A VM FILMES cria, planeja e executa projetos para eventos culturais e comerciais, televisão e cinema, com soluções criativas e inovadoras para nossos clientes e parceiros. Produzimos filmes publicitários, documentários, filmes de longa metragem, séries para TV, internet e celular, exposições de arte e eventos multimídias Fazemos também co-produção.Tudo em Salvador - BA, e Vitória da Conquista - BA. (71) 99211 4554 / (77) 99815 2848 ANCINE: 37269, e-mail: vmfilmes269@gmail.com
Mostrando postagens com marcador #google. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #google. Mostrar todas as postagens
quarta-feira, 11 de maio de 2022
domingo, 8 de maio de 2022
NOSSA TÉCNICA DE FILMAR
Xeno Veloso, Beto Magno e Tábita Rezedá
ENQUADRAMENTOS
O enquadramento é o campo visual capturado pela objectiva da câmara. A esse
elemento capturado chamamos plano, o qual mediante a disposição dos elementos
ganha diferentes valores significativos e diferentes tempos de leitura.
São vários os tipos de enquadramento que se podem usar no momento de filmar.
Neste tipo de plano as costas e o ombro do
jornalista podem aparecer em algumas das
respostas do entrevistado, embora vá criar algum
ruído na imagem.
O entrevistado deve surgir sempre em primeiro
plano, olhando na direção do jornalista
O jornalista pode surgir em primeiro plano nas
perguntas, com um enquadramento similar ao do
entrevistado.
Este plano normalmente é gravado
posteriormente ao fim da entrevista. Nesta fase o
jornalista pode também “perguntar” usando como
imagem um plano médio, dando assim mais recursos de imagem para o trabalho de
edição
PLANOS DE CORTE
Este tipo de plano é essencial na construção de uma peça de televisiva já que permite a
mudança de planos, locais e momentos.
Um dos planos mais famosos em televisão é o plano de corte que utiliza as mãos do
entrevistado. Este típico plano causa ruído e distração sendo por isso considerado uma
coisa do passado.
Outros planos, não menos famosos, são o de alguém a escrever ou a imagem de uma
outra câmara de filmar. Estas também são imagens do passado que nada acrescentam e
que também causam ruídos, distração, quebra na história visual.
Ao usar o plano de mãos como plano de corte, o telespectador perde a atenção, e a
peça fica prejudicada na sua sequência informativa, já que as mãos não se relacionam
com o conteúdo.
Este plano deve ser substituídos por planos abertos, planos fechados ou pela utilização
do plano e do contra-plano do jornalista e do entrevistado.
OS CONTRA-PLANOS
É um plano recomendado sempre que existam condições para tal, já que facilita a edição
do diálogo.
O que é contra-plano do entrevistado? É a gravação deste calado enquanto olha para o
jornalista que lhe coloca a questão.
Por sua vez, o contra plano do jornalista, é naturalmente a imagem oposta, olha para o
entrevistado ouvindo-o numa atitude neutra, sem movimentos de cabeça a dizer que
“sim” ou “não”, nem recorrendo ao “uhm, uhm”.
O repórter de imagem é essencial nestas situações, já que deve avisar o jornalista dos
movimentos de cabeça caso eles existam.
O jornalista neste momento caso use microfone de mão, deve ter o cuidado, de efetuar
as questões colocando o microfone sempre à mesma distância que usou para colocar a
questão ao entrevistado durante a entrevista.
PLANO GERAL
O plano inteiro é outro que facilita o trabalho de edição.
Nas entrevistas em salas ou gabinetes, o plano geral
deve ser feito para que apareça o jornalista e o
respectivo entrevistado na imagem.
Este plano pode ser feito mais cedo, enquanto o
jornalista prepara a entrevista na conversa prévia com o entrevistado, ou pode ser feita
no fim, quando a entrevista terminou.
AS REGRAS
OS 180º
É uma regra que os repórteres de imagem devem respeitar. Traça-se uma linha
imaginária que une o jornalista ao entrevistado, e apenas se trabalha de um desses
lados, respeitando sempre o ângulo dos 180º, conforme a figura:
Ao ser respeitada a regra, o telespectador tem a facilidade de perceber que mesmo que
o jornalista e o entrevistado não apareçam juntos, o entrevistado está voltado para o
jornalista e vice-versa.
Centros de interesse
O interesse do telespectador sobe em função da localização do centro da imagem.
O centro de interesse principal deverá ser colocado no terço direito da imagem.
Se a imagem tiver um único centro de interesse, toda a ação se centra nele.
A imagem poderá ter dois centros de interesse e nesse caso a nossa atenção divide-se
por ambos.
Se uma imagem tiver vários centros de interesse, a atenção varia, centrando-se
alternadamente num ou noutro ponto, conforme a sua posição relativa
ESCALA DE PLANOS
Considerando um homem como exemplo, podemos dividir o seu espaço em três
grandes áreas demonstrativas
1. A que nos mostra o ambiente que o envolve
2. A que nos permite observar a ação que executa
3. A que nos possibilita analisar a sua expressão
Desta forma surgem três grupos de planos: Ambiente, Ação e Expressão
Os planos de ambiente podem ser:_ PMG – Plano Muito Geral
_ PG – Plano Geral
Os planos de ação podem ser:
_PGM – Plano Geral Médio
_PA – Plano Americano
_ PM – Plano Médio
Os planos de expressão podem ser:
_ PP – Plano Próximo
_ GP – Grande Plano
_ MGP – Muito Grande Plano
_ PD – Plano de Detalhe
AS CARACTERÍSTICAS DOS DIVERSOS PLANOS
PLANO MUITO GERAL (PMG) – É o plano que não tem
qualquer limite, é bastante geral. Contém, essencialmente, o
ambiente. O elemento humano quase que não é visível na
imagem.
PLANO GERAL (PG) – Este plano também se centra no
ambiente. Apesar disso já se vê o elemento humano na
imagem. Este plano já contém alguma ação apesar de o
ambiente ainda prevalecer.
PLANO AMERICANO (PA)Neste plano, apesar do ambiente
estar presente, o conteúdo principal é a acção das personagens.
O limite inferior da imagem corta o ser humano pelo meio da
coxa.
PLANO MÉDIO (PM) – O ambiente não surge neste plano. Este
plano caracteriza-se fundamentalmente pela ação da parte
superior do corpo humano. O plano é cortado pela cintura. Este
plano é considerado um plano intermédio entre a ação e a
expressão.PLANO PRÓXIMO (PP) – Este plano é cortado pouco abaixo das
axilas. Permite por exemplo imagens de alguém a fumar,
cortando totalmente o ambiente em redor. Este tipo de planos
privilegia o que é transmitido pela expressão facial.
GRANDE PLANO (GP) – Este plano é a expressão na sua máxima
importância. É um plano que é cortado pela parte superior dos
ombros. Este plano retira a ação e o ambiente da imagem.
MUITO GRANDE PLANO (MGP) – Plano de expressão exagerado.
É um plano que ao ser cortado pelo queixo e pela testa permite
que seja aumentada a carga emotiva da imagem para o
telespectador.
PLANO DE DETALHE (PD) – Este plano foca apenas parte de um
corpo, desmontando assim o corpo humano. Este plano permite
também que seja aumentada a carga emotiva da imagem, ao
focar, por exemplo, uns olhos a chorar.
Ao introduzirmos movimento na câmara, criamos outro tipo de planos dependentes
desse movimento ou do uso de um ângulo diferente dado à câmara. Assim temos:
FOCA-DESFOCA – Plano em que ao focar-se o primeiro elemento mais próximo desfocase
o segundo elemento.
ZOOM – Aproximação, ou afastamento, a determinado objecto. Este tipo de plano deve
ser equilibrado, não deve ser muito rápido nem exageradamente lento
PANORÂMICAS – Normalmente é um movimento efectuado de acordo com a nossa
leitura ou seja da esquerda para a direita apesar de se poder efectuar no sentido
contrário. Também é um plano que requer equilíbrio, não devendo ser nem muito
rápido nem muito lento. Neste plano, o movimento da câmara é apoiado no eixo do
tripé.
TILTS – Movimento parecido com a panorâmica. O movimento é também efectuado
normalmente de acordo com a nossa leitura, de cima para baixo, apesar de se poder
efectuar no sentido oposto. É também um plano que requer equilíbrio, não deve ser
nem muito rápido nem muito lento.
TRAVELLING – Movimento bastante utilizado no cinema. A câmara efectua um
determinado percurso. Este tipo de plano é normalmente utilizado em situações de
explicação de determinada situação/movimento.
TRACKING - Movimento que segue uma personagem ou um objecto que se movimenta,
como se fosse uma perseguição.
Este género de planos deve ser utilizado com bom senso. O uso excessivo na mesma
peça deste género de planos acaba por transmitir a ideia de um trabalho feito à imagem
de um vídeo de casamento.
ALGUNS APONTAMENTOS RELATIVAMENTE AOS PLANOS
Apesar da descrição sucinta de cada plano, os limites referidos nunca são rígidos. Cada
caso é um caso, e se determinado plano (feito de acordo com as regras apontadas) é
indicado para determinada peça isso não significa que esse mesmo plano resulte na
peça seguinte.
O repórter de imagem, em consonância com o jornalista, seu colega de equipa, deve
optar sempre pelos planos que vão encaixar na história. Para isso é fundamental o trabalho de equipa e um perfeito conhecimento das razões pela qual estão a fazer
aquele trabalho. Uma boa preparação do trabalho é fundamental para que exista um
bom trabalho de equipa.
Nota: Filmar é contar uma história, não é apontar a câmara e carregar no botão.
ERROS DE ENQUADRAMENTO
A IMAGEM EGÍPCIA
Um erro habitual é quando o entrevistado fica de lado para a câmara, ficando assim o
entrevistado de lado, e metade do visor vazio. É uma imagem pobre e errada, que nada
diz ao telespectador.
Este erro tem uma solução extremamente fácil, o jornalista coloca-se sempre ao lado da
câmara de filmar. O entrevistado surge bem enquadrado na imagem já que olha para os
olhos do jornalista. Desta forma o telespectador pode observar as expressões do
entrevistado, detalhes que acabam por reforçar a ligação entre o entrevistado e o
telespectador.
IMAGENS PICADAS
O olhar da pessoa deve estar sempre ao nível da objectiva. Nunca se deve filmar um
convidado ou jornalista de cima para baixo (picado), ou ao contrário de baixo para cima
(contrapicado). No caso de alguém filmado de cima para baixo estamos a dar uma
imagem do convidado de ser alguém diminuído. Se o convidado for filmado de baixo
para cima estamos também a dar uma falsa imagem de poder.
ABERTURAS, PASSAGENS E FECHOS
O jornalista nunca deve surgir em plano próximo em
qualquer destas situações devendo usar o plano médio.
A posição do jornalista deve ser ligeiramente diagonal,
com o cenário em fundo. O telespectador fica, desta
forma, com um enquadramento mais agradável
Ao usar as passagens, o jornalista nunca deve ficar no centro da imagem, mas sim num
dos lados, para que o ponto de fuga ser aproveitado, valorizando a informação visual.
Neste tipo de imagens o limite é sempre a cintura. Porém, caso seja necessário, pode-se
usar o plano inteiro, sendo este fechado até se atingir a zona da cintura.
Para este tipo de imagens serem utilizadas e bem feitas o trabalho de equipa entre o
jornalista e o repórter de imagem é fundamental. Assim o conjunto do ambiente e do
jornalista saem reforçados.
Os movimentos de câmara e do jornalista devem ser treinados para que exista
sincronização.
As passagens, aberturas e encerramentos não devem ser iguais. O jornalista deve ter
todas as condições para uma boa imagem e o repórter de imagem deve orientar o
jornalista de modo a que os enquadramentos sejam os corretos.
Este tipo de planos deve reforçar o trabalho da equipa e a qualidade do trabalho e não o
contrário.
O enquadramento é o campo visual capturado pela objectiva da câmara. A esse
elemento capturado chamamos plano, o qual mediante a disposição dos elementos
ganha diferentes valores significativos e diferentes tempos de leitura.
São vários os tipos de enquadramento que se podem usar no momento de filmar.
Neste tipo de plano as costas e o ombro do
jornalista podem aparecer em algumas das
respostas do entrevistado, embora vá criar algum
ruído na imagem.
O entrevistado deve surgir sempre em primeiro
plano, olhando na direção do jornalista
O jornalista pode surgir em primeiro plano nas
perguntas, com um enquadramento similar ao do
entrevistado.
Este plano normalmente é gravado
posteriormente ao fim da entrevista. Nesta fase o
jornalista pode também “perguntar” usando como
imagem um plano médio, dando assim mais recursos de imagem para o trabalho de
edição
PLANOS DE CORTE
Este tipo de plano é essencial na construção de uma peça de televisiva já que permite a
mudança de planos, locais e momentos.
Um dos planos mais famosos em televisão é o plano de corte que utiliza as mãos do
entrevistado. Este típico plano causa ruído e distração sendo por isso considerado uma
coisa do passado.
Outros planos, não menos famosos, são o de alguém a escrever ou a imagem de uma
outra câmara de filmar. Estas também são imagens do passado que nada acrescentam e
que também causam ruídos, distração, quebra na história visual.
Ao usar o plano de mãos como plano de corte, o telespectador perde a atenção, e a
peça fica prejudicada na sua sequência informativa, já que as mãos não se relacionam
com o conteúdo.
Este plano deve ser substituídos por planos abertos, planos fechados ou pela utilização
do plano e do contra-plano do jornalista e do entrevistado.
OS CONTRA-PLANOS
É um plano recomendado sempre que existam condições para tal, já que facilita a edição
do diálogo.
O que é contra-plano do entrevistado? É a gravação deste calado enquanto olha para o
jornalista que lhe coloca a questão.
Por sua vez, o contra plano do jornalista, é naturalmente a imagem oposta, olha para o
entrevistado ouvindo-o numa atitude neutra, sem movimentos de cabeça a dizer que
“sim” ou “não”, nem recorrendo ao “uhm, uhm”.
O repórter de imagem é essencial nestas situações, já que deve avisar o jornalista dos
movimentos de cabeça caso eles existam.
O jornalista neste momento caso use microfone de mão, deve ter o cuidado, de efetuar
as questões colocando o microfone sempre à mesma distância que usou para colocar a
questão ao entrevistado durante a entrevista.
PLANO GERAL
O plano inteiro é outro que facilita o trabalho de edição.
Nas entrevistas em salas ou gabinetes, o plano geral
deve ser feito para que apareça o jornalista e o
respectivo entrevistado na imagem.
Este plano pode ser feito mais cedo, enquanto o
jornalista prepara a entrevista na conversa prévia com o entrevistado, ou pode ser feita
no fim, quando a entrevista terminou.
AS REGRAS
OS 180º
É uma regra que os repórteres de imagem devem respeitar. Traça-se uma linha
imaginária que une o jornalista ao entrevistado, e apenas se trabalha de um desses
lados, respeitando sempre o ângulo dos 180º, conforme a figura:
Ao ser respeitada a regra, o telespectador tem a facilidade de perceber que mesmo que
o jornalista e o entrevistado não apareçam juntos, o entrevistado está voltado para o
jornalista e vice-versa.
Centros de interesse
O interesse do telespectador sobe em função da localização do centro da imagem.
O centro de interesse principal deverá ser colocado no terço direito da imagem.
Se a imagem tiver um único centro de interesse, toda a ação se centra nele.
A imagem poderá ter dois centros de interesse e nesse caso a nossa atenção divide-se
por ambos.
Se uma imagem tiver vários centros de interesse, a atenção varia, centrando-se
alternadamente num ou noutro ponto, conforme a sua posição relativa
ESCALA DE PLANOS
Considerando um homem como exemplo, podemos dividir o seu espaço em três
grandes áreas demonstrativas
1. A que nos mostra o ambiente que o envolve
2. A que nos permite observar a ação que executa
3. A que nos possibilita analisar a sua expressão
Desta forma surgem três grupos de planos: Ambiente, Ação e Expressão
Os planos de ambiente podem ser:_ PMG – Plano Muito Geral
_ PG – Plano Geral
Os planos de ação podem ser:
_PGM – Plano Geral Médio
_PA – Plano Americano
_ PM – Plano Médio
Os planos de expressão podem ser:
_ PP – Plano Próximo
_ GP – Grande Plano
_ MGP – Muito Grande Plano
_ PD – Plano de Detalhe
AS CARACTERÍSTICAS DOS DIVERSOS PLANOS
PLANO MUITO GERAL (PMG) – É o plano que não tem
qualquer limite, é bastante geral. Contém, essencialmente, o
ambiente. O elemento humano quase que não é visível na
imagem.
PLANO GERAL (PG) – Este plano também se centra no
ambiente. Apesar disso já se vê o elemento humano na
imagem. Este plano já contém alguma ação apesar de o
ambiente ainda prevalecer.
PLANO AMERICANO (PA)Neste plano, apesar do ambiente
estar presente, o conteúdo principal é a acção das personagens.
O limite inferior da imagem corta o ser humano pelo meio da
coxa.
PLANO MÉDIO (PM) – O ambiente não surge neste plano. Este
plano caracteriza-se fundamentalmente pela ação da parte
superior do corpo humano. O plano é cortado pela cintura. Este
plano é considerado um plano intermédio entre a ação e a
expressão.PLANO PRÓXIMO (PP) – Este plano é cortado pouco abaixo das
axilas. Permite por exemplo imagens de alguém a fumar,
cortando totalmente o ambiente em redor. Este tipo de planos
privilegia o que é transmitido pela expressão facial.
GRANDE PLANO (GP) – Este plano é a expressão na sua máxima
importância. É um plano que é cortado pela parte superior dos
ombros. Este plano retira a ação e o ambiente da imagem.
MUITO GRANDE PLANO (MGP) – Plano de expressão exagerado.
É um plano que ao ser cortado pelo queixo e pela testa permite
que seja aumentada a carga emotiva da imagem para o
telespectador.
PLANO DE DETALHE (PD) – Este plano foca apenas parte de um
corpo, desmontando assim o corpo humano. Este plano permite
também que seja aumentada a carga emotiva da imagem, ao
focar, por exemplo, uns olhos a chorar.
Ao introduzirmos movimento na câmara, criamos outro tipo de planos dependentes
desse movimento ou do uso de um ângulo diferente dado à câmara. Assim temos:
FOCA-DESFOCA – Plano em que ao focar-se o primeiro elemento mais próximo desfocase
o segundo elemento.
ZOOM – Aproximação, ou afastamento, a determinado objecto. Este tipo de plano deve
ser equilibrado, não deve ser muito rápido nem exageradamente lento
PANORÂMICAS – Normalmente é um movimento efectuado de acordo com a nossa
leitura ou seja da esquerda para a direita apesar de se poder efectuar no sentido
contrário. Também é um plano que requer equilíbrio, não devendo ser nem muito
rápido nem muito lento. Neste plano, o movimento da câmara é apoiado no eixo do
tripé.
TILTS – Movimento parecido com a panorâmica. O movimento é também efectuado
normalmente de acordo com a nossa leitura, de cima para baixo, apesar de se poder
efectuar no sentido oposto. É também um plano que requer equilíbrio, não deve ser
nem muito rápido nem muito lento.
TRAVELLING – Movimento bastante utilizado no cinema. A câmara efectua um
determinado percurso. Este tipo de plano é normalmente utilizado em situações de
explicação de determinada situação/movimento.
TRACKING - Movimento que segue uma personagem ou um objecto que se movimenta,
como se fosse uma perseguição.
Este género de planos deve ser utilizado com bom senso. O uso excessivo na mesma
peça deste género de planos acaba por transmitir a ideia de um trabalho feito à imagem
de um vídeo de casamento.
ALGUNS APONTAMENTOS RELATIVAMENTE AOS PLANOS
Apesar da descrição sucinta de cada plano, os limites referidos nunca são rígidos. Cada
caso é um caso, e se determinado plano (feito de acordo com as regras apontadas) é
indicado para determinada peça isso não significa que esse mesmo plano resulte na
peça seguinte.
O repórter de imagem, em consonância com o jornalista, seu colega de equipa, deve
optar sempre pelos planos que vão encaixar na história. Para isso é fundamental o trabalho de equipa e um perfeito conhecimento das razões pela qual estão a fazer
aquele trabalho. Uma boa preparação do trabalho é fundamental para que exista um
bom trabalho de equipa.
Nota: Filmar é contar uma história, não é apontar a câmara e carregar no botão.
ERROS DE ENQUADRAMENTO
A IMAGEM EGÍPCIA
Um erro habitual é quando o entrevistado fica de lado para a câmara, ficando assim o
entrevistado de lado, e metade do visor vazio. É uma imagem pobre e errada, que nada
diz ao telespectador.
Este erro tem uma solução extremamente fácil, o jornalista coloca-se sempre ao lado da
câmara de filmar. O entrevistado surge bem enquadrado na imagem já que olha para os
olhos do jornalista. Desta forma o telespectador pode observar as expressões do
entrevistado, detalhes que acabam por reforçar a ligação entre o entrevistado e o
telespectador.
IMAGENS PICADAS
O olhar da pessoa deve estar sempre ao nível da objectiva. Nunca se deve filmar um
convidado ou jornalista de cima para baixo (picado), ou ao contrário de baixo para cima
(contrapicado). No caso de alguém filmado de cima para baixo estamos a dar uma
imagem do convidado de ser alguém diminuído. Se o convidado for filmado de baixo
para cima estamos também a dar uma falsa imagem de poder.
ABERTURAS, PASSAGENS E FECHOS
O jornalista nunca deve surgir em plano próximo em
qualquer destas situações devendo usar o plano médio.
A posição do jornalista deve ser ligeiramente diagonal,
com o cenário em fundo. O telespectador fica, desta
forma, com um enquadramento mais agradável
Ao usar as passagens, o jornalista nunca deve ficar no centro da imagem, mas sim num
dos lados, para que o ponto de fuga ser aproveitado, valorizando a informação visual.
Neste tipo de imagens o limite é sempre a cintura. Porém, caso seja necessário, pode-se
usar o plano inteiro, sendo este fechado até se atingir a zona da cintura.
Para este tipo de imagens serem utilizadas e bem feitas o trabalho de equipa entre o
jornalista e o repórter de imagem é fundamental. Assim o conjunto do ambiente e do
jornalista saem reforçados.
Os movimentos de câmara e do jornalista devem ser treinados para que exista
sincronização.
As passagens, aberturas e encerramentos não devem ser iguais. O jornalista deve ter
todas as condições para uma boa imagem e o repórter de imagem deve orientar o
jornalista de modo a que os enquadramentos sejam os corretos.
Este tipo de planos deve reforçar o trabalho da equipa e a qualidade do trabalho e não o
contrário.
Marcadores
@betomaggno,
#,
#academiadeletrasdelaurodefreitas,
#ChapadaDiamantina,
#cinema,
#filmes,
#google,
#pmvc,
#salvador,
#tv,
#vitoriadaconquista,
#vmfilmes
quarta-feira, 4 de maio de 2022
A GUERRA DO TAMANDUÁ "PÉS DUROS E MELETES"
Beto Magno - Praça Gerson Sales
Vitória da Conquista.
Vitória da Conquista é um município
brasileiro do estado da Bahia. Sua população, conforme o IBGE, em 1 de
abril de 2007, era de 308.204 habitantes, o que a torna a 3ª maior
cidade do estado e também do interior do Nordeste (excetuando-se as
regiões metropolitanas) [2]. Possui um dos PIBs que mais crescem no
interior desta região. Capital regional de uma área que abrange
aproximadamente 70 municípios na Bahia, além de 16 cidades do norte de
Minas Gerais. Tem a altitude, nas escadarias da Igreja Matriz, de 923 metros podendo atingir mais de 1.000 metros nos bairros mais altos. Possui uma área de 3.743
História
O Arraial da Conquista foi
fundado em 1783 pelo sertanista português João Gonçalves da Costa,
nascido em Chaves em 1720, no Alto Tâmega, na região de Trás-os-Montes
que com dezesseis anos de idade, foi para o Brasil ao serviço de D. José
I, Rei de Portugal, com a missão de conquistar as terra ao oeste da
costa da Bahia.
Anteriormente já havia lutado ao lado do Mestre-de-Campo João
da Silva Guimarães, líder da Bandeira responsável pela ocupação
territorial do Sertão, iniciada em 1752. A origem
do núcleo populacional está relacionada à busca de ouro, à introdução
da atividade pecuária e ao próprio interesse da metrópole portuguesa em
criar um aglomerado urbano entre a região litorânea e o interior do
Sertão. Portanto, integra-se à expansão do ciclo de colonização dos fins
do século XVIII.
Através da Lei Provincial N.º 124, de 19 de maio de 1840, o
Arraial da Conquista foi elevado à Vila e Freguesia, passando a se
denominar Imperial Vila da Vitória, com território desmembrado do
município de Caetité, verificando-se sua instalação em 9 de Novembro do
mesmo ano. Em ato de 1º de Julho de 1891, a Imperial
Vila da Vitória, passou à categoria de cidade, recebendo, simplesmente,
o nome de Conquista. Finalmente, em dezembro de 1943, através da Lei
Estadual N.º 141, o nome do Município é modificando para Vitória da
Conquista.
Juridicamente, o Município de Vitória da Conquista esteve ligado
a Minas do Rio Pardo, depois, em 1842, ficou sob a jurisdição da
Comarca de Nazaré. Por Decreto N.º 1,392, de 26 de Abril de 1854, passou
a termo anexo à Comarca de Maracás e, posteriormente, à Comarca de
Santo Antônio da Barra (atual Condeúba), até 1882, quando se transformou
em Comarca.
Até a década de 1940, a base
econômica do município se fundava na pecuária extensiva. A partir dai, a
estrutura econômica e social entraria em um novo estágio, com o
comércio ocupando um lugar de grande destaque na economia local. Em
função de sua privilegiada localização geográfica, com a abertura da
estrada Rio-Bahia (atual BR-116) e da estrada Ilhéus-Lapa, o município
pode integrar-se às outras regiões do estado e ao restante do país; e
logo passou a polarizar quase uma centena de municípios do sudoeste da
Bahia e norte de Minas.
O território onde hoje está localizado o Município de Vitória
da Conquista foi habitado pelos povos indígenas Mongoiós, subgrupo
Camacãs, Ymborés (ou Aimorés) e em menor escala os Pataxós. Os
aldeamentos se espalhavam por uma extensa faixa, conhecida como Sertão
da Ressaca, que vai das margens do alto Rio Pardo até o médio Rio das
Contas.
Os índios mongoiós (ou Kamakan), aimorés e pataxós pertenciam
ao mesmo tronco: Macro-Jê. Cada um deles tinha sua língua e seus ritos
religiosos. Os mongoiós costumavam fixar-se numa determinada área,
enquanto os outros dois povos circulavam mais ao longo do ano.
Os aimorés, também conhecidos como Botocudos, tinham pele
morena e o hábito de usarem um botoque de madeira nas orelhas e lábios -
daí o nome Botocudo. Gostavam de pintar o corpo com extratos de urucum e
jenipapo. Eram guerreiros temidos, viviam da caça e da pesca e dividiam
o trabalho de acordo com o gênero, cabendo às mulheres o cuidado com os
alimentos. Os homens ficavam responsáveis pela caça, pesca e a
fabricação dos utensílios a serem utilizados nas guerras.
Já os pataxós não apresentavam grande porte físico. Fala-se de
suas caras largas e feições grosseiras. Não pintavam os corpos. A caça
era uma de suas principais atividades. Também praticavam a agricultura.
Há pouca informação a respeito dos Pataxós.
Os relatos afirmam que os Mongoiós ou Kamakan era donos de uma
beleza física e uma elegância nos gestos que os distinguiam dos demais.
Tinham o hábito de depilar o corpo e de usar ornamentos feitos de penas,
como os cocares. Praticavam o artesanato, a caça e a agricultura. O
trabalho também era divido de acordo com os gêneros. As mulheres
mongoiós eram tecelãs. A arte, com caráter utilitário, tinha importância
para esse povo. Eles faziam cerâmicas, bolsas e sacos de fibras de
palmeira que se destacavam pela qualidade. Os mongoiós eram festivos,
tinham grande respeito pelos mais velhos e pelos mortos.
Aimorés, Pataxós e Mongoiós travaram várias lutas entre si pela
ocupação do território. O sentido dessas lutas, porém, não estava
ligado à questão da propriedade da terra, mas à sobrevivência, já que a
área dominada era garantia de alimento para a comunidade.
Os índios e os colonizadores
A ocupação do Sertão da Ressaca foi realizada com a
conquista dos povos indígenas. Primeiro, João Gonçalves da Costa
enfrentou o povo Ymboré. Valentes, resistiram à ocupação do território.
Por causa da fama de selvagens, foram escravizados pelos colonizadores.
Os Mongoyó, tinham primitivamente naqueles índios os seus principais
inimigos por serem eles ferozes e cruéis e que impediam a circulação na
região quando saiam em busca de caças por isto se aliaram aos
portugueses para derrotá-los.
Depois dos Ymboré, foi a vez dos Pataxó. Eles também
resistiram à ocupação estrangeira, mas acabaram se refugiando para o sul
da Bahia, onde, em número reduzido, permanecem até hoje, lutando para
preservar sua identidade e seus costumes, com o apoio da FUNAI.
Os Kamakan-Mongoyó conseguiram estabelecer relações mais
estreitas com os colonizadores a fim de garantir sua manutenção como
povo. Ajudaram os portugueses na luta contra os Ymboré.
Em 1782, ocorreu a batalha que entrou para a história de
Vitória da Conquista como uma das mais importantes. Sabe-se que naquele
ano, aconteceu uma fatídica luta entre os soldados de João Gonçalves da
Costa e os índios. Os soldados, já fatigados, buscavam forças para
continuar o confronto. Na madrugada posterior a uma dia intenso de luta,
diante da fraqueza de seus homens, João Gonçalves da Costa teria
prometido à Nossa Senhora das Vitórias construir uma igreja naquele
local, caso saíssem dali vencedores.
Essa promessa foi um estimulante aos soldados que, revigorados,
conseguiram cercar e aniquilar o grupo indígena que caiu, no alto da
colina, onde foi erguida a antiga igreja, demolida em 1932. Não se sabe
ao certo se essa promessa foi realmente feita, mas essa história tem
passado de geração em geração.
A História nos relata que no período de 1803 e 1806, os
colonizadores e os índios nativos viviam momentos de paz e animosidade.
Os Mongoyó, sempre valentes guerreiros, continuavam a sofrer e
não esqueciam as derrotas passadas perante os colonizadores e
preparavam vinganças, mesmo depois de firmar acordo de paz. Passaram
então a usar de um artifício para emboscar e matar os colonizadores
estabelecidos no povoado. A estratégia consistia em convidar os
colonizadores a conhecerem pássaros e animais selvagens nas matas
próximas à atual Igreja Matriz provavelmente as matas do Poço Escuro,
atualmente uma reserva florestal. Ao embrenhar na mata o índio então com
ajuda de outros, já dentro da mata emboscava e matava o homem branco,
desaparecendo com o corpo. Isto de modo sucessivo, até que um colono,
após luta corporal, conseguiu fugir e avisar às autoridades
estabelecidas e demais colonos qual foi o destino de tantos homens
desaparecidos. Do mesmo modo se estabeleceu uma vingança por parte dos
colonos contra tamanha ousadia. Foram então os índios chamados a
participar de uma festa e quando se entregavam à alegria foram cercados
de todos os lados e quase todos mortos. Depois disto os índios
embrenharam-se nas matas e o arraial conseguiu repouso e segurança. Este
episódio passou a se chamar de o “banquete da morte”.
Os relatos mais precisos sobre os índios, os colonizadores, a
botânica e os animais que aqui viviam no período da colonização, foi
feito pelo Príncipe Maximiliano de Wied Neuwied ou Prinz Maximilian
Alexander Philipp von Wied-Neuwied, (ver também Maximilian zu
Wied-Neuwied), naturalista e botânico alemão, no livro “Viagem ao
Brasil”, no trecho “Viagem das Fronteiras de Minas Gerais ao Arraial de
Conquista”, quando aqui passou em março de 1817.
Estudos da UESB, afirmam que os índios de Vitória da Conquista,
se estabeleceram em comunidades próximas à atual cidade, como a do
Boqueirão, próxima ao distrito de José Gonçalves e Ribeirão do
Paneleiro, perto do bairro Bruno Bacelar. A forma de construir as casas
destas comunidades, a plantação de milho e mandioca, a produção de
artesanato nos dias atuais são indícios dessa ancestralidade indígena.
Identificadas hoje como comunidades negras, na realidade tem origem na
miscigenação de índios e negros.
Desenvolvimento
A região de Vitória da Conquista, compreendendo os municípios
de Barra do Choça, Planalto e Poções, devido à localização em uma
altitude próxima de 1.000m acima do nível do mar e por não ter geadas,
sempre foi um produtor de café.
Entretanto a partir do ano de 1975 esta cultura agrícola foi
incrementada com financiamentos subsidiados pelos bancos oficiais,
passando a região a ser a maior produtora do norte e nordeste do Brasil.
A partir do final dos anos 1980, o município realça sua
característica de polo de serviços. A educação, a rede de saúde e o
comércio se expandem, tornando a cidade a terceira economia do interior
baiano. Esse polo variado de serviços atrai a população dos municípios
vizinhos.
Paralelamente à expansão da lavoura cafeeira, um pólo industrial
passou a se formar em Vitória da Conquista, com a criação do Centro
Industrial dos Ymborés. Nos anos 90, os setores de cerâmica, mármore,
óleo vegetal, produtos de limpeza, calçados e estofados entram em plena
expansão.
O ano de 2007 foi considerado o marco inicial de um novo ciclo
na agricultura regional, ciclo este fundamentado no plantio de
cana-de-açucar, para produção sobretudo de etanol e no plantio de
eucalipto destinado a produção de carvão para a indústria siderúrgica do
norte de Minas Gerais, essências e madeira serrada que substituíra a
madeira de lei nativa cada vez mais escassa. Já estão plantados neste
ano, mais de vinte milhões de pés de eucalipto.
As micro-indústrias, instaladas por todo o Município, geram
trabalho e renda. Estas indústrias produzem de alimentos a cofres de
segurança, passando por velas, embalagens e movelaria, além de um
pequeno setor de confecções.
A educação é um dos principais eixos de desenvolvimento deste
setor. A abertura do Ginásio do Padre Palmeira formou os professores que
consolidaram a Escola Normal, o Centro Integrado Navarro de Brito, além
das primeiras escolas privadas criadas no Município.
A abertura da Faculdade de Formação de Professores, em 1969,
respondeu à demanda regional por profissionais melhor formados para o
exercício do magistério. A partir da década de 90, a Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia multiplicou o número de cursos
oferecidos. Também nessa década, surgiram três instituições privadas de
ensino superior.
O setor de saúde ganhou novas dimensões. Antigos hospitais foram
aperfeiçoados, clínicas especializadas foram abertas e a Rede Municipal
de Saúde se tornou, a partir de 1997, referência para todo o País. Esse
fato criou condições para que toda a região pudesse se servir de
atendimento médico-hospitalar compatível com o oferecido em grandes
cidades.
Hoteleiros, empresários, comerciantes atacadistas e
profissionais liberais formam os segmentos que, junto com a Educação e a
Saúde, fizeram a infraestrutura da cidade abarcar, além de migrantes, a
população flutuante que circula na cidade diariamente.
O desenvolvimento da cidade também é atestado pelos índices
econômicos e sociais. O Índice de Desenvolvimento Econômico subiu do 11º
lugar no ranking baiano, em 1996, para 9º, em 2000. O Índice de
Desenvolvimento Social deu um salto: subiu do 24º para o 6º lugar. O IDH
- Índice de Desenvolvimento Humano também saltou do 30º lugar em 1991
para 18º em 2000. Dos 20 melhores IDHs baianos, Vitória da Conquista foi
o que mais melhorou.
Infraestrutura
Vitória da Conquista possui uma estrutura compatível com sua
população, a terceira maior da Bahia. Um comércio forte e muito dinâmico
contando com grande número de empresas além de um shopping center, o
Conquista Sul e vários conjuntos comerciais, com lojas e salas, onde se
destacam o Itatiaia e o Conquista Center. Esse pujante comércio abrange
toda a região sudoeste do estado além do norte de Minas Gerais,
influenciando uma população estimada em 2 milhões de pessoas, o que
coloca a cidade entre os cem maiores centros comerciais do país.
A cidade também conta com um setor de saúde público e privado
muito bem estruturado, que renderam a ela, prêmios a nível nacional e
internacional, frequentemente seu modelo de saúde pública tem servido de
exemplo até mesmo para outros países.
Conquista também se destaca por possuir um setor educacional
privilegiado, formado por excelentes escolas conveniadas com as melhores
redes de ensino do país, além de contar com várias faculdades, tais
como: FAINOR, FTC, JTS (particulares), UFBA, CEFET, UESB (públicas),o
que a consagra como um importante pólo de educação superior com cerca de
12 mil universitários, não só para o estado da Bahia, como para todo o
Brasil.
Destacam-se setores da economia como o moveleiro considerado o
maior polo desta natureza no estado; a cidade é grande produtora e
exportadora de café e, atualmente, a construção civil tem sido o grande
destaque na economia da cidade, na indústria destacam-se o Grupo Marinho
de Andrade (Teiú e Revani), Coca-Cola, Dilly Calçados, Umbro, Kappa,
BahiaFarma, Café Maratá, dentre outras.
Turismo
Cristo, de Mário Cravo
A cidade oferece como atrações turísticas o Cristo Crucificado
da Serra do Periperi, de Mário Cravo, executada entre os anos de 1980 e
1983, com as feições do homem sertanejo, sofrido e esfomeado, medindo 15 metros de
altura por 12 de largura, a Reserva Florestal do Poço Escuro e o Parque
da Serra do Periperi, além de eventos como a Micareta, conhecida como
Miconquista, e o Festival de Inverno da Bahia, evento de inverno oficial
da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo de Televisão na Bahia.
O Museu da História Política, Casa de Régis Pacheco, contém um
acervo de quadros com todos os políticos que governaram a cidade desde a
sua emancipação, além de mostrar a arquitetura preservada da metade do
século XX.
A cidade possui vários monumentos, dentre os quais, destacam-se:
o Monumento ao Índio, o Monumento da Bíblia Sagrada, o Monumento às
Águas, o Monumento aos Mortos e Desaparecidos Políticos da Bahia no
período do regime militar instalado em 1964, localizado no Jardim das
Borboletas (Praça Tancredo Neves) e o Monumento a Jacy Flores.
Este último monumento, além da vida da homenageada, a primeira
mulher comerciante legalmente estabelecida em Vitória da Conquista,
descendente do casal fundador do Arraial da Conquista, Josefa e João
Gonçalves da Costa, relata também a ligação histórica entre Vitória da
Conquista, na Bahia e Chaves em Trás os Montes, com trabalhos em faiança
portuguesa, representando o brasão de cada uma destas duas cidades.
Fazem parte ainda deste conjunto mais de vinte árvores de Pau Brasil,
plantadas em 10 de fevereiro de 2004, data da inauguração, representando
os índios (moradores primitivos), os colonos os os atuais
moradores.[4]
Entre os atrativos turísticos da cidade, encontra-se o “Poço
Escuro”, uma reserva florestal sob administração do poder público, com
diversas trilhas e flora e fauna preservadas. Na Serra do Periperi nasce
o Rio Periperi, também conhecido como “Verruga”, em torno do qual João
Gonçalves da Costa fundou a Arraial da Conquista, em 1783.
O futebol é o principal esporte praticado em Vitória da
Conquista, sendo que os jogos profissionais são disputados no Estádio
Lomanto Junior. As corridas de kart, o ciclismo e o caratê são
modalidades de esportes muito praticadas na cidade.
A cidade tem demonstrado uma grande vocação para o turismo de
negócios, devido ao contínuo crescimento econômico que tem
experimentado.[carece de fontes?] Possui estação rodoviária, com linhas
diárias para todas as cidades da região e principais cidades do país,
além de um aeroporto para aeronaves de médio porte com vôos freqüentes
da empresa Passaredo e TRIP para diversas cidades brasileiras.
Geografia
Clima
Vitória da Conquista tem um clima tropical, amenizado pela
relativa altitude do lugar, e é uma das cidades que registram as
temperaturas mais amenas no estado da Bahia, chegando a registrar 7,2°C em 2006 mas já foram registradas temperaturas inferiores a 6°C em
diversos anos anteriores. Perde em temperatura média apenas para as
cidades mais altas da Chapada Diamantina, como Piatã). “As chuvas de
neblina”, como são chamadas, se concentram no período de Abril a Agosto,
já “as chuvas das águas” (mais intensas e fortes) ficam concentradas de
Outubro a Março.
Vegetação
O engenheiro agrônomo Ângelo Paes de Camargo distribui a
vegetação da região de Vitória da Conquista, seguindo-se do interior
para o litoral, em faixas:
Faixa A - Caatinga ou cobertura acatingada - Vegetação típica de
áreas com deficiências hídricas acentuadas, incompatíveis com a
cafeicultura. Seus solos são em geral rasos, pedregosos e acidentados.
Faixa B - Carrasco, também conhecido como “campos gerais”ou
cerrado - É uma vegetação baixa, mais aberta, típica de terra muito
pobre e seca. Encontra-se geralmente no espigão divisor das vertentes
marítimas continentais a altitudes da ordem de 1.000m ou mais, em solos
arenosos. Essa faixa é considerada inapta à cafeicultura. Ela pode ser
encontrada também a sudeste da estrada Rio-Bahia.
Faixa C - Mata de Cipó. Esta cobertura parece ser a predominante
no platô. Vem em geral logo abaixo do carrasco. É uma vegetação alta,
fechada com muitas lianas, ou cipós, epífitas (orquídeas) e musgos
(barba de mono). Encontram-se muitas madeiras de lei, como pau-de-leite,
jacarandá, angico, etc. Também farinha-seca, ipê (pau-d’arco) são
frequentes. Como vegetação secundária é abundante: corona, cipó-de-anta,
pitiá, caiçara, avelone, bem como capim corrente ou barra-do-choça,
além dos amargoso e tricoline.
Faixa D - Mata-de-Larga. É a vegetação que predomina logo abaixo
da Mata-de-Cipó. Muitas vezes aparece em transição com essa. A
Mata-de-Larga é mais baixa e mais aberta que a de Cipó. Apresenta muita
samambaia, sapé, capim Andrequicé e muitas leguminosas. São também
encontradas muitas palmeiras, planta que falta na Mata-de-Cipó. As áreas
de Mata-de-Larga são mais úmidas. A vegetação secundária e a relva
resultante é mais verde na estação seca que na Mata-de-Cipó. A
cafeicultura deve encontrar condições climáticas satisfatórias em terras
de Mata-de-Larga. A maior disponibilidade hídrica deve reduzir os
problemas com incidência de ferrugem. Praticamente esta vegetação
encontra-se toda a sudeste da Rio-Bahia.
Faixas E e F - Mata Fria e Mata Fluvial Úmida - São as vegetações
que aparecem nas bordas e nas escarpas sudeste do platô, logo depois da
Mata-de-Larga. São áreas úmidas que estão sob influência das correntes
aéreas frias e úmidas vindas do oceano. Os invernos são muito sujeitos a
frequentes e prolongados nevoeiros. Em plena estação seca… a vegetação
herbácea se mantém inteiramente verde. A mata não apresenta praticamente
nenhuma madeira de lei. Predomina a madeira branca.”(MEDEIROS, Ruy H.
A. - Notas Críticas ao livro “O Município da Vitória”de Tranquilino
Torres, p.87)
Relevo
“Seu relevo é geralmente pouco acidentado na parte mais
elevada, suavemente ondulado, com pequenas elevações de topos
arredondados. Seus vales são largos, desproporcionais aos finos cursos
d’água que aí correm, de fundo chato e com cabeceiras em forma de
anfiteatro. Ocorrem no platô elevações geralmente de encontas suaves
(embora existam aquelas com encostas íngremes), que podem atingir 1.000m
ou mais. A Serra do Periperi, por exemplo, localizada a Norte/Noroeste
do núcleo urbano de Vitória da Conquista, tem cota máxima de cerca de
1.109m e mínima de 1.000m, enquanto que seu entorno próximo apresenta
altitudes que variam de 857 a 950 metros.
Outros exemplos de altitudes acima de 1.000 metros são
verificáveis em “Duas Vendas” (Município de Planalto) adiante da
“Fazenda Salitre”(em Poções), em terrenos íngremes, e a “Serra da
Ouricana” (uma das serras localmente conhecida como “Serra Geral”), em
Poções e Planalto. A medida que as altitudes caem e que se aproxima das
encostas, o relevo torna-se fortemente ondulado.” (MEDEIROS, Ruy H. A. -
Notas Críticas ao livro “O Município da Vitória”de Tranquilino Torres,
p.67)
Principais bairros
Entre os vários bairros que compõem a cidade de Vitória da
Conquista, destacam-se o Centro, Candeias, Recreio, Urbis de I a VI,
Santa Cecília, Alto Maron, Brasil, Itamarati, Guarani, Sumaré, Patagônia,
Kadija, Ibirapuera, Morada do Pássaros de I a III, Senhorinha Cairo,
Miro Cairo, Heriqueta Prates, Bruno Bacelar, Inocoop I e II, Alegria,
Morada Real, Alto da Colina, Remanso, Recanto das Águas, Conveima, Vila
América, Ipanema, Santa Helena, Santa Cruz, Jurema, Bela Vista, Jardim
Guanabara, Jardim Valéria, Cruzeiro, Panorama, Morada do Bem Querer,
Vila Serrana de I a IV, São Vicente, Alvorada, N. Sra. Aparecida, Urbis
I,II,III,IV,V e VI Cidade Maravilhosa e vários outros. Ao todo são mais
de 70 bairros além de inúmeros loteamentos recentes.
Marcadores
@betomaggno #academiadeletrasdelaurodefreitas,
#BetoMagno,
#betonagno,
#ChapadaDiamantina,
#cinema,
#filmes,
#google,
#pmvc,
#salvador,
#tv,
#vitoriadaconquista,
#vmfilmes
Assinar:
Postagens (Atom)