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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

FENASDETRAN


 Mário Conceição

Hoje o Presidente da FENASDETRAN, (Federação Nacional de Detran) Mario Conceição recebeu do Superintendente da TRANSALVADOR - Marcus Passos  *CERTIFICADO DE RECONHECIMENTO*, pelo trabalho continuo e o esforço empreendido em  *SALVAR VIDAS* no Trânsito da Capital Baiana. A FENASDETRAN é parceira da VM FILMES em vários projetos.


quinta-feira, 25 de novembro de 2021

ENSAIO SOBRE O INVISÍVEL


 J.C. D'Almeida e Allan de Kard

Ensaio sobre o invisível.

Inaugurada neste 25 de novembro de 2021 a exposição, Ensaio sobre o invisível do fotógrafo JC D’Almeida, no Shopping Itatiaia em Vitória da Conquista BA.

Foi algo inusitado sob todos os aspectos, a começar pela performance proposta pela competente curadora Dayse Maria de Souza. Os convidados tiveram a honra de participar da montagem da exposição. Um verdadeiro ensaio onde o invisível da fraternidade saltava aos olhos, que tudo podia ver, inclusive o largo sorriso que escondido pelas máscaras se deixavam revelar em cada olhar. Experiência Paradoxal, pois o ensaio sobre o invisível   Trata de um paciente trabalho do fotógrafo nas ruas de Vitória da Conquista registrando de forma casual o cotidiano durante a pandemia do COVID 19. Registra as ruas completamente vazias e a seguida a retomada gradual a normalidade.  Inspirado em Saramago com seu ensaio sobre a cegueira,  devassa com lupa invisível a cegueira humana ante o grande desafio.  Só posso dizer que quem deixou de ir perdeu um dos mais fantástico espetáculo cultural. E ao fundo um outro ensaio acontecia. O de João Omar com seu violão.

   Mas ainda é tempo de se redimir, a exposição permanecerá durante todo o mês de dezembro. E por ser época natalina,dê um presente a si mesmo, vá visitar!!!  Allan de Kard Primavera de 2021

#allandekard # museudekard

terça-feira, 16 de novembro de 2021

COMEMORAÇÃO AOS 100 ANOS DA SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922


Título: Café Di Cavalcanti
Técnica: Acrílica sobre painel
Ano:2021
Dimensão: 174 x 120 cm
Artista plástica: 
V. Vidigal

 Di Divalcanti 

No ano de 1954, o artista plástico Emiliano Di Cavalcanti criou, com exclusividade para o Instituto Brasileiro do Café, IBC, cartaz que enaltecia o café do Brasil. 

Em fevereiro próximo, comemoramos o centenário da Semana de Arte Moderna. 

Minha contribuição foi criar esta releitura da obra de Di Cavalcanti – tributo ao grande artista e um dos principais idealizadores e organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. 

Minha homenagem, de forma bem brasileira: acrescentei, na parte inferior, detalhes da bandeira brasileira e do símbolo do IBC. 

Di Cavalcanti ( *1897 - +1976 )

Valéria Vidigal (1968...)

 

A releitura de arte é a criação de uma nova obra sem se desviar por completo do original, é um exercício de conhecimento e criatividade, recheado de alta intelectualidade.

E,muitas vezes, a releitura é melhor do que o original...
parabéns
Valéria Vidigal! grande inspiração, linda homenagem.

 

domingo, 7 de novembro de 2021

ONDINA AGORA ESTÁ ONDINA...

Beto Magno

 

 Desenvolvido pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), o projeto de requalificação trouxe mudanças significativas para quem trafega pela via Adhemar de Barros

 

A primeira etapa de obras da Avenida Adhemar de Barros, em Ondina, foi entregue na terça-feira 26/10/2021 pela prefeitura de Salvador. Além de proporcionar melhorias urbanísticas, a iniciativa no local trouxe o conceito de Ruas Completas - similar ao implantado na Rua Miguel Calmon (Comércio) - promovendo mais segurança e conforto a pedestres e ciclistas, através da distribuição democrática do espaço viário. As intervenções foram entregues pelo prefeito Bruno Reis, em cerimônia que contou com a presença de lideranças comunitárias e gestores municipais.

Desenvolvido pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), o projeto de requalificação trouxe mudanças significativas para quem trafega pela via, que possui forte atividade comercial, além de conexão com a Avenida Anita Garibaldi e com a orla de Ondina. A primeira etapa das obras teve duração de oito meses e compreendeu um trecho de 1,2 km de extensão, entre o monumento Meninas do Brasil (conhecido com as Gordinhas de Ondina) e o campus da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O investimento foi de mais de R$12 milhões.

“A requalificação dessa avenida é um sonho antigo de todos os moradores do entorno. Essa via sofria muito com os alagamentos e precisou passar por uma grande intervenção de drenagem. Além disso, foram implantados novo paisagismo, pista de cooper, pavimento, iluminação em LED, meio-fio em granito”, destacou o prefeito, ressaltando que as últimas chuvas que caíram na cidade não provocaram transtornos na localidade.

Melhorias – Os passeios da Avenida Adhemar de Barros foram revitalizados, oferecendo mais segurança e acessibilidade para o deslocamento dos transeuntes, inclusive pessoas com deficiência e dificuldades de locomoção. A via também ganhou 480 metros de ciclovia no canteiro central, incentivando à prática do ciclismo. Além disso, a arborização do local foi reforçada com o plantio de novas árvores, a iluminação pública foi modernizada com a instalação de 52 novos postes e luminárias em LED – dispositivos mais eficientes e econômicos.

Também foram disponibilizadas vagas de estacionamento ao longo de toda a extensão do canteiro, em ambos os lados, e instalados mobiliários, como lixeiras, bancos em madeira maciça, assim como equipamentos de ginástica para prática de alongamentos e atividades físicas.

Estátuas – A requalificação da Adhemar de Barros envolveu, ainda, um dos seus principais símbolos: o monumento Meninas do Brasil, conhecido como as Gordinhas  de Ondina. Todo o conjunto artístico foi completamente revitalizado, num trabalho conduzido pelo Studio Argolo – empresa com ampla expertise no restauro de monumentos históricos.

 A ação nas estátuas envolveu limpeza, emassamento, obturação de lacunas e remoção de pichações e cartazes provenientes de ações de vandalismo. As esculturas tiveram a pintura, em tom grafite, refeita. Os serviços duraram cerca de uma semana e foram realizados no próprio canteiro da via, onde as Gordinhas estão situadas. Criado em 2004 pela artista plástica Eliana Kertész (1945-2017), o monumento é composto por três esculturas fundidas em bronze sobre base de concreto, com medidas de três metros de altura cada.

As estátuas fazem homenagem às três raças matrizes do Brasil: a Negra, a Branca e a Índia (cujos nomes são Damiana, Mariana e Catarina, respectivamente). Cada uma delas está apontada para seu lugar de origem: Damiana contempla o mar em direção à África, Mariana vislumbra Portugal e Catarina para o continente da América.

 

Fonte: www.metro1.com.br

 

domingo, 6 de junho de 2021

VITÓRIA DA CONQUISTA E A GERAÇÃO QUE VIVEU TUDO...

 
Uita Mamola - Caricatura de Kleber Trajano

Wilton Amorim ( Uita Mamola ) nasceu no dia 28 de fevereiro de 1950, no município de Vitória da Conquista, na Bahia. Filho de Helvécio Amorim e Eponina Santos de Amorim  e neto de José Manoel de Souza e  Benvinda Amorim de Souza (  avós paternos  )   e de  Manoel Alves dos Santos  e Eufrozina Amorim dos Santos ( avos maternos ).  Foi criado com os pais e com o irmão, Ubiratan Amorim, aqui em Vitória da Conquista, onde fizeram o curso primário.  Logo depois, os irmãos  foram transferidos para Salvador onde cursaram até o ginásio e  depois, retornaram a Vitória da Conquista,  após o falecimento do pai.  Já adultos continuaram os estudos e assumiram a administração das fazendas da família, focando nas atividades agropecuárias. Os dois irmãos,  Ubiratan Amorim, conhecido como “Bira bigode” e Wilton Amorim, mais conhecido como “ Uita Mamola”,   criaram gado e cavalos, chegando a criar uma raça de cavalo PO chamado “birawita” e assim, começando a participar de grandes exposições agropecuárias, inclusive no Texas nos EUA. Posteriormente mudaram da pecuária para agricultura na qual foram grandes cultivadores de café.  Wilton Amorim, que tinha 3 filhos um homem e duas mulheres, após sua separação, foi morar em Porto Seguro / BA.

De volta a Vitória da Conquista, sua terra natal, mergulhou nos estudos. Em seu escritório - home office - fez grandes descobertas e reflexões: ouvia músicas de excelente qualidade (amava  as rádios russas e americanas), fazia cursos por correspondência, escrevia crônicas e artigos para jornais, etc. Cinéfilo pesquisador e filósofo, Mamola contribuiu  imensamente para cultura  de Vitória da Conquista.  Foi membro  junto com seu irmão, do "Magnatas" um time de futebol e um grupo onde reuniam inúmeros amigos que alegravam e davam vida  a cidade. Um figura folclórica desta terra! 

Wilton era um homem que, na juventude, viajou muito pelo Brasil e pelo mundo. Teve a vida desregrada com seus horários, sim! Mas, a partir de uma certa idade começou a ser disciplinado e religioso,  ficou mais  recluso, resumindo a sua vida social à pouquíssimos amigos e frequentando apenas poucos  estabelecimentos, como a  Chame Chame, mercearia Gloria e o bar do Paulinho - onde ia com mais frequência. Mas, como era uma figura notívaga, atendia os amigos nas madrugadas e cotidianamente conversava com professores universitários, médicos, jornalistas, boêmios, filósofos, filólogos e qualquer um que o procurasse em sua casa. Tínhamos  longos papos ao telefone durante toda a madrugada, como era proveitoso!

Além de inúmeros fatos e episódios inusitados e engraçados, eu mesmo pude presenciar inúmeras facetas deste grande representante da cultura, da sociedade e da produtividade cultural conquistense, chamado Wilton Amorim, o nosso Uita “Mamola”.  

 Eu cheguei a homenageá-lo em 2002 fazendo um singelo filme curta metragem para ele o “MEMÓRIAS DE UM PERDULÁRIO ”.  Uita era uma pessoa extraordinária e única sob todos os aspectos. Vai ser impossível encontrar outro “Mamola”, até no nome ele foi diferente...Uita Mamola...muito mais do que Wilton Amorim... quem é Wilton Amorim perto de “Uita Mamola”?  Ele foi dois e para sempre será. Sabe-se lá onde estão agora.         

 Beto Magno. 

 VM FILMES.

domingo, 30 de maio de 2021

FELIZ REENCONTRO


 Beto Magno e Severiano Alves 


Mandatos de Severiano Alves (na Câmara dos Deputados):

Deputado(a) Federal - 1995-1999, BA, PDT, Dt. Posse: 01/02/1995; Deputado(a) Federal - 2003-2007, BA, PDT, Dt. Posse: 01/02/2003; Deputado(a) Federal - 2007-2011, BA, PDT, Dt. Posse: 01/02/2007.

Votações em Plenário (Legislaturas): 52 , 53

Presença em Comissões (Legislaturas): 52 , 53

Presença em Plenário (Legislaturas): 52 , 53

Licenças:

Licenciou-se do mandato de Deputado Federal, na Legislatura 2007-2011, para tratamento de saúde, de 3 de março a 2 de maio de 2010, e de 29 de junho a 2 de julho de 2010, sem convocação de Suplente.

Filiações Partidárias:

PMDB, 2009 - 2018

Atividades Partidárias:

Membro, Executiva Estadual do PSDB, BA, 1991; Membro, Diretório Nacional do PDT, 1998; Presidente do PDT, Salvador, BA, 1999-; Vice-Presidente, Executiva Nacional do PDT; Vice-Líder do PDT, 1996-1998 e 2004-2005; Líder do PDT, 2005-2006; Vice-Líder do Bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN, PRB, 1/4/2008-16/04/2008; Vice-Líder do Bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN e PRB, 16/04/2008-; · Primeiro Vice-Líder, Bancada de Deputados do PDT na Câmara Federal, 2008/2009..

Atividades Parlamentares:

CÂMARA DOS DEPUTADOS - Legislaturas anteriores à 54ªCOMISSÕES PERMANENTES: Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional: Titular, 3/2005-3/2006 e 3º Vice-Presidente, 3/2005-3/2006; Constituição e Justiça e de Cidadania: Suplente, -3/2005, 3/2006, 14/2/2007-6/2/2008, 28/2/2008-2/2/2009; Constituição e Justiça e de Redação: Suplente; Educação, Cultura e Desporto: Presidente e Titular; Educação e Cultura: Presidente, 1995-1996 e 1997-1998, Titular, -3/2005, 3/2006, 14/2/2007-6/2/2008, 4/3/2008-2/2/2009 e Suplente, 3/2005-3/2006, 15/4/2009-1/2/2010, 11/3/2010-; Relações Exteriores e de Defesa Nacional: Suplente,14/2/2007-6/2/2008, e Titular, 4/3/2009-13/10/2009, 13/10/2009-1/2/2010, 3/3/2010-; Turismo e Desporto: Suplente. COMISSÕES ESPECIAIS: ALCA - Área de Livre Comércio das Américas: Titular-; Ano da Mulher - 2004: Suplente; Bacias Hidrográficas Semiárido: Suplente-; MSC nº 183/04, Convenção da ONU Contra Corrupção: Suplente-; PEC nº 14/95, Período de Funcionamento do Congresso Nacional: Titular; PEC nº 37/03; Criação do Fundo de Manutenção da Educação Infantil; FUNDEI: Membro; PEC nº 41/91, Restrição da Criação de Municípios na Época das Eleições: Titular; PEC nº 92/95, Escolha Ministro STF: Suplente-; PEC nº 134/07, Tempo Integral nas Escolas Públicas: Titular, 3/12/2009-; PEC nº 157/03, Revisão Constitucional: Titular, 12/2005-2/2006 e Suplente, 2/2006-; PEC nº 182/94, Admissão de Professores Estrangeiros e Concessão de Autonomia às Instituições de Pesquisa: Titular; PEC nº 198/95, Assegura o Mandato Parlamentar aos Vice: Titular; PEC nº 233/95, Educação: Titular; PEC nº 272/00, Registro nos Consulados: Titular-; PEC nº 277/08, Desvinculação das Receitas da União: Suplente, 01/12/2008-; PEC nº 306/00, Plano Nacional de Cultura: Titular-; PEC nº 324/09, Conselho Nacional de Justiça: Titular, 29/6/2009-; PEC nº 361/96, Usinas Hidrelétricas: Titular; PEC nº 370/96, Autonomia das Universidades: Titular; PEC nº 487/05, Defensoria Pública: Titular, 5/2006-; PEC nº 524/02, Revitalização Bacia do São Francisco: Suplente-; PEC nº 526/97, Habeas Corpus: Suplente; PEC nº 536/97, Desenvolvimento do Ensino Fundamental: Presidente, 10/2005-2/2006 e Titular, 10/2005-2/2006; PEC nº 536-E/97, FUNDEB: Presidente, 9/2006-6/12/2006 e Titular, 8/2006-6/12/2006; PL nº 1.144/03, Saneamento Básico: Titular, 4/2006-; PL nº 1.159/95, Relações de Trabalho do Atleta Profissional de Futebol e Normas Gerais sobre Desportos (Lei Pelé): Titular; PL nº 1.478/03, Regulamentação do Piso Salarial Nacional do Professor do Ensino Fundamental: Membro; PL nº 1.756/03, Lei Nacional da Adoção: Segundo-Vice-Presidente- e Titular-; PL nº 2.316/03, Código Brasileiro de Combustíveis: Suplente, 12/2005-; PL nº 2.377/03, Crédito para Atividades Turísticas: Titular-; PL nº 3.337/04, Agências Reguladoras: Suplente-; PL nº 3.476/04, Lei das Inovações: Suplente-; PL nº 3.582/04, Programa Universidade para Todos: Titular-; PL nº 3.638/00, Estatuto do Portador de Necessidades Especiais: Titular-; PL nº 4.776/05, Gestão de Florestas Públicas: Suplente, 3/2005-; PL nº 5.234/05, Proteção Crianças Ameaçadas de Morte: Titular, 5/2006-; PL nº 5.430/90, Legislação sobre Direitos Autorais: Titular; PL nº 7.200/06, Reforma Universitária: Suplente, 7/2006-; PLP nº 184/04, Sudeco: Titular-; Reforma Política: Titular; Reforma Universitária: Titular. COMISSÕES EXTERNAS: Enchentes no Nordeste: Titular-; CREDN - Relações Externas e de Defesa Nacional: Presidente, - 07/10/29009.CPIs: Bingos: Suplente; CPI-VIOL, Violência Urbana: Titular, 13/8/2009-; Pirataria de Produtos Industrializados: Suplente-; Setor de Combustíveis: Suplente. PARLATINO: Titular. CONSELHO: Conselho de Ética: Titular. GRUPOS DE TRABALHO: Estatuto da Criança e Adolescente: Titular-; Grupo Parlamentar Brasil-Portugal: Titular; Conselheiro Suplente da República Federativa do Brasil, 1997-1999.CONGRESSO NACIONAL Comissão Representativa do Congresso Nacional: Titular, 12/2005-.COMISSÕES MISTAS: Altera Dispositivos da Lei nº 4.024/61: Titular; CPMI da Exploração Sexual Infanto Juvenil: Membro; Núcleo Parlamentar de Estudos Contábeis e Tributários: Titular; Parlamento Cultural do Mercosul - PARCUM: Secretário Geral, 1995-1999.

Mandatos Externos:

Prefeito(a) , BA, Partido: PFL, Período: 1989 a 1992.

Atividades Profissionais e Cargos Públicos:

Advogado Militante nas Comarcas do Estado da Bahia com sede em Salvador e no Distrito Federal, com Especialização em Direito Econômico - Empresarial; Procurador Federal (aposentado) do quadro da Advocacia Geral da União, com atuação no Ministério da Educação, 1966; Instrutor de Prática Forense da Ordem dos advogados do Brasil, Seção Bahia, 1974/1986; Instrutor de Direito Processual, Civil, Penal e Trabalhista do SAJU da Faculdade de Direito da UFBA, 1980-1988;
Assessor Especial do governo Municipal de Feira de Santana - Bahia, 1993/1994.
.

Atividades Sindicais Representativas de Classe Associativas e Conselhos:

Presidente, União das Prefeituras da Bahia - UPB, 1989-1991; Presidente, Confederação Nacional dos Municípios - CNM, 1991-1994.; Membro e Coordenador Adjunto, Conselho Brasileiro de Integração Municipal - CBIM, Brasília, DF, 1990-1992; Conselheiro Suplente, Conselho da República, Brasília, DF, 1996-1999; Membro, Conselho Diretor das Faculdades Planalto, Brasília, DF, 1998-..

Estudos e Cursos Diversos:

Direito, UFBA, Salvador, 1970-1974; Especialização em Direito Processual UFBA, Salvador, 1986-1987; Mestrado em Filosofia do Direito, Univ. Metropolitana de Santos, SP, 2001..

Obras Publicadas:

Evolução da atividade econômica do comércio varejista de combustíveis no Direito brasileiro. Salvador: Santa Helena, 1994. .


sábado, 29 de maio de 2021

RECEPCIONANDO O PRESIDENTE NACIONAL DO PTB. DR. ROBERTO JEFFERSON


 Rada Rezedá (CAP - ESCOLA DE TV E CINEMA DA BAHIA), Beto Magno (VM FILMES), Roberto Jefferson (PRESIDENTE NACIONAL DO PTB), Rosana Paixão (PRESIDENTE DO PTB de LAURO DE FREITAS-BA) e Gean Prates.  (PRESIDENTE ESTADUAL DO PTB).

MORRE, AO 85 ANOS, O DIRETOR DE CINEMA MAURICE CAPOVILLA, ( Capô )


 Maurice Capovilla ( Capõ )

A nota triste deste sábado (29) é a morte de Maurice Capovilla, aos 85 anos, em decorrência de uma doença pulmonar. Capô, como todo mundo carinhosamente o chamava no meio cinematográfico, foi diretor de talento. Entre seus vários filmes, destacam-se documentários como Subterrâneos do Futebol (1965) e ficções como Bebel, Garota Propaganda (1967), O Profeta da Fome (1970) e O Jogo da Vida (1977).

Teve também extensa carreira como produtor, ator e docente de cinema. Trabalhou no projeto original do Instituto Dragão do Mar, núcleo cinematográfico criado pelo governo do Ceará, em Fortaleza, uma fugaz fonte de inspiração para o nosso cinema.

Bebel, Garota Propaganda é adaptado do romance de Ignácio de Loyola Brandão, e O Jogo da Vida, de Malagueta, Perus e Bacanaço, de João Antônio. São filmes muito bons.

Talvez seu trabalho mais marcante e original seja o incisivo, estranho e corrosivo Profeta da Fome, estrelado por ninguém menos que José Mojica Marins, o Zé do Caixão. O personagem vive de exibir-se como faquir e acaba, involuntariamente, por criar uma seita, na qual seria o guru e salvador. Mas o espírito iconoclasta da figura tão bem interpretada por Mojica impede a seita de prosperar.

Na avaliação da obra de Capô, o crítico hesita em colocar Profeta da Fome ou Subterrâneos do Futebol como a obra-prima do diretor.

Subterrâneos, com seu corte sociológico, talvez ainda a melhor radiografia do nosso esporte mais popular. Esporte, por falar nisso, ao qual Capô sempre esteve muito ligado, tendo passado perto de se tornar atleta profissional em sua juventude, quando saiu de sua Valinhos natal para treinar no Fluminense. Vale rever esse filme.


Fonte: ISTOÉ GENTE

terça-feira, 23 de março de 2021

SHOW DE TALENTOS NORDESTE


🎥 O Show de Talentos Nordeste está na plataforma Sympla com as inscrições abertas!!
Esta é a sua oportunidade de trabalhar com grandes profissionais da TV e do Cinema do Brasil!!!
Conheça mais sobre o evento na Sympla!!!

 

sábado, 6 de março de 2021

O MELHOR HELICENTRO DO NORTE/NORDESTE







 Localizado estrategicamente a 11km do Aeroporto de Salvador, longe da influência do tráfego aéreo, o Helicia é um helicentro completo. Sua estrutura garante que serviços como manutenção, abastecimento, pousos e decolagens sejam realizados rapidamente e em qualquer horário. Além disso, você ainda conta com um amplo estacionamento para veículos, confortável sala de embarque/desembarque com coffee-shop, ambiente wi-fi e TV a cabo, sala de reunião, WC adaptado para deficientes e sala de aula.

A uma altitude de 298 ft, a Helicia – Simões Filho oferece condições ideais de segurança para pousos e decolagens diurnos e noturnos. Possuímos três spots e um heliporto com balizamento noturno de 24 x 24 m.

Outro diferencial da Helicia Helicópteros é o heliponto Helicia - Del Rey (SWDL), localizado no centro da Cidade de Salvador (Jd de Alah), de fácil acesso a todos os principais bairros de Salvador, contamos com estacionamento, sala vip, 4 spots de pouso, e um heliponto com balizamento para operação noturna.

Através de uma parceria com a Helibase / HBR, prestamos todos os serviços de manutenção às aeronaves da Robinson, Helibrás, Agusta e Bell em um hangar exclusivo de manutenção.

Via das Torres, 646 - CIA Sul 43700000 Simões Filho, BA

Telefone(71) 3594-7171 



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

UNIX ( OBRA DO ESCULTOR ALLAN DE KARD ) LOCALIZADA NA FAZENDA VIDIGAL


 UNIX  

   Existe grande diferença entre verdade e mito.

     A verdade está comprometida com a cor do irrefutável , tem como uma das molas propulsoras a Ciência.

      Já mito é o exercício do livre pensar, onde o sentido literal geralmente é substituído pelo sentido metafórico.

     Assim vemos os mitos e as lendas como componentes Sá Cultura de todos os povos.

      Alguns mitos são tão bem construídos que chegam a ser confundidos com verdades.

       Conta-se que numa certa época  os deuses gregos e os deuses romanos entraram em conflito, por conta de guerra de vaidades.

     Acusavam-se de parte a parte. O gregos reclamavam que os deuses romanos eram meras copias deles.

     Os deuses Romanos retrucavam dizendo que os opositores é que eram ultrapassados, e a prova disto é que se assim não fosse eles não deixariam que o povo grego fosse conquistado pelos romanos.

     Diante de tanta controvérsia, alguém sugeriu que fosse marcado um Conclave no Olympus, com o objetivo de

Construir a paz entre eles, afinal de contas tratava-se de deuses,  esse tipo de futricas estava reservado aos simples mortais.

     E assim foi feito, no dia aprazado lá estava todos; de um lado Zeus e sua turma,  do outro Júpiter e os demais deuses romanos. E depois de exaustivas discussões na longa assembleia, enfim chegaram a Paz tão desejada, como também o comprometimento de todos em preservá-la.

     E para comemorar a vitória do bom senso, Zeus propôs a todos um brinde com uma bebida mágica, que ao ser degustada por todos que maravilhados com o sabor de tão inusitada bebida, não pouparam elogios.

      Só há bem pouco tempo é que passamos a saber que aquela bebida mágica era o café.  E que o único lugar no mundo onde se serve o café dos deuses é na fazenda Vidigal em barra do Choça Ba.

       Ao término da grande reunião, proclamou-se que o recipiente chamar-se-ia Unix, que significa união que se multiplica. O X que é símbolo de multiplicação, também passou a emoldurar a palavra Xícara.

 

   Unix  Escultura em Aço.

   Autor;   Allan de Kard.


A obra é uma proposição a Alteridade.

    Alteridade uma palavra muito pouco utilizada, significa a convivência entre os diferentes.

    Aqui proponho:  O respeito as opiniões do próximo.

    A Fraternidade entre os Homens só será possível quando ruírem as barreira construídas pelas divergências , Religiosas, Politicas, opções de vida etc.

  Allan de Kard  artista plástico

Vitoria da Conquista - Ba - Brasil.

sábado, 13 de fevereiro de 2021

CABO DO MEDO


 Beto Magno



Cabo do Medo: filme dirigido por Martin Scorsese
Por Fabio Belik*

        Há muito não visitava Cabo do Medo, realizado em 1991 por Martin Scorsese. Fiz isso outro dia – reconheci a capa navegando por um serviço de streaming e cliquei de imediato. No cinema, quando assisti ao filme pela primeira vez, o impacto foi brutal. Saí impressionado com tanta violência psicológica. Desde então já assisti a muitos filmes violentos e me imaginava calejado o suficiente, a ponto de subestimar uma história contada há décadas. Nada disso! Ela continua perturbadora.
        Cabo do Medo é uma refilmagem de Círculo do Medo, dirigido em 1962 por J. Lee Thompson e baseado no romance The Executioners, escrito por John D. MacDonald. A película em branco e preto era estrelada pelos astros Gregory Peck e Robert Mitchum e apresentava a estética clássica dos thrillers Hollywoodianos que reverenciavam as fórmulas de Alfred Hitchcock. Martin Scorsese resgatou essa atmosfera, mas apimentou a história com boas doses de violência gráfica e escavou com mais profundidade a psique dos seus personagens.
        Antes de continuar, vamos a uma rápida sinopse: Max Cady acaba de sair da prisão após cumprir 14 anos, obcecado em se vingar de Sam Bowden, o advogado que o defendeu e a quem atribui a culpa por ter sido condenado. Com requintes de psicopatia, vai perseguir e aterrorizar Sam, sua mulher e a filha de 15 anos.
        Para esse remake, o roteiro original escrito por James R. Webb foi adaptado por Wesley Strick. Aqui, Sam Bowden não é o advogado exemplar que sua estampa de bem-sucedido deixa transparecer. Burlando o sistema e ocultando informações relevantes, deixou que seu cliente – um estuprador violento que espancara sua vítima até quase matá-la – tivesse a pena aumentada. Acontece que o Max Cady que entrou analfabeto na prisão aprendeu a ler – na verdade, tornou-se um leitor compulsivo. Saiu de lá “praticamente um advogado”, conhecedor dos trâmites legais e ciente da injustiça cometida por quem deveria defendê-lo.
        No filme de Scorsese a sede de vingança do psicopata Max Cady encontra um Sam Bowden impotente, incapaz de apelar para o sistema judiciário, que conhece tão bem. A questão terá que ser resolvida entre os dois. Nada de polícia, nada de tribunais. O embate entre o bem e o mal respingará violência física e psicológica para diversos personagens.
        Robert De Niro, numa de suas caracterizações mais elaboradas e memoráveis, está assustador. Nick Nolte, ótimo dentro dos ternos impecáveis, é um misto de medo, culpa, raiva e desorientação. Jessica Lange, elegante, passa da futilidade ao desespero e convence. E a jovem Juliette Lewis já se mostrava uma atriz experiente. Enfim, Cabo do Medo está ancorado em um elenco competente.
        Martin Scorsese já tinha seu nome escrito no panteão do cinema – Taxi DriverTouro Indomável e Os Bons Companheiros eram títulos que balizam sua reputação. Mas o cineasta estava interessado em aprimorar sua performance nas bilheterias. Cabo do Medo, um clássico com grande potencial comercial, mostrou-se um projeto oportuno. O diretor o abraçou consciente de que teria que imprimir sua marca no filme. E fez isso começando pela movimentação peculiar da sua câmera, encontrando planos incomuns nas produções convencionais de Hollywood.
        A trilha sonora de Elmer Bernstein, trabalhada a partir da música original que Bernard Herrmann criou para o filme de 1962 é um elo de ligação com o Cabo do Medo original e causa certo estranhamento. Provoca tensão e suspense. Nos remete aos filmes de Hitchcock e intensifica o sentimento de desorientação que vai tomando conta dos personagens. Aliás, Scorsese parece se divertir ao salpicar seu filme com inúmeras referências ao mestre do suspense, fazendo desse um thriller fora do convencional.
        A violência que recai sobre a personagem da filha de Sam é de arrepiar. O diretor abre e encerra o filme com ela narrando a traumática experiência que viveu, o que trouxe ao remake uma perspectiva que não aparecia no filme original. Mas Scorsese manteve a essência do enredo: um advogado habituado a circular pelos labirintos do sistema se depara com uma terrível certeza: esse sistema é uma construção artificial. Não poderá valer-se dele para vencer seu embate. Terá que lutar com as próprias mãos, longe da lei, da polícia, do estado...
        Talvez Scorsese se incomodasse com uma abordagem tão... anarquista. Por isso incluiu algumas cenas desconcertantes no seu filme, como aquela em que Sam escorrega numa poça de sangue, ou a que mostra um detetive particular inepto cometendo erros primários num filme de suspense. Talvez quisesse caracterizar como patéticos aqueles que se metem a fazer justiça com as próprias mãos.

Filme: Cabo do Medo


Ano de produção: 1991
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: James R. Webb e Wesley Strick
Elenco: Robert De Niro, Nick Nolte, Jessica Lange, Juliette Lewis





Um romance com sotaque de cinema. Em 278 páginas narra a história de Daniel, um garoto de 9 anos que em 1969 se vê às voltas com o abandono, vivendo momentos de amadurecimento e superação. À venda no Clube de Autores.







*Fabio Belik é autor do livro Ventania

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

SONHO DE BONECA ( O FILME )

Xeno Veloso, Beto Magno e Tábita Rezedá


 O filme "Sonho de Boneca" conta a história da menina Sônia que, aos 13 anos, conseguiu  realizar o sonho de ter mais de 70 bonecas de diversas nacionalidades. Soninha tinha o sonho de conhecer o mundo, mas na década de 60, viajar era muito difícil! Então, ela teve a ideia de colecionar bonecas em trajes típicos de diversos países! 

Sônia escreveu cartas para vários chefes de Estado pedindo uma boneca que representasse aquele país. A primeira boneca que ela ganhou foi a da China Formosa. Ela conseguiu!
Sonho de Boneca é um filme que nos mostra que sonhos não podem ser engavetados!
Essa história aconteceu em Cachoeira / Bahia, em 1960.
O filme "Sonho de Boneca"  foi rodado em Cachoeira, nos dias 20, 21 e 22 de novembro e 23, 24. 27/11,em Salvador. O curto será exibido em Festivais de Cinema no Brasil e na Europa. A direção é de Rada Rezedá, cineasta, reúne 25 filmes na carreira. Em 2019, Rada rodou 4 filmes curtas: Maracangalha, Eu Vou! - Direçaõ de Marcos Wainberg; Teste Baiano - Direção Celso Taddei; Crime do Creme - Direção Rada Rezedá; Amar Diferente - Direção Ivann Willig. A fotografia de Sonho de Boneca é de Xeno Veloso e a produção de Rada, Tábita Rezedá e Manoela Lobo. O roteiro também é assinado por Rada e Manoela.


Elenco: 
SEU MANOEL - Flávio Galvão, participação especial. 
SONINHA – Vitória Lobo
DONA PIEDADE – Louise Sande
IRMÃ MODESTA – Tábita Rezedá
ROBERTINHO 10 ANOS – Dudu Saback 
CARLINHOS 7 ANOS – Nikolas Pereira
PAULINHO 4 ANOS – Daniel Saback
FOTOGRAFO SR. DONDOM – Beto Magno
MARLI 6 ANOS – Clara Lobo
LÚCIA – Belle Avena
ANA – Aíne Rocha
FOFOQUEIRA 1 BENEDITA– Cissa Sande
FOFOQUEIRA 2 FRANCISCA – Clara Campos
CARTEIRO – Cristian Saback 

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

O CINEMA NA PANDEMIA


 BETO MAGNO
Por Roberto Sadovski

Fui ao cinema. Depois de não entrar numa sala de projeção desde março, isolado por conta da pandemia do coronavírus, eu me vi em uma sessão tripla que começou como trabalho e foi esticada para mais dois filmes. Depois de tantos meses, queria sentir qual era o clima em meu lugar preferido em todo o planeta. Foi uma experiência... estranha.

Em primeiro lugar, trabalho. Sessões de cinema para a imprensa geralmente são realizadas no período da manhã, e eram parte da rotina há décadas. Em 2020 isso acabou. Depois de meses com o mercado ensaiando um retorno, o primeiro grande filme a ser lançado por "Tenet", de Christopher Nolan - que eu analisei aqui. Para evitar aglomeração de jornalistas, o estúdio marcou diversas sessões. Eu fui na última, em um shopping de São Paulo, dividindo a sala com outros cinco colegas.

 Quando o filme terminou, dei uma volta pelo shopping. Nem de longe o movimento está normal. Algumas lojas permaneciam fechadas, as que insistiam não atraiam muitos clientes. A impressão é que as pessoas perambulavam pelos corredores do shopping pela simples vontade de colocar os pés na rua. Arrisquei entrar em uma livraria, dessas megastores que resistem aos trancos e barrancos. Senti como se estivesse no jogo "The Last of Us". Ao gravar mensagens em áudio no celular, ouvia o eco de minha voz.

Foi aí que tive a brilhante ideia de conferir o que estava em cartaz. Se já estava lá, melhor então ver na prática os protocolos de segurança adotados pelos cinemas desde a retomada. Na prática, não havia muito o que fazer. Álcool gel em todos os lugares, funcionários dispostos... E ninguém para atender. Escolhi dois filmes e, máscara no rosto, fui à luta. Pipoca e refrigerante? Nem arrisquei: não é nenhum sacrifício passar duas horas sem mastigar, prestando atenção somente aos filmes. A primeira sessão foi de "Os Novos Mutantes", filme derradeiro da série da Marvel quando estava nos braços da Fox. A essa altura eu sequer imaginava que a aventura era real, depois de um bom par de de anos brigando com tretas de bastidores. Quando o estúdio foi comprado pela Disney, o filme de Josh Boone ("A Culpa É das Estrelas") obviamente deixou de ser prioridade por não se encaixar no Universo Cinematográfico Marvel. A pandemia foi a oportunidade para desovar o cadáver silenciosamente.

A bem da verdade, "Os Novos Mutantes" não é nem de longe uma experiência terrível. Pelo contrário: é mais decente que absurdos do universo dos X-Men como "Apocalýpse" e "Fênix Negra". Mas é um filme de fato modesto, barato, de baixo orçamento e escopo reduzido. O elenco resume-se a seis atores trancafiados num hospital/prisão, lidando com os poderes de seus personagens em um roteiro bobão mas inofensivo. Não acho que as duas (!) outras pessoas na sala comigo se incomodaram.

A sessão seguinte foi exclusiva. Embora houvesse uma poltrona já comprada quando fui providenciar meu ingresso, no fim estava sozinho na sessão de "A Verdadeira História de Ned Kelly". A solidão combinou com o clima desolado do filme de Justin Kurzel ("Assassin´s Creed"). O lendário bandido australiano, que entrou para a história ao fim do século 19, ganhou uma biografia crua, suja, estranha e perturbadora em sua beleza melancólica.

O personagem já foi defendido meia dúzia de vezes no cinema, com Mick Jagger e Heath Ledger assumindo seu papel em filmes lançados em 1970 e 2003, respectivamente. Mas era um registro de filme de ação, caminho oposto ao escolhido por Kurzel. Aqui, é George MacKay ("1917") que abraça o papel de Kelly, filho de um imigrante irlandês que termina fincando raízes no outback australiano.

O texto, baseado no livro premiado de Peter Carey, muda o foco do bandido heroico para a autobiografia de Ned Kelly, narrando as decisões que o levaram a criar uma gangue de criminosos em um relato deixado para sua filha. O tom é por vezes lúdico, com o realismo substituído por delírios do protagonista e seu choque com as forças policiais da colônia. É um "filme de arte" provocativo e surpreendente, violento e sufocante.

Saí do cinema satisfeito em reencontrar minha paixão. Mas foi um sentimento agridoce, porque o mundo não está nem de longe preparado para voltar a girar. A Europa está voltando ao lockdown, as mortes por Covid nos Estados Unidos voltaram a disparar e a política genocida brasileira não inspira nenhuma confiança em arriscar uma data para o "novo normal".

É hora de voltar ao cinema? Isso, meu caro, é decisão totalmente sua. Sem grandes lançamentos pelo menos até dezembro (e eu não aposto na estreia de "Mulher-Maravilha 1984"), e com o caminhão de pérolas prestes a desembarcar via streaming ("Mank", "O Céu da Meia-Noite", "Mulan", "Soul"), acredito que seu futuro imediato esteja mesmo no sofá de casa.

Fonte: UOL