da rede pública, formando público para/pelo audiovisual, em atividades curriculares e extracurriculares, de forma gratuita, além da isenção de suas entradas para sessões em horários comerciais, ampliando ainda mais o acesso e democratizando o Cinema brasileiro.

Entendemos que juntos - e apenas juntos, construiremos uma trajetória de vitórias e conquistas para nossa comunidade. 

O momento é agora. 

https://www.instagram.com/p/Cw0xn8ROqY-/?igshid=MTc4MmM1YmI2Ng==

O SONHO DE ZEZINHO (O FILME).


O filme foi selecionado nos países:
Canadá
Estados Unidos
Itália
Rússia
Índia
Peru
Zanzibar

e em vários festivais no Brasil

Foi vencedor no Peru no "Oitavo Cini- Festival de Cine para Ninos".

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

VIA BAHIA x ANTT


José Maria Caires 

VIA BAHIA x ANTT

Em contestação à nota escrita por mim, A CONCESSIONÁRIA afirmou, ao blog Expressao Bahia, que está adiantando o acordo consensual de reequilíbrio e revisão do contrato.

Na mesma nota ela assegura a duplicação de 40 kms. e melhoria em mais de 200 Kms. já em 2024.

Sabemos que o Governo Federal demonstra interesse em solução, todavia historicamente, toda vez que fecha o cerco, a VIABAHIA apresenta alternativas alvissareira e interessantes.

Mas, infelizmente não podemos acreditar na VIABAHIA, temos arquivadas diversas publicações de promessas, não cumpridas, dessa concessionária.

Setembro será muito importante para o MOVIMENTO DUPLICA SUDOESTE.

JOSÉ MARIA CAIRES

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

ENCONTRO CULTURAL


ENCONTRO COM OS TRABALHADORAS E TRABALHADORES DA CULTURA.

VAMOS CONVERSAR PELA SEGUNDA VEZ?

Convocamos a todos os segmentos da Cultura em Vitória da Conquista/BA para debatermos questões relacionadas às políticas de incentivo ao setor cultural, assim como questões estruturais relacionadas à Cultura na cidade.

A reunião acontecerá neste domingo (03/09/2023).

ENDEREÇO: 
Rua Joaquim Padre, n. 25, Bairro Flamengo.
- Espaço Cultural Culinária Intuitiva -

HORÁRIO: 14h

Chama amigas, amigos, malungos, cantadores, atores, diretores, atrizes, dançarinos, capoeiristas, repentistas, músicos, produtores, coletivos organizados, rappers, sambistas, roqueiros, esqueitistas, ternos de Reis, maestrinas, maestros, poetizas, escritoras, escultores, pintores, pesquisadores da cultura, entre outros.

Cultura não é evento!

Vamos nos encontrar e nos fortalecermos coletivamente na diferença do fazer artístico e sua diversidade.

Arte é vida! Evoé!
Venha participar!

#cultura #culturanaoeevento #luta #debate 
#articulação

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

" MENINO 23 "



Um professor de História, em uma escola no Rio de Janeiro, foi dar aula sobre nazismo. Ele mostrou para seus alunos a suástica e disse que aquele era o símbolo dos nazistas. Uma aluna levantou a mão e disse que já viu no sítio da sua família um tijolo com aquele mesmo símbolo. Isso despertou a curiosidade no professor, que procurou saber mais sobre o assunto. Aquele tijolo pertencia a uma construção demolida no sítio que era um casebre. 

Sidney Aguilar (o professor) não sabia que em sua pesquisa iria descobrir uma história tão bizarra que iria se transformar no documentário chamado "Menino 23". 

Esse sítio pertence a família Rocha Miranda, uma das famílias mais importantes da História do Rio de Janeiro de origem escravocrata. Em sua pesquisa, Sidney descobriu que a família Rocha Miranda tinha um integrante que era MEMBRO do partido nazista aqui no Brasil, que era o MAIOR partido nazista fora da Alemanha e que outras pessoas da família eram ligados ao Partido Integralista Brasileiro, que era um "fascismo tupiniquim". 

Tá achando bizarro? Calma que vai ficar ainda mais. Em sua pesquisa, Sidney descobriu que a família Rocha Miranda adotou 50 crianças de um orfanato para escraviza-las e todas elas eram NEGRAS. No documentário, um homem conhecido como Seu Aloísio, que foi uma das vítimas, disse que as crianças não eram chamadas por nomes, mas sim por números e o seu era 23.

Os meninos só foram libertados do cárcere quando o governo Vargas rompeu de vez as relações com o Eixo. Daí, os nazistas, assim como o Partido Integralista, foram perseguidos e a família Rocha Miranda perdeu o status que tinha. 

Hoje isso parece algo extremamente absurdo, mas para época não era. Segue uma frase de um Deputado Federal chamado Alfredo da Matta em discurso no ano de 1933: "A eugenia, senhor presidente, visa a aplicação de conhecimentos úteis e indispensáveis para reprodução e melhoria da raça."

No tempo que os garotos foram feitos de escravos, o Brasil vivia o ápice da política de superioridade racial e de "branqueamento", impulsionadas pelo darwinismo social. Isso não faz 200 ou 100 anos: isso faz apenas 89 anos. Como que em tão pouco tempo o nosso país deixou de racista? Aos que dizem que o Brasil não é um país racista: será mesmo? 

Hoje, o nome da família Rocha Miranda carrega o nome de um importante bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. 

Segundo a pesquisadora Adriana Abreu Magalhães Dias, antropóloga da Unicamp, o Brasil tem mais de 300 células nazistas em funcionamento. Em suas pesquisas especializadas na ascensão da extrema direita, Adriana também identificou mais de 6.500 endereços eletrônicos de organizações nazistas somente em língua portuguesa e dezenas de milhares de neonazistas brasileiros em fóruns internacionais.

obs: esse documentário é INCRÍVEL e foi produzido pela produtora Giros Interativa LTDA com o grande apoio da ANCINE e está disponível no Youtube.

-Fonte: História No Paint
Pra quem gostaria de saber, o pq escolhi esse nome, está aí a história.

Comentários de cunho neonazista, racista, ou qualquer outro tipo de ofensa, serão excluídos e banidos da página. 

-Menino 23

I FÓRUM AUDIOVISUAL DOS INTERIORES DA BAHIA


O I fórum Audiovisual dos interiores da Bahia celebra as produções cinematográficas realizadas no interior do estado.
Entre os dias 30 de Agosto a 01 de setembro, durante a programação, teremos a Mostra fórum, composta por uma rica programação diversificada e plural de diferentes territórios baianos, exaltando a nossa produção, destacando o protagonismo do interior da Bahia. São filmes de Vitória da Conquista, Feira de Santana, Mortugaba, Lençóis, Ipiaú, Cachoeira, Barreiras, Luiz Eduardo Magalhães, Ilhéus, Brumado, Poções, e muitos outros municipios, sendo exibidos das 09:00 as 12:00 da manhã, e das 14:00 as 17:00 da tarde.
Confiram a programação completa, e venham prestigiar a força e potência do cinema dos interiores.
https://www.instagram.com/p/CwjPAocO6qL/?igshid=NjFhOGMzYTE3ZQ==

terça-feira, 29 de agosto de 2023

COTA DE TELA



Cultura e Mídia: um setor que movimenta R$ 67 bilhões e merece respeito

O Brasil é um país rico em cultura e diversidade, que se expressa por meio de diversas formas de arte, como o cinema, a televisão, o rádio, o mercado editorial e as expressões culturais. Essas atividades não só contribuem para a valorização da nossa identidade nacional, mas também geram emprego, renda e desenvolvimento econômico e social. Segundo um estudo da Firjan, o setor de Cultura e Mídia empregou 1,1 milhão de pessoas em 2020 e gerou R$ 67 bilhões em valor adicionado ao PIB brasileiro.

Para garantir que essas atividades sejam preservadas e incentivadas, existe uma política pública chamada cota de tela, que assegura a exibição de obras cinematográficas brasileiras nas salas de cinema do país. A cota de tela é uma medida adotada por vários países do mundo, que reconhecem a importância da cultura para a soberania e a pluralidade de vozes. No Brasil, ela é considerada legítima e constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, que entende que ela não viola a liberdade de expressão nem a livre concorrência.

A cota de tela é também uma forma de apoiar a produção nacional de qualidade, que tem alcançado cada vez mais reconhecimento internacional. Filmes como Bacurau, A Vida Invisível, Democracia em Vertigem e Cidade de Deus são exemplos de obras que se beneficiaram da cota de tela e que foram premiadas ou indicadas em festivais como Cannes, Oscar e Emmy.

Portanto, defender a cota de tela é defender a nossa cultura, a nossa história e a nossa identidade. É defender o nosso direito de ver e fazer filmes que nos representem. É defender um setor que movimenta R$ 67 bilhões e merece respeito.

MOACIR, A PARTIDA DE UM HERÓI.

MOACIR, A PARTIDA DE UM HERÓI.           
Retrato de Moacir por Allan de Kard   

 A Vida nos coloca ao lado de pessoas especiais, para a grande jornada que nos aguarda; Algumas para poucos passos, outras para a vida toda. Esse foi o caso com Moacir, eu e ele membro de família numerosa, Ainda meninos, brincávamos de bola nas Ruas de terra do Ibirapuera, que Chamávamos de Ibirapoeira. E a vida nos fez reencontrar em 2006, desta feita numa relação de trabalho e amizade que perdura até os dias atuais. Fui seu patrão, mas acima de tudo amigo e conselheiro, nos grandes desafios que a vida lhe impôs, tanto nas dificuldades naturais do crescimento, como também aquelas resultantes das nossas escolhas.  Moacir Gomes Pereira, é o seu nome, no sábado dia 19 de agosto de 2023, ao se dirigir para casa de sua mãe, notou a presença de um Cavalo no meio da pista, ameaçando provocar um grave acidente. Se dispôs a retirá-lo, quando foi mortalmente escoiceado. E nesta madrugada fria de final inverno recebo a notícia de sua partida para o plano espiritual. Um gesto heróico, lhe custou a vida física, vai em paz,Amigo Moacir e que o Pai Celestial conforte os que aqui ficamos e em especial sua esposa, filhos netos e demais parentes. Essa mesma família que em honra ao ente querido que se vai doa suas córneas, para que outros possam ver as cores do mundo através de seus olhos.Um forte abraço do amigo de sempre Allan de Kard.

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

FAZENDA SANTA HELENA


Nika Gusmão 



A Fazenda Santa Helena é fruto de um trabalho que vem sendo construído ao longo de três gerações, localizada em Vitória da Conquista, Bahia. Atualmente a propriedade comercializa animais bovinos das raças Gir Leiteiro e Girolando, além de equinos Mangalarga Marchador. Aqui se realiza
uma seleção aprimorada de animais, com foco no melhoramento genético, cujos animais são devidamente registrados. Assim, cada animal da propriedade é visto de forma individualizada e exclusiva.

Para conhecer um pouco mais da nossa fazenda, envie uma mensagem em nosso direct ou entre em contato pelo
Whatsapp: (71) 99984-7424

AGRONOMIA

Área em recuperação no Museu de Kard.

AGRONOMIA.                  
As Ciências Agronômicas são de uma beleza indescritível, é claro exemplo da inteligência humana agindo em favor do progresso da humanidade, na medida que desvenda os segredos dos recursos naturais postos a disposição do homem no trânsito pelo vida, onde consolida os propósitos Divinos na marcha ascencional.    Na sua infância, a diminuta humanidade terrena colhia os frutos e outros recursos oferecidos pela natureza para sua sobrevivência. E para tal perambulava aqui e alí, numa busca frenética e inesgotável, sobrando-lhe escasso tempo para quaisquer outras atividades que não fossem a busca por comida, assemelhando-se muito com os demais representantes do Reino animal. A necessidade o conduziu ao abandono do hábito nômade em favor do Sedentário. E agora os desafios eram de outra natureza. E a inteligência humana posta a serviço do progresso, fez nascer a observação criteriosa dos fenômenos Naturais, como regime de chuvas, as estações propícias para o cultivo, a descoberta de vegetais adequados ao cultivo, a domesticação de animais e consequente aproveitamento de suas aptidões específicas. Mais tarde o mergulho profundo no conhecimento da intimidade dos solos, com a identificação dos macro e micronutrientes essenciais a vida vegetal, esmerou-se no controle de pragas e doenças que ameaçavam o cultivo.  Daí nasceram as pequenas aldeias que por fim se transformaram em grandes cidades, consolidando a Exuberância do homem na Terra. E quando Maltus no século XVIII,  Afirmou categoricamente, na sua visão pessimista, que haveria uma fome destruidora da raça humana, mais uma vez a Ciência Agronômica, veio em socorro da humanidade, com seus recursos infindáveis, vencendo o monstro devorador da fome.  Me orgulho em um dia ter sentado nos bancos escolares, para estudar os princípios desta maravilhosa ciência, e tais conhecimentos agora me são muito úteis, no enfrentar os enormes desafios de transformar o solo árido e improdutivo em um belo jardim. Vitória da Conquista, local onde a Providência Divina me colocou, com vistas ao exercício continuo da aprendizagem, encontra-se geograficamente no ponto que separa a outrora exuberante Mata Atlântica, e o bioma da Caatinga, numa zona de transição denominada Mata de Cipó. E é aqui que me encontro, diante de um solo árido, desgastado por décadas initerruptas de exploração extrativistas, sem quase nenhum cuidado de conservação e reposição dos elementos essenciais a vida vegetal, acrescido da baixa precipitação pluviométrica, constituindo-se num quadro desafiador que certamente faria desistir competentes profissionais da área.  Uma inexplicável força interior me empurra em direção aos grandes desafios, assim aqui estou, um mero Operário das Artes, carente dos grandes conhecimentos dos homens habilitados, para vencer este desafio.  FORTITUDO ET FIDES, ( Coragem e Fé) esta é a frase que define o Museu de Kard, e que estará inscrita no frontão da galeria da Pirâmide. A Coragem é a Resistência Moral que se tem ante os desafios, e Fé, nada mais é que a certeza que se tem de uma Realização. Na minha pequenez e insuficiência, procuro cultivar diuturnamente ambas. Só assim poderei vencer todas as adversidades que me são postas.  

Allan de Kard, inverno de 2023

UMA CONQUISTA NOSSA


Cesar Andrade, Beto Magno, Tina Rocha, Herzem Gusmão, Paloma Rocha, Hermes Mendes e Mauro Mendes

 

UMA CONQUISTA NOSSA!

Por Beto Magno

Tudo começou assim: Li e comentei duas postagens no Facebook sobre a entrega de uma moção de aplausos (mais do que merecedora) ao meu ex- professor, o advogado e intelectual, Dr. Afrânio Leite Garcez, a quem costumo chamar carinhosamente de Dom Garcez. Enquanto lia, me lembrava dos inúmeros artigos escritos sobre Vitória da Conquista, onde Dom Garcez, com muito amor, sempre enaltecia a nossa terra natal. Lembrei também de muitas falas, inclusive da frase : " Beto vá para Salvador, entre numa faculdade, Conquista é pequena para sua grandeza”. Uma profecia do meu advogado preferido!
Pensei muito, e vim pra Salvador de mala e cuia.

Depois disso, nunca mais deixei de pedir conselhos ao meu amigo, Dom Garcez.

Ah, mas eu também profetizo e elogio o meu amigo. Sim! Certa feita o chamei de _marqueteiro nato_, diante de tantos elogios e análises que ele sempre faz sobre o crescimento de Vitória da Conquista, e dos
planos que ele possui para a nossa cidade do coração.

Nesses anos todos nunca perdemos o vínculo de amizade, sempre falamos por telefone ou Whatsapp. Se eu quero notícias verdadeiras e quentíssimas sobre Vitória da Conquista, corro pra Dom Garcez! (risos)

*GLAUBER ROCHA* - No início do primeiro mandato do prefeito Herzém Gusmão, eu convidei Afrânio Garcez para integrar a comitiva da família do cineasta Glauber Rocha, comandada por mim, Dr. Armênio Souza Santos, Allan de Kard, Paloma Rocha e seus 3 primos,
Ele não aceitou o convite, pois tinha outros compromissos na época. Bem, sem querer entender, entendi... (risos). Sobre a comitiva - Ocorreu no dia 05 de janeiro de 2017, e lá, após as primeiras tratativas na presença da então secretaria de cultura Tina Rocha, o prefeito chamou um secretário dele e disse “resolva isso com urgência, e é para ontem”. Saímos convictos de que tudo estava resolvido. Mas, é...bem...que vergonha revelar isso: nada foi resolvido!!!

*VC* - No dia 04/05/2022, eu telefonei para Dom Garcez, e em mais 90 minutos de conversa, ele, como sempre, me colocou a par das últimas melhorias que foram implementadas em Conquista, como o asfaltamento de bairros inteiros, antes esquecidos, a aquisição de um terreno na Avenida Olívia Flores, sobre a inauguração do terminal de transporte urbano Herzem Gusmão, na Lauro de Freitas, sobre revitalização de diversas praças, e (segura coração) sobre um projeto para instalações da Casa Glauber Rocha na Rua 2 de Julho. Foram muitas novidades! O meu coração disparou, e eu tive uma espécie de taquicardia de tanta alegria, pois consigo enxergar um novo cenário para a produção do audiovisual na terra de Glauber, e, assim, consequentemente, geração de emprego e renda pro meu povo, além da divulgação do nome de Vitória da Conquista no Brasil e no mundo.

Afrânio falou também da esperança que ele nutre em ver uma iluminação moderna, com lâmpadas de LED, em toda a cidade, em ver a cidade totalmente arborizada.

A importância da iniciativa dos vereadores, aprovando projetos importantes, e em sintonia com a atual prefeita, também foi comentado por meu amigo pensador. Tudo isso, de maneira calma, sem citar ideologia política ou partidária, apenas pensando no bem comum dos cidadãos de Vitória da Conquista.

E eu fiquei feliz por tudo, inclusive porque possuo, em Conquista, a VM FILMES, uma produtora de cinema, com muita vontade de produzir.

Feliz também está o meu conselheiro preferido, homem culto, cristão, afetuoso, inteligente... Dom Garcez leva uma vida quase monástica, escrevendo, lendo, advogando, expondo seus pensamentos e pontos de vista de maneira branda, suave, mas repleta de razão.
Eu sou feliz por ter tido um professor com tantas qualidades! Um amigo querido, que em breve será um depoente do EXPOENTES, documentário que estou produzindo sobre a nossa Conquista.

Em tempo: ganhei o mês!

sábado, 12 de agosto de 2023

FAZENDA SANTA HELENA

 Nika Gusmão 

A Fazenda Santa Helena é fruto de um trabalho que vem sendo construído ao longo de três gerações, localizada em Vitória da Conquista, Bahia. Atualmente a propriedade comercializa animais bovinos das raças Gir Leiteiro e Girolando, além de equinos Mangalarga Marchador. Aqui se realiza
uma seleção aprimorada de animais, com foco no melhoramento genético, cujos animais são devidamente registrados. Assim, cada animal da propriedade é visto de forma individualizada e exclusiva.

Para conhecer um pouco mais da nossa fazenda, envie uma mensagem em nosso direct ou entre em contato pelo Whatsapp: 
(71) 99984-7424

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

I FÓRUM AUDIOVISUAL DOS INTERIORES DA BAHIA

Vem aí o I Fórum de Cinema dos interiores da Bahia! 🎬🌟 Um encontro entre profissionais e realizadores dos interiores baianos - sim, interiores, no plural, para compreender a multiplicidade de identidades, de realidades e contextos presentes nos vinte e sete territórios da Bahia - para refletir a produção Audiovisual e as políticas públicas para o nosso Cinema, com discussões políticas que reflitam o presente e pensem o futuro. 🗣️🎥 O fórum acontecerá de 30 de agosto a 01 de setembro no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, na cidade de Vitória da Conquista, numa programação intensa que contará com a participação da FUNCEB, DIMAS , SAV e das principais entidades representativas do audiovisual baiano, para juntos fortalecermos o Cinema produzido fora da capital. 💪🏙️ As inscrições podem ser feitas acessando o formulário disponível na bio do perfil de Instagram @sasb.associacao. Juntos, vamos mostrar a força do interior e a potência do audiovisual interiorano. 🌄🎥

ACADEMIA DE CULTURA DA BAHIA

Beto Magno e Benjamin Batista 

A academia de Cultura da Bahia, fundada em 2004 pelo Presidente Benjamin Batista, de maneira ininterrupta, há cerca de 20 anos, tem atuado vastamente no segmento artístico cultural e literário da Bahia e do Brasil.

Benjamin Batista, que tem em seu principal objetivo de vida a elevação do ser humano despertando-o para a arte e a cultura, é fundador de diversas Academias no Brasil e em outros Países.  

Dr. Benjamin Batista tem o dom agregar artistas e intelectuais de diversas vertentes, que se reúnem  periodicamente de maneira prazeirosa, há cerca de 20 anos, contribuindo para o despertar da preservação de memórias e histórias da sociedade Bahiana,  Brasileira e Mundial.

Sinto muito honrado em fazer parte da Academia de Cultura da Bahia indicador que fui pelo confrade Dr Armenio Santos e ocupando a cadeira de N°55, cujo  patrono é o genial cineasta baiano Roberto Pires.  

 Gostaria, em nome de todos os confrades e confreiras, parabenizar o nosso Presidente pela sua luta incessante e  hercúlea em prol da cultura nacional e, sobretudo, a cultura local.

Parafeaseando o poeta, deixo aqui uma máxima:  

"QUANTO MAIS UM POETA CANTA SUA ALDEIA, MAIS UNIVERSAL É O SEU CANTAR. "

Beto Magno.

GLOBALIZAÇÃO E O RISCO DA NOVA ORDEM MUNDIAL



Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro*

O Brasil, hoje, está no cerne de uma disputa geopolítica mundial, com forte viés econômico e profundo impacto cultural. Trata-se do embate entre globalistas e soberanistas.

Esse embate sucede em escala a antiga guerra fria – entre socialismo e capitalismo, e ganha contornos complexos na medida em que o design dominante dessa nova polarização entre globalistas e soberanistas é marcado pelo fenômeno econômico e cultural da globalização.

A Globalização

A globalização é fruto da evolução econômica da humanidade. A demanda por recursos econômicos obrigou sistemas civilizatórios hegemônicos a se expandirem para outros continentes, tornando mais complexa a estrutura política de gestão, ampliando as escalas de valores éticos, étnicos e culturais.

A globalização revolucionou as escalas comerciais, a troca de conhecimentos e a forma de gestão dos Estados Nacionais. O fenômeno, por óbvio, estendeu os espaços de ação geopolítica para os limites do planeta e já arranha, hoje, o cosmos.

O fenômeno evoluiu economicamente ao longo dos séculos, do mercantilismo para o capitalismo financeiro, cuja contínua sofisticação é retroalimentada pela própria riqueza auferida e distribuída nas escalas macro e micro econômicas.

De fato, os bancos constituíram a reserva de capital do Estado Liberal, no Século XIX, formaram a alavanca financeira do Estado Provedor no Século XX e hoje residem no centro nervoso do Estado Regulador do Século XXI.

O cosmopolitismo é marca cultural da globalização, envolve o respeito à humanidade como valor universal (daí o termo cosmos na raiz etimológica do termo).

A cultura cosmopolita abrange o conflito entre globalistas e soberanistas de forma equânime, incluso suas contradições. O viés cosmopolita avançou do renascimento à comunicação digital e foi impactado pelos conflitos de afirmação dos Estados Nacionais, ascensão e queda das ideologias totalitárias supranacionais e o surgimento dos grandes blocos econômicos e intercomunitários.

No campo da evolução política, a globalização demandou nova tecnologia de tutela dos conflitos, que hoje envolve uma progressiva internacionalização da defesa de interesses estratégicos sobre recursos de interesse comum.

Na governança, os mecanismos de gestão dos regimes representativos de governo parecem não mais funcionar. Daí o avanço da demanda por mecanismos participativos de gestão, e controle social mais efetivo no fluxo decisório.

Por sua vez, a conflituosidade intrínseca dos interesses envolvidos é caracterizada pela assimetria – de complexa compreensão e dimensionamento estratégico.

No campo do direito, firmou-se o reconhecimento dos chamados interesses difusos, cuja conflituosidade intrínseca redefine os contornos dos direitos civis, dos direitos individuais e coletivos, e do direito público – dentro e fora dos Estados Nacionais.

As demandas relacionadas à globalização envolvem reivindicações por autonomia, por participação nos mecanismos de decisão dos Estados, submissão das corporações econômicas a critérios harmônicos de governança, preocupações ambientais, identitárias e de inclusão social face ao crescente apartheid tecnológico.

A Nova Ordem Mundial

A integração econômica e o intercâmbio cultural e social, incrementados pelas novas tecnologias no campo da comunicação e transportes, consolidaram o processo de globalização e seus efeitos políticos e jurídicos.

Essa integração econômica, contudo, não foi e não é sinônimo de desenvolvimento universalizado entre os países. Segue uma ordem histórica de redistribuição de processos de produção e consumo de bens e serviços mundo afora que, ao que parece, mantém uma hierarquia internacional que não se preocupou em reduzir desigualdades sociais e regionais.

A queda do muro de Berlin modificou a bipolaridade geopolítica da guerra fria, introduzindo uma “uni-multipolaridade” – uma Nova Ordem com diversos polos de poder, sob liderança militar dos Estados Unidos, porém firmemente conduzida por cartéis financeiros dissimulados economicamente por blocos econômicos.

Os cartéis migraram do setor produtivo para o financeiro. Se reorganizaram ideologicamente e, dissimuladamente, por meio da Nova Ordem Mundial, promoveram o mais cruel episódio de concentração econômica, monopolização, exclusão social, degradação dos costumes e padrões morais na sociedade ocidental.

O movimento globalista, que sustenta a Nova Ordem Mundial, é tóxico para a globalização. Assumiu o establishment. Dominou a mídia mainstream e agora não hesita em cooptar as corporações de mídia digital, visando não repetir o erro de manter uma imprensa livre para denunciar os cartéis, como ocorreu no passado.

Os soberanistas surgem nesse cenário de completa transformação, reagindo aos globalistas. As forças envolvidas são tremendas, tentaculares e muito focadas – desinteressadas das trágicas externalidades causadas nas franjas desse embate. Tampouco há preocupação, no fragor da batalha diária entre esses dois polos, com movimentos paradoxais e improváveis, que momentaneamente a eles se aliam por identidade ideológica, conforme a guerra se espraia pelo mapa mundi.

Vejamos a origem de cada um:

Os Soberanistas

Os soberanistas têm vínculo histórico com a resistência aos monopólios e cartéis, surgida na segunda revolução industrial, no século XIX. Também fincam suas bases na luta pela independência dos estados soberanos contra as corporações multinacionais, no esforço aliado de guerra contra as pretensões hegemônicas e totalitárias do Nazismo e também do Socialismo.

Soberanistas combatem firmemente as pretensões hegemônicas da Nova Ordem Mundial e identificam claramente os efeitos tóxicos do globalismo no campo ideológico e cultural.

A lei Anti-Truste norte-americana de 1890, a vitória aliada na Segunda Guerra Mundial, a queda do Muro de Berlin e a retomada do discurso conservador na política ocidental formam marcos referenciais para a luta dos soberanistas.

O Senador Sherman e o Presidente Ted Roosevelt, na passagem dos séculos XIX e XX, garantiram a livre concorrência entre as empresas nos Estados Unidos batalhando duramente contra os trustes, evitando que grupos econômicos se tornassem suficientemente grandes para ditar as regras no mercado em que atuavam.

John D. Rockefeller (que chegou a refinar 84% do óleo americano), foi o maior símbolo da concentração nociva do Capital no final do Século XIX. Apelidado por Roosevelt de “inimigo número 1 dos Estados Unidos”, era conhecido por seus pares como “açambarca e devora” (engulfs & devours). Rockefeller foi um profícuo “branding leader” – um colecionador de marcas. Chegou ao “estado da arte” de desvirtuar a invenção de Diesel (que preconizara um motor potente à base de biocombustível), obrigando-o a substituir o óleo vegetal pelo petróleo refinado.

A sociedade organizada, instituições conservadoras e a mídia livre norte americana foram decisivas na denúncia do “império dos trustes”, levando o presidente Theodore Roosevelt a ajuizar processo contra a Standard Oil Co., acusando-a de práticas monopolistas. Processado pelo governo, Rockefeller foi obrigado a vender parte de seu império para se adequar à lei. Embora a venda das empresas tenha gerado enorme lucro, o desmonte do truste representou o império da lei contra a concentração econômica nos EUA.

Anos depois, foi a vez dos frigoríficos e das indústrias de laticínio de Chicago, expostos à execração pública por conta das péssimas condições de trabalho dos seus operários. O clamor foi tamanho que o governo federal foi constrangido a adotar o Food Drug Act e, depois, um sistema federal de fiscalização sobre as fábricas de alimentos. Esse movimento foi o início do ambiente de regulação tal como hoje conhecemos nos setores econômicos de interesse público.

Tornou-se claro que o domínio econômico sobre um ou vários setores equivaleria sempre à exploração econômica e lesão a cidadãos e governos de países livres. Assim, a heroica resistência popular aos monopólios passou a constituir a razão de ser da grande expansão econômica e das oportunidades ocorridas no Século XX.

Essa heroica resistência do passado hoje se renova na figura dos soberanistas contra a Nova Ordem Mundial, e atinge patamares políticos relevantes. São soberanistas que denunciaram a lassidão política que permitiu, por exemplo, o avanço do radicalismo islâmico em solo laico e cristão europeu. São os soberanistas que combatem a nova onda de cartelização e concentração econômica representada pelos gigantes da comunicação digital – os quais transformaram usuários em números para orientar políticas de consumo e produzir campanhas de massa.

Os Globalistas

Após sucessivas crises econômicas, que demandaram ajustes da globalização, em especial as ocorridas na década de 1970 – com a desregulamentação do sistema monetário internacional e dois choques petrolíferos – os países industrializados travaram seu crescimento e submeteram-se aos bancos, os quais – cartelizados, aparelharam e dominaram a condução econômica e fazendária dos Estados Nacionais. Fizeram-no nomeando asseclas para os bancos centrais e adquirindo os bancos estatais nas reformas econômicas dos países em crise.

Esse movimento resultou em um desastre econômico sem precedentes. Os cartéis financeiros – donos do sistema, passaram a dominar os fundos de investimento e dar aval para fundos soberanos, envolvendo-os em uma febre de lucros especulativos. Essa febre fez o capital especulativo viajar de um país para outro, gerando expectativas e recessões – denominados fundos abutres, promovidos por conhecidos mega-investidores.

Fundos abutres cresceram comprando ativos e pulverizando-os no mercado, transferindo, então, a produção para países com mão de obra de baixo custo. Essa ação provocou desindustrialização em massa e estimulou hipercrescimento do mercado de serviços. O efeito foi a desvalorização das profissões intelectuais e a exclusão implacável da mão de obra braçal.

Com a automação industrial e a universalização digital cartelizada, o desemprego forçou o crescimento do mercado informal a níveis alarmantes e estimulou atividades clandestinas e criminosas, em especial o tráfico de drogas – igualmente cartelizado.

As bolhas especulativas, dentre elas as dos derivativos, que explodiram em 2008, criaram uma enorme crise sistêmica, seguida de depressão.

Esse inferno traduz a Nova Ordem Mundial, implementada pelos globalistas.

Os globalistas não saíram de cena com as crises – afinal já estavam postados na direção dos organismos políticos de controle financeiro das grandes potências, de maneira que conduziram os Estados Nacionais a produzirem o mais custoso socorro a instituições bancárias da história mundial, uma brutal transferência de fundos com os quais mantém sua ação nefasta de buscar hegemonia em escala global.

Os bancos cartelizados sobreviveram para apoiar o incremento dos cartéis no setor da produção e distribuição. A esse fenômeno deu-se o nome de “branding”, dissimulando a monopolização dos mercados com a compra de marcas, provocando concentração econômica como nunca antes vista na história da humanidade.

O discurso “moral” da Nova Ordem Mundial

Inteligentemente, os globalistas aproveitaram a queda do Muro de Berlin para se apropriarem do duplipensar e da novilíngua orwelliana, até então praticada pela intelectualidade bancada pelo bloco socialista.

Denunciada por Jorge Orwell em sua obra “1984”, a apropriação da verdade praticada pelos sistemas totalitários pressupunha o esgarçamento de valores morais, a falência da unidade familiar e o descrédito das formas tradicionais de associação civil, massacradas por uma nova estética neurolinguística e por uma ética cultural intelectualmente desonesta e decididamente hipócrita.

O jogo de máscaras tem uma razão de ser. Afinal, os globalistas anotaram que a ação “crítica” da esquerda marxista continha um componente tóxico, perverso e muito eficaz – não, obviamente, para provocar uma revolução socialista mas, sim, para degradar a organização social das nações civilizadas, no regime capitalista.

A degradação tem a função de desmobilizar a sociedade civil organizada dos Estados Nacionais. De fato, a dominação econômica pelas grandes corporações não pode ser questionada eficazmente, como de fato hoje não o é, quando países têm sua soberania relativizada, as sociedades se vêem esgarçadas no seu tecido social, as organizações se perdem em conflitos fratricidas por ressentimentos e rancores identitários, a moral sucumbe à corrupção, a cultura é reduzida a uma massa vulgarizada de comportamentos medíocres e o comportamento é estandardizado por um discurso hipócrita tido por “politicamente correto”.

Sociedades esgarçadas sobrevivem de migalhas de atitudes identitárias ou de pura restrição econômica a atividades setoriais – tragédias que em nada abalam a concentração de renda e a dominação das estruturas de governança por uma elite podre e desprovida de freios morais.

Essa é a realidade do núcleo duro dos globalistas, que portanto, não devem ser confundidos com o fenômeno da globalização mas, sem dúvida, parasitam esse processo para financiar uma sociedade fake, enquanto acumulam lucros estratosféricos.

O chamado “marxismo cultural” advém desse movimento de apropriação do discurso esquerdista para finalidade diversa.

Negado insistentemente pelos globalistas, o “marxismo cultural” foi urdido a partir da instalação dos próceres da Escola de Frankfurt, no pós-guerra, na Universidade de Colúmbia, nos EUA, de onde articulou-se o discurso libertário-liberticida da “contra-cultura”, da ideologia de gênero e da estética do politicamente correto – posteriormente exportado para Sorbonne e então, dissimuladamente foi sendo apropriado pelos populistas de esquerda dos três continentes americanos , como uma droga cultural de rápido consumo. De tal forma que hoje essa massa disforme pretensamente ideológica é utilizada para produzir militontos em larga escala, no sistema de “madrassas” que hoje substitui o ensino público na América Saxã e Latina.

Nada, portanto, se deu por acaso. Pelo contrário, ocorreu da forma mais capitalista e burguesa que a elite globalista poderia imaginar.

Globalização e globalismo e a reação conservadora

Se a globalização econômica implica na ampliação do livre comércio e na adoção da livre iniciativa, o globalismo, por ser concentrador, é suportado sobretudo pelos burocratas, apoiados por governos idiotizados.

No globalismo, a burocracia instalada nos estados e nos organismos multilaterais, busca produzir expedientes de cunho intervencionista, a começar pelo policiamento dos costumes e culturas. Não a toa pululam na sanha legiferante globalista decisões arbitrárias de cunho identitário, liberticida, abolicionista (como a descriminalização das drogas), de censura à livre manifestação de opiniões contrárias à política de costumes imposta, de perseguição a atividades privadas e de desestímulo à produção intelectual “não conforme” ao código “politicamente correto” baixado pelo establishment.

Se a globalização é um fenômeno cosmopolita, o globalismo é hegemônico. Enquanto prega o culto à diversidade, restringe a tolerância ao núcleo de opções adequado á sua política de estandardização cultural.

Assim, o globalismo ignora diferenças e costumes nacionais da mesma forma que despreza a soberania e o controle territorial do Estados nacionais.

Mas sempre há o limite e sempre ocorre o improvável. Nesse sentido, à medida que os globalistas não conseguem mais dissimular suas condutas toxicas por meio do chamado marxismo cultural, as máscaras caem e o povo se rebela.

O embate geopolítico

Cansado de não ter mais voz ativa no próprio país, o eleitorado norte americano reagiu ao establishment e elegeu Donald Trump.

Seguindo uma muito bem bolada estratégia eleitoral, os soberanistas surfaram na onda de descontentamento com a desindustrialização adotado pelos governos de Clinton, Bush e Obama. Observaram, também, não haver mais tolerância para com o linguajar politicamente correto dos democratas, desgregador, vitimista e imoral.

Foi dessa forma que os soberanistas iniciaram um trabalho de formiga para defenestrar os globalistas de um poder que julgavam já consolidado na mais poderosa nação do planeta. Os globalistas, assim, caíram por arrogância, e não caíram somente nos EUA.

No continente americano, os soberanistas foram vitoriosos no Brasil, Chile, Paraguai, Colômbia, Peru e Argentina (embora os globalistas ameacem reocupar o país austral). Na Europa soberanistas foram vitoriosos na Inglaterra, Irlanda, Suíça, Áustria, Dinamarca, Polônia e Hungria.

A direita soberanista ainda ameaça sair vitoriosa na Itália e na Noruega. Se assim for – sobrará a França e a Alemanha em mãos globalistas

O país líder dentre os soberanistas é a Rússia, que se reergueu como player na política internacional sob o comando da dupla Putin-Medvedev.

No oriente médio, o General Sissi no Egito, Netanyahu em Israel, Assad na Síria e Erdogan, na Turquia, embora lotados de diferenças entre si, também não comungam com o globalismo.

Na Ásia, Rodrigo Duterte implementa firme reforma nas Filipinas. Enquanto Japão hesita desastrosamente, Coréia e China jogam firme com a globalização, sem definir seu perfil.

Os soberanistas perpassam inúmeras configurações ideológicas, prezam a diversidade, o pragmatismo e não se alinham internacionalmente como fazem os globalistas.

Mas a base globalista não está na chefia dos Estados e, sim, nos grandes conglomerados multinacionais cartelizados.

Importante anotar os aspectos purulentos da imoralidade contaminante dos globalistas. A massa crítica de burocratas globalistas encontra-se absurdamente infiltrada no chamado “deep state” dos principais países ocidentais, em especial nas jusburocracias, o mesmo ocorrendo na estrutura funcional dos organismos multilaterais, como é o caso da ONU.

Assim, o conflito pleno de assimetrias, permanece vivo, independente das fronteiras e independente da assunção eventual dos soberanistas à chefia de governos.

O interesse geopolítico do Brasil

O Brasil é a oitava economia do mundo. Não é, portanto, um país periférico qualquer.

Embora subjugado pelos globalistas desde sempre, com raros períodos de respiro. Hoje, o Brasil busca se afirmar soberanamente – e pode fazê-lo adotando a doutrina da soberania afirmativa.

No mundo repleto de relativismos, expressados até mesmo em tratados internacionais, o instrumento da soberania afirmativa revela-se importantíssimo para resolução de conflitos assimétricos e legitimação territorial em guerras híbridas, envolvendo interesses de ordem difusa, nacional, religiosa e cultural.

A afirmação de soberania é, ao mesmo tempo, um contra-conceito à ideologia globalista e uma arma de reivindicação de domínio territorial face à “Nova Ordem Mundial”.

Essa afirmação deverá servir também para eliminar de vez o engajamento mundialista, dissimulado e esquerdista, que descredenciou o Brasil de ser escolhido membro do Conselho de Segurança da própria ONU. Os efeitos dessa mudança de postura , portanto, serão sentidos não apenas no Oriente Médio e próximo mas, principalmente, na América do Sul e central.

Há um forte e simbólico efeito da mudança de atitude diplomática do Brasil junto à Organização das Nações Unidas, cuja fundação se deve também á operosa atuação da diplomacia brasileira no pós-guerra. O Brasil encontra-se alinhado aos EUA, Rússia, e vários outros países governados por soberanistas, visando combater a nefasta ideologia da “Nova Ordem Mundial”. Por óbvio que esse alinhamento não se faz sem enfrentar a duríssima artilharia da mídia mainstream comandada pelos globalistas.

O patrocínio da “Nova Ordem Mundial” explica as sucessivas invectivas do funcionalismo aparelhado da ONU contra as ações de afirmação de soberania do Estado de Israel, da mídia mainstream contra as iniciativas brasileiras de ocupação racional do espaço amazônico, do establishment mundial contra a formação de uma organização africana independente e resolutiva e dos organismos ditos de “direitos humanos” – tomados por globalistas, contra ações mais efetivas para por fim à criminalidade e às ações terroristas no campo internacional.

O establishment brasileiro é súdito da “Nova Ordem Mundial”. O Brasil tornou-se a partir da chamada “Nova República”, um grande laboratório para experimentos intervencionistas – patrocinados por organizações não governamentais confessadamente postas a serviço dos interesses mundialistas. Esse intervencionismo reflete-se na pressão internacional gerada sobre o uso sustentável de nossos recursos naturais, com destaque para o que já denominados, tempos atrás, de “Diplomacia do Termostato”, oriunda do Protocolo de Mudanças Climáticas de Paris. (*6)

A propósito, expressa a declaração da Comissão das Nações Unidas para o Governo Global, de 1999:
“O conceito de soberania nacional têm sido imutável, por um principio sagrado das relações internacionais. É um principio que cederá lentamente e enfaticamente aos novos imperativos da cooperação ambiental global.”

Os globalistas mantém legiões de servos inoculados na jusburocracia brasileira, incluso Ministério Público e cúpula do Poder Judiciário. Não por outro motivo, em especial no campo das relações de cunho ambiental e ecológico, a troca de discurso do governo se faz urgente.

O que fazer

É preciso abandonar a postura envergonhada e defensiva até hoje adotada pelo governo brasileiro, pela atitude afirmativa de soberania, trocando o proselitismo ambientalista pela diplomacia de resultados.

O fracasso do acordo “termostato” de Paris é iminente. As mudanças climáticas não serão combatidas com um proselitismo que distorce a atividade científica e rotula os críticos religiosamente, com se fossem hereges. Isso revela a necessidade de sairmos do “biquíni” climático para adotarmos medidas de proteção climática que realmente tragam benefícios para a população brasileira – no campo da defesa civil e da produção de alimentos.

É preciso abandonar o principiologismo “construído” teleologicamente para ferir interesses nacionais do Brasil, e adotar princípios extraídos deontologicamente, com base na experiência reiterada com resultados comprovados.

Essa medida passa pela substituição dos doutrinadores proselitistas e baba-ovo, por cientistas e juristas realmente engajados em buscar soluções práticas e realistas para as grandes questões que envolvam a cooperação internacional e a soberania do Brasil. Eles existem, apesar do patrulhamento acadêmico efetuado pelos globalistas, aqui e lá fora.

Por fim, é necessário combater firmemente o establishment inoculado no território nacional, e isso implicará em uma batalha dura, longa, complexa e difícil, contra globalistas situados na direção dos poderes legislativo e judiciário, nas lideranças das grandes corporações públicas e privadas, nos governos estaduais e nas entidades de classe empresariais e financeiras.

O risco de rupturas institucionais deve ser, portanto, rigorosamente avaliado – isso se quisermos resgatar a dignidade da Nação e somar esforços no combate duro à Nova Ordem Mundial e seu nefasto rol de imoralidades e tragédias.

Notas:
1- BRITO, Rachel – “O que é Globalização? Entenda tudo sobre esse processo e sua influência no mundo”, in Stoodi, Dez2018, visto em 15Set2019, in https://www.stoodi.com.br/blog/2018/04/12/o-que-e-globalizacao/
2- PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro – “A Guerra de Bolsonaro pelo Brasil – Os próximos passos III”, in Blog The Eagle View, Nov2018, visto em 15set2019, in https://www.theeagleview.com.br/2018/11/a-guerra-de-bolsonaro-pelo-brasil-os.html
3- PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro – “Capital, Regulação e Sustentabilidade”, in Blog The Eagle View, Maio2013, visto em 15set2019, in https://www.theeagleview.com.br/2013/05/o-capitalismo-financeiro-e.html
4- PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro – “A Grande Revolução Digital”, in Blog The Eagle View, maio2014, visto em 15set2019, in https://www.theeagleview.com.br/2013/06/a-primavera-digital.html
5- PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro – “Esquerdismo Virou Coisa de Louco” , in Blog The Eagle View, Nov2015, visto em 15set2019, in https://www.theeagleview.com.br/2015/11/esquerdismo-virou-coisa-de-louco.html
 

afpp18*Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB e Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa – API. É Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View”.

 

 

Fonte: The Eagle View
 

 

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Comments 8
Marlon Walter de Oliveira  3 anos ago
Antônio, que poderes ou mega corporações econômicas, assim como militaristas, estariam alinhados a um e a outro bloco?

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Dideron Rodrigues da Silva  3 anos ago
Muito bom o conteúdo desse texto, esclarece muito o entendimento dos atuais acontecimentos no mundo e no nosso brasil, uma verdeira aula de história e geopolítica macro econômica. Parabéns Dr. Antonio.

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tereza rodrigues  3 anos ago
O texto é fiel e esclarecedor, frente aos desafios dos paises mais pobres em relaçao ao globalismo.

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geraldo roberto peixoto  3 anos ago
belo texto e bastante claro. queria saber data de sua produção, porque alguns dados aqui desatualizados, exemplo o fim dos soberanistas no EUA e na Argentina.

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Portal Ambiente Legal  2 anos ago
Olá, Geraldo. Agora as publicações se encontram datadas. Esse texto é de 2019. Obrigado.

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Cleilane Mendonça  2 anos ago
Maravilhoso e esclarecedor seu texto, me abriu os olhos para tanta coisa que vemos.
Obrigada por compartilhar.

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Portal Ambiente Legal  2 anos ago
Obrigado!

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LAUCINELIO GOMES DE RESENDE  1 ano ago
Nem Globalismo e nem Soberalismo e sim Universalismo. Infelizmente a sociedade e a cultura humana estão doentes há séculos, pois os direitos e deveres não são iguais para todos e sim para uma minoria rica, gananciosa e ignorante. Infelizmente a maioria dos países ricos exploram os paises mais pobres e subdesenvolvidos como o Brasil, pois o baixo nivel sociocultural, socioeconômico, da politicagem brasileira, científico e filosófico contribuem para manter o país subdesenvolvido e colônia indireta dos países norte-americanos, europeus , asíaticos e árabes. O índice de brasileiros desenvolvidos é muito pequeno, em virtude de não haver um ensino de qualidade para a maior parte da população brasileira ( SEM ENSINO DE QUALIDADE NÃO HÁ DESENVOLVIMENTO) daí a população brasileira continuará sendo subdesenvolvida e colônia indireta dos países desenvolvidos economicamente.

Comentários 
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