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segunda-feira, 16 de janeiro de 2023
Mostra “Nordestern: bangue-bangue à brasileira” abre agenda gratuita do ano na Cinemateca
ARTE MODERNA, SEM RIMA E SEM MÉTRICA
Allan de Kard
ZOOANTROPIA
Eu sou filhote da arte moderna.
Já nasci rompido com a métrica e o academicismo.
Minha arte vagueia no livre pensar, e num mergulho na intuição, constrói narrativas mitológicas, que quando iluminada pela razão se faz filosofia.
Religa com o Divino, não é fé Dogmática, pois é Fé raciocinada,
Jamais se perde nos labirintos da Ciência, pois é puro sentimento.
Minha arte é Sã, minha fé não é vã.
Allan de Kard Verão de 2022
quinta-feira, 12 de janeiro de 2023
PONTO DE VISTA: OS SINGULARES "TERRORISTAS " DE BRASÍLIA
Por Joaci Góes
Ao General Marcelo Guedon, que ontem aniversariou.
Entre os quase 1.600 “terroristas” detidos no último domingo em Brasília, um grande número era composto por mulheres, crianças e idosos, empregados, patrões e profissionais liberais, sem qualquer antecedente criminal. Mais uma característica marcantemente singular é que nenhuma arma, branca, de fogo ou outro artefato bélico qualquer, foi encontrado com os “terroristas”. Para alguns segmentos da mídia brasileira, porém, trata-se de “mercenários fascistas a serviço da destruição dos sólidos pilares de nossa democracia, duramente conquistada”.
Tão logo deparou esse surpreendente panorama humano da multidão que acabara de predar as sedes dos três poderes, as autoridades policiais cuidaram de libertar a grande maioria, permanecendo detidos por mais algum tempo menos de 20% do grupo original, a serem liberados, logo em seguida, para se defenderem em liberdade, se a lei brasileira se sobrepuser ao voluntarismo ora reinante no Brasil, através de práticas ditatoriais de membros do Poder Judiciário, com a parceria criminosa do Poder Legislativo, comprovando o ominoso compadrio entre poderosos grupos marginais que reciprocamente se protegem. A perplexidade do difícil momento que atravessamos, com a temível tendência a se aprofundar, confere atualidade à avaliação de Rui segundo a qual “Toda a capacidade dos nossos estadistas se esvai na intriga, na astúcia, na cabala, na vingança, na inveja, na condescendência com o abuso, na salvação das aparências, no desleixo do futuro.”
A verdade que não quer calar é que esta rebelião coletiva, utilizando métodos que reprovo, constitui uma miniatura do grande contingente nacional que não aceita o retorno de um peculatário, o maior de que se tem conhecimento no Planeta, depois de exaustivamente comprovadas e punidas suas enormes responsabilidades, ao mesmo posto que desonrou, graças à indecorosa e prostituída iniciativa de membros da Suprema Corte de anular o processo, exaustivamente acompanhado pelas tvs, que o condenou, com o propósito evidente de assegurar-lhe a impunidade pelas estradas largas da prescrição. Esta, sim: uma violência muitas vezes maior do que a quebradeira de Brasília. Como nos ensinou Rui “Se os fracos não têm a força das armas, que se armem com a força do seu direito, com a afirmação do seu direito, entregando-se por ele a todos os sacrifícios necessários para que o mundo não lhes desconheça o caráter de entidades dignas de existência na comunhão internacional.” Afinal de contas “Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!”
Não há vergonha maior na história do judiciário dos povos decentes do que a praticada por nosso Pretório Excelso, cuja credibilidade popular, na atualidade, é a menor de todos os tempos. Atos ou decisões inconstitucionais não se convalidam com a aprovação de chefes de poderes desertores do dever.
Com a soltura de Sérgio Cabral, em nome da mínima moralidade, deveríamos soltar a totalidade de nossa população carcerária. Basta comparar os anos de condenação atribuídos a Sérgio Cabral com os de Fernandinho Beira-Mar e Marcola, meros trombadinhas.
Para mostrar sólida coerência de princípios, em sua disposição de atropelar quem quer que se oponha ao seu arbítrio, o Ministro Alexandre de Moraes deveria mandar prender, também, os ex-comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica que, em nota conjunta, denunciaram os seus excessos; bem como os Generais que acompanharam com simpatia democrática o cerco que por dois meses sofreram das populações que lhes pediam para intervir. Caso contrário, crescerá o prestígio do aforismo que ensina que “boi sabe onde arrombar a cerca”, bem como o acicate de Rui: "Medo, venalidade, paixão partidária, respeito pessoal, subserviência, espírito conservador, interpretação restritiva, razão de estado, interesse supremo, como quer te chames, prevaricação judiciária, não escaparás ao ferrete de Pilatos! O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o juiz covarde."
Sem dúvida, a autoridade da justiça é moral, e sustenta-se pela moralidade das suas decisões.
Fonte: Jornal Tribuna da Bahia
segunda-feira, 9 de janeiro de 2023
ABELHAS PROCURAM FLORES
domingo, 8 de janeiro de 2023
UM BAIANO NO EXÉRCITO DE NAPOLEÃO
Um baiano no Exército de Napoleão.
Caetano Lopes de Moura (1780-1860) Nasceu na cidade de Salvador, aos 7 de Agosto de 1780, sendo filho de Maximiano Lopes de Moura, mestre carpinteiro, homem de côr, “sisudo e de sãos costumes”.
Em 1797, com apenas dezoito anos de idade, envolveu-se com a “Conspiração dos Búzios”, assim chamada porque seus adeptos usavam um pequeno búzio prezo à corrente do relógio. Descoberto o movimento revolucionário, Caetano Moura foge para Portugal e, depois de muitas agruras, matricula-se na Universidade de Coimbra.
Abandonando posteriormente a ideia de estudar em Portugal, partiu Lopes de Moura para a França, onde depois de grandes dificuldades conseguiu concluir o curso medico em Paris. Tolhido pela necessidade, ingressou Lopes de Moura no exercito francês, como ajudante de cirurgia, passando-se depois para a Legião Portuguêsa que servia sob as ordens de Napoleão Bonaparte. Tendo-se demitido do exercito, quando começou a decadência do imperio napoleônico, fixou Lopes de Moura a sua residencia em Grenoble, onde se dedicou á pratica da medicina.
Ao cabo de algum tempo, notabilizou-se pela competência, e pela cultura.
Com a derrota de 1814, Napoleão foi exilado e Caetano Moura caiu no ostracismo.
Sempre em luta com a adversidade, foi Lopes de Moura socorrido em Paris pela generosidade do imperador Pedro II, que lhe concedeu uma pensão, de maneira que o ilustre brasileiro pudesse continuar, sem embaraço, os seus trabalhos científicos e literarios. Já octogenario, faleceu em Paris, a 3 de Dezembro de 1860.
Caetano Lopes de Moura deixou numerosos trabalhos de historia, geografia, literatura e diversas traduções de obras estrangeiras. Deixou tambem uma interessante Auto-biografia, cujo autógrafo pertence ao Instituto Historico, que o possue por oferta que lhe fez o Marquês de Sapucaí.
Entre os seus trabalhos mais conhecidos, destacam-se a História de Napoleão Bonaparte e Harmonias da Criação. Lançou também várias obras didáticas, Mitologia da Mocidade, Dicionário Geográfico, Histórico e Descritivo do Império do Brasil, Epítome cronológico da História do Brasil.
Escrevendo em 1846, Caetano Lopes de Moura, exprimiu a sua profunda admiração pelo imperador francês na sua Histoire de Napoleon - uma biografia em que os gloriosos acontecimentos do passado foram celebrados segundo um certo modelo de historiografia do século XIX.. Na época da publicação do livro, ele morava na França há algum tempo. Relatando a Batalha de Wagram refere que 'esteve presente nesta inesquecível batalha como cirurgião-mor da Legião Portuguesa'. Em seu breve relato do encontro com Napoleão em Ebersdorf, ele observa com entusiasmo que "seus olhos eram tão cheios de vida que qualquer um que olhasse para eles era obrigado a abaixar os olhos até o chão, tal era o fogo emitido".
O entusiasmo é ainda mais manifesto ao descrever a queda do imperador francês: 'O grande homem caiu... glória, todo o seu gênio e toda a sua grandeza moral.' Caetano Lopes de Moura nunca mais voltou ao Brasil e passou o resto da vida na França. Morreu em 1860, depois de uma vida dominada por duas grandes figuras, Napoleão e Pedro II, Imperador do Brasil.
O exemplo de Lopes de Moura é sugestivo do poderoso fascínio que Bonaparte exerceu sobre vários intelectuais e políticos luso-brasileiros e , através deles, sobre Portugal e seu império. Pela profunda mudança que produziu nas histórias da França, da Europa e de suas colônias - redesenhando o mapa político, introduzindo o Code Civil e derrubando várias dinastias - Napoleão criou o arquétipo do herói moderno.
Ao mesmo tempo, suas ações também tiveram repercussões distintas nos impérios ibéricos, incluindo o de Portugal, receptivos ao contexto mais amplo de crise do Antigo Regime ou de uma época de revoluções. No mundo luso-brasileiro, o difícil período das invasões francesas (1807-1814 ) deu origem a representações e opiniões contrastantes sobre Napoleão e a França Imperial.
Caetano Lopes de Moura pertence ao numero dos mestiços brasileiros de origem modesta, que á custa de esforços proprios souberam elevar-se dignificando o nome de sua terra nativa. Aliás, no Brasil não foi pequeno o numero desses descendentes da raça negra que contribuiram com os frutos de sua inteligencia para a grandeza das artes e das letras patricias.
E o velho cirurgião do exercito bonapartista está, sem duvida, incluído neste numero.
FONTE: PARANHOS, Haroldo. História do romantismo no Brasil. São Paulo: Edições Cultura Brasileira, 1937.
sábado, 7 de janeiro de 2023
MUSEU DE KARD
segunda-feira, 19 de dezembro de 2022
INSTITUTO MUSEU DE KARD
quarta-feira, 2 de novembro de 2022
CANÇÃO DO AMOR SERENO
CANÇÃO DO AMOR SERENO
Vem sem receio: eu te recebo
Como um dom dos deuses do deserto
Que decretaram minha trégua, e permitiram
Que o mel de teus olhos me invadisse.
Quero que o meu amor te faça livre,
Que meus dedos não te prendam
Mas contornem teu raro perfil
Como lábios tocam um anel sagrado.
Quero que o meu amor te seja enfeite
E conforto, porto de partida para a fundação
Do teu reino, em que a sombra
Seja abrigo e ilha.
Quero que o meu amor te seja leve
Como se dançasse numa praia uma menina.
Lya Luft
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
18ª EDIÇÃO PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA
Em sua 18ª edição, o Panorama Internacional Coisa de Cinema retoma a programação 100% presencial e volta a ser realizado em Cachoeira. O festival acontece de 3 a 9 de novembro, no Cine Metha (Salvador) e no Cine Theatro Cachoeirano (Cachoeira). #bahia #CulturaEmMovimento #GovBa #SecultBA #salvador
➕Infos: http://ow.ly/2RLr50LpUma
segunda-feira, 10 de outubro de 2022
sábado, 1 de outubro de 2022
PARA OS QUE VIRÃO
terça-feira, 27 de setembro de 2022
domingo, 18 de setembro de 2022
CAMINHADA DA VITÓRIA
_Gestores de Seabra, Brumado, Brotas de Macaúbas, São José de Vitória e Novo Horizonte afirmaram que a população de seus municípios quer mudança na forma de governar a Bahia_
Em apenas uma semana, o candidato a governador ACM Neto (União Brasil) recebeu o apoio de cinco prefeitos, sendo quatro eleitos por partidos que integram a base do governo. Desde a última terça-feira (13) até este domingo (19), aderiram oficialmente à campanha os prefeitos Fábio Lago Sul (PP, Seabra), Eduardo Vasconcelos (sem partido, mas eleito pelo PSB em Brumado), Dr. Kléber (PSB, Brotas de Macaúbas), Jeová Nunes (PSB, São José da Vitória) e Djalma Anjos (PP), Novo Horizonte. Além dos prefeitos, mais de 20 vereadores dos cinco municípios também abandonaram a base governista e fizeram a “portabilidade”.
“Tenho certeza que a experiência e o trabalho de ACM Neto nos oito anos em que administrou Salvador são as maiores credenciais do que será feito no governo estadual a partir de 1º de janeiro do ano que vem, quando ele tomar posse”, afirmou o prefeito Fábio Lago Sul, que foi reeleito em 2020 com 60,87% dos votos. “Os apoios e a confiança dos prefeitos, vereadores, candidatos e lideranças revelam o desejo de mudança que tomou conta de todos os 417 municípios da Bahia e mostram que estamos no caminho certo, rumo a uma grande vitória no dia 2 de outubro”, disse ACM Neto.
Além do apoio ao candidato do União Brasil, os cinco gestores têm em comum críticas ao governo estadual. “Fomos completamente abandonados pelo governador Rui Costa e as promessas simplesmente não foram cumpridas”, disse o prefeito Jeová Nunes. “A população de Brotas de Macaúbas, em sua grande maioria, está muito insatisfeita com o governo estadual e quer ACM Neto como governador”, afirmou Dr. Kléber.
“Estamos a duas semanas das eleições, na reta final, e no momento mais importante temos recebido apoios muito importantes. Desde o início de minha caminhada tenho falado que se Deus e os baianos me derem a oportunidade de ser governador vou trabalhar muito para fazer a melhor administração do Brasil, como fiz em Salvador, e honrar cada voto recebido”.
*Apoio petista*- Também esta semana ACM Neto recebeu o apoio de um candidato que disputou as últimas eleições pelo
PT e continua filiado ao partido. Ézio da Farmácia disputou a prefeitura de Ibitiara em 2020, mas agora em 2022 decidiu seguir com o candidato a governador que faz oposição ao partido.
"Para nós é um prazer enorme receber ACM Neto em nossa cidade. O que a gente espera dele é que venha desempenhar um grande governo na Bahia, assim como fez em Salvador por oito anos. Foi isso que nos levou a apoiá-lo neste ano. Esse é o voto de confiança que não só eu, mas todo o nosso grupo está dando ao próximo governador da Bahia", disse Ézio da Farmácia.
Fonte: ASCOM João Leão
segunda-feira, 22 de agosto de 2022
FILMES HOMENAGEADOS NO I FESTIVAL DE CINEMA DE MARACANGALHA
Lembranças do futuro / Memories of the future
DIREÇÃO: RICARDO ECHE
DURAÇÃO: 45:00
domingo, 21 de agosto de 2022
FILMES HOMENAGEADOS NO I FESTIVAL DE CINEMA DE MARACANGALHA
MANDINGA EM MANHATTAN
DIREÇÃO: LÁZARO FARIA
DURAÇÃO: 54:22
FILMES HOMENAGEADOS NO I FESTIVAL DE CINEMA DE MARACANGAL
O Corneteiro Lopes
DIREÇÃO: LÁZARO FARIA
DURAÇÃO: 20:38
FILMES HOMENAGEADOS NO I FESTIVAL DE CINEMA DE MARACANGALHA
REVOADA TRAILER - Português
DIREÇÃO: JOSÉ UMBERTO DIAS
DURAÇÃO: 1:20:00
FILMES HOMENAGEADOS NO I FESTIVAL DE CINEMA DE MARACANGALHA
PARAÍSO INSÓLITO (Stranger Paradise ) Filme completo
DIREÇÃO: ANSELMO VASCONCELLOS
DURAÇÃO: 19:04
FILMES HOMENAGEADOS NO I FESTIVAL DE CINEMA DE MARACANGALHA
Cascalho_2004_filme completo
DIREÇÃO: TUNA ESPINHEIRA
DURAÇÃO: 1:44:48
ALÔ BOYS! (O Filme)
Quinto filme em Maracangalha
Os Pitorescos Personagens de Maracangalha
Quarto filme em Maracangalha
EREMITA ROSA - A Grande Dama de Maracangalha (2012) VM Filmes
Terceiro filme em Maracangalha
UM GRANDE SAMURAI - José Augusto Berbert de Castro (2008) VM Filmes
Segundo filme em Maracangalha
CINE MARACANGALHA
Primeiro filme feito em Maracangalha em 2008
quarta-feira, 17 de agosto de 2022
ATÉ QUANDO VIA BAHIA?
Até quando vamos aturar a VIABAHIA?
por José Maria Caires - Duplica Sudoeste
No dia 04 de março de 2020, tivemos uma audiência com o então ministro da Infraestrutura, Tarcisio de Freitas. Naquela oportunidade ele trabalhava com a possibilidade de uma possível intervenção na VIABAHIA, que, infelizmente, acabou não acontecendo.
Tive a oportunidade de me pronunciar na ocasião do encontro com o ministro e aproveitei para sugerir que ele fizesse um TAC -Termo de Ajuste de Contrato, solução que ele considerou inadequada naquele momento.
A relutância da ANTT em fazer a revisão contratual quinquenal, tem favorecido unicamente à concessionária, tanto judicial quanto financeiramente, já que muitas das contrapartidas previstas não estão sendo realizadas, enquanto as cabines de pedágio continuam arrecadando milhares de reais todos os dias.
Infelizmente a ANTT não percebe o quanto beneficia indevidamente a VIABAHIA com essa falta de atitude, ao mesmo tempo em que gera prejuízos incalculáveis para os usuários que pagam para transitar na estrada e não estão recebendo de volta os benefícios a que teriam direito.
Nas últimas semanas nem os serviços básicos de manutenção do asfalto estão sendo realizados a contento, sendo possível encontrar vários buracos e inúmeros consertos mal feitos em vários trechos da rodovia entre Feira de Santana e Vitória da Conquista.
.Até quando vamos aturar a VIABAHIA?
Não se surpreendam se o pedágio chegar aos R$ 14,00. E o pior, sem duplicação da BR-116.
Fonte: https://portalcontraponto.com/noticia/1247449/ate-quando-vamos-aturar-a-viabahia
quarta-feira, 10 de agosto de 2022
ZELITO VIANA ( O DR. FANTÁSTICO)
AS MEMÓRIAS DE ZELITO
Por Amir Labaki
Zelito Viana é um homem-cinema. São quase seis décadas de dedicação. Como poucos, fez de tudo, e assim nos conta no livro de memórias que finalmente lança, “Os Filmes e Eu” (Record, 296 págs, R$ 69,90).
Engenheiro de formação, Zelito é sobretudo produtor e diretor, mas também ator e fotógrafo, roteirista e selecionador musical, fomentador público (na Embrafilme de Roberto Farias de meados dos anos 1970) e distribuidor comercial (até de VHs e DVDs na Globo Vídeo). Há 57 anos mantem ativa sua produtora, a MAPA, que herdou o nome da revista cultural baiana tocada, entre outros, pelo jovem Glauber Rocha (1939-1981).
Seus primeiros passos na produção coincidem com a aurora do Cinema Novo. Pudera: um de seus próceres, ninguém menos que Leon Hirszman (1937-1987), seu colega nos estudos de engenharia, o convidou para fazer a transição profissional. No calor da hora, ou algum tempo depois, Zelito trabalhou com boa parte da patota: Cacá Diegues, Eduardo Coutinho (1933-2014), Glauber, Leon, Paulo César Saraceni (1932-2012), Walter Lima Jr.
No documentário rodado por Joaquim Pedro de Andrade (1932-1988) sobre o movimento para uma TV alemã, “Cinema Novo -Improvisiert Und Zielbewusst” (1967), ei-lo apresentado correndo salas de cinema, ao lado de Cacá, para conferir o público de “A Grande Cidade”. Outro registro histórico está no livro: a Santa Ceia do Cinema Novo segundo David Drew Zingg (1923-2000), na foto batida em 1967 em mesa do Bar Zeppelin, em Ipanema, Rio. Quatro já se foram: Nélson Pereira dos Santos (1928-2018), Leon, Glauber e Joaquim Pedro. Quatro mantém alto a bandeira: Luiz Carlos Barreto, Ruy Guerra, Walter Lima Jr e o próprio Zelito.
“Os Filmes e Eu” repassa, em prosa despojada e ordem cronológica, a vida do cearense que se especializou na Europa em engenharia siderúrgica até não resistir ao chamado de Leon. A agilidade com números serviu-lhe de passaporte inicial. O amor por filmes desde a infância prenunciava a guinada. A proximidade com um dos irmãos mais velhos, o extraordinário humorista e escritor Chico Anysio (1931-2012), referendava a vocação familiar.
Sem cerimônia, Zelito reconstitui sua trajetória, discorrendo tanto sobre os grandes filmes que produziu e dirigiu quanto sobre os trabalhos de ocasião, de institucionais a campanhas políticas. A memória prodigiosa oferece anedotas deliciosas sobre quase todas as produções e perfis breves e carinhosos sobre personalidades (João Gilberto, Juruna, Mário Henrique Simonsen) e anônimos marcantes com quem conviveu.
“Terminar ‘Cabra Marcado para Morrer’ foi minha primeira tarefa a executar no mundo de cinema”, lembra Zelito. Duas décadas se passaram até conclui-la. Interrompidas as filmagens devido à eclosão do golpe de 1964, a inviabilidade de terminar o filme foi reconhecida a partir de uma projeção do copião nos laboratórios da Líder no Rio. “Nos vinte anos que se seguiram ao golpe militar, Eduardo Coutinho foi um homem obcecado pelo desejo de completar sua obra”, testemunha. O que era uma ficção engajada, na linha do CPC (Centro Popular de Cultura), se reencantaria num documentário de cristalina originalidade.
Zelito debutou como produtor com “A Grande Cidade” (1966), longa-metragem de estreia de Cacá Diegues, a quem conhecia de vista dos tempos no tradicional colégio Santo Inácio. Voltariam a trabalhar juntos em “Quando o Carnaval Chegar” (1973) e “Veja Esta Canção” (1994).
A parceria mais prolífica foi com Glauber, a quem conheceu na saída da citada projeção do primeiro “Cabra” na Líder. Estiveram juntos do curta documental “Maranhão 66” até o fim da década: “Terra em Transe” (1967), “Câncer” (1968), “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1968), “Der Leone Have Sept Cabeças” (1970). O título do último foi sacada dele. A recusa em produzir “A Idade da Terra” (1980) os afastou até a precoce morte de Glauber em 1981.
Nem só de obras-primas se constrói mais de meio século de carreira audiovisual. É assim admirável como Zelito não se furta de recordar produções eminentemente comerciais de grande sucesso, como o policial “Máscara da Traição” (1969) de Roberto Pires, com o casal Glória Menezes/Tarcísio Meira, e de retumbante fracasso, como sua primeira direção solo, “O Doce Esporte do Sexo” (1970), uma comédia de esquetes protagonizada pelo irmão, Chico Anysio.
Filmes melhores viriam. Adaptado do romance “Alma” de Oswald de Andrade (1890-1954), “Os Condenados” (1974) talvez seja ainda seu ápice no cinema ficcional. Rodado durante dois anos, “Terra dos Índios” (1979) é um marco na denúncia da violência contra as nações indígenas brasileiras, infelizmente ainda atualíssimo. Devemos a Zelito ainda os melhores retratos do poeta Ferreira Gullar (1930-2016), do dramaturgo Augusto Boal (1931-2009) e de seu multitalentoso irmão (“Chico Anysio É”, de 2006). O músico Egberto Gismonti será o próximo, anuncia o livro. O homem-cinema não para.
Fonte: http://etudoverdade.com.br/br/noticia/2217-As-Memorias-de-Zelito
segunda-feira, 8 de agosto de 2022
ANSELMO VASCONCELLOS
Anselmo Carneiro Almeida Vasconcelos (Rio de Janeiro, 1° de dezembro de 1953) é um ator brasileiro de cinema, teatro e televisão.
Já participou de mais de 50 filmes, entre os quais se destacam: Se segura, malandro!, de 1978, e Bar Esperança, o último que fecha, de 1983, ambos de Hugo Carvana; A república dos assassinos, de 1979, de Miguel Faria Jr., e Brasília 18%, de 2006, de Nelson Pereira dos Santos, entre outros.
Na televisão, participou de telenovelas e minisséries, no humorístico Bronco, exibido pela Band, e atualmente atua na novela Genesis e Reis da Rede Record
Carreira
Na televisão
Ano Título Papel 1978 Ciranda Cirandinha Tavito 1979 Plantão de Polícia 1980 Ciranda Cirandinha O Bem-Amado Boca de Tramela 1981 Brilhante Tavares Obrigado Doutor 1982 Sítio do Picapau Amarelo Serapião 1983 Eu Prometo Jair 1984 Transas e Caretas Ronaldo 1985 Um Sonho a Mais Edgar Chaves / Edson Chaves 1986 Anos Dourados Capitão Serpa 1987 - 1990 Bronco Chacal de Souza 1990 Araponga Bitola 1991 Amazônia Ezequiel Salomé Capivara 1992 - 1993 Incrível, Fantástico, Extraordinário 1993 - 1999 Você Decide 1994 A Viagem Presidiário 1995 Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados 1996 A Vida Como Ela é... Caça Talentos Tony Dark 1997 A Justiceira Paco Mandacaru Coronel Fontes Sai de Baixo Bartolomeu 1998 Brida Henrique Corpo Dourado Naldo Hilda Furacão Jabuti Pecado Capital Jomar 2000 Esplendor Rajão 2001 - 2011 Zorra Total Vários Personagens 2009 Toma Lá, Dá Cá Antônio Carlos 2015 Zorra Vários personagens[3] 2018 Treme Treme Pirarucu 2021 Gênesis Ismael (idoso) 2022 Reis Guedór, Rei dos Filisteus Cara e Coragem Milton Figueira No cinema
Ano Título Papel 1978 Fim de Festa Valentim[4] Se Segura, Malandro Beto[5] J.J.J., O Amigo do Super-Homem O Escolhido de Iemanjá Tudo Bem 1979 A República dos Assassinos Eu matei Lúcio Flávio Terror e Êxtase Amante Latino 1980 Perdoa-me por Me Traíres Consórcio de Intrigas 1981 Eles Não Usam Black-Tie O Torturador 1982 O Segredo da Múmia Runamb[6] 1983 Bar Esperança O Bom Burguês 1985 Chico Rei Tropclip Urubus e Papagaios 1990 A Rota do Brilho 1991 A Maldição do Sanpaku 1994 Boca 1995 Sombras de Julho Yemanján tyttäret 1996 Quem Matou Pixote? Sambolico 1997 O Homem Nu 1998 Vox Populi (curta-metragem) 1999 O Dia da Caça 2001 Condenado à Liberdade Detetive Osmar 2003 Apolônio Brasil, Campeão da Alegria 2005 O Xadrez das Cores (curta-metragem) 2006 Brasília 18% Madrugada de Inverno (curta-metragem) O Farol de Santo Agostinho (curta-metragem) 2007 Primo Basílio Último Páreo It's A Very Nice Pra Xuxu O Jogador República dos Ratos 2009 Tempos de Paz 2011 Réquiem para Laura Martin 2011 Chico Xavier Perácio 2017 Gente Igual a Você (curta-metragem) 2019 O Amor Dá Trabalho chefe do limbo 2021 O Silêncio da Chuva Cláudio Lucena Referências
- «Izabelle Valladares entrevista o ator e produtor Anselmo Vasconcellos - Entrevista». www.recantodasletras.com.br. Consultado em 6 de março de 2012
- «Anselmo Vasconcelos -Famosos - Vida - Contigo». contigo.abril.com.br. Consultado em 6 de março de 2012. Arquivado do original em 19 de dezembro de 2011
- GShow (29 de abril de 2015). «Dani Calabresa aceita desafio de Fabiana Karla em lançamento do Zorra». Globo.com
- Cinemateca Brasileira, Fim de Festa [em linha]
- Cinemateca Brasileira, Se Segura, Malandro [em linha]