domingo, 10 de abril de 2011

MELHORES FILMES BRASILEIROS

OS MELHORES FILMES BRASILEIROS NA MINHA OPINIÃO

Glauber Rocha “Deus e o diabo na terra do sol” “Terra em transe” “O dragão da maldade contra o santo guerreiro”


Carlos Diegues ou Cacá Diegues “Bye Bye Brasil”


Ruy Guerra “Os cafajestes” “Os fuzis”


Arnaldo Jabor “Toda nudez será castigada” “Tudo bem”


Humberto Mauro “Brasa dormida” “Ganga Bruta”


Nelso Pereira dos Santos “Memórias do Cárcere” “Vidas secas” “Rio quarenta graus”


Roberto Farias “O assalto ao trem pagador”


Rogério Sganzerla “O bandido da luz vermelha”


Andrea Tonacci “Bang bang”


Eduardo Coutinho “Cabra marcado para morrer”


Lima Barreto “O cangaceiro”


Leon Hirzman “Eles não usam black-tie” “São Bernardo”


Joaquim Pedro de Andrade “Macunaíma”


Júlio Bressane “Matou a família e foi ao cinema”


Anselmo Duarte “O Pagador de Promessas”


Hector Babenco “Pixote - a lei do mais fraco”


Os filmes que trazem mensagens spirit, cult, light ou hard do cinema atual, foram escolhidos, entre overs, amigos, e clientes. Clique nos links e saiba mais sobre os top 10 do Cinema Brasileiro que a tribo OVERSTRESS tem visto nas telonas:


Laís Bodansky “Bicho de 7 cabeças”


Anna Muylaert “É proibido fumar”


Henrique Dantas “Filhos de João - Admirável mundo novo Baiano”


Lírio Ferreira “O homem que engarrafava nuvens”


Sérgio Machado “Quincas Berro D’água”


Erik Rocha “Pachamama”


Hugo Carvana “Casa da mãe Joana”


Daniel FilhoChico Xavier - Uma vida de amor”


Luiz Villaça “O contador de Histórias”


Nelson Hoineff “Caro Francis”

UM CINEMA QUE SE DIZ BAIANO

Set de filmagens de Redenção

Por André Setaro


Apesar de já ser considerada uma centenária cinematografia, como em 2010 se comemorou, a rigor, no entanto, ouso dizer que não existe um cinema baiano, mas filmes baianos, porque, para a existência de um cinema baiano, por exemplo, haveria de se ter uma produção sistemática e continuada. A questão é polêmica e não o objetivo desse artigo, porém.


Admitindo-se a hipótese de que o cinema baiano está a fazer, neste 2011, já quase no seu ocaso, 101 anos, o que se pode dizer é que a trajetória dessa cinematografia que se quer, às vezes até a fórceps, baiana, é um itinerário de frustrações e marcada por fases e por períodos de completa inatividade no plano da criação cinematográfica.


O ponto de partida se dá com Regatas da Bahia, a partir de então, Diomedes Gramacho, José Dias da Costa, Luxardo, entre outros, fazem filmes documentários que se caracterizam pelo registro de vistas, acontecimentos sociais, inaugurações disso e daquilo, chegando-se, mesmo, na segunda década do século passado, ao estabelecimento de laboratórios que objetivam a feitura de fitas. Mas Gramacho, o principal documentarista do período, entra em crise depressiva por causa de um incêndio e joga, em estado de desespero, todo o seu material na Baía de Todos os Santos.


As pesquisas até agora são infrutíferas em relação aos filmes porventura produzidos na Bahia antes da década de 1930. Considera-se como o grande pioneiro do cinema baiano o documentarista Alexandre Robatto, Filho, cujos registros, quase na sua totalidade, são recuperados pela Fundação Cultural do Estado da Bahia. Robatto é, praticamente, o único nome que vigora no panorama cinematográfico soteropolitano em duas décadas: as de 30 e de 40. A sua obra consiste basicamente de documentários que registram as exposições de pecuária, eventos históricos, amenidades sociais etc, a exemplo de A volta de Ruy (1949), A guerra das boiadas (1946), A chegada de Marta Rocha (1955), Quatro séculos em desfile (1949), entre muitos outros, como filmes em 8mm que documentam os carnavais baianos nos clubes sociais nos anos 40, com sabor pitoresco e um resgate memorialista. Seu filme mais bem acabado, esteticamente, é Entre o mar e o tendal (1953), quando se pode observar um cuidado na construção de uma estrutura narrativa mais dinâmica.


Os anos 50 registram o advento do Clube de Cinema da Bahia, idealizado pelo advogado Walter da Silveira, que congrega, no espírito de uma velha província, os intelectuais e os universitários de sua época. O mercado exibidor somente oferece o cinema hollywoodiano, e Walter da Silveira apresenta a estética eisensteiniana, o expressionismo alemão, o neorrealismo italiano, o realismo poético francês, a avant-garde dos anos 20, a escola documentarista inglesa de John Grierson, Paul Rotha etc. Alguns dos assíduos frequentadores do Clube se entusiasmam e, assombrados, decidem fazer cinema, a exemplo de Glauber Rocha, que, no dia da morte de Walter da Silveira (novembro de 1970), escreve artigo no já extinto Jornal da Bahia para lamentar a perda do amigo e ressaltar que foi ele quem o fez descobrir o cinema como expressão de uma arte.

sábado, 9 de abril de 2011

CURSO DUBLAGEM, CINEGRAFISTA...TESTE PARA FILME

Por Beto Magno

CAP ESCOLA DE TV E CINEMA – 15 ANOS!



1) CURSO DE INTERPRETAÇÃO PARA TV / TELEJORNALISMO / APRESENTADOR


Duração: 5 meses turmas : quintas das 19 às 22h Início: 05 de maio


Conteúdo: dicção/voz/fala; memorização de textos; leitura e interpretação; expressão corporal; gravação.


Investimento: R$ 1.325,00


Forma de Pagamento:


Ø à vista 5% desconto


Ø em até 5x de R$ 265,00 (cheque ou cartão)





2) CURSO DE TV PARA ATORES


2.1) Turmas para iniciantes, adolescentes e crianças


Aulas as sextas das 14.30 as 17.30 h



2.2) Turmas para adultos


Aulas as terças das 18.30 as 22h


Professora: Rada Rezedá


Duração das turmas adulta e adolescente: até dezembro



Forma de Pagamento:


Ø à vista 5% desconto


Ø mensalidade de R$ 245,00 (cheque ou cartão)





3) CURSO DE PRODUÇÃO/ DIREÇÃO DE TV


16 a 27 de MAIO (CH 18 HORAS)


Conteúdo: As 3 etapas da produção com a gravação de um vídeo de 1 minuto no final do curso.


Professora: Rada Rezedá e professor convidado


Investimento: R$ 450,00


Forma de Pagamento:


Ø à vista 5% desconto


Ø em até 2x de R$ 225,00 (cheque ou cartão)


Ø R$ 385,00 a vista para matriculas até 9 de maio





4) CURSO CINEGRAFISTA


26 a 30 de ABRIL (CH 20 HORAS)


Conteúdo: curso prático – o aluno aprende a operar câmera profissional de TV;planos e movimentos de câmera; lentes, noção básica de iluminação, etc.


Professor: Xeno Veloso


Investimento: R$ 450,00


Forma de Pagamento:


Ø a vista 5% desconto


Ø em até 2x de R$ 225,00 (cheque ou cartão)


Ø R$ 385,00 a vista para matriculas até 20 de abril







5) CURSO LOCUÇÃO


11 a 20 de ABRIL (CH 15 HORAS)


Conteúdo: dicção/voz; interpretação de textos, microfones, gravação.


Professora: Rada Rezedá


Investimento: R$ 400,00


Forma de Pagamento:


Ø a vista 5% desconto (R$ 380,00)


Ø em até 2x de R$ 200,00 (cheque ou cartão)


Ø R$ 350,00 a vista para matriculas até 7 de abril





6) CURSO DUBLAGEM – Este curso possui matricula


16 e 17 ABRIL (CH 15 HORAS)


Valor da matricula: R$ 40,00


Professor: Flavio Back ( dublador do desenho animado Bem 10)


Investimento: R$ 400,00


Forma de Pagamento:


Ø a vista 5% desconto (R$ 380,00)


Ø em até 2x de R$ 200,00 (cheque ou cartão)


Ø R$ 310,00 a vista para matriculas até 9 de abril




7) CURSO DE EDIÇÃO DE IMAGEM


02 a 13 MAIO (CH 30 HORAS)


Conteúdo: Edição em Final Cut. Como montar um audiovisual adequando conhecimento da linguagem cinematográfica ao recurso do final CUT pró. Aula teórica e prática com montagem de um vídeo de 1 minuto.


Professor: Xeno Veloso


Investimento: R$ 850,00


Forma de Pagamento:


Ø a vista 5% desconto (R$ 807,50)


Ø em até 2x de R$ 425,00 (cheque ou cartão)


Ø R$ 745,00 a vista para matriculas até 9 de maio






8) CURSO TV E TEATRO ESPECIFICO PARA MELHOR IDADE


COM MONTAGEM DE ESPETACULO MUSICAL NO FINAL


ABRIL - matriculas abertas, curso até dezembro.


Conteúdo: aulas de expressão corporal,dança, teatro, TV, voz/canto.


Terças e quintas: das 14.30 as 16.30 h


Coordenação do curso: Rada Rezedá


Investimento: R$ 245,00 mensalidade


sexta-feira, 8 de abril de 2011

A GENESE DE DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL

Foto:Lázaro Faria Beto Magno recebendo das mãos do Dr. Emilton Rosa o livro " A genese de Deus e o Diabo na terra do Sol" de Josette Monzani...um exelênte presente.

2 de Julho Diretor Lázaro Faria

Lázaro Faria falando sobre o filme 2 de Julho

2 de Julho - A Guerra da Independência do Brasil

Bete Wagner fala sobre a impotância do filme 2 de Julho

2 de Julho - A Guerra da Independência do Brasil - Zelito Viana

Zelito Viana falando sobre a importancia do filme 2 de Julho do diretor Lázaro Faria

GRAVAÇÃO DO DEPOIMENTO SOBRE O FILME 2 DE JULHO

Foto: Xeno Veloso Netinho, Lázaro Faria e Beto Magno explicando a importancia didatica do filme O Corneteiro Lopes de Lázaro Faria o curta que deu origem ao longa 2 de Julho
Foto: Xeno Veloso Netinho , Beto Magno e Lázaro Faria no dia da gravação do depoimento sobre o filme 2 de Julho

GRAVAÇÃO DO VIDEO PARA DIVULGAÇÃO DO FILME 2 DE JULHO

Foto: Xeno Veloso Lázaro Faria, Beto Magno, Emilton Rosa e Izabel Ceres no dia da gravação do depoimento sobre o filme 2 de Julho

GRAVAÇÃO PARA VIDEO DE DIVULGAÇÃO DO FILME 2 DE JULHO

Foto: Lázaro Faria Xeno Veloso, Beto Magno, Emilton Rosa e Izabel Ceres no dia da gravação do depoimento sobre o filme 2 de Julho

O CINEMA COM O PASSAR DO TEMPO



Por André Setaro



É difícil constatar, pela sensação do tempo que passa voando, indiferente, mas Blade Runner, o caçador de andróides, que parece ter sido visto ontem no já falecido Iguatemi 2 (em Salvador), vai fazer, ano que vem, três décadas, trinta anos. Blade Runner foi considerado uma das melhores ficções-científicas da história do cinema e, quando do seu lançamento, fez um grande sucesso de público e de crítica. Dirigido pelo eficiente estilista Ridley Scott, tem, no seu elenco principal, Harrison Ford e Sean Young. Mas o estarrecimento que se quer dar a entender aqui é pela passagem do tempo. Trinta anos já de Blade Runner?



Se, numa hipótese, em 1970, por exemplo, fosse ver um filme com já trinta anos de sua realização seria uma obra cinematográfica de 1940. Mas a distância entre Blade Runner, que é de 1982, para os dias atuais, é muito menor, quase inexistente em termos de linguagem cinematográfica, ao contrário de um filme feito em 1970 e um filme realizado em 1940. Isso se explica pelo fato de que a linguagem do cinema ainda, nos anos 1940, estava em processo de evolução. Se o cinema nasceu em 1895, levou, porém, vinte anos para sistematizar a sua narrativa, que aconteceu com O nascimento de uma nação (The birth of a nation, 1915), de David Wark Griffith. Dado o primeiro passo importante na constituição da linguagem, ainda havia muito a se desenvolver para haver, nos anos 1960, uma cristalização, um amadurecimento de seus procedimentos estéticos. Ainda estava por vir a montagem de atrações de Eisenstein, a funcional utilização da profundidade de campo de Orson Welles e William Wyler, o neorrealismo italiano, a desdramatização e a antinarrativa de Michelangelo Antonioni e Alain Resnais, o jogo espaço-tempo deste último, a revolução godardiana etc. A linguagem cinematográfica somente ficou adulta, por assim dizer, adquirindo plena maturidade sintática, em meados dos anos 1960.


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Daí se sentir tanta diferença entre um filme de 1940 e um de 1970, enquanto não se a percebe entre um de 1982 (caso de Blade Runner) e um feito agora, a exemplo de O discurso do rei. Creio, inclusive, que Blade Runner tem uma linguagem mais dinâmica e moderna do que este último oscarizado. A psicologia da recepção do espetáculo cinematográfico mudou muito com o advento do digital e do DVD e, por que não? da internet. O olhar do espectador diante de um filme é outro olhar, um olhar que já conhece, mesmo inconscientemente, os códigos dos procedimentos da linguagem. O assombro dos anos pretéritos desapareceu e se pode constatar também que a magia do cinema se evaporou com a massificação da imagem, a ponto de não se dizer mais linguagem cinematográfica em função da expressão narrativa audiovisual.



Não há mais espaço, portanto, para os realizadores inventores de fórmulas, para os cineastas inventores. Se a tecnologia avançou muito não apresentou, porém, ainda uma invenção que pudesse interferir no processo de criação cinematográfico a nível estético, como é o caso da Terceira Dimensão (3D). Para se alcançar a estética, necessário que a técnica se una a linguagem. Cineastas como Welles (Cidadão Kane), Eisenstein (Outubro), Hitchcock (Um corpo que cai), William Wyler (Os melhores anos de nossa vida), Jean-Luc Godard (Acossado), Antonioni (A aventura), Roberto Rossellini (Romance na Itália/Viaggio in Itália), Alain Resnais (Hiroshima, mon amour), entre muitos e muitos outros, foram autênticos inventores de fórmulas, cineastas criadores por excelência.



Para constatar que a linguagem cinematográfica se cristalizou nos anos 60 (e é provável que o derradeiro filme-invenção tenha sido O ano passado em Marienbad/L’année dernière a Marienbad, 1961, de Alain Resnais – que está a fazer meio século de sua realização), basta verificar que um filme realizado em 2011 não difere, em termos de linguagem, de um filme feito em 1971. É o caso, dando outro exemplo, de A laranja mecânica (A clockwork Orange), que, produzido neste último ano citado, tem uma estrutura narrativa em plena atualidade e dá a impressão de ser uma obra construída em 2011. Mas, por outro lado, se o filme de Stanley Kubrick dista 40 anos de seu momento de criação, uma obra de 1971 comparada a outra de 40 anos atrás, ou seja, de 1931, surge completamente diferente como estrutura e como linguagem. O que significa dizer: o cinema quase que não mudou do ponto de vista estética e linguístico a partir da década de 60. Talvez seja por isso que Orson Welles disse a Peter Bogdanovich que a idade de ouro da sétima arte se estabelecia entre 1912 e 1962. Atônito, o crítico americano, autor de A última sessão de cinema, entre outros, não teve tempo de replicar, pois Welles disse em seguida com a sua rapidez peculiar que a invenção no cinema teve uma vida mais longa do que a Renascença, que durou apenas, no seu apogeu, 37 anos.



Há filmes avançados para a época e que se tornam, por isso, incompreensíveis quando são lançados. O ano passado em Marienbad, de Alain Resnais, cineasta francês que, por incrível que pareça (beira aos 90), é o realizador mais inventivo do cinema contemporâneo, não foi bem digerido na época de sua estréia mundial. Incursão nos arcanos da memória, trata-se de um espetáculo puro, o cinema como expressão total de uma estrutura audiovisual. Mas as revoluções formais, as invenções de linguagem são logo absorvidas e logo usadas em filmes posteriores. O caso de Orson Welles, que revolucionou toda a linguagem do cinema em Cidadão Kane (Citizen Kane, 1941), é exemplar. O cinema, na época que Welles fez Kane, tinha atingido o máximo como uma linguagem clássica perfeita. Era preciso renovar. Hollywood chamou Welles, que fazia teatro em Nova York, e já considerado um gênio, e a R.K.O. lhe deu carta branca para a realização do filme sem interferência. A linguagem cinematográfica evolui com Cidadão Kane, que é o ponto de partida do cinema moderno. Mas o estúdio, satisfeito com a revolução formal conquistada, cortou a liberdade do autor, interferindo na montagem de seu filme seguinte, Soberba (The magnificient Ambersons, 1942). E Welles penou, de pires na mão, a vida inteira para conseguir recursos para seus outros filmes.



P.S: Na coluna de terça passada sobre a morte de Elizabeth Taylor, esqueci de citar um filme que gosto muito, A megera domada (The taming of the shrew, 1967), de Franco Zeffirelli, uma bela adaptação de uma peça de William Shakespeare, com Liz Taylor ao lado de seu então marido Richard Burton. Em Pádua, nobre não aceita noivo para sua filha mais moça enquanto não achar pretendentes para a mais velha, que tem temperamento irascível e genioso (Catarina, interpretada por Liz). O melhor filme de Zeffirelli, diretor maneiroso, que tem, aqui, o ponto alto de sua filmografia.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

sábado, 2 de abril de 2011

Por André Setaro

O fato é que, com o surgimento dos novos suportes, com o avanço da tecnologia, que possibilita a visão de filmes em qualquer lugar, a magia das salas exibidoras desapareceu. As imagens em movimento se tornaram rotineiras. Nasce-se, hoje, vendo-as no televisor acoplado na parece do hospital enquanto ainda se está a sair para a vida. Todo mundo pode, atualmente, fazer um filme. Faz-se filmes como antigamente se fazia poesias. Mas isto não quer dizer que eles sejam poéticos (alguns podem sê-los). E o velho cineclube? Ainda teria a mesma função, o mesmo fascínio, a mesma curiosidade? Em alguns lugares, as sessões, por assim dizer, cineclubistas, ainda funcionam, a exemplo das concorridas sessões do Comodoro, patrocinadas pelo cineasta Carlos Reichenbach na capital paulista. Mas, creio, são exceções que fogem à regra. O negócio, nos dias que correm, se encontra em baixar filmes da internet. E, com isso, aquela reverência que se tinha, diante das imagens em movimento, se perdeu no tempo. As coisas mudam, porém, e, com elas, a recepção ao filme se tornou um ato rotineiro sem o tão necessário encantamento e assombro. Na verdade, está a acontecer uma revolução no modo de ver o filme, e esta revolução tem que ser assimilada, compreendida. O cinema que se tinha, nos moldes de antigamente, está morto. A sentença de morte foi dada poeticamente por Cinema Paradiso (Nuevo Cinema Paradiso, 1989), de Giuseppe Tornatore. E, também, na mesma época, por Splendor, de Ettore Scola. Mas, e a respeitar aqueles que gostam de ver filmes na telinha do computador, devo dizer, em alto e bom som: recuso-me, peremptoriamente a ver filmes na telinha do aparelho informático. Vejo-os muitos em DVD. Pode acontecer, em alguns casos, para falar a verdade, e a verdade verdadeira, no sentido kantiano, de assistir a filmes baixados na internet se convertidos em DVD, mas que sejam obras raras, que não as tenha visto e que sejam importantes.


Com o advento do VHS, do laser-disc, do DVD, e, agora, com a possibilidade de se baixar quase tudo da internet, a pergunta que se quer fazer é a seguinte: ainda haveria condições de ser ter um clube de cinema nos moldes do de Walter da Silveira nas décadas de 50 e 60 em Salvador?


Naquela época, difícil era se ver certos filmes, que ficavam restritos às cinematecas. O mercado exibidor se restringia aos lançamentos e as constantes reprises de filmes de sucesso. Como, nos anos citados, assistir aos filmes neo-realistas, aos do expressionismo alemão, às obras mais independentes de cinematografias desconhecidas, às obras do realismo poético francês, à vanguarda da estética da arte muda? O único jeito era a viagem e, assim mesmo, o mais certo seria ao exterior, às cinematecas de Nova York ou a de Paris, além de outras importantes da Europa. Aqui no Brasil, existiam, mas ainda incipientes, as cinematecas do Rio e de São Paulo (esta com um acervo mais versátil). Salvador não tinha nenhuma possibilidade de constituir uma cinemateca.


A importância de Walter da Silveira (que boa parte da nova geração não sabe quem foi, apesar de nome de sala alternativa nos Barris) foi justamente a de, com a fundação do Clube de Cinema da Bahia, trazer filmes especiais, essenciais à evolução da linguagem e da estética cinematográficas. Walter da Silveira fez ver, aos baianos de província (mas uma província muito agradável bem diferente da cidade engarrafada de hoje), que o cinema, além de um bom divertimento, era, também, a expressão de uma arte. O próprio Glauber Rocha, quando de sua morte, em novembro de 1970, em artigo para o Jornal da Bahia, confessou que o ensaísta fora seu grande mestre, que aprendeu a ver cinema através das palavras de Walter da Silveira. E conta, num artigo, o esporo que este lhe deu, quando, numa exibição de O encouraçado Potemkin, numa sessão matutina no cinema Liceu, conversava, durante a exibição, com um amigo. Walter, percebendo o arruído, deu-lhe tremendo esporo, segundo palavras do próprio Glauber que, conta, nunca mais falou durante a projeção de um filme, tal a indignação do mestre diante do jovem tagarela.


Atualmente, no entanto, com a facilidade existente, pode-se ver um raro filme antigo, a exemplo de Ordet, de Carl Theodor Dreyer, famoso cineasta dinamarquês, em boa cópia em DVD. Este filme, há poucos anos, somente seria possível ser contemplado na cinemateca de Henry Langlois, em Paris. Outro dia, vim a saber, um conhecido baixou da internet, em cópia decente e legendada, As estranhas coisas de Paris (Elena et les hommes, 1956), com a bela Ingrid Bergman e Jean Marais, filme difícil de se ver (nunca passa na televisão e não tem no disquinho – ou será que já tem?).


Há dois anos, tentou-se implantar um cineclube na Faculdade de Comunicação. Com excelente programação. Retrospectivas de Kubrick, Buñuel etc. Mas os alunos, antes de entrar, perguntavam se os filmes estavam disponíveis em DVD. E davam meia-volta, volver.


Uma vez no Rio, ao saber da exibição de Ladrões de bicicleta na Cinemateca do Museu de Arte Moderna, em única sessão, ainda que mal tivesse chegado à cidade, corri para lá. Finda a exibição, chuva torrencial fiquei encharcado e voltei a pé para o hotel (a cidade engarrafada, tudo parado). Nos tempos atuais, faria o mesmo sacrifício? Claro que não, pois o DVD de Ladri di biciclette está disponível não somente para ser adquirido, mas também nas melhores locadoras da cidade.


Qual a função do cineclubismo nos dias atuais? Walter da Silveira, por exemplo, sobre ser um dos maiores ensaístas de cinema do Brasil (na Bahia ninguém nunca lhe chegou perto), era um homem, verdade se diga, à antiga, de tom grave, circunspeto, com uma gestualística bem diversa da juventude atual e, mesmo, dos menos jovens que atualmente constituem o meio circundante e intelectual, universitário. A figura de Walter faz lembrar aqueles antigos mestres universitários, principalmente os professores da Faculdade de Direito (no acento vocal, nas pausas, na maneira de expor o assunto, um magister dixet).


Mas acontece que o mundo mudou e, com ele, a cultura. Houve um papel importantíssimo exercido por Walter da Silveira. Os realizadores que se aventuram na captação das imagens em movimento são contemporâneos de um cinema digital. Faz-se filmes até pelos telefones celulares. O Clube de Cinema da Bahia, portanto, não poderia existir - nem teria razão de ser - nesta chamada contemporaneidade. A própria psicologia de recepção da obra cinematográfica mudou. Bem, são reflexões ao acaso.


O cinema entrou na minha vida através da estupefação e do assombro.

terça-feira, 29 de março de 2011

CURSO APRESENTADOR TV, ATOR, TELEJORNALISMO,PRODUCAO,DUBLAGEM,LOCUÇÃO,CINEGAFISTA NA CAP ESCOLA DETV CINEMA SLAVADOR

Foto: Xeno Veloso Beto Magno gravando documentário sobre os 25 anos da Uneb

CAP ESCOLA DE TV E CINEMA – 15 ANOS!

1) CURSO DE INTERPRETAÇÃO PARA TV / TELEJORNALISMO / APRESENTADOR

Duração: 5 meses turmas :Sábados das 9 as 12.30hConteúdo: dicção/voz/fala; memorização de textos; leitura e interpretação; expressão corporal; gravação.

Investimento: R$ 1.325,00

Forma de Pagamento:

a vista 5% desconto

em até 5x de R$ 265,00 (cheque ou cartão)

2) CURSO DE TV PARA ATORES

2.1) Turmas para iniciantes, adolescentes e crianças

Aulas as sextas das 14.30 as 17.30 h

2.2) Turmas para adultos

Aulas as terças das 18.30 as 22h

Professora: Rada Rezedá

Duração das turmas adulta e adolescente: até dezembro

Forma de Pagamento:

a vista 5% desconto

mensalidade de R$ 245,00 (cheque ou cartão)


3) CURSO DE PRODUÇÃO/ DIREÇÃO DE TV

16 a 27 de MAIO (CH 18 HORAS)

Conteúdo: As 3 etapas da produção com a gravação de um vídeo de 1 minuto no final do curso.

Professora: Rada Rezedá e professor convidado

Investimento: R$ 450,00

Forma de Pagamento:


a vista 5% desconto

em até 2x de R$ 225,00 (cheque ou cartão)

R$ 385,00 a vista para matriculas até 9 de maio


4) CURSO CINEGRAFISTA

25 a 30 de ABRIL (CH 20 HORAS)

Conteúdo: curso prático – o aluno aprende a operar câmera profissional de TV;planos e movimentos de câmera; lentes, noção básica de iluminação, etc.

Professor: Xeno Veloso

Investimento: R$ 450,00

Forma de Pagamento:

a vista 5% desconto

em até 2x de R$ 225,00 (cheque ou cartão)

R$ 385,00 a vista para matriculas até 20 de abril

5) CURSO LOCUÇÃO

11 a 20 de ABRIL (CH 15 HORAS)

Conteúdo: dicção/voz; interpretação de textos, microfones, gravação.

Professora: Rada Rezedá

Investimento: R$ 400,00

Forma de Pagamento:

a vista 5% desconto (R$ 380,00)

em até 2x de R$ 200,00 (cheque ou cartão)

R$ 350,00 a vista para matriculas até 7 de abril

6) CURSO DUBLAGEM – Este curso possui matricula

16 e 17 ABRIL (CH 15 HORAS)

Valor da matricula: R$ 40,00

Professor: Flavio Back ( dublador do desenho animado Bem 10)

Investimento: R$ 400,00

Forma de Pagamento:

a vista 5% desconto (R$ 380,00)

em até 2x de R$ 200,00 (cheque ou cartão)

R$ 310,00 a vista para matriculas até 9 de abril

7) CURSO DE EDIÇÃO DE IMAGEM

02 a 13 MAIO (CH 30 HORAS)


Conteúdo: Edição em Final Cut. Como montar um audiovisual adequando conhecimento da linguagem cinematográfica ao recurso do final cut pró. Aula teórica e prática com montagem de um vídeo de 1 minuto.

Professor: Xeno Veloso

Investimento: R$ 850,00

Forma de Pagamento:

a vista 5% desconto (R$ 807,50)

em até 2x de R$ 425,00 (cheque ou cartão)

R$ 745,00 a vista para matriculas até 9 de maio


8) CURSO TV E TEATRO ESPECIFICO PARA MELHOR IDADE

COM MONTAGEM DE ESPETACULO MUSICAL NO FINAL

ABRIL - matriculas abertas, curso até dezembro.

Conteúdo: aulas de expressão corporal,dança, teatro, TV, voz/canto.

Terças e quintas: das 14.30 as 16.30 h

Coordenação do curso: Rada Rezedá

Investimento: R$ 245,00 mensalidade

CAP ESCOLA DE TV E CINEMA SALVADOR

(71) 8268.2441 / 9167.8274 / 4102.6852


sábado, 26 de março de 2011

CURSO EDIÇÃO DE IMAGEM EM FINAL CUT E OPERADOR DE CAMERA/CINEGRAFISTA- CAP ESCOLA DE TV COM MATRICULAS ABERTAS

Xeno Veloso dando aula de Cinegrafista na Cap Escola de Tv e Cinema em Salvador
Por Beto Magno
CAP ESCOLA DE TV E CINEMA EM SALVADOR DA A DICA DOS CURSOS PARA ABRIL E MAIO DE 2011.

CURSO CINEGRAFISTA

25 a 30 de ABRIL (CH 20 HORAS)

Conteúdo: curso prático – o aluno aprende a operar câmera profissional de TV;planos e movimentos de câmera; lentes, noção básica de iluminação, etc.

Professor: Xeno Veloso

Investimento: R$ 450,00

Forma de Pagamento:
Ø a vista 5% desconto
Ø em até 2x de R$ 225,00 (cheque ou cartão)
ØR$ 385,00 a vista para matriculas até 20 de abril


CURSO DE EDIÇÃO DE IMAGEM

02 a 13 MAIO (CH 30 HORAS)

Conteúdo: Edição em Final Cut. Como montar um audiovisual adequando conhecimento da linguagem cinematográfica ao recurso do final cut pró. Aula teórica e prática com montagem de um vídeo de 1 minuto.

Professor: Xeno Veloso

Investimento: R$ 850,00

Forma de Pagamento:
Ø a vista 5% desconto (R$ 807,50)
Ø em até 2x de R$ 425,00 (cheque ou cartão)
Ø R$ 745,00 a vista para matriculas até 9 de maio



CINEMA E AS NOVAS TECNOLOGIAS

Beto Magno

A história do cinema nos mostra que o modelo de linguagem narrativo clássico instituído por Griffith, predominou no decorrer da evolução da produção cinematográfica. Um cinema com estrutura narrativa linear e naturalista, demonstrando respeito pela imagem captada pela câmera. No entanto, desde os primórdios, o cinema também se preocupou em desenvolver gêneros a partir dos quais pudesse expressar suas várias possibilidades de linguagem. Assim, ao lado dos irmãos Lumière, produtores de filmes com estruturas narrativas relativamente simples, temos Georges Méliès que, fascinado pela então nova tecnologia, transforma seus filmes em verdadeiras experiências de linguagem usando efeitos de imagem como substituição de objetos a partir de interrupções da câmera ou sobre-impressão feita com a própria câmera, os chamados trick effects. O objetivo é sempre o de criar uma ilusão próxima à idéia da magia.


Méliès adapta seu conhecimento de teatro ao cinema. Ele constrói cenários para seus filmes, de forma a nos dar a sensação de multicamadas e de profundidade de campo no mesmo plano, o corte evidenciando a continuidade temporal e a manutenção do mesmo espaço.


Se para alguns teóricos, dentre os quais destacamos André Bazin, o cinema deveria exprimir a realidade do mundo registrando a espacialidade dos objetos e o espaço que eles ocupam, sem uso de artifícios e respeitando sua unidade; para outros teóricos como S. M. Eisenstein, por exemplo, o cinema está baseado na montagem, que surge como necessidade ideológica uma vez que organiza os códigos para transformá-los em um meio de expressão cinematográfica. Dessa maneira, aquele cinema baseado na simples ação dá lugar a um cinema de idéias.


Nessa perspectiva, é na montagem que encontramos a imagem do tempo uma vez que, o tempo cinematográfico sendo uma representação indireta, depende da organização das imagens e sons para que ele se constitua.


Quando Orson Welles realiza Cidadão Kane (Citizen Kane - 1940) e, logo a seguir, surgem os filmes do neo-realismo italiano no período do pós-guerra, já se elaborava importante alteração na tradição narrativa e de representação Griffthiana em favor de um percurso que, pode-se dizer, vai do naturalismo ao realismo. Em Orson Welles temos a mistura de estilos diferentes (do jornalístico-documental ao expressionismo), a noção de fragmento (o filme constituído por blocos narrativos e seqüências independentes), a preocupação em registrar o tempo interior da ação em sua integridade (plano-sequência), o desenrolar de duas ações diferentes no mesmo plano (profundidade de campo), a narrativa em espiral fechando-se num círculo em oposição à linearidade teleológica de causa-efeito.


Com as novas tecnologias, ampliam-se os recursos para se praticar e desenvolver essas novas formas de realismo, ou, se quisermos, de realidades. O tempo cinematográfico rompe definitivamente seus laços com a noção de continuidade temporal.

Peter Greenaway é um dos que tem procurado estabelecer, por exemplo, o desenvolvimento do tempo narrativo em simultaneidade. Cada realidade a ser mostrada é composta por múltiplas camadas anteriores e, ao mesmo tempo, temos a fusão/síntese de várias ações acontecendo simultaneamente. Tudo ao mesmo tempo, aqui e agora. Num mesmo momento, sobrepostos, são vistos planos gerais e detalhes de uma mesma cena, janelas que se abrem para comentar a cena ou introduzir uma outra.


A leitura/visão de um filme não se processa apenas no nível plano da horizontalidade, mas também na verticalidade e na profundidade, assim como se antevia em Mèliés e se configurou em Orson Welles.


Em O livro de Próspero (Prospero's Book - 1991), adaptação de A Tempestade (The tempest) de William Shakespeare, Greenaway utiliza as novas técnicas de maneira extremamente sofisticada e rompe definitivamente com o que ele chama de "cinema conservador". Utilizará no filme "algo de televisão, algo de cinema e algo de pintura".


A única possibilidade de mostrar com toda a força dramática o delírio imaginativo de Próspero, a maneira intrincada como armava seus planos para manipular as pessoas, o jogo temporal entre passado, presente e futuro, era a utilização da multiplicidade de telas, recurso amplamente facilitado pelas novas tecnologias.


A mesma multiplicidade de telas será novamente a base narrativa de seu filme O livro de cabeceira (The pillow book - 1996). Indo além na questão temporal, neste filme rompe os limites entre passado e presente ao trabalhar com as várias temporalidades no mesmo plano. Há uma profusão de acontecimentos que transcorrem ao mesmo tempo, aproximando-se cada vez mais do processo que nossa mente desenvolve para registrar os fatos.


Nossa mente é capaz de registrar simultaneamente milhares de imagens e sons, sendo que tendemos a priorizar aquilo que nosso foco de atenção determina.


Cada vez mais as novas técnicas permitem que o cinema proceda de maneira semelhante, chegando ao que Eisenstein desejava: "o cinema deve ser materialização do pensamento em movimento".


A interpretação visual da realidade deixa de ser somente figurativa e de sentido único, passando a ser espelhamento de várias partículas elementares que coexistem e se fundem.


O surgimento do vídeo, primeiro analógico e depois digital, nos coloca diante de uma inegável transformação das imagens e da temporalidade das mesmas. Não deixando de ser representação, o vídeo, diferente do cinema, é detentor de uma instantaneidade que nos aproxima do tempo real, aproximação esta permitida a partir da analogia, evidenciada pelo vídeo, entre o movimento e o tempo.


Se para atingir a idéia de tempo real o cinema tem que, necessariamente, articular imagens e sons através de uma estrutura de montagem onde o conceito de continuidade narrativa, mesmo que de maneira velada, deve estar sempre presente no momento do corte; o vídeo é capaz de trabalhar as ações de maneira simultânea, sem ter que recorrer ao corte propriamente dito.


A montagem clássica permite, a partir do paralelismo de imagens articuladas pelo corte, criar a sensação do enquanto isso. O plano cinematográfico se constitui como uma unidade espaço-temporal, elemento primordial da linguagem cinematográfica. Já o vídeo permite dissimular a noção de começo e fim de um plano, dissolvendo dessa maneira, a unidade espaço-temporal. Mesmo a trucagem cinematográfica mais sofisticada não havia conseguido, até esse momento, criar imagens superpostas com tanta riqueza dramática.


As novas formas de representação correspondem a uma nova relação do ser humano com a realidade. O pensamento contemporâneo está moldado por uma complexidade que o diferencia radicalmente da estrutura de pensamento linear dominante antes da revolução tecnológica. A evolução da informática e o avanço das telecomunicações determinaram uma mudança radical nas relações do homem com seu próprio mundo e, conseqüentemente, consigo mesmo. É necessário estabelecer novos padrões de discussão de conhecimento.


Não podemos mais falar em imagens simples, a imagem-vídeo cria uma nova linguagem, uma nova forma de utopia como diz Raymond Bellour, capaz de permitir, a partir da integração com outras formas de expressão (cinema, fotografia, pintura), sua organização em um sistema próprio.


Podemos dizer, ainda, que está surgindo uma outra espécie de realismo, a imagem captada por uma câmera (vídeo ou cinema) não passa de matéria-prima, para posterior manipulação através das técnicas digitais.



sexta-feira, 25 de março de 2011

CURSO DE DUBLAGEM NA CAP ESCOLA DE TV E CINEMA EM SALVADOR

Flávio Back nos estúdios Herbert Richers Cap Escola de Tv e Cinema em Salvador

CURSO DUBLAGEM ( AS INSCRIÇÕES PARA CURSO DE DUBLAGEM ENCERRAM DIA 9 DE ABRIL )

16 e 17 abril
CH 15 horas

Sábado e domingo – das 9 às 18h – vídeo e apostilas inclusos no valor do curso.

Valor da Matricula: R$ 40,00

Valor do curso: R$ 400,00 em até 2x de R$ 200,00 com cheque ou cartão
Matriculas até 9 de ABRIL tem desconto: a vista R$ 310,00.
Professor: Flavio Back - ator, radialista e dublador.
Com 13 anos de profissão, trabalhou na Herbert Richers por 10 anos. Como ator faz participações em novelas da Globo e da Record. Na Globo fez,também, algumas participações em episódios do Sob Nova Direção. Fez diversos trabalhos em animações, seriados e filmes. Como dublador acumula alguns importantes trabalhos:
-XLR8, o monstro velocista de Ben 10
-Ando, de Heroes
-Pai da Mimi, Hamtaro
-Zed, de Loucademia de Policia
-Úmido, Ying, Yang, Yo
-Mikami Teru, Death Note
- Meninas Super Poderosas Geração Z, dentre outros.


terça-feira, 22 de março de 2011

ZELITO VIANA

Foto: Beto Magno
Zelito Viana, Vera Palmeira, Marcos Palmeira e Betese Palmeira

Por Beto Magno

Zelito Viana é um produtor e cineasta que, em 1965, fundou com Glauber Rocha a Mapa Filmes, empresa que realizou, entre outros, Terra em transe (1966), O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1968) e Cabeças cortadas (1970). Em 1999 dirigiu seu projeto mais ambicioso, Villa Lobos, uma vida de paixão. Foi levado para o cinema por Leon Hirszman, com quem se formou, em 1964, pela Escola Nacional de Engenharia. Entre suas produções destacam-se Menino de engenho (1965), dirigido por Walter Lima Jr.; Terra em transe (1966), O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1968) e a coprodução estrangeira Cabeças cortadas (1970), todos dirigidos por Glauber Rocha; Quando o carnaval chegar (1972), de Carlos Diegues; e o documentário Cabra marcado para morrer (1984), de Eduardo Coutinho. Com Armando Costa produziu e codirigiu Minha namorada (1970). Tendo como protagonista seu irmão Chico Anysio, dirigiu o primeiro episódio da comédia O doce esporte do sexo (1971). Foi produtor e diretor dos filmes: Os condenados (1973), Morte e vida severina (1976), Terra dos índios (1978) e Avaeté, semente de vingança (1985), medalha de prata do Festival de Cinema de Moscou. Realizou os documentários de curta-metragem Arte para todos (2004), e Ferreira Gullar – A necessidade da arte (2005), codirigido com Vera de Paula, Aruanã Cavalleiro e Cláudia Duarte. Em 2009, lança Bela noite para voar, ficção sobre o Presidente Juscelino Kubitschek.