quarta-feira, 28 de outubro de 2009

SET DE FILMAGEM


SET DE FILMAGEM

RED ONE

Luz de Cinema

Por Julio Xavier

Não sei por que ainda existe no meio publicitário, um preconceito inexplicado pelo uso do video. Coisa de país subdesenvolvido. Muitos do publicitários que assitiram a filmes como Colateral, ou Pequenos Espiões 1,2 e 3 sequer desconfiaram que foram gravados e não filmados. Isso há quantos anos atrás.

Hoje já temos no Brasil tecnologia mais moderna ainda, como a câmera digital RED equipada com lentes de cinema. Leiam este texto curioso, de 2007, a respeito da RED escrito por Fernando Caprio.

camera-red-final.jpg

“Não sei se vocês já ouviram falar da Red One. A Red One é uma câmera de filmar que está sendo desenvolvida e promete resoluções HD absurdas, de 4,520 x 2540 pixels por 17.5 mil dólares. Desde que essa notícia surgiu na Internet, já aconteceu de tudo. Primeiro o protótipo foi roubado e foi oferecida uma recompensa de $100.000 para quem “achasse” e devolvesse. O mesmo foi então recuperado. Apenas recentemente, no entanto, foram divulgadas do que parece ser a versão final da câmera. Em uma conferência na NAB (National Association of Broadcasters), eles fizeram uma demonstração de um vídeo filmado com a tão famosa câmera. Esse vídeo foi disponibilizado na Internet com 1/4 da resolução. Vale apena dar uma olhada, pois a qualidade é incrível”

Acabo de dirigir para a Novagência a segunda leva de cinco filmes para o DETRAN de Goiás, feitos com essa câmera (entram no ar na próxima semana) fotografados pelo Walter Carvalho, com luz moderna e textura de película. Aliás ele também fotografou com a mesma camera o especial RIOBALDO E DIADORIM dirigido por Willy Biondani exibido recentemente pela TV Record.

ESCOLA DE CINEMA CUBANA

ESCOLA DE CINEMA DE CUBA

SELEÇÃO DE ESTUDANTES BRASILEIROS
PARA A ESCOLA INTERNACIONAL
DE CINEMA E TV DE CUBA

Anualmente ocorrem no Brasil, em locais previamente
divulgados, os exames de seleção para o curso regular
da Escola Internacional de Cinema e TV de San Antonio
de los Baños, Cuba.

Os candidatos brasileiros selecionados se
integrarão a um grupo multinacional de estudantes
da América Latina, Caribe, Estados Unidos e
Comunidade Européia.

Condições exigidas dos candidatos:

1) Nacionalidade brasileira.
2) Idade entre 22 e 28 anos.
3) Ter concluído pelo menos dois anos de estudos
universitários.
4) Responder às três provas escritas e, os aprovados
na prova escrita, à entrevista oral.
5) Conhecimentos de espanhol.
6) Os candidatos de todas as especializações deverão
apresentar materiais em cinema, vídeo, fotografia ou
artes gráficas nos que tenha participado como
realizador ou membro da equipe de produção; assim
como roteiros, trabalhos escritos, ensaios, publicações
que tenha produzido e que exprimam a sua sensibilidade
literária, consistência intelectual e cultura geral.
Os candidatos de Roteiro deverão apresentar
qualquer
material escrito (publicado ou inédito) ilustrativo
da
sua capacidade narrativa (roteiro, novela, conto,
etc). Os candidatos de Fotografia deverão apresentar
algum trabalho em foto fixa.
7) Pagamento da taxa de inscrição,

Os Exames:

A Escola Internacional de Cinema e TV oferece sete
especializações - Produção, Roteiro, Direção,
Fotografia, Documentário, Som e Edição - e os
candidatos devem optar por duas destas
especializações.

Em Belo Horizonte, o exame é realizado há seis anos
consecutivos.

Cada candidato responde as 3 provas escritas: uma
prova de conhecimentos gerais e duas provas
correspondentes às duas especializações que
escolheu.
Os candidatos aprovados nas provas escritas são
entrevistados no dia seguinte pela comissão
julgadora,
que realiza uma pré-seleção indicando os melhores
candidatos para cada especialização. O Conselho
Docente da EICTV, sediado em Cuba, faz a seleção
final.

A matrícula para os dois anos custou, em 2003, doze mil
dólares
(no primeiro ano cinco mil dólares e no segundo ano
sete mil dólares). A forma de pagamento do primeiro
ano é a vista (em setembro) ou em duas parcelas
(setembro e fevereiro).

Os estudantes que ingressam ao curso regular tem
direito a hospedagem em quartos individuais,
alimentação, transporte entre Havana e San Antonio
de
los Baños, assistência médica primária e de
emergência, material escolar e produção integral dos
trabalhos em cinema e vídeo.

As inscrições para os exames em Belo Horizonte podem
ser feitas pelo telefone (31)
3277-4869, pelo e-mail
provadecubabh2003@yahoo.com.br

CORAÇÃO VAGABUNDO

Por Leonardo Freitas

Em 2006, durante a turnê do álbum “A Foreign Sound”(único do cantor em inglês), o diretor Fernando Grostein Andrade documentou a passagem de Caetano Veloso por países como Brasil, Estados Unidos e Japão. A ideia era fazer um grande making of, porém o material bruto resultou em 57 horas de gravação e o resultado dessa edição pode ser conferido em Coração Vagabundo (2009), que estreia no país dia 24 de julho.

Revelando a intimidade do cantor e compositor baiano, o documentário acompanha incessantemente o músico durante a visita a cidades como São Paulo, Nova York, Tóquio e Kyoto, além de contar com a participação de cineastas como Pedro Almodóvar e Michelangelo Antonioni, da modelo Gisele Bündchen, da atriz Regina Casé e do músico escocês David Byrne.
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Produzido por Paula Lavigne e Raul Doria, Coração Vagabundo se concentra em mostrar o reconhecimento de Caetano Veloso no exterior, dando margem para criar uma maior proximidade com sua vida íntima e profissional.

Percorrendo ruas e lugares dos países pelos quais passou, desvendamos certas curiosidades dessas culturas ao mesmo tempo em que suas declarações tocam em diversos temas, como cinema, MPB e a fama – tanto nacional como internacional. Inclusive, isso é visto nas pessoas que cruzam seu caminho fora do Brasil, reconhecendo-o pela sua importância histórica musical, seja nas ruas de Nova York ou, até mesmo, em um templo budista no Japão.
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Com seu jeito naturalmente humilde, calmo e elegante, o filme é um deleite para os ouvidos, em que acompanhamos Caetano cantando em inglês, espanhol e italiano, sendo entrevistado por emissoras norte-americanas e se apresentando em locais como o Carnegie Hall, na qual dividiu o palco com David Byrne, grande admirador não só de Caetano, mas da música brasileira em si.

A intimidade com a ex-mulher Paula Lavigne também é retratada, exibindo um Caetano bem-humorado, brincalhão, com uma alma quase infantil algumas vezes. Tais registros são, em certos momentos, tomados por períodos de melancolia do artista, que interage boa parte do tempo com diretor e câmera, quase como um bate-papo com os espectadores. À vontade, Caetano discorre de assuntos mais complexos, como a impressão que as pessoas têm dele, de imaginarem que vão encontrar uma estrela inatingível quando, na verdade, ele é apenas um cara comum.

Mas o ponto principal do filme, acredito, é tratar da música (seja ela brasileira ou não) em relação ao mundo e ao próprio Brasil. Em uma declaração polêmica, Caetano afirma, por exemplo, que a música norte-americana é a mais importante do século 20. A declaração lhe rendeu uma crítica formal do músico Hermeto Pascoal, que discordou completamente de sua opinião.

Recheado de canções como “Proibido proibir”, “Michelangelo Antonioni” (música em italiano que Caetano dedicou ao cineasta), “O estrangeiro” e “Terra”, o filme conta com as internacionais “Blue skies”, “If it´s Magic”, “So in Love”, “Nothing but flowers”, além da canção que dá título ao filme, em versões interessantes e que misturam ritmos musicais como o reggae e pitadas de música eletrônica.
coracao_vagabundo_blog
No entanto, Coração vagabundo perde pontos pela sua câmera frenética, que causa incômodo ao espectador, com imagens tremidas que ultrapassam o suportável. Nos quesitos favoráveis, temos a proximidade com o músico, a escolha musical da trilha e, especialmente, as considerações de Caetano sobre essa não-aceitação dos estrangeiros em relação à música popular brasileira (que existe, mesmo não sendo explicitada no documentário).

Simples, com uma boa edição e musicalmente interessante, Coração Vagabundo merece ser conferido.

4º FESTIVAL DE CINEMA DO PARANÁ


Da esquerda para direita (alto) - Beto Rodrigues da Panda Filmes Distribuidora, Paulo Nascimento (diretor) e Fernanda Moro (atriz) do longa metragem hors concours "Em Teu Nome" , Franc Planas (distribuidor) do curta metragem "Porque Há Coisas Que Nunca Se Esquecem", Claudio Valentinetti (curador) Mostras "Eros Inteligente" e "Pietro Germi", Beto Schultz (diretor) e Dany Olliveira (atriz) do longa "Um Dia de Ontem", Sylvia Abreu (produtora), Fernando Belens (diretor) do longa "Pau Brasil", Monica Rischbieter e Gil Baroni (diretores) do longa "Brasil Santo - Retratos da Fé", Laurinha Delcanale (produtora) do curta "Inverno", Teresa Prata (diretora) do longa "Terra Sonâmbula", Silvio Tendler (diretor) e Fabiana Tendler (produtora) do longa "Utopia e Bárbarie", Thiago Luciano (diretor) e Lucy Ramos (atriz) do longa "Um Dia de Ontem". Da esquerda para direita (baixo) - Pablo Siciliano e Eugenio Lasserre (diretores) do longa "O Bosque", Tonchy Antezana (diretor) do longa "Cemitério dos Elefantes", Daniela Escobar (presidente do Júri de Curtas), Ittala Nandi (realizadora do Festival), Juan Moreno (produtor) do curta "Socarrat", Bertrand Duarte (ator) do longa "Pau Brasil", Felipe Pipo Grytz (produtor trilha sonora) do curta "Monkey Joy, Caco Ciocler (ator) e Marina Previatto (diretora de arte) do longa "Um Dia de Ontem".

FILMES BAIANOS SÃO PREMIADOS NO FESTIVAL DE CINEMA DO PARANÁ

Doido Lelé
Pau Brasil

Duas produções baianas foram contempladas no 4ª Festival do Paraná de Cinema Brasileiro Latino.

O longa "Pau Brasil", dirigido por Fernando Beléns, ganhou em três categorias: Melhor Ator (Bertrand Duarte), Melhor Atriz Coadjuvante (Fernanda Belling e Milena Flick) e Melhor Direção de Arte (Moacyr Gramacho).

Já o curta-metragem "Doido Lelé", escrito e dirigido pela jornalista e cineasta Ceci Alves, levou o prêmio de Melhor Ator (Vinícius Nascimento).


Veja a lista completa de vencedores do 4º Festival do Paraná de Cinema Brasileiro Latino:

Vencedores do prêmio Araucária de Ouro na categoria longa-metragem:

Melhor Direção (R$ 110 mil) – Silvio Tendler, "Utopia e barbárie"

Melhor Filme (R$ 80 mil) – Teresa Prata, "Terra sonâmbula"

Melhor Ator (R$ 8 mil) – Bertrand Duarte, "Pau Brasil"

Melhor Atriz (R$ 8 mil) – Grazia Cesarini Sforza, Marina Cacciotti, Maria Cali e Valeria De Franciscis, "Almoço em agosto"

Melhor Ator Coadjuvante (R$ 5 mil) – Fernando Peredo, "Cemitério de elefantes"

Melhor Atriz Coadjuvante (R$ 5 mil) – Fernanda Belling e Milena Flick, "Pau Brasil"

Melhor Roteiro (R$ 8 mil) – Teresa Prata, "Terra sonâmbula"

Melhor Fotografia (R$ 8 mil) – Pablo Alberti e Pablo Yannielli, "O bosque"

Melhor Direção de Arte (R$ 8 mil) – Moacyr Gramacho, "Pau Brasil"

Melhor Trilha Sonora (R$ 8 mil) – Monica Besser e Felipe Prazeres, "Um dia de ontem"

Melhor Som (R$ 8 mil) - Eugenio Lasserre, "O bosque"

Melhor Montagem (R$ 8 mil) - Bernardo Pimenta, "Utopia e barbárie"


Vencedores do prêmio Araucária de Ouro na categoria curta-metragem

Melhor Direção (R$ 15 mil) – Lucas Figueroa, "Porque há coisas que nunca se esquecem"

Melhor Filme (R$ 10 mil) – Lucas Figueroa, "Porque há coisas que nunca se esquecem"

Melhor Ator (R$ 3 mil) – Vinícius Nascimento, "Doido Lelé"

Melhor Atriz (R$ 3 mil) – Milena Toscano, "Inverno"

Melhor Roteiro (R$ 3 mil) - David Moreno, "Socarrat"

Melhor Fotografia (R$ 3 mil) – Juan Hernández, "Socarrat"

Melhor Montagem (R$ 3 mil) – Lucas Figueroa, "Porque há coisas que nunca se esquecem"

Melhor Direção de Arte (R$ 3 mil) - Lucas Figueroa, "Porque há coisas que nunca se esquecem"

terça-feira, 27 de outubro de 2009

ENSAIO SOBRE A SEGUEIRA

Cena do filme Ensaio sobre a Segueira

Por Beto Magno

José Saramago, autor laureado com o Prêmio Nobel de Literatura, vetou inúmeras tentativas de adaptação de sua obra Ensaio Sobre a Cegueira, alegando que "o cinema destrói a imaginação".

O autor português não deixa de ter razão: ao assistir a uma adaptação de qualquer obra para as telas é inevitável que as imagens que você criou em sua mente sob a condução do texto deixem de existir, substituídas pela "realidade" filmada.

Por outro lado, é tentador observar o choque de criações, de visões, entre dois tipos de criadores - o contador de histórias textual e o visual. Ainda mais quando se trata de um cineasta que não teme o estilo e sabe usá-lo, como Fernando Meirelles (Cidade de Deus). Assim, gosto de acreditar que esse foi um dos motivos pelos quais Saramago finalmente cedeu: a curiosidade de ver outro grande talento dando sua visão particular a uma obra pré-existente.

Meirelles não decepciona. O filme Ensaio Sobre a Cegueira (Blindness, 2008) tem visual esmerado, resultado do que aparentam ter sido muitas (e longas) conversas sobre como se representa a cegueira para o público, capaz de ver. A resposta vem em três frentes. Além da direção de Meirelles há a soberba fotografia de César Charlone (que além dos dois mais recentes filmes de Meirelles fez também O Banheiro do Papa) e a edição irretocável e inspiradíssima de Daniel Rezende (Cidade de Deus, Tropa de Elite).

A trama narra uma inexplicável epidemia de cegueira e se passa em grande parte dentro de uma estrutura de confinamento para os que perderam a visão. Nos claustrofóbicos interiores, o Ensaio Sobre a Cegueira do trio vale-se de superexposição, foco e abstracionismo sensível, mas usando apenas variações tonais dessaturadas que levam ao branco, com surpreendente resultado. Nos vazios exteriores do terceiro ato, um amálgama urbano formado por partes de São Paulo e Montevidéu, encontramos outro tipo de contraste e, enfim, o preto - na seqüência mais "cega" do filme, excepcional.

Em uma nota menos positiva, o livro é mais sujo, chafurda, literalmente, mais em excrementos, em degradação. Mas, convenhamos, o filme nem poderia ser tão grotesco. Um violento estupro coletivo, uma imundície física e psicológica, já é suficientemente difícil de ser imaginado. Não precisa de representação gráfica explícita. De qualquer maneira, as situações não são minimizadas, mas sua representação emprega a cinematografia para ficar menos agressiva.

Técnica à parte, o roteiro adaptado por Don McKellar (que também atua como o Ladrão) é bem-sucedido ao manter os principais elementos do difícil livro intactos, sem escorregar para o horror comercial, uma das maiores preocupações de Saramago. Seria muito fácil transformar o livro em um filme de zumbi convencional, já que a obra original, como nas melhores produções do gênio da metáfora social George A. Romero, usa o inexplicável para experimentar com as reações humanas ante a falta de ordem. Ensaio sobre a Cegueira parte dos mesmos princípios, mas oferece vários outros - e o ótimo elenco, liderado por Julianne Moore (a Mulher do Médico) e Mark Ruffalo (o Médico), cuida para deixar a desumanização sob controle. Não há monstros ali, apenas pessoas e seus extremos.

Cabe aqui também uma última defesa do filme, que dividiu a crítica e gerou algumas pérolas incompreensíveis de gente normalmente bastante coerente (o que, particularmente, acho formidável). Para ficar em apenas um caso, um crítico britânico escreveu "não há espaço para a meditação, o que é um desastre para um fime cuja história pede que a sociedade recoste-se, respire e 'veja' o que está fazendo consigo mesma". Bobagem - o tempo de recostar-se já passou. Enérgico, Meirelles joga a merda na cara, e que choraminguem os modorrentos.

domingo, 25 de outubro de 2009

CURSO DE INTERPRETAÇÃO PARA TV E TELEJORNALISMO


CURSOS DA CAP ESCOLA DE TV EM SALVADOR

1) CURSO DE INTERPRETAÇÃO PARA TV / TELEJORNALISMO em Salvador (atores, jornalistas, comunicadores em geral) com Rada RezedaConteudo:
Dicção (respiração/voz/fala); Expressão corporal; Memorização e interpretação de textos ;Gravação; Noções sobre set de filmagem, direção de fotografia e mercado de trabalho.No 5º mês de curso é gravado um vídeo com a turma que fará parte do projeto "Baianos que Brilham". INICIO OUTUBRO – toda quarta-feira das 19 as 22h LIGUE :(71) 9167.82742)

2) CURSO DE ROTEIRO em Salvador DIAS: 16,17,18,19 e 20 de Novembro VALOR: R$ 350,00 (2x de R$150,00) A vista R$ 300,00 PROFESSORA: Marlu Chaves (mestre em teledramaturgia) OBS: OS ALUNOS QUE TIVEREM SEUS ROTEIROS PRODUZIDOS EM CURSO APROVADOS PELA PROFESSORA SERÃO CONVOCADOS A ESCREVER PARA O PROGRAMA ABRAKAM QUE ESTRIA EM BREVE NA TV BRASIL. NA ULTIMA TURMA, DE AGOSTO, A PROFESSORA APROVEITOU 2 ALUNOS PARA ESCREVER PARA O ABRAKABAM.

3) CURSO DE PRODUÇÃO E DIREÇÃO PARA TV em Salvador (turma para iniciantes) TURMA PARA A SEGUNDA QUINZENA DE JANEIRO reservas de vagas antecipadamente atraves do mail capescoladetvemsalvador@gmail.com assunto: reserva curso de produção e direção VALOR: R$ 300,00 (a vista R$ 260,00) PROFESSOR: Rada Rezedá e professor convidado da área LIGUE: (71) 9167.82744)

4)CURSO DE LOCUÇÃO em Salvador TURMA PARA A SEGUNDA QUINZENA DE JANEIRO reservas de vagas antecipadamente atraves do mail capescoladetvemsalvador@gmail.com assunto: reserva curso locução VALOR: R$ 300,00 ( a vista R$ 260,00) PROFESSORES: Rada Rezedá e Jai Luna

5) OFICINA PARA CINEGRAFISTA em Salvador (turma para iniciantes) TURMA PARA A SEGUNDA QUINZENA DE JANEIRO reservas de vagas antecipadamenteatraves do mail capescoladetvemsalvador@gmail.com assunto: reserva curso cinegrafista VALOR: R$ 250,00 a vista ou 2x R$ 150,00

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

DO PONTO DE VISTA NA ESTRUTURA DO FILME

Por André Setaro

O ponto de vista adotado pela narrativa fílmica é sempre – e simultaneamente – objetivo e subjetivo, nunca redutível a uma única perspectiva por causa da dupla e concomitante ação realista e irrealista do cinema. O que não exclui, em todo caso, a hipótese de a narrativa abraçar uma ótica em detrimento de outra em relação ao desenvolvimento global da narração. Um filme, portanto, nunca pode narrar um acontecimento inteiramente visto de dentro – a coisa que o romance pode fazer, mas tem a necessidade de recorrer a um ângulo de observação que permita unificar a matéria representada a fim de não gerar confusões de perspectiva. No filme-ensaio (vide Meu tio da América/Mon oncle d’Amerique, 1979), do imenso Alain Resnais, que esteve em cartaz recentemente com Medos privados em lugares públicos (Coeurs), esta ótica se identifica com a do autor que seleciona e ajuíza. No filme de ficção, esta ótica segue o olhar de um dos protagonistas, procurando, no entanto, não se confundir completamente com ele.

A perspectiva da câmera é diferente da do olho humano e, como demonstram inúmeros filmes, a lente pode ocupar o olhar de um gato (Um dia, um gato, filme tcheco no qual, em alguns momentos, tem-se a perspectiva do olhar do gato que vê as pessoas de uma localidade segundo o seu caráter, dando-lhes as cores correspondentes). O objeto focalizado também pode ser totalmente deformado – e, nesse particular, o expressionismo alemão é farto de exemplos – O Gabinete do Dr. Caligari, 1919, de Robert Wiene, Nosferatu, o vampiro, 1922, de Friedrich Murnau, etc. Em Cidadão Kane, 1941, de Orson Welles, filme com forte influência expressionista, o cineasta usa tetos baixos para dar uma dimensão insólita aos personagens e, na sequência do palácio de Xanadu, Susan Alexander, a mulher de Kane, é vista em pequena silhueta diante de uma gigantesca lareira. Dentro da mesma obra, um jogo tipo quebra-cabeça – um puzzle que, no final das contas, é a própria chave para a compreensão da obra – tem suas peças em dimensão enorme. Welles, nestes casos, deforma os objetos com a lente com um propósito estético contextual.

Henri Angel, ensaísta francês, acha que o ponto de vista de um filme deve ser sempre o que é adotado pelo cineasta, quer este decida ver o mundo através dos olhos de um dos protagonistas, quer decida manter-se o mais possível exterior à ação narrada. Um caso de identificação autor-personagem é representado por O deserto vermelho (Il deserto rosso, 1964), de Antonioni, onde a realidade é vista pela câmera não como efetivamente é mas como se apresenta aos olhos do protagonista.

Outro caso de identificação autor-personagem está representado em Repulsa ao sexo (Repulsion, 65), de Roman Polansky, onde os pesadelos da protagonista (Catherine Deneuve), apresentados como objetivos, não são mais que o fruto da personagem psicopata, uma manicure sexualmente reprimida que se isola em seu apartamento e vai enlouquecendo.
No polo oposto situam-se, pela sua objetividade extrema, filmes como Nashville, de Altman, uma crônica de cinco dias da vida de uma cidade no Tennessee, Nashville, na hora do show business e de uma campanha eleitoral que serve como um testemunho à beira do desespero sobre os Estados Unidos contemporâneos. Também Lancelot, de Robert Bresson, e Nicht Versohnt, 65, de Jean-Marie Straub, obras centradas numa radical objetividade e construídas de modo a esvaziar qualquer identificação personagem-espectador e, também, redutíveis ao ponto de vista exclusivo do realizador onisciente.

Existem também filmes nos quais os pontos de vista são contraditórios ou contrastantes entre si. Rashomon, 1950, de Akira Kurosawa, filme que projetou o cinema japonês no mercado internacional, é um exemplo bem marcante. A fábula se passa no século XV numa floresta perto de Tóquio, quando um bandido afirma que matou um samurai depois de violentar a mulher dele. A mulher, porém, diz que foi ela quem matou seu próprio marido. Surge, então, a alma do morto que conta a todos, estupefatos, como se suicidou. Mas um açougueiro que a tudo ouvia, dá uma quarta versão. Em Rashomon, portanto, são fornecidos três pontos de vista diferentes do mesmo fato, todos igualmente espectáveis, até emergir deles um quarto que é o verdadeiro.

Há o caso de a ação ser contada por um morto que relata do além a sua história trágica – não existem nem realizador oculto nem personagem visível. É o que acontece em Crepúsculo dos deuses (Sunset Boulevard, 1950), de Billy Wilder, no qual o encenador protagonista conta da sua situação de defunto, o como e porque de sua morte devida à atriz famosa da qual tinha sido hóspede. A ex-estrela é Glória Swanson que, vivendo esquecida num suntuoso palácio antiquado de Hollywood, acompanhada de seu fiel criado (Erich von Stroheim), contrata um roteirista fracassado que se torna seu amante e que ela mata quando ele se recusa a continuar a relação.


terça-feira, 20 de outubro de 2009

ATORES NO ESTUDIO DA CAP ESCOLA DE TV EM SALVADOR

Talis Castro, (Ator) Rada Rezedá (Diretora da Cap Escola de Tv em Salvador, Rafa Medrado (Ator "Os Cafajestes") e Ewerton Matos ( Ator, Locutor da Globo FM)

NOVA OFICINA


A nova Oficina Elementos de Apreciação Cinematográfica, por circunstâncias alheias à vontade de seu organizador (o autor deste blog), tem seu início adiado para 4 de novembro. Com isso, o seu término fica marcado para 16 de dezembro, mas, para não entrar nas festas de fim de ano, a última aula, a oitava, fica para o dia seguinte, 17. Excetuando-se esta, todas as aulas devem ser realizadas às quartas, das 20 às 22 horas, na EngenhArt, molduraria que fica localizada na rua da Paciência, perto do Largo de Santana, bairro do Rio Vermelho. Para a efetivação das inscrições, os interessados devem fazer um depósito de 250,00 (duzentos e cinquenta reais) na conta 648.427-1, agência 3457-6, Banco do Brasil, em nome de ANDRÉ OLIVIERI SETARO.

FICÇÃO NO SERTÃO DA BAHIA

"A LENDA DA LAGOA VERMELHA"

Tive a oportunidade de estar presente no lançamento do curta-metragem “A Lenda da Lagoa Vermelha” do diretor baiano Eutímio Carvalho (mais conhecido como o Zé do Caixão do Sertão) que ocorrida no dia 23/05 às 20:00 horas na Sala Walter da Silveira nos Barris. O filme que é uma produção do próprio Eutímio e do Produtor Cinematógrafico Jorge Mello (JM) do Pólo de Cinema da Bahia, tem aproximadamente 30 minutos e conta em seu elenco com o ator pernambucano Jorge Baía, os atores baianos Ed Almeida (Almeidinha), Arinaldo Silva e o próprio Eutímio Carvalho.Sinopse: Dois irmãos saem para caçar em pleno sertão baiano sem levar em conta o aviso da mãe sobre uma lenda da região que diz que não se deve caçar no mês de agosto.
No caminho, se perdem e começam a perceber que terão de lutar muito por suas vidas.

Ficha Técnica:

Direção: Eutímio Carvalho
Roteiro: Eutímio Carvalho e Luiz Augusto
Argumento: Eutímio Carvalho (baseado em lenda popular)
Produção: Eutímio Carvalho e Jorge Mello (JM)
Fotografia e Câmera: Walter Freire Casting: 4-0-2 Produções Artísticas
Onde: Sala Walter da Silveira Dia: 23/05 (quarta-feira) Hora: 20:00 Entrada Franca (Projeto Quartas Baianas) Duda Falcão Produtor de Elenco.

sábado, 17 de outubro de 2009

ZUZU ANGEL


Zuzu Angel

Direção: Sérgio Rezende

por Livia de Almeida Nascimento

Zuzu Angel foi sem dúvida uma daquelas mulheres fortes que marcam toda uma geração. Sua história envolve fatos políticos graves e ela pôde, mediante o sumiço do filho, usar seu trabalho para combater problemas que todo brasileiro desejaria não ter. Não é difícil perceber então como pôr na telona parte da biografia de alguém que se destaca é algo delicado, devendo ser cuidadosamente estudado para que não falte credibilidade no filme. Toda a pesquisa é essencial e os demais aspectos cinematográficos devem estar em sincronia, porém como o que mais aparece é o que os atores defendem em cena, atenção especial deve ser dada à humanização dos fatos frente às câmeras.
Na maior parte do tempo, o que constrói o suspense de Zuzu Angel é a trilha sonora, não a atuação. Só vemos Patrícia Pilar de fato quando Zuzu se exalta, mas infelizmente antes disso os diálogos são construídos demais, faltando emoção à maioria dos personagens. Daniel de Oliveira também só aparece como Stuart ao chorar dizendo que Sônia foi presa, enquando Leandra Leal faz seu papel de forma expressiva desde antes, contrastando com o namorado. Quem se destaca nesse meio é Alexandre Borges, que imprime no advogado Fraga a paixão que não foi instruída ou permitida aos atores e que falta, por exemplo, na cena em que Zuzu pega o microfone no avião para falar do filho. Aliás, inclusive entre os dois isso é bem perceptível: no baile, Fraga é tão mais convincente que mesmo quando avisa que vai falar de Stuart, o espectador fica vidrado nele, enquanto é a expressão facil de Zuzu que muda.

O roteiro é bom, mas Zuzu declarar o que escreve de forma forçada para a câmera já indica que há ali uma dose extra de intenção dramática. Parece funcionar como um risco mal calculado, pois ilude o espectador a esperar ver a mesma intensidade ao longo do filme. Falta informação visual também, como quando vemos que na construção da trama, Zuzu vai em apenas dois lugares à procura do filho e isso basta para que ela tome providências maiores, alegando que a “todos os lugares” que vai, não encontra Stuart.

Há ainda escolhas duvidosas, como a imagem da água descendo pela mão de Zuzu, que toma banho ao saber da morte do filho, tornando visualmente bonita uma cena de total tortura para a personagem. Porém, há boas sacadas, como a presença de Elke Maravilha cantando em alemão, sendo observada por Luanna Piovanni, que interpreta seu papel Ou o desfile em que todas as modelos estão de branco, enquanto Zuzu aparece de preto. Isso, no entanto, tem cara de ter sido uma verdade bem bolada por ela, mais do que idéia de cinema. Além disso, a música nessa hora não é tão bem vinda, e o silêncio presente em outras partes do filme seria melhor nessa cena.
A equipe é experiente em cinema, e os mais de 40 cenários do filme estão bem representados, sendo parte gravado em Juiz de Fora (MG), aproveitando por exemplo a locação da UFJF para construção de vários espaços. O figurino e a maquiagem tiveram grande base de pesquisa no próprio trabalho de Zuzu, prato cheio que colaborou imensamente para a estética do filme, culminando em reuniões entre Sérgio, o produtor Joaquim Vaz Pereira, a figurinista Kika Lopes e o diretor de arte Marcos Flaksman para pensar visualmente o roteiro. Patrícia Pillar conta que aprendeu a costurar, ficando em Juiz de Fora direto para aprofundar a personagem, estudá-la e talvez racionalizá-la até demais. Sérgio pretendia contar a história de mãe e filho, mas só entendemos isso assistindo ao Making Of, pois o foco a todo momento parece ser Zuzu. O Extra do DVD acrescenta qualidade ao trabalho pelo cumprimento simples de sua função, apresentando entrevistas, cenas espontâneas de gravação, fotos e um mosaico com a imagem dos atores, de onde cada um fala um pouco.

Uma história forte, com bons atores e texto, mas que é mostrada de forma quase artificial, onde o potencial criativo do elenco não parece ter sido explorado. É como se Sérgio tivesse que ser lembrado do valor dos atores, cedendo espaço a eles mais do que realmente dirigindo a cena. Mesmo sutilidades e ironias de seu roteiro junto com Marcos Bernstein passam por vezes desapercebidas pelas falhas de sensibilidade ao fazer o filme. Zuzu Angel provavelmente foi mais forte em vida do que na sua representação, assim como fica no ar que a leitura em grupo com todo o elenco antes da filmagem tem grande chance de ter sido dramaticamente melhor do que o resultado final.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

terça-feira, 13 de outubro de 2009

CAP ESCOLA DE TV EM SALVADOR

Rada Rezedá e alunos da Cap Escola de Tv em Salvador

CAP ESCOLA DE TV EM SALVADOR oferece os cursos:

1) CURSO DE INTERPRETAÇÃO PARA TV E CINEMA EM SALVADOR

2) CURSO DE TELEJORNALISMO EM SALVADOR

3) CURSO DE LOCUÇÃO EM SALVADOR

4) CURSO PARA CINEGRAFISTA EM SALVADOR

5) CURSO DE ROTEIRO EM SALVADOR

ESSSES CURSOS PARA TV ESTÃO COM MATRICULAS ABERTAS PARA 2010.
CURSO PARA APRESENTAÇÃO EM AUDITÓRIO EM SALVADOR

CURSO DE INTERPRETAÇÃO PARA TV E CINEMA EM SALVADOR

CURSO DE TELEJORNALISMO EM SALVADOR

CURSO DE LOCUÇÃO EM SALVADOR

CURSO PARA CINEGRAFISTA EM SALVADOR

CURSO DE ROTEIRO EM SALVADOR

OS TELEFONES DA CAP ESCOLA DE TV EM SALVADOR SÃO:(71) 9167.8274 / 8774.8870 / 4102.6852 ou 8142.4182OU PODE ENVIAR UM MAIL: capescoladetvemsalvador@gmail.com